quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Qual o sentido da celebração das Cinzas?

A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa.
Para os antigo judeus sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e voltar para Deus. As Cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer; que somos pó e que ao pó da terra voltaremos (Gn 3, 19) para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa para não mais perecer.
A intenção deste sacramental é levar-nos ao arrependimento dos pecados, marcando o início da Quaresma; e fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.
A maioria das pessoas, mesmo os cristãos, passam a vida lutando para “construir o céu na terra”. É um grande engano. Jamais construiremos o céu na terra; jamais a felicidade será perfeita no vale em que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos sim lutar para deixar a vida na terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos sempre aqui.
Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio de Deus nisso? A cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc.. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do coração e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório… nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha, Todo dia que nasce logo se esvai… e assim tudo passa, tudo é transitório, Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Compra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos.., e assim por diante.

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

5 razões para se animar a ir à Missa todos os dias


O preceito da Missa dominical é essencial na vida de todo católico, mas ainda é mais proveitoso participar da Eucaristia todos os dias, como muitos grandes santos fizeram ao longo da história.

Em um artigo publicado no jornal ‘Catholic Herald’, Pe. Matthew Pittam, sacerdote da Arquidiocese de Birmingham (Inglaterra), refletiu sobre a importância de participar da Eucaristia todos os dias.



O sacerdote recordou as palavras de São Bernardo de Claraval para definir a importância da Missa: “Gganha-se mais assistindo a uma única Santa Missa do que distribuindo a fortuna aos pobres e peregrinando a todos os santuários mais sagrados da cristandade”.
A seguir, confira 5 razões propostas por Pe. Pittam para participar da Missa diariamente:

1. Crescer na fé

Pe. Pittam indicou que é correto e importante participar da Eucaristia no domingo, mas a Missa diária “é um testemunho silencioso da necessidade de ter uma fé que se prolonga por toda a semana e em toda a nossa vida”.

“Só com a Missa dos fins de semana, estamos reforçando a ideia de que só é possível ser católicos de domingo. A dimensão espiritual de tudo isso não deve ser subestimada”, advertiu.

2. É o coração da paróquia e da Igreja

Pe. Pittam assinalou que a Missa diária é “como o pulsar do coração da vida da paróquia” e os que participam, embora sejam poucos, “são os que fazem com que a Igreja siga em frente”.

O sacerdote citou como exemplo a sua própria paróquia, onde os que participam diariamente da Missa são “as pessoas que eu posso chamar se preciso fazer alguma coisa”.

“Eles são os que limpam a igreja, ajudam na programação da catequese, organizam os eventos e administram as finanças. Eles também são os que mantêm a igreja com a sua contribuição econômica e com o seu apoio”, referiu.

3. Sustenta a comunidade

A Missa diária também tem um papel importante na comunidade paroquial porque, segundo Pe. Pittam, esta une os fiéis.
Inclusive nos momentos de oração, antes e depois da Eucaristia, como por exemplo a oração das laudes ou a adoração ao Santíssimo Sacramento.
Além disso, “a Missa diária sustenta e ajuda os fiéis a crescer em sua fé. A Missa diária também os ajudou a desenvolver sua relação com a comunidade”, expressou.

Embora somente a metade da paróquia participe da Missa diária, para o presbítero, “eles proverão de um firme fundamento de oração no qual a vida da comunidade é construída”.
“Estas celebrações silenciosas e modestas são um tesouro que nos arriscamos a perder em detrimento de toda a vida da paróquia”, sublinhou.

4. É um gesto de acolhida em momentos difíceis

Pe. Pittam indicou que as pessoas começam a frequentar a Missa todos os dias quando passam por momentos de crise, como uma dor ou a perda de um ente querido. Recordou que uma mulher começou a participar da Missa diariamente depois da morte do seu pai.
“Ela não era uma paroquiana durante a semana, mas começou a vir porque sabia que estávamos ali e que naquele momento de necessidade Jesus estaria presente através do sacramento”, contou.
“Há algo na Missa diária que nos mostra que a Igreja está disponível para nós. Por isso, tem consequências missionárias”, expressou.

5. Forma futuros líderes

O sacerdote assinalou que a Missa diária faz parte da formação de muitos líderes paroquiais e colaboradores.

“O que substitui esta oportunidade nas paróquias se já não houver uma celebração diária ou que se compartilha em vários centros?”, perguntou.

