sexta-feira, 29 de março de 2019

Dom Jaime celebra em ação de graças pelo aniversário natalício


A Arquidiocese de Natal vai render graças a Deus pelo aniversário natalício do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, neste dia 30 de março. A celebração em ação de graças, presidida pelo aniversariante, acontece sábado, às 11 horas, na Catedral Metropolitana de Natal.
Filho de José Patrício Vieira de Melo e Maria Nini Rocha, Dom Jaime nasceu em 30 de março de 1947, em Tangará (RN).

quarta-feira, 27 de março de 2019

Arquidiocese promove encontros para Conselhos Paroquiais


A Arquidiocese de Natal, dando continuidade a ação de implementação dos conselhos administrativos paroquiais, vai realizar quatro encontros de formação para os conselheiros, neste ano de 2019. O primeiro acontece neste domingo, 31, das 8h30 às 13h30, no centro pastoral da Paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em João Câmara, reunindo os conselheiros das paróquias do Vicariato Norte.
No da 7 de abril, das 8h30 às 13h, será realizado encontro para os conselheiros das paróquias do 1º, 2º e 3º zonal, no salão do Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral).
O encontro para os conselhos das paróquias do Vicariato Sul vai acontecer dia 28 de abril, também das 8h30 às13h, no salão paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba. E o último encontro será realizado dia 5 de maio, a partir das 8h30, no salão da Paróquia de Santa Maria Mãe, no Conjunto Santa Catarina, zona norte de Natal, para as paróquias do 4º, 11º e 12º zonal.
Segundo o advogado Vital Bezerra, coordenador administrativo da Arquidiocese, o objetivo é capacitar os conselheiros para melhor desempenho em sua função, nas paróquias. Vital e o vigário episcopal para a administração, Padre Valdir Cândido de Morais, estão à frente da organização dos encontros.

 POTIGUAR DE MENORES DE XADREZ



NEVES CONQUISTA 11 MEDALHAS NO FESTIVAL POTIGUAR DE MENORES DE XADREZ

Neste último sábado (23), aconteceu o Festival Potiguar de Menores de Xadrez 2019, que também serviu como seletiva para representar o Rio Grande do Norte no Campeonato Brasileiro de Xadrez. O Colégio das Neves conquistou 11 medalhas na competição. Confira a lista dos atletas e suas conquistas.

Ouro: 
Talita Freire - Sub 8 
Giovanni Brandão - Sub 12
Maria Cecília Pinto - Sub 14

Prata: 
Maria Lourdes Fátima - Sub 8
Rafael Macedo - Sub 10
Fernanda Maux - Sub 12
Thales Roberto - Sub 14
Isabele Branco - Sub 14

Bronze:

Cecília Ataliba Azevedo - Sub 8
Larissa Angélia Paula - Sub 10
Mariel Bárbara - Sub 14

Vale destacar também Gibran Dantas (Sub 8), Catarina Araújo (Sub 10) e Heitor Cachina (Sub 12), que obtiveram a mesma pontuação dos terceiros colocados. 
Parabéns aos alunos que se empenharam para a seletiva, e aos professores Máximo e Maíce pela colaboração nessas histórias de conquista.

Papa convoca “24 horas de oração para o Senhor”


