sábado, 25 de junho de 2011

Religiosas à frente de paróquias

“Freiras tomaram conta de tudo”. Esta é a manchete de um jornal de 31 de julho de 1964 noticiando a experiência inovadora iniciada por Dom Eugenio na Diocese de Natal para suprir as necessidades pastorais e a carência de sacerdotes. Dizia ele numa intervenção, por escrito, no Concílio Vaticano II: “No presente, é de oitenta milhões o número de habitantes do país, e os padres são apenas doze mil, enquanto temos cerca de quarenta mil religiosas (...). Quem não percebe quão nefasta seria a omissão, se não nos dedicarmos a preparar estas magníficas coortes de religiosas e se, uma vez preparadas, não as convocarmos a colaborarem em todas as obras apostólicas que não são reservadas aos sacerdotes?”.1
Nísia Floresta, município do interior do Rio Grande do Norte, tornou-se a primeira paróquia do mundo a ser entregue a religiosas a partir de 3 de outubro de 1963. Assim, o Movimento de Natal abriu novas perspectivas para o apostolado e as primeiras religiosas assumiram a missão: as Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, em Nísia Floresta; as Irmãs do Imaculado Coração de Maria, em Itaipu; as Irmãs do Amor Divino, em São Gonçalo; as “Dammes de Marie”, vindas da Bélgica, em Macau.
Embora houvesse um sacerdote designado para a paróquia, que nos fins de semana a visitava e administrava os sacramentos, as religiosas se dedicavam à preparação de noivos para o matrimônio, às exéquias, ao acompanhamento dos diversos movimentos leigos. Depois começaram a administrar o batismo e, em alguns casos, a assistir matrimônios. Com relação à distribuição da sagrada comunhão, Dom Eugenio escreveu ao Papa João XIII em 1962 e recebeu dele autorização para que as religiosas também exercessem esse encargo.
A novidade pastoral se tornou conhecida, difundida em outras regiões do país e internacionalmente, e propiciou uma revalorização das religiosas no apostolado da Igreja.

1 BEOZZO, José O., A Igreja do Brasil no Concílio Vaticano II 1959-1965, São Paulo, Paulinas, 2005,p.347.

A Juventude do Amor Divino – JAD é um movimento jovem inspirado no 
Carisma da Congregação das Filhas do Amor Divino, fundada pela serva de Deus Me. Francisca Lechner, 1868, na Áustria. Este grupo atraído pelo ‘Amor Divino que encanta’, procura vivenciar no dia a dia, com ‘energia divina’, a espetacular missão: 
“Tornar visível o amor de Deus no mundo”, fundamentada pelo objetivo de “Fazer o bem, Tornar feliz e Conduzir ao céu”.




“Nenhuma manhã sem oração fervorosa” 
Será que todos os dias ao acordarmos agredecemos a Deus por ter nos concedido mais um dia de vida?

“Nenhum trabalho sem boa intenção” 
Será que tudo que fazemos tem um fundo positivo?

“Nenhuma alegria sem um obrigado a Deus” 
Será que só lembramos de Deus quando estamos num momento de tristeza?

“Nenhuma palavra sem me lembrar do onipresente” 
Será que temos consciência de que a cada segundo Ele está conosco?

“Nenhum sofrimento sem serena resignação” 
Será que sei entregar o que estou passando a Deus ou sei apenas lamentar?

“Nenhuma ofensa sem perdão” 
Será que percebemos que ao rezar a oração que Ele nos ensinou digo: perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido?

“Nenhuma falta sem arrependimento” 
Será que sei reconhecer meus erros?

“Nenhuma ação do próximo sem ser interpretada benignamente” 
Será que sabemos ver também o lado bom das pessoas?

“Nenhuma boa obra sem humildade” 
Será que fazemos as coisas porque é certo ou porque queremos que os outros vejam?

“Nenhum pobre sem auxílio” 
Será que tenho a consciência de que um dia temos e no outro podemos não ter?