Prof. Felipe Aquino


Vicariato Norte abrirá Campanha da Fraternidade em dois locais


A abertura da Campanha da Fraternidade 2020, em nível de Vicariato Episcopal Norte, acontecerá em dois locais. No dia 29 de fevereiro, a abertura será para as paróquias do 5º e do 6º Zonal, em São Rafael. As caravanas vão se concentrar às 15 horas, na entrada da cidade e, de lá, sairão em caminhada até a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde haverá celebração da missa.
No dia primeiro de março, será a vez das paróquias do 7º e do 14º Zonal se reuniram em Ceará-Mirim para a abertura da Campanha. A concentração será em frente ao Abrigo de Idosos São Vicente de Paula. Lá, haverá celebração do rito da unção dos enfermos para os internos do Abrigo. Na ocasião, serão entregues os materiais de limpeza e de higiene pessoal, arrecadados pelas paróquias dos dois zonais, destinados ao Abrigo. Após as 16 horas, os fiéis sairão em caminhada até a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde será celebrada missa, presidida pelo vigário geral da Arquidiocese, Padre Paulo Henrique da Silva.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

CNBB lança 53ª Edição dos Prêmios de Comunicação e traz novidades


Estão abertas as inscrições para os Prêmios de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O prêmio chega à sua 53ª edição e vai premiar trabalhos que destacam valores humanos e cristãos em trabalhos em diversas áreas da comunicação e da arte: Cinema (Prêmio Margarida de Prata), Rádio (Prêmio Microfone de Prata), Imprensa (Prêmio Dom Hélder Câmara), TV (Prêmio Clara de Assis) e Internet (Prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida).
E tem novidades para a edição 2020: duas novas categorias. O prêmio Pastoral “Kerigma”, que visa o reconhecimento e o incentivo de ações desenvolvidas pelas equipes da Pastoral da Comunicação, nas paróquias e dioceses, tendo como critério a implementação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB (2019-2023), e o prêmio “Papa Francisco”, que vai reconhecer e incentivar o trabalho dos pesquisadores em comunicação de graduação e pós-graduação, que colaboram na reflexão e no trabalho pastoral da Igreja no Brasil.
Além disso, a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB que organiza o prêmio vai outorgar novamente com a menção honrosa “irmã Doroty Stang” para pessoas ou trabalhos do mundo da comunicação que se destacarem na promoção de valores humanos e cristãos.
É importante que cada fase do processo seja respeitada para o êxito da inscrição: leitura e aceitação das normas apresentadas no Regulamento/Edital; apresentação do trabalho que irá concorrer aos prêmios com resumo da obra e informações sobre o autor; e, finalmente, o upload ou apresentação de link do trabalho. É preciso que o trabalho esteja disponível no período de 10/02 a 10/10/2020. O trabalho que não estiver disponível neste período estará automaticamente desclassificado. Para se inscrever basta acessar o site: https://premios.cnbb.org.br


Vicariato Urbano promove formação sobre CF2020


O Vicariato Episcopal Urbano, da Arquidiocese de Natal, vai promover uma formação sobre a Campanha da Fraternidade 2020, que tem como tema: “Fraternidade e vida: dom e compromisso”.

O encontro vai acontecer no próximo sábado, 15, das 8h às 13 horas, na Paróquia de Santa Rita de Cássia dos Impossíveis, em Ponta Negra, e é destinado aos articuladores paroquiais e equipes paroquiais de campanhas do Vicariato Urbano, que é formado pelas paróquias da capital e da grande Natal.

Outras pessoas interessadas no tema da Campanha da Fraternidade deste ano, também podem participar da formação, que vai ser assessorada pelo Cônego Egídio de Carvalho Neto, da Arquidiocese de João Pessoa (PB).
Mais informações com a coordenação arquidiocesana de pastoral, através do telefone 3615-2800.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

CF 2020 – Como conhecer o tema central: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”?