O Papa Francisco dará início à 6ª edição da tradicional iniciativa das “24 horas de Oração para o Senhor”, com a celebração penitencial na Basílica de São Pedro na próxima sexta-feira, 29 de março. A iniciativa nasceu em Roma há seis anos, mas logo se tornou mundial, unindo espiritualmente ao Santo Padre as Igrejas espalhadas nos cinco continentes, oferecendo a todos a possibilidade de fazer experiência pessoal da infinita misericórdia de Deus.
Nem eu te condeno
O tema deste ano será a frase do Evangelho de João: “Nem eu te condeno (Jo 8, 11). A jornada, que será marcada pela Adoração Eucarística, pela reflexão e pelo convite à conversão pessoal, propõe a contemplação da imagem de Jesus, que ao invés da multidão reunida para julgar e condenar, oferece a sua infinita Misericórdia como ocasião de graça e de vida nova.
Reconciliação
Como recorda o Santo Padre na Carta Apostólica Misericordia et Misera “O sacramento da Reconciliação precisa voltar a ter o seu lugar central na vida cristã (…), uma ocasião propícia pode ser a celebração da iniciativa 24 horas para o Senhor nas proximidades do IV Domingo da Quaresma, que goza já de amplo consenso nas dioceses e continua a ser um forte apelo pastoral para viver intensamente o sacramento da Confissão”.
O mundo inteiro está convidado para abrir-se à Misericórdia de Deus com as “24 horas para o Senhor” que o Papa Francisco dará início com a Celebração Penitencial desta sexta-feira (29).
Via Vatican News


terça-feira, 26 de março de 2019

Diretor da 91 participa de Congresso de Rádio Católica


O diretor da Rádio 91.9 FM (Rádio Rural de Natal), Padre Antônio Nunes de Araújo, participa do 2º Congresso da Rádio Católica no Brasil, nestes dias 26 e 27 de março, em São Paulo.  Com o tema: “O Rádio em Tempos de Crise Financeira: Como sobreviver? – Criatividade, eficiência e baixo custo”, a programação vai abordar a situação atual do país, mobilização de recursos e organizações de apoio para o rádio, cases de sucesso, elaboração de projetos comerciais para órgãos públicos e privados, oficinas e gestão de negócios.
O evento é promovido pela Rede Católica de Rádio (RCR).




A Anunciação do Senhor


Pelo anjo São Gabriel foi anunciada a Encarnação do Verbo à Virgem Maria. Esse importante momento da História da Redenção é apresentado pelas belas e profundas palavras da piedade medieval, eternizadas na Legenda Áurea (ou Legenda Dourada).

Essa importante obra, composta na Idade Média pelo bem-aventurado Tiago de Varazze (arcebispo de Gênova, oriundo da ordem dominicana, 1226-1298), expressa muito bem a inteligência privilegiada e os dotes literários e devocionais do autor; foi ela responsável pela alimentação espiritual de numerosas almas no decorrer de vários séculos.

A Anunciação

A Anunciação do Senhor é assim chamada porque no dia agora comemorado um anjo anunciou a vinda do Filho de Deus na carne. Por três razões convinha que a encarnação do Filho de Deus fosse precedida por um anúncio, que foi feito pelo anjo.

1) Para que a ordem da reparação correspondesse à ordem da prevaricação. Assim como o diabo tentou a mulher para levá-la à dúvida, da dúvida ao consentimento, e do consentimento à queda, o anjo anunciou à Virgem para estimular sua fé e levá-la da fé ao consentimento e do consentimento à concepção do Filho de Deus.

2) Por causa do ministério do anjo, porque sendo o anjo ministro e escravo do Altíssimo, e tendo a bem-aventurada Virgem sido escolhida para mãe de Deus, era sumamente conveniente que o ministro servisse à senhora e era justo que a Anunciação fosse feita à bem-aventurada Virgem pelo ministério de um anjo.

3) Para reparar a queda do anjo. Se a Encarnação não teve como único objetivo reparar a queda do homem, mas também reparar a ruína do anjo, os anjos não deveriam ser dela excluídos. Como a mulher não está excluída do conhecimento do mistério da Encarnação e da Ressurreição, o mesmo deveria ser do conhecimento do mensageiro angélico. Por isso Deus anunciou ambos os mistérios à mulher por intermédio de um anjo: a Encarnação à Virgem Maria, e a Ressurreição a Maria Madalena.

