quinta-feira, 28 de novembro de 2019

ECC celebra 40 anos de presença na Arquidiocese de Natal

Os 40 anos de atuação do Encontro de Casais com Cristo (ECC), na Arquidiocese de Natal, serão comemorados dia 15 de dezembro, no Centro de Convenções, na Via Costeira. A programação iniciará às 8h30, com a celebração da missa, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. Após a missa, haverá palestras, homenagens e show louvor, encerrando às 17 horas. Para participar, é necessário fazer inscrição com as equipes dirigentes do ECC, nas paróquias.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Papa aos jovens japoneses: “combater a pobreza espiritual é um dever de todos”


“Importante não é tanto concentrar-me e questionar-me por que vivo, como sobretudo para quem vivo”. Palavras do Papa Francisco aos jovens japoneses em um discurso que focaliza a cultura do encontro. O Pontífice encontrou os jovens na Igreja de Santa Maria em Tóquio nesta segunda-feira 25 de novembro
Jane Nogara – Cidade do Vaticano
No seu terceiro compromisso na cidade de Tóquio nesta segunda-feira (25), o Papa Francisco foi à Catedral de Santa Maria para encontrar os jovens japoneses.
Em seu discurso o Papa respondeu às questões apresentadas por três jovens que deram seu testemunho. Primeiramente saudou a todos recordando que vendo-os percebe uma grande diversidade cultural e religiosa, sendo eles, jovens que vivem no Japão e algo da beleza que a sua geração oferece ao futuro. E continua:
“ A amizade entre vocês e a sua presença aqui lembram-nos a todos que o futuro não é ‘monocromático’”, convidando a “contemplá-lo na variedade e diversidade das contribuições que cada um pode dar ”
E considera: “Como a nossa família humana precisa aprender a viver em harmonia e paz, sem necessidade de sermos todos iguais!”

Bullyng: Unam-se para ajudar os que precisam
Em seguida falou sobre o tema de uma das perguntas dos jovens presentes: o bullyng escolar. O Papa afirmou que “o ponto mais cruel do bullyng é que fere o nosso espírito e autoestima no momento em que mais precisavamos de força para nos aceitar a nós mesmos e enfrentar novos desafios na vida”. E que algumas vezes as vítimas chegam a culpar-se por serem ‘alvos fáceis’. E afirma:
“Paradoxalmente, os molestadores é que são frágeis de verdade, pois pensam que podem afirmar a sua identidade fazendo mal aos outros”. “No fundo – continua – os molestadores têm medo; são medrosos que se escondem por trás da sua força aparente”. E encoraja todos a tomar uma atitude: “Devemos nos unir contra esta cultura do bullying e aprender a dizer: Basta!”
E como fazer isso? O Papa recomenda:
“ Vocês devem se unir, entre amigos e companheiros, para dizer: Isto não! Isto é mal! Não existe arma maior para se defender de tais ações do que vocês poderem se levantar, entre companheiros e amigos, e dizer: Aquilo que você está fazendo é uma coisa grave ”

Medo, inimigo do amor
“O medo, continua Francisco é sempre inimigo do bem, porque é inimigo do amor e da paz. As grandes religiões ensinam tolerância, harmonia e misericórdia; não ensinam medo, divisão e conflito”.
E esclarece: “Jesus não Se cansava de dizer aos seus seguidores para não terem medo. Porquê? Porque, se amamos a Deus e aos nossos irmãos e irmãs, este amor expulsa o temor”
E agradece ao jovem dizendo “O mundo precisa de ti: nunca te esqueças disto! O Senhor tem necessidade de ti, para poderes dar coragem a tantos que hoje pedem uma mão para os ajudar a levantar-se”. Isso supõe aprender a desenvolver uma qualidade muito importante, mas desvalorizada: a capacidade de disponibilizar tempo para os outros”, à família, a Deus, rezando e meditando.
E para os que têm dificuldade recomenda:
“ A oração consiste principalmente em estar lá. Ficar quieto, dar espaço a Deus, deixa-se olhar por Ele e Ele te encherá da sua paz ”