“Nenhum coração sofredor sem uma palavra de conforto” 
Será que temos tempo para confortar os outros ou estamos preocupados demais com a nossa própria vida?

“Nenhuma noite sem exame de consciência” 
Será que no final do dia refletimos sobre os nossos erros para tentarmos não cometê-los novamente?

Festa de Corpus Christi




















Na festa do Teu corpo e sangue
Dá-nos Senhor a
Certeza da Tua presença
Nos dons eucarísticos!

Na festa da vida,
Que deve ser cada eucaristia,
Ensina-nos Senhor
A comunhão com os irmãos,
Radicada na unidade sacramental.

Ensina-nos que nunca é compreensível
Celebrar o gesto que significa
Sacrifício e dom da vida,
União com Cristo e com os irmãos
E fomentar divisões,
Cultivar discórdias e manter desigualdades!

Impele-nos a viver cada eucaristia
Como actores comprometidos
Convictos da Tua presença
E não como simples espectadores!

(Do Livro Liturgia das Horas)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sr. M. Blanka - 90 anos de vida

Em 24 de maio 2011, no círculo das irmãs e parentes no convento de Veľkých Levároch, Sister Mª Blanka Balonová comemorou 90 anos de vida. Irmã Blanka agradece a Deus a abundância da graça, que continuamos a acompanhar o seu zelo no serviço de Deus.

Sr. M. Balão Blanka nasceu em Bohuniciach, distrito. Ilava. Dedicando-se a Deus na Congregação das Filhas do Amor Divino, em Trnave, em 1942 onde passou os primeiros votos. Trabalhou em várias comunidades na Eslováquia e na República Checa mais tarde. Ainda hoje, toca órgão e canta.
 

Notícias do 'JAD' de Barreiras/CE

Querida Irmã Judith,

Reze por nosso grupo do JAD e MINI JAD para que continue entusiasmado, criativo e dinâmico. No dia de CORPUS CHRISTI iremos fazer um grande Tapete nas Ruas da Cidade. Reze para que ocorra tudo na Santa Paz de Deus e para que possamos também incentivar os nossos Jovens a buscar o caminho de Deus.

Um grande abraço fraterno para a Senhora e todos da FAMILIA AMOR DIVINO!

Guto (Gustavo de Barreiras, CE)



BREVE RELATO SOBRE O ENTERRO DE MADRE FIDELIS WENINGER – 03.06.2011

Grottaferrata, 10.06.2010


Bom dia, queridas Irmãs das Comunidades da Província Nossa Senhora das Neves e da Província Nossa Senhora da Anunciação.

Inicio, com a Palavra de Jesus e a de um poeta desconhecido: “Existem muitas moradas na Casa do meu Pai (...) e quando Eu lhes tiver preparado um lugar, voltarei e levarei vocês comigo, para que onde Eu estiver, estejam vocês também” (Jo 2, 2-3). Os bons dias te dão felicidade e os maus te dão experiência! O bom êxito te mantém brilhante, mas somente Deus te mantém caminhando para o Seu abraço e a Sua morada.

Ontem estive fazendo um pouco de ordem no “meu jardim” de flores, porque as ervas daninhas já estavam tomando conta e, então, pensei que seria bom dar uma atenção “especial ao nosso belo jardim humano”, às Irmãs das duas Províncias brasileiras para compartilhar um pouquinho e relatar, sem maiores detalhes, a celebração do enterro de nossa a Madre Fidelis Weninger, a quem consagram um grande amor. Ela, nossa Superiora Geral, durante 18 anos (1965-1983) foi para a eternidade, a fim de ser acolhida na “morada que desde toda a eternidade lhe foi preparada por Deus, Trindade”, no dia 20 de maio de 2011.