A bem-aventurada Virgem ficou dos três aos quatorze anos de idade no Templo, junto com outras virgens, e fez voto de castidade até que Deus dispusesse de outro modo. Conforme está detalhadamente relatado na história da natividade da bem-aventurada Maria, José tomou-a como esposa após ter recebido uma revelação divina e após seu ramo ter florescido. A fim de tomar providências para seu casamento, José foi a Belém, onde nascera, enquanto Maria retornava para a casa de seus pais, em Nazaré, nome que significa “flor”. Comenta São Bernardo: “a flor quis nascer de uma flor, em uma flor, e na estação das flores”.

Foi lá, portanto, que o anjo apareceu a ela e a saudou dizendo: “Salve, cheia de graça, o Senhor está contigo, bendita entre as mulheres”. São Bernardo explica: “o exemplo de São Gabriel e o movimento de São João [Batista] convidam-nos a saudar Maria, para nosso benefício”.



Conselho Permanente da CNBB se encontra em Brasília em sua 98º reunião de 26 a 28/3


De 26 a 28 de março de 2019 acontece 98ª reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a primeira deste ano, na sede provisória da entidade, em Brasília (DF).
O órgão, segundo o Estatuto e Regimento da entidade, é responsável pela orientação e acompanhamento da CNBB e dos organismos a ela vinculados. O Conselho Permanente, constituído pela presidência, presidentes das comissões episcopais e membros eleitos dos 18 conselhos episcopais regionais, também tem caráter eletivo e deliberativo.
O destaque da pauta desta edição é a realização da 57ª Assembleia Geral da entidade, que acontece de 1º a 10 de maio deste ano em Aparecida (SP), com análise sobre o texto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019-2023, a ser aprovado pelos bispos de todo país.
Está prevista na quarta-feira, 27 de março, uma bênção ao prédio sede da CNBB, no Setor de Embaixadas Sul, após ter quase 100% de seu processo de reforma, iniciado setembro de 2017, finalizado. Concluída a fase da reforma, a presidência, assessores e colaboradores da entidade deverão retornar à sede definitiva da entidade.
Os bispos que integram o Conselho Permanente também vão analisar a conjuntura sociopolítica do Brasil bem como o texto: Orientação para a Mídia Católica, o projeto Escolas em Rede, da Associação Nacional de Escolas Católicas (Anec), as iniciativas e o planejamento do Mês Missionário Extraordinário, em outubro deste ano.
O cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, apresentará ao grupo as decisões e compromissos assumidos no Encontro sobre Proteção de Menores, realizado em fevereiro no Vaticano. Assuntos dos 18 regionais da entidade e também outros comunicados, como a Conferência Nacional de Sáude e a campanha SOS Moçambique, também integram a pauta da reunião.
Via CNBB


quinta-feira, 21 de março de 2019

Escola Fé e Política abre inscrições para o curso de agentes sociais e lideranças


A Escola Fé e Política Padre Sabino Gentilli, da Arquidiocese de Natal, está com inscrições abertas para o curso de agentes sociais e lideranças.  O curso, oferecido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é destinado a lideranças comunitárias, pastorais sociais e movimentos eclesiais e laicos, que desejem se aprofundar no Ensino Social da Igreja. O curso será oferecido na modalidade de extensão, com direito a certificado para quem cumprir a carga de 180 horas.
A aula inaugural do curso acontecerá no dia 6 de abril, das 8h às 13h, no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, na Cidade Alta, em Natal. A missa de envio será presidida pelo arcebispo metropolitana, Dom Jaime Vieira Rocha. Neste ano, a Escola funcionará em três polos: Natal, João Câmara e Tangará. Os interessados podem obter mais informações com o Setor Social da Arquidiocese de Natal, através do telefone (84) 3615-2800, ou no site redesar.org.br.

Padres da Arquidiocese de Natal vão fazer retiro anual

Mais de 130 sacerdotes da Arquidiocese de Natal, acompanhados do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, vão participar de retiro espiritual, no período de 25 a 29 de março, na cidade de Gravatá (PE). O pregador será Dom Juarez Sousa da Silva, bispo da Diocese de Parnaíba (PI).
De acordo com o arcebispo, Dom Jaime, além de ser uma obrigação, conforme o Direito Canônico (cf. Cân. 276 §2 n. 4), o retiro, também chamado de “Exercícios Espirituais Anuais”, é uma parada para renovação da vocação e da missão dos presbíteros.



