quinta-feira, 24 de março de 2011

JÁ ESTAMOS COMEMORANDO OS 70 ANOS DO MARTÍRIO!


  A FIDELIDADE COTIDIANA DAS SERVAS DE DEUS, MÁRTIRES DO DRINA 

Ir. M. Jula (Kata) Ivanišević
Nasceu no dia 25.11.1893 em Godinjak, Croácia, e foi batizada o dia seguinte.
Frequentou a escola elementar com bons resultados, mas depois da quarta série devia ser licenciada por “causa da pobreza”. Aos 11 anos, ficou em casa ajudando os pais nos trabalhos domésticos e agrícolas. Vivia de modo modesto e silencioso desde a sua primeira juventude; distinguia-se das outras crianças pela sua bondade e obediência à mãe e ao pai. Amava ler as biografias dos santos e recontava-as depois para seus/suas colegas que, de boa vontade, se reuniam em torno dela.
Já desde jovem havia decidido não casar, porque queria ser Irmã; muitas vezes falava que gostaria tornar-se mártir. Fez voto de não comer carne e nele persistiu até a entrada no convento, quando teve que comê-la por obediência. Desde jovem era muito piedosa e serena, modesta e discreta no vestir-se e no comportamento. Nunca participava das festas populares e nem da dança; ao contrário, andava à igreja onde dirigia as orações, em particular as devoções marianas. Por causa da doença da mãe, precisou esperar dois anos para entrar no convento e quando a mãe morreu, ela deixou a casa paterna dizendo: “Vou servir Jesus.”
Foi acolhida na Congregação das FDC no dia 11.02.1914, em Sarajevo; foi admitida ao noviciado no dia 16.08.1915, em Viena, Áustria; pronunciou os primeiros votos no dia 16.08.1916, em Viena;  e os votos perpétuos no dia 29.07.1923, em Sarajevo.
No curso da vida desenvolveu diversos serviços: trabalhos de casa, fadigosos trabalhos na lavoura, foi superiora local – o que não a dispensou das lidas: domésticas, agrícolas e do estábulo.
Foi uma religiosa exemplar especialmente na obediência. Fazia tudo com zelo, calma e paciência. Teve grande confiança na Providência Divina e jamais teve medo de não ser atendida. A sua confiança em Deus ajudava-a sempre em situações mais difíceis.
Em outubro de 1932 foi nomeada superiora da comunidade de Pale e permaneceu até o seqüestro, no dia 11 de dezembro de 1941. Na comunidade, graças à bondade e à espiritualidade de Irmã Jula, predominava um espírito de compreensão, de oração, de sacrifício e de amor.
Possuía uma alma pura, edificante, sempre e serenamente disposta, gentil e pronta a prestar um favor. Era assídua e plena de entusiasmo pela sua vocação; como superiora tinha bom senso e era justa; às submissas era uma verdadeira irmã e verdadeira mãe e por isso a queriam bem e a respeitavam. Era uma religiosa unida a Deus, do qual irradiava paz e equilíbrio interior; plena de amor e de compreensão para com todos.
Era devota, rezava muito e cultivava particularmente a devoção ao Espírito Santo. Sabia aconselhar com sabedoria quem se encontrasse com diversas dúvidas e dificuldades. Ela nunca foi vista perdendo tempo, mas sempre ocupada pelo trabalho ou imersa na oração, na meditação ou na leitura dos livros de devoção. Era para todas as coirmãs um exemplo vivo da religiosa equilibrada e séria; com as palavras e o próprio exemplo atraía as outras para a devoção, a humildade e a prontidão para o sacrifício.
Suas cartas refletem a beleza do seu ânimo consolidada na particular devoção a Nossa Senhora e na humildade: Procura, com todas as forças, seguir a Virgem santíssima, particularmente na sua modéstia e humildade. A humildade é o fundamento de toda a virtude e a soberba é o início de todo o mal. (…) Todos somos fracos e miseráveis, enquanto vivemos neste mundo, por isso temos necessidade de muitas graças e da ajuda de Deus. Reza com frequência, também se brevemente, por que só a oração nos salvará da perdição.
Nas suas últimas cartas de 1941, mostra que é consciente da situação perigosa em Pale, bem como de estar nas mãos de Deus. No dia 11 de dezembro de 1941, ela demonstrou quanto amor nutria pela sua comunidade! Onde estão as Irmãs, ali devo estar também eu, disse ao doméstico e correu para casa. Sabia que as Irmãs estavam em perigo e não queria deixá-las sozinhas. Em Goražde, dia 15 de dezembro de 1941, na noite do massacre, com quarenta e oito anos, Irmã Jula foi a primeira a saltar da janela da caserna pronunciando as palavras: Irmãs sigam-me! Vamos a Jesus! 