No coração de muitíssima gente Madre Fidelis permanece e permanecerá viva, para sempre! Dia 03 de junho, com início ao meio dia, seguiu-se o programa previsto: terço e missa, na capela São José, em Breitenfurt. As Irmãs haviam preparado um livrinho com as orações e cantos, para que todos pudessem acompanhar as cerimônias/celebrações. Cada dezena do terço dos Mistérios Gloriosos foi rezada numa das línguas mais conhecidas na Congregação. A 1ª foi em português (tive a graça de presidi-la) e todas as brasileiras presentes rezaram bem forte, em sintonia e unidade com todas as FDC do/no Brasil. A missa foi presidida pelo vigário geral da Diocese e por mais três sacerdotes, inclusive o mano da Irmã M. Alberta Ibersperger. A homilia teve como ponto de reflexão o versículo bíblico do Evangelho de São João dito por Jesus e por Ele expressa "Ninguém a arrebatará das minhas mãos" (10,28). Na missa, na hora das preces dos fiéis, em nome das duas Províncias brasileiras, fiz a nona prece:
Senhor Jesus Cristo, nós vos agradecemos pela presença apostólico-missionária de Madre Fidelis, durante tantos anos no Nordeste do Brasil, por ela ter sido Serva e Instrumento do Amor Divino, pelas graças, que concedestes, através dela, às duas Províncias Brasileiras. Pedimos-vos, ainda, que Ela ressurja, em Cristo, para uma Vida Nova e interceda junto de Deus por nossa fidelidade a toda a prova e por novas e boas vocações.

Na capela, Irmã Lucyna Mroczek, a nossa Superiora Geral, procedeu a leitura daquela sintética Biografia, com data de 03.06.2011 feita pela Irmã M. Magna Andre, FDC. A mensagem, que a Irmã Zoeli Maria Pletsch enviou, traduzida pela Irmã Nicolina, foi lida por Irmã M. Josefa Rapatz e, enquanto isto, Irmã Nicolina colocou sobre o esquife uma bela rosa vermelha, a pedido da Autora, em nome de todas as Irmãs da Província. Numa pasta especial foram colocadas as mensagens enviadas pelas províncias ausentes, pelas comunidades e Irmãs.

Após a comunhão, a Irmã M. Alberta Iberperger, leu no ambão, a bela e significativa oração da Madre Fidelis composta no seu tempo de juniorista e rezada diariamente por ela, ao longo dos anos, tirada da sua autobiografia e trazida à tona pela comunidade Cristo Rei, da Casa Provincial do Sul do Brasil. Nós a acompanhamos com profunda veneração.

Após a missa seguiu-se rezando e cantando, em procissão, para o cemitério, tendo a frente a cruz, seguida pela atual Superiora Geral, e as duas Superioras Gerais anteriores - Madre M. Bonfilia Brzeska e a Irmã Nicolina Hendges; as quatro conselheiras gerais - Irmã Maria Dulce Adams, Irmã Felicitas Vengliková, Irmã M. Josefa Rapatz (também secretária) e Irmã Bernarda Horvat; sete Superioras Provinciais das seis Províncias (e de uma vice-Província) na Europa; o corpo da falecida; sacerdotes, familiares e conhecidos (a mana da Madre Fidelis, do segundo casamento do pai e mais uma vintena de parentes marcaram presença, o que foi muito bom para eles e para as Irmãs) e todas as demais Irmãs. As Irmãs sabem que Me. Fidelis foi enterrada, em Breitenfurt, na cripta, na parede à direita - quando se está na frente do túmulo da Madre Fundadora - em esquife duplo: um em zinco e outro de madeira bege, simples, mas bonito, colocado na parte superior do jazigo. Na parte inferior, encontra-se a Irmã M. Áquila Faymon, secretária geral por muitos anos e falecida em 1941, durante a II guerra mundial. Certamente estão lembradas que Madre Huberta Buchanan está enterrada fora do cemitério, no meio das outras Irmãs, diante da capela da cripta. A Me. Kostka Bauer (de descendência italiana, por parte de mãe) morreu nos Estados Unidos, pois estava lá em Visitação, durante a guerra, e não pode retornar. Ela permanece no cemitério, em Detroit.

Éramos, ao todo, 125 Filhas do Amor Divino. Estavam ausentes as cinco provinciais da América por causa da Beatificação das nossas Mártires do Drina, dia 24 de setembro quando virá um bom grupo de cada Província!