Audiência: “Pai-Nosso é uma oração combativa. Deus quer a nossa salvação”


“Seja feita a vossa vontade” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência desta quarta-feira (20/03).
Prosseguindo a série sobre o “Pai-Nosso”, o Pontífice aprofundou a terceira invocação, depois do “Seja santificado o vosso nome” e “Venha a nós o vosso Reino”.
Deus bate à porta do nosso coração
A vontade de Deus foi encarnada em Jesus, explicou o Papa, e esta vontade é buscar e salvar aquilo que está perdido. E nós, na oração, pedimos que a oração de Deus se realize, que seu desenho de salvação se realize primeiro em cada um de nós e depois em todo o mundo:
“ Vocês já pensaram que Deus está me procurando, a cada um de nós, pessoalmente? Deus é grande, quanto amor está por trás disso. ”
Com seu amor, prosseguiu, Deus bate à porta do nosso coração para nos atrair a Ele e nos levar avante no caminho da salvação. Deus está próximo a cada um de nós com o seu amor para nos levar pela mão até a salvação.
O amor de Deus nos liberta
Rezando “seja feita a vossa vontade” não somos convidados a abaixar servilmente a cabeça, “como se fôssemos escravos”. “Deus nos quer livres e Seu amor nos liberta.” O “Pai-Nosso”, de fato, é a oração dos filhos que conhecem o coração de seu pai e estão certos do seu desígnio de amor.
Ai de nós se, pronunciando essas palavras, levantássemos as costas em sinal de rendição diante de um destino que nos repugna e não conseguimos transformar.
Pelo contrário, é uma oração repleta de confiança em Deus que quer para nós o bem, a vida, a salvação. Uma oração corajosa, inclusive combativa, porque no mundo existem muitas, demasiadas realidade que não são segundo o plano de Deus. “Ele quer a paz.”
Nada é aleatório na fé cristã
O “Pai-Nosso”, disse ainda Francisco, é uma oração que acende em nós o mesmo amor de Jesus pela vontade do Pai, uma chama que leva a transformar o mundo com o amor.
“ Não há nada de aleatório na fé dos cristãos: há, ao invés, uma salvação que espera manifestar-se na vida de cada homem e mulher e realizar-se na eternidade. ”
Se rezamos, é porque acreditamos que Deus pode e quer transformar a realidade vencendo o mal com o bem. A este Deus faz sentido obedecer e abandonar-se mesmo na hora da provação mais dura.
Deus, por amor, pode nos levar a caminhar por sendas difíceis, a experimentar feridas e espinhas dolorosas, mas jamais nos abandonará. “Para um fiel, esta, mais do que uma esperança, é uma certeza. Deus está comigo!”, recordou Francisco.
O Papa terminou a catequese convidando os fiéis a rezarem cada um na sua língua a oração do Pai-Nosso.
Via Vatican News


sexta-feira, 15 de março de 2019

Antiga Catedral realiza celebrações tradicionais na Quaresma


A Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, na Cidade Alta, a mais antiga da Arquidiocese de Natal, preparou uma programação especial para o período da Quaresma. Nas terças-feiras, às 18h30, é celebrada a Via Sacra, nas ruas, e, nas sextas-feiras, às 16 horas, na Igreja Matriz (antiga Catedral).
Nas quartas-feiras, às 16 horas, na Matriz, acontece o ‘setenário’, dirigido pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e que lembra as sete dores de Nossa Senhora.