A Campanha da Fraternidade é o modo com o qual a Igreja no Brasil vivencia a Quaresma. Há mais de cinco décadas, ela anuncia a importância de não se separar conversão e serviço à sociedade e ao planeta. A cada ano, um tema é destacado. Desta forma, a Campanha da Fraternidade já refletiu sobre realidades muito próximas dos brasileiros: família, políticas públicas, saúde, trabalho, educação, moradia e violência, entre outros enfoques.
Em 2020, a CF convida, a olhar de modo mais atento e detalhado para a vida. Com o tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), busca conscientizar, à luz da palavra de Deus, para o sentido da vida como dom e compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, casa comum.
Como aprofundar o tema deste ano?
Texto-base, vídeo-aulas, matérias jornalística e o vídeo oficial integram um conjunto de subsídios para conhecer e aprofundar o tema central da campanha e se inspirar na atitude do “Bom Samaritano” na hora de planejar ações nas comunidades. Veja abaixo onde encontrar estes subsídios.
Conhecer e ler o texto-base
A Campanha da Fraternidade oferece sempre uma publicação conhecida como “Texto-base” com o aprofundamento do tema de cada ano organizado no método “ver, julgar e agir”. O subsídio é publicado pela CNBB, a Edições CNBB. Este ano, o texto-base convida a um olhar que se eleva para Deus, no mais profundo espírito quaresmal, e volta-se também para os irmãos e irmãs, identificando a criação como presente amoroso do Pai.
Ver, sentir, compaixão e cuidar são os verbos de ação que irão conduzir este tempo quaresmal. Para isso, o texto-base que é dividido em três partes, convida que cada pessoa, cada grupo pastoral, movimento, associação, Igreja Particular e o Brasil inteiro, motivados pela Campanha da Fraternidade, possam ver fortalecida a revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da fraternidade.
O subsídio, disponível para compra no site da editora, além de oferecer um panorama completo, com todo o referencial para que se possa viver, difundir e praticar os preceitos dessa edição da CF, traz a letra do hino oficial, a oração e o conceito da arte do cartaz. Também apresenta dados e orientações sobre o Fundo Nacional de Solidariedade e o resultado integral das coletas realizadas nas celebrações do Domingo de Ramos, coleta da solidariedade.
A produção apresenta experiências de cuidado com a vida em suas várias dimensões encontradas Brasil afora e poderá ser utilizado para auxiliar as reflexões sobre a temática. O vídeo oferece um panorama completo, com todo o referencial necessário “para viver, difundir e praticar os preceitos desta edição da CF”.
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, ressalta as diversas ações de cuidado em favor da vida promovidas pela Igreja em várias partes do Brasil e também “as diversas situações onde a vida tem sido descuidada e necessita de uma intervenção evangélica fruto de um coração convertido pela Palavra de Deus”. O vídeo intercala experiências de cuidado com a vida com frases de Santa Dulce dos Pobres, segundo padre Patriky, “a grande inspiradora, boa samaritana para os dias atuais”, exemplo de que “Vida doada é vida santificada”.
O vídeo pode ser encontrado no canal da CNBB no youtube: https://www.youtube.com
Vídeo aulas da CF 2020
Nesta série de três vídeos, é possível se informar sobre o tema central da CF 2020. O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, aprofunda as três partes do texto-base e da iluminação bíblica que inspirou esta campanha nos três vídeos que integram a série. As vídeo-aulas podem ser encontradas neste canal.
A série de vídeo aulas sobre o tema central pode ser vista no canal da Edições CNBB no youtube.
Matéria da Revista Bote Fé
Uma matéria jornalística especial, publicada na edição nº 30 da Revista Bote Fé, que circula de janeiro a março de 2020, aprofunda o caminho que a CF propõe: “agir como o Bom Samaritano”. A matéria fala da Quaresma como tempo litúrgico no qual a Igreja faz um convite mais intenso à conversão pessoal, renovação na família e ações em comunidade. A matéria apresenta ainda um pouco da trajetória de Santa Dulce dos Pobres e experiências no Brasil, como a experiência da Associação Guadalupe, em São José dos Campos (SP), que atua com gestantes em situação de vulnerabilidade social e com atendimento e aconselhamento de mulheres que apresentam algum risco de interromper a gravidez. A matéria apresenta ainda ações práticas a partir do texto base da CF 2020: primeirear, envolver, acompanhar, frutificar e festejar.
O link da matéria pode ser acessado aqui: https://recursos.edicoescnbb.com.br
Via CNBB

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Dom Jaime celebra 45 anos de sacerdócio


O arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, completa 45 anos de sacerdócio, dia primeiro de fevereiro. A celebração em ação de graças acontece no dia 8, às 9 horas, na Catedral Metropolitana, presidida pelo aniversariante e concelebrada pelo clero arquidiocesano. A missa será transmitida, ao vivo, pela página www.facebook.com/arqnatal.
Dom Jaime foi ordenado sacerdote em primeiro de fevereiro de 1975, pelo então arcebispo de Natal, Dom Nivaldo Monte, no Ginásio Poliesportivo do SESC. Junto com ele, foram ordenados também Padre José Freitas Campos, pároco da Paróquia de São Sebastião, no Alecrim, e Padre Antônio Cassiano da Silva, pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, nas Quintas. Dom Francisco Canindé Palhano, atual bispo da Diocese de Petrolina (PE), era da mesma turma, mas foi ordenado dia 2 de fevereiro.