Depois do enterro houve o chamado ágape, um "refresco e lanche reforçado para todos", pelas 14h45min, sem muita cerimônia no hall e nos corredores da casa das nossas Irmãs, em Breitenfurt. Tudo foi muito familiar!

Na casa e nos arredores, há tantas mudanças por causa da Casa de Repouso para pessoas idosas, que será construída pela Cáritas Austríaca! Encontrei a Irmã Frida com o braço direito enfaixado por causa da queda que trincou o coitado perto do ombro! Ela precisa fazer tudo em “marcha lenta”, mas sempre está contente e disposta! Deus seja louvado também pela sua presença naquela casa! Irmã Cecília Dahmer, de Edling, teve a graça de também estar presente.

Acompanho, de perto, com minha oração, as Irmãs, a missão e os programas das duas Províncias. É uma grande “fila, quase sem fim...”. E, neste momento, também rezamos pela saúde das Irmãs e, em especial pela Irmã Guisela. Esperamos que elas se recuperem e/ou possam em tudo isto tornar sua vida cheia de graças! Soube que a Irmã Marlene T. Webler está, em Curitiba/PR, preparando-se para a doação da medula para a sua mana Rita. Esta intenção nós também a incluímos em nossas preces.

No mais, caríssimas Irmãs, são grandes os preparativos para a Beatificação das nossas cinco Servas de Deus, as Mártires do Drina. Todas desejamos e aspiramos que este significativo momento ajude, a todas nós, a assumirmos com serenidade, fé e abertura de coração tudo o que Deus nos confiou e nos confia na caminhada do dia a dia, às vezes tão simples e monótono.

Um forte abraço e o desejo de que Deus ilumine cada uma. Ele serene os seus corações com a sua presença bendita e abençoada e torne seus dias plenos de sentido. Grata, continuo contando com as orações das Irmãs e rezo por todas.

Com afeto, 



Irmã Maria Dulce Adams, FDC

Vigária Geral



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Funeral de Madre Fidelís

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Hoje, dia 2 de junho, já começaram a chegar para o enterro Weninger. Ao todo serão umas 120 Irmãs nossas, mais familiares e outras pessoas. Obrigada pelo filmezinho Weninger. Ele foi preparado pela nossa Ir. Luísa, albanesa. As fotos são mais nítidas, as mesmas do filme. O CD foi enviado à Ir. Nivalda. Nem todas as Irmãs e mesmo alguns leigos não puderam ir ao cemitério por limitações motoras. A senhora de cabelo branco, com quem a Ir. Josefa fala no cemitério, sentadas no banco, é a única irmã viva da Madre Fidelis. É do segundo casamento. No início da Procissão está a Superiora Geral, ladeada pelas duas gerais eméritas, as 4 conselheiras Gerais, a Superiora Provincial Austríaca e suas Conselheiras, as demais superioras provinciais européias presentes: Hungria, Tcheca, Croata, Polonesa, Eslovaca e Inglesa. Depois seguem os familiares. As duas primeiras são a sua irmã e a cunhada viúva. Depois deles vêm as Irmãs das diversas províncias e alguns leigos. No fim das cerimônias fúnebres, houve cantos específicos, em diversas línguas, cantados espontaneamente por algumas províncias e todos puderam descer à cripta para ver o jazigo, onde foi colocada na parte elevada. A Irmã de baixo é a Ir. M. Áquila Faymon, falecida em 1941, durante a II guerra mundial, secretária geral na época. A todos foi servido um lanche reforçado na nossa casa de Breitenfurt. Depois disto as diversas representações do exterior viajaram para os seus países. A maioria passou duas noites em claro, pois vieram e voltaram no mesmo dia.

Cordialmente.