Suzano: Papa Francisco convida a promover a cultura da paz


“Profundamente entristecido”, o Papa Francisco enviou um telegrama ao bispo de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini, manifestando sua solidariedade e conforto espiritual às famílias atingidas pelo “insano ataque” à escola Raul Brasil.
Diante desta “abominável tragédia”, o Papa convida a promover a “cultura da paz com o perdão, a justiça e o amor fraterno, como Jesus nos ensinou“. O Pontífice reza pela recuperação dos feridos e concede a todos a sua benção apostólica.
O telegrama assinado pelo secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, foi lido ao final da celebração eucarística realizada em Suzano.
Segue, abaixo, o texto do telegrama:
Exmo. e revmo.
Dom pedro luiz stringhini
Dispo de Mogi das Cruzes
Profundamente entristecido pela notícia do insano ataque contra alunos, professores e funcionários da escola estadual Raul Brasil, na cidade de Suzano, sua Santidade o Papa Francisco deseja assegurar através de vossa excelência revma. solidariedade e conforto espiritual às famílias que perderam seus entes queridos, ao mesmo tempo que eleva orações pela recuperação dos feridos. O Santo Padre convida a todos, diante desta abominável tragédia, a promover a cultura da paz com o perdão, a justiça e o amor fraterno, como Jesus nos ensinou. Como penhor de conforto, o Papa Francisco concede às pessoas atingidas por este luto e quantos participam na missa de exéquias a bênção apostólica.
Cardeal Pietro Parolin
Secretário de Estado de Sua Santidade
Via Canção Nova


terça-feira, 12 de março de 2019

Como viver bem o tempo da Quaresma


Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação” (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.

Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, “voltamos ao pó” que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: “És pó, e ao pó tu hás de tornar” (Gênesis 2, 19).

Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.

Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola (caridade), práticas que a Igreja chama de “remédios contra o pecado”. É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.

Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.

Quaresma é um tempo de “rever a vida” e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: “Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca”.