O Papa: o mundo rico de hoje pode e deve acabar com a pobreza


“Calcula-se que cerca de cinco milhões de crianças abaixo dos 5 anos morrerão este ano devido à pobreza. Outras 260 milhões não receberão uma educação por falta de recursos, por causa das guerras e das migrações”, acrescentou.
Esta situação, disse ainda, levou milhões de seres humanos “a ser vítimas do tráfico de pessoas e das novas formas de escravidão, como o trabalho forçado, a prostituição e o tráfico de drogas”.
Não somos condenados à iniquidade universal
Tais realidades não devem ser motivo de desespero, mas de ação, são realidades que nos impulsionam a fazer algo, frisou Francisco, destacando em seguida a principal mensagem de esperança que gostaria de partilhar com os presentes:
“Não existe um determinismo que nos condene à iniquidade universal. Permitam-me repetir: não somos condenados à iniquidade universal. Isso torna possível um novo modo de enfrentar os eventos, que permita encontrar e gerar respostas criativas diante do evitável sofrimento de tantos inocentes; isso implica aceitar que, em não pouca situações, nos encontramos diante de uma falta de vontade e de decisão para mudar as coisas, e principalmente as prioridades.”
Em seguida, o Santo Padre foi enfático: “Um mundo rico e uma economia vibrante podem e devem acabar com a pobreza. E se podem gerar e promover dinâmicas capazes de incluir, alimentar, cuidar e vestir os últimos da sociedade ao invés de excluí-los”.
Escolher a que e a quem dar prioridade
Devemos escolher a que coisa e a quem dar prioridade: se favorecer mecanismos socioeconômicos humanizadores para toda a sociedade ou, ao contrário, fomentar um sistema que acaba por justificar determinadas práticas que só fazem aumentar o nível de injustiça e de violência social.
Dito isso, o Pontífice foi taxativo:
“O nível de riqueza e de técnica acumulados pela humanidade, bem como a importância e o valor que os direitos humanos adquiriram, não permitem mais pretextos. Devemos ter consciência de que todos somos responsáveis. Isso não quer dizer que todos somos culpados. Todos somos responsáveis a fazer algo.”
Extrema pobreza e extrema riqueza
Se existe a pobreza extrema em meio à riqueza (por sua vez riqueza extrema), é porque permitimos que a disparidade se ampliasse até tornar-se a maior da história.
Baseado em dados quase oficiais, Francisco afirmou que as cinquenta pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio tal que poderiam financiar a assistência médica e a educação de toda criança pobre no mundo, quer através do pagamento de impostos, quer através de iniciativas filantrópicas, ou ambas. Essas cinquenta pessoas poderiam salvar milhões de vida todos os anos, destacou.
A globalização da indiferença foi chamada “inação”. São João Paulo II a chamou: estruturas de pecado. Tais estruturas encontram um clima propício para a sua expansão toda vez que o Bem Comum é reduzido ou limitado a determinados setores ou, no caso que nos reúne hoje, quando a economia e a finança se tornam fins a si mesmas. É a idolatria do dinheiro, a avidez e a especulação.
Estruturas de pecado hoje
Seguindo a razão iluminada pela fé, ressaltou Francisco, a doutrina social da Igreja celebra as formas de governo e os bancos “quando realizam sua finalidade, que é, definitivamente, buscar o bem comum, a justiça social, a paz, bem como o desenvolvimento integral de todo indivíduo, de toda comunidade humana e de todas as pessoas.”
“Todavia – observou o Papa –, a Igreja alerta que essas instituições benéficas, tanto públicas quanto privadas, podem decair em estruturas de pecado.”
“As estruturas de pecado hoje incluem repetidos cortes dos impostos para as pessoas mais ricas, justificados muitas vezes em nome do investimento e do desenvolvimento; paraísos fiscais para os lucros privados e corporativos; e a possibilidade de corrupção por parte de algumas das maiores empresas do mundo, não raramente em sintonia com o setor político governante.”
O peso insuportável da dívida externa dos países pobres
Em seguida, o Pontífice falou sobre o peso dívida externa dos países pobres e suas consequências sobre a população. “As pessoas pobres em países muito endividados suportam imposições tributárias opressoras e cortes nos serviços sociais, na medida em que seus governantes pagam as dívidas contraídas de modo insensível e insustentável.”
Nesse sentido, Francisco citou a Carta encíclica Centesimus annus (n. 35) de 1991, afirmando que as exigências morais de São João Paulo II se mostram hoje supreendentemente atuais:
“Com certeza que é justo o princípio de que as dívidas devem ser pagas; não é lícito, porém, pedir ou pretender um pagamento, quando esse levaria de fato a impor opções políticas tais que condenariam à fome e ao desespero populações inteiras. Não se pode pretender que as dívidas contraídas sejam pagas com sacrifícios insuportáveis. Nestes casos, é necessário — como, de resto, está sucedendo em certa medida — encontrar modalidades para mitigar, reescalonar ou até cancelar a dívida, compatíveis com o direito fundamental dos povos à subsistência e ao progresso.”
Indústria da guerra, dinheiro e tempo a serviço da morte
O Santo Padre disse ainda que “é necessário afirmar que a maior estrutura de pecado é a indústria da guerra, porque é dinheiro e tempo a serviço da divisão e da morte. O mundo perde todos os anos bilhões de dólares em armamentos e violências, somas que poderiam acabar com a pobreza e o analfabetismo”.
“Vocês, que tão gentilmente estão aqui reunidos, são os líderes financeiros e especialistas do mundo em economia”, disse o Papa dirigindo-se diretamente aos economistas, ministros da economia e banqueiros presentes no evento promovido pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais. “Vocês conhecem por primeiro quais são as injustiças da nossa economia global atual. Trabalhemos juntos para acabar com essas injustiças”, foi a exortação do Pontífice.
Por uma nova arquitetura financeira internacional
Concluindo, Francisco afirmou com veemência que “o tempo presente exige e requer passar de uma lógica insular e antagonista como único mecanismo autorizado para a solução dos conflitos, a outra (lógica) capaz de promover a interconexão que favorece uma cultura do encontro, onde se renovem as bases sólidas de uma nova arquitetura financeira internacional”.
Via Vatican News


terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

FILHAS DO AMOR DIVINO REALIZAM PROFISSÃO DE VOTOS



O dia 2 de fevereiro é uma data muito significativa para a Congregação Filhas do Amor Divino (FDC), porque é o momento no qual as Freiras professam sua fé e renovam seus votos de forma pública. O dia também tem uma grande importância para os católicos, porque é o momento em que a Igreja celebra a Festa de Apresentação do Senhor, relembrando o dia em que Jesus foi apresentado ao Templo por Maria e José. O gesto da apresentação relembra o oferecimento da vida de Jesus Cristo a Deus, vislumbrando que Sua Existência está voltada para a humanidade. Esta celebração também é conhecida como Festa da Purificação de Nossa Senhora. 

A cerimônia foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha e contou com as presenças dos Arcebispos Eméritos, Dom Heitor de Araújo Sales e Dom Matias Patrício de Macedo, contando com as presenças de diversos padres, diáconos, seminaristas, familiares e amigos da Irmãs, no Auditório Madre Francisca Lechner, no Colégio das Neves em Natal.  

Iniciou-se com a entrada dos celebrantes e em seguida entram as freiras, cada uma trazendo uma vela acesa, indicando que seus corações buscam de forma incessante, Àquele que é a Luz do Mundo. A vela acesa é um símbolo forte na cerimônia: exprime a fé e o ardor da nossa alma e atesta a adoração que os fiéis prestam a Deus. 



PRIMEIRA PROFISSÃO

Ir. Karina Rodrigues dos Santos
Ir. Girleide Maria Alves da Silva


RENOVAÇÃO DOS VOTOS

Ir. Edna Luiz dos Santos
Ir. Betania Maria Ferreira de Freitas
Ir. Daniely Sandra de Lima
Ir. Joana Darque Vieira Dias
Ir. Jaqueline Ferreira da Costa
Ir. Jéssica Kaytty Caraciolo de Assis
Ir. Patrícia Oliveira Rodrigues

JUBILEU DE PRATA

Irmã Elizabete Crisanto de Melo
Irmã Inácia Lúcia Dantas

JUBILEU DE BRILHANTE

Ir. M. Regina de Araújo