Ir. Nicolina, FDC






quinta-feira, 2 de junho de 2011

TESTEMUNHO DE IRMÃ M. FLÁVIA F. DE ALBUQUERQUE SOBRE IRMÃ M. VILMA SILVEIRA

A Irmã M. Vilma Silveira, Religiosa da Congregação das Filhas do Amor Divino teve relevantes serviços prestados durante toda sua vida terrena. Porém, no dia 30 de maio de 2011, esta Religiosa partiu para a eternidade.
Muitas são as pessoas que tiveram a graça de conviver com a Irmã Vilma e, entre elas, está a Irmã M. Flávia F. de Albuquerque que, ao receber a notícia do seu falecimento, prestou o seguinte depoimento:

“O que mais me impressionou nos meus primeiros anos de Vida Religiosa (ainda Juniorista), foi a convivência com Irmã Vilma na Comunidade Sta. Teresinha, em Caicó. Ela era uma Irmã de uma alegria contagiante, sempre irradiando felicidade. Trabalhava na Catedral de Sant`Ana em Caicó e todos os dias, quando retornava à Comunidade, trazia algo para alegrar as Irmãs da Comunidade onde ela vivia. Um dia era bombom, outro dia um brochezinho, outro dia um santinho, que colocava gentilmente no lugar de cada Irmã. Ela nunca trouxe nada para alguém particularmente, mas para cada Irmã da Comunidade. Isso era notório, todas as Irmãs percebiam este espírito de acolhimento fraterno em Irmã Vilma, que tinha prazer em promover algo a cada dia para alegrar as Irmãs.”

70 anos do martíro das Irmãs, Filhas do Amor Divino

POR QUE AS IRMÃS NÃO ABANDONARAM PALE?

Muitos, com propriedade, perguntaram-se: se naquele 1941, em pleno outono, era tão perigoso viver aos pés do Romanija por causa dos freqüentes combates, por que não foi providenciada a retirada em tempo, das Irmãs, daquele foco de guerra civil? Na verdade, a casa Mãe em Sarajevo havia sugerido as nossas Irmãs, naquele outono de 1941, a deixar Pale e a transferir-se para a cidade. Entretanto, as religiosas, como muitos milhares de católicos e muçulmanos inocentes mortos, não fugiram, porque não haviam feito nenhum mal a ninguém e julgavam que nada deveriam temer. Para as Irmãs, era inacreditável que os “cetnik” pudessem fazer-lhes mal. Por que justamente a elas, Irmãs que haviam sido verdadeiras “mães sérvias” para as crianças de Pale? As nossas religiosas repetiam, continuamente, que se queriam abandonar à Providência divina e à bondade dos seus vizinhos sérvio-ortodoxos, por elas beneficiados.
Até o prefeito de Pale, representante do novo governo croata, havia aconselhado as Irmãs a fugir. Até a ele as Irmãs responderam a mesma coisa, ou seja, que não haviam feito senão o bem a todos. Ainda neste episódio emerge o caráter crédulo do nosso povo e o seu estilo de não levar a sério o caráter indescritivelmente feroz destes saqueadores e assassinos que se diziam “soldados do rei Petar “Karadordevic”. As nossas Irmãs tinham uma lógica própria e a esta se prenderam.
Desde a sua fundação, o convento de Pale, como já foi dito, não serviu só a elas, as religiosas católicas, mas a todos sem distinção de fé e nacionalidade. Apenas Deus sabe quantas crianças sérvias estudaram naquela escola elementar e quantos brincaram nas gangorras do jardim infantil, divertimento um tanto raro naquela época, naquele lugar. Só Deus sabe quantos sérvios doentes foram curados pelas Irmãs católicas, quantos sérvios pobres e famintos vieram a elas e quantas lágrimas enxugaram, do rosto das mulheres sérvias porque, para as nossas Irmãs, a única “política” adotada era a de amar a Deus e ao próximo. Pessoas anciãs e respeitáveis, independentemente da fé ou nacionalidade a que pertencem, ainda hoje testemunham a bondade delas, bondade que, por sinal, adquiriu conotação proverbial, seja em Pale seja em Sarajevo.
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Fonte: As mártires do Drina, pag. 135