Prof. Felipe Aquino

Exercícios espirituais: cultivemos saudáveis utopias, não as cinzas do mundo


Pinceladas de poesias, entremeadas com sonhos. O abade Bernardo Francesco Maria Gianni, que está propondo ao Papa Francisco e aos membros da Cúria romana as meditações para os exercícios espirituais, oferece copiosamente citações e invocações: um sopro delicado sobre as brasas da esperança e da confiança. O incansável construtor da paz Giorgio La Pira volta às suas reflexões, assim como a força evocativa da poesia de Mário Luzi e de Romano Gardini. Tudo orientado para propor um olhar evangélico sobre as cidades, para que possam se tornar “lugares ardentes de amor, de paz e de justiça”.
É o que nos faz celebrar Mário Luzi. A cidade que foi o sonho de Giorgio La Pira, é uma cidade na qual reavivar o fogo, para que a humanidade volte a contemplá-la com renovada esperança, reconhecendo-nos, como seguidamente tentamos dizer, um lugar onde passa o Senhor, um lugar visitado e visitável pelo Senhor.
Reavivar a chama do carisma de Deus
O beneditino olivetano, abade de São Miniato no Monte em Florença, recorda aos presentes que o fogo do amor de Jesus é confiado também ao “testemunho”, à “custódia” e à “paixão” de cada um. E este tempo da Quaresma permite reavivar o fogo que ficou menos ardente “por resignação, por hábito, por aquela “mornidão” justamente repreendida por importantes páginas do Apocalipse”.
É verdade, a Carta aos Romanos, capítulo 11 versículo 20 nos recorda: os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. Mas como podemos nos considerar dispensados da busca apaixonada do combustível necessário para manter acesa, ardente, e em crescimento a chama da vocação que recebemos?
A presunção de não precisar de nada
O abade alerta sobre a presunção de não “precisar de nada”, com o qual, frisa, “nos consideramos realmente dispensados de considerar seriamente e cuidar deste dom imenso que o Senhor nos doou”, com “uma vida de oração, de escuta da sua Palavra, alimentando-nos da santa e divina Eucaristia, vivendo uma fraternidade radical que derive da escuta da Palavra e da conformação à lógica eucarística com a qual a vida divina se abre entrando dentro de nós”. “E realmente se entra”, insiste, “misticamente com a força do Espírito Santo”.
Um sopro que é a força do Espírito Santo que se digna de passar através de nós, que se digna transformar as nossas fraquezas, as nossas fragilidades, tornando-nos capazes de reacender novamente aquela chama dos desejos ardentes.
A sinfonia das estações
Recordando mais uma vez as palavras do profeta da esperança Giorgio La Pira, o monge lembra que um homem pode “nascer quando é velho”: e isso acontece “se nos sentimos necessitados da necessidade e desejosos do desejo”, quando realmente participamos “a este evento pascal de um autêntico renascimento a partir do alto”.
E então trata-se de redescobrir que dentro de nós há uma sinfonia, há uma polifonia no espírito muito mais rica e articulada do que aquela que o tempo mecânico dos nossos relógios parecem nos sugerir. São Paulo na Segunda Carta aos Coríntios, usa palavras de extraordinária força evocativa e de grande verdade espiritual e antropológica: “Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso físico vai se arruinando, o nosso interior, pelo contrário, vai-se renovando dia a dia”.
Resistir às cinzas do mundo
Portanto, não se deve se render “às cinzas dentro e fora de nós” porque esta “segunda criação pode se realizar em cada homem, através de cada palavra, através de cada acontecimento”.
Uma perspectiva que a mim parece restituir à condição humana uma dignidade à qual não se deve banalmente se congratular com uma auto referencialidade pecaminosa. Pelo contrário, leva-a a uma inquietude que gere Páscoa por tudo e de qualquer modo em uma perspectiva que decidimos contemplar no espaço da convivência citadina, porque advertimos que principalmente ali, está reunida a grande tentação de se reconhecer só e somente como cinza inerte, fruto de uma combustão que deflagrou as esperanças e os sonhos principalmente – permitam-me dizer – das novas gerações.
A partir disso a importância de não buscar “resultados imediatos que produzam rendimentos políticos fáceis, rápidos e efêmeros”, mas ações capazes de gerar “novos dinamismos na sociedade”, capazes de dar plena floração ao ser humano.
A possibilidade de um novo início
Certamente a vida é “hábito, como uma constrição, como um relógio”, mas há sempre “o momento da decisão”: e esta é a “força do início”, a “força da novidade” que “nasce do espírito, do coração”. Na escolha ganha intensidade a liberdade do homem, que deveria se plasmar no exemplo de Cristo ao invés de dar “atenção às pessoas desiludidas e infelizes”, a “quem recomenda cinicamente de não cultivar esperanças na vida”, a quem “derrota logo todo o entusiasmo dizendo que nada vale o sacrifício de uma vida toda”.
Não ouçamos os “velhos” de coração que sufocam a euforia juvenil; vamos aos velhos que têm os olhos que brilham de esperança. Cultivemos saudáveis utopias. Deus nos quer capazes de sonhar como Ele e com Ele enquanto caminhamos atentos à realidade. Sonho, fogo, chama. Sonhar um mundo diverso e se um sonho se apaga voltar a sonhá-lo de novo, extraindo com esperança da memória das origens, e das brasas que talvez depois de uma vida não tão boa, estejam escondidas sob as cinzas do primeiro encontro com Jesus.
Via Vatican News


Minicurso aborda pesquisa histórica em arquivos eclesiásticos

O arquivo metropolitano da Arquidiocese de Natal promove no dia 10 de abril, o minicurso “Introdução à pesquisa histórica em arquivos eclesiásticos”. A atividade vai ser realizada no salão de eventos do subsolo da Catedral Metropolitana, das 14h às 16h. As inscrições estão abertas, de forma gratuita e podem ser feitas por meio do formulário: 

O minicurso será voltado para alunos de graduação em ciências humanas e pesquisadores amadores. Outras informações ligue: (84) 3615-2800.