Biografia enviada por Ir. Dulce Adams - Vigária Geral

quarta-feira, 23 de março de 2011

DATAS PARA OS EVENTOS DOS ASSOCIADOS E JAD AMOR DIVINO



Seminário dos Associados e Assembléia do JAD: 19, 20, 21 de agosto - 2011
Dia 19, chegada para o jantar.
Encerramento: dia 21 às 16 horas
Local: Emaús

28 de maio de 2011: Planejamento do Seminário dos Associados e Assembléia do JAD com a EQUIPE DE ASSESSORIA DO MOVIMENTO. 
Local: Emaús

Dia 19 de novembro de 2011: Encontro para Avaliação: Associados e Juventude Amor Divino.
Local: Emaús


DATAS DOS REGIONAIS PARA 2011

REGIONAL DE ALAGOAS:

25 a 27 de março: Em Palmeira dos Índios
25 a 26 de junho: Em Palmeira dos Índios
30/08 a 02/09: Em Paripueira
02 a 04/12: Em Palmeira dos Índios

REGIONAL CAICÓ, CURRAIS NOVOS E PATOS:

Dia 1º de maio: Em Currais Novos

REGIONAL PARNAMIRIM E NOVA CRUZ:

Dia 16 de outubro: Em Emaús

REGIONAL ASSU E AREIA BRANCA:

25 de setembro de 2011: Em Assu

REGIONAL DE BARREIRAS

22 de maio de 2011: Em Barreiras


                                                   Irmã M. Judith Vieira de Farias
 Delegada do Movimento pela Província  

Isto nos alegra muito!


NOTÍCIAS DA INGLATERRA

O  número de Associados(as) vem aumentando. Estou com 20 Associadas (os), o que é muito positivo numa região extremamente anglicana. Estou aproveitando as reflexões da Sister Carmella...

Um abraço e ótima quaresma.

Irmã Emília Birck,FDC

Em Barreiras-CE, o JAD se entusiasma e mostra vitalidade! Parabéns turma!

terça-feira, 15 de março de 2011

Hoje festejamos o dom da vida de Iraneide!

Iraneide é um membro muito especial dos Associados Amor Divino da PRONEVES, participa do grupo de Caicó. E hoje temos a graça de festejar essa alegria que é o dom de sua vida entre nós que a amamos muito pelo seu jeito de acolher todos que passam por sua vida. Que Me. Francisca Lechner continue intercedendo por você amiga querida.

Em breve, 70 anos do martírio das Irmãs, Filhas do Amor Divino



Em 1959 celebrei minha primeira missa em Sarajevo e, no dia seguinte, o meu pároco, o falecido Milivoj Cekada, pediu-me para realizar um funeral. A família, sofrida, veio ao meu gabinete na catedral para acertar todos os detalhes da cerimônia e o padre Cekada fazendo as apresentações disse: “Este é o nosso novo sacerdote, Pe. Anto Bakovic . Ele será o celebrante deste funeral, que aliás será o primeiro da sua vida sacerdotal”. A estas palavras repliquei calmamente: “Sim, é verdade. Este será o meu primeiro funeral como sacerdote, mas na realidade acompanhei um outro funeral há dezoito anos. Isto aconteceu antes do Natal de 1941, em Gorazde, quando com o coveiro Blasko e o meu limitado conhecimento das orações, ao invés de numa cova, “sepultei”quatro Irmãs no Drina.
Então contei ao pároco Cekada este acontecimento da minha adolescência quando, como rapazinho e coroinha da Igreja de Gorazde, imitei o falecido Pe. Roje recitando o Pai Nosso e fazendo o sinal da cruz com a mão, como se estivesse dando a absolvição.
.......................................................................................................
Assim que chegamos ao Drina, rapidamente encontramos os corpos das Irmãs, estendidos no mesmo lugar e já quase todos tomados de uma coloração que tendia ao azul escuro.  Quando percebi que havia a intenção de empurrar as Irmãs para o Drina, perguntei-lhe: “Blasko, onde cavaremos a cova para as Irmãs? Sabes o que te disse mamãe e o que prometeste a ela?”.
Blasko começou a desvirar os corpos, um de cada vez, liberando-os do gelo, da areia; a água, a areia e os corpos formavam uma massa gelada. A primeira que o coveiro empurrou na água foi a Irmã que estava mais longe porque o seu corpo não estava ainda congelado. Depois ele passou à segunda que tinha apenas uma pequena parte do corpo fora d’água mas que estava completamente congelada. Eu continuava a recitar o Pai Nosso ininterruptamente, dando a cada uma a minha “absolvição” de coroinha. De quando em quando, Blasko batia no corpo das Irmãs na tentativa de usar o bastão como alavanca e, com isto, provocava nelas nova perfuração, como ferida, sem que saísse sangue.
Chegando em casa, contei a mamãe como Blasko empurrou todas as Irmãs no Drina e expliquei-lhe, em detalhes, tudo o que acontecera. Ela chorou de novo, amargamente, porque esperava que o coveiro fizesse tudo aquilo que lhe havia pedido, se não por um sentimento de humanidade, ao menos pela recompensa prometida; mas ele havia agido segundo as ordens dos seus superiores “cetnik”.
Assim, todas as quatro Irmãs foram sepultadas no Drina frio e ensanguentado que, nos últimos dois meses de 1941, veio a ser a sepultura de 8 000 inocentes, muçulmanos e católicos.
Fonte: As mártires do Drina, pag 75 a 79