sexta-feira, 8 de março de 2019

9 mulheres que foram exemplares para a Igreja e o mundo

Há quem diga que a mulher não tem papéis importantes na Igreja. Entretanto, desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o Povo de Deus, influenciando também no curso do Papado. Conheça 9 mulheres que foram exemplares para a Igreja.
1. A Virgem Maria
“Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4), disse Jesus à sua Mãe nas Bodas de Caná, em um casamento ao qual ambos tinham sido convidados. Cristo escutou sua mãe, a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Jesus.
Os primeiros séculos do cristianismo estão cheios de mulheres corajosas que não duvidaram em dar sua vida por Cristo, incentivando os demais cristãos a não fraquejar quando lhes chega o momento.
2. Santa Hildegarda de Bingen
Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja já não era perseguida, mas vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, que chegou a ter uma séria de visões místicas.
Escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade e foi declarada Doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012, junto com São João d’Ávila. Sua popularidade fez com que muitas pessoas, entre bispos e abades, lhe pedissem conselhos.
“Quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao Papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus”, contou o Papa Bento XVI em sua audiência geral sobre esta santa em 2010.
3. Santa Catarina de Sena
Posteriormente, apareceria outra mística e Doutora da Igreja, Santa Catarina de Sena (1347-1380), que vestiu o hábito da ordem terceira de Santa Domingo. Nesta época, os Papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de ter sido abandonados por seus bispos, ameaçando com o cisma.
Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e ao consultar Santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O Pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o Santo Padre cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.
Mais tarde, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do Papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico Pontífice.
A Santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do Papa, que seguiu suas instruções. A Santa também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma. Toma uma mostra de defesa do papado.
4. Santa Teresa de Jesus
Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita.
Apesar de ter sido incompreendida, perseguida e até acusada na Inquisição, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Submersa muitas vezes em êxtases, nunca deixou de ser realista.
Sendo Santa Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também Doutora da Igreja.
5. Santa Rosa de Lima
Do outro lado do mundo, na América, mais precisamente no Peru, Santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou Santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes.
“Provavelmente, não houve na América um missionário que com suas pregações tenha conquistado mais conversões do que as que Rosa de Lima obteve com sua oração e suas mortificações”, disse o Papa Inocêncio IX ao se referir à primeira Santa da América.
São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.
6. Santa Teresa de Lisieux
Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu Santa Teresa de Lisieux (1873-1897), Doutora da Igreja e padroeira universal das missões.
Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.
“Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse São João Paulo II sobre esta santa.
O Papa Francisco também comentou em diversas ocasiões a profunda devoção que o une a esta santa e compartilhou em uma de suas viagens que antes de cada viagem ou diante de uma preocupação, costuma pedir “uma rosa”.
7. Santa Edith Stein
Durante a perseguição nazista no século XX, surgiu na Europa outra grande mulher, convertida do judaísmo, religiosa carmelita descalça e mártir, Santa Edith Stein, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942).
Junto com outros judeus conversos, foi levada ao campo de concentração de Westerbork em vingança das autoridades pelo comunicado de protesto dos bispos católicos dos Países Baixos contra as deportações de judeus.
Santa Edith foi transferida para Auschwitz, onde morreu nas câmaras de gás, junto com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo, e muitos outros de seu povo.
São João Paulo II diria sobre ela: “Uma filha de Israel, que durante a perseguição dos nazistas permaneceu, como católica, unida com fé e amor ao Senhor Crucificado, Jesus Cristo, e, como judia, ao seu povo”.
8. Santa Teresa de Calcutá
O testemunho de Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”, dizia a também ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979.
Em sua canonização em outubro de 2016, o Papa Francisco disse que “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que ‘quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável’”.
9. Santa Gianna Beretta Molla
Para encerrar esta lista de grandes mulheres que mudaram o mundo e a história, recordamos Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962). Esta santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.
Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.
Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.
Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
Via ACI Digital