Pobreza espiritual
Como encontrar Deus em uma sociedade frenética, competitiva na qual as pessoas são materialmente ricas, mas são escravas da solidão? É o quesito que o Papa responde a outro jovem. Primeiramente o Papa recordou as palavras de Madre Teresa que trabalhava entre os mais pobres dos pobres: “A solidão e a sensação de não ser amado é a pobreza mais terrível”. E o Papa adverte:
“ Combater esta pobreza espiritual é um dever a que todos somos chamados, e vocês têm um papel especial nisso, porque requer uma grande alteração nas nossas prioridades e opções ”
E Francisco recorda: “Importante não é tanto concentrar-me e questionar-me por que vivo, como sobretudo para quem vivo”
“As coisas são importantes, mas as pessoas são indispensáveis; sem elas, desumanizamo-nos, perdemos o rosto, o nome e tornamo-nos mais um objeto”.

Respirar espiritualmente e mediante atos de amor
Francisco explica aos jovens que “para nos manter vivos fisicamente, temos que respirar” e “para nos manter vivos no sentido mais amplo e pleno da palavra, devemos também aprender a respirar espiritualmente, através da oração e da meditação”. Porém, adverte o Papa “necessitamos também de um movimento exterior, pelo qual nos aproximamos dos outros mediante atos de amor e serviço”.
Mantendo “este duplo movimento podemos crescer e descobrir não só que Deus nos amou, mas também que confiou a cada um de nós uma missão, uma vocação única, que descobrimos na medida em que nos damos aos outros, às pessoas concretas”.
Aqui o Papa abordou o tema de como crescer para descobrir a nossa identidade, bondade e beleza interior. E explica:
“ Para ser felizes, devemos pedir ajuda aos outros (…) sair de nós mesmos e ir ter com os outros, especialmente os mais necessitados ”
O Papa pede aos jovens que ajudem os que buscam refúgio no país, que eles devem considerá-los irmãos e irmãs.
Por fim o Papa convida “Não deturpem nem interrompam seus sonhos, lhes deem espaço e ousem contemplar grandes horizontes, ver o que espera vocês se tiverem a coragem de construí-lo juntos. O Japão precisa de vocês, o mundo precisa de vocês, despertos e generosos, alegres e entusiastas, capazes de construir uma casa para todos”.
Fonte: Vatican News


Jesus, Rei dos Reis

Jesus afirmou que é Rei, mas não deste mundo. Quando Pilatos o interrogou, “És porventura rei?”, Ele respondeu: “Sim, eu sou rei!” (Jo 18,37). Mas, “meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado, para que eu não fosse entregue aos judeus” (Jo 18,36). O Reino de Cristo é o Reino dos Céus; que Ele veio inaugurar, e disse que “já estava no coração” dos homens. Ele quer reinar em nós, não no mundo. Ele quer o nosso coração, nada mais.
Cristo não reina na glória e no poder dos homens, mas nos corações dos “pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Ele reina nos mansos, nos pacíficos, nos construtores da paz, nos puros de espírito, nos misericordiosos, nos que sabem perdoar, enxugar as lágrimas dos irmãos, dos aflitos, dos que têm sede e fome de justiça, dos que são perseguidos por causa Dele.
Ele é Rei porque venceu; não no triunfo do poder humano, mas na vitória contra o Mal e contra o pecado e morte: “Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor” (Fp 2,8-11).
Logo no início o livro do Apocalipse revela a Majestade do grande Rei: “Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém. Ei-lo que vem com as nuvens. Todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o traspassaram. Por sua causa, hão de lamentar-se todas as raças da terra. Sim. Amém. Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que É, que era e que vem, o Dominador” (Ap 1,5-8).
“O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força… Eu sou o Primeiro e o Último, e o que vive. Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos; tenho as chaves da morte e da região dos mortos” (Ap 1,16-18).
Ele é Aquele que “segura as sete estrelas na sua mão direita” (Ap 2,1); “que tem a espada afiada de dois gumes” (2,12); “que tem os olhos como chamas de fogo” (2,18); “Aquele que tem a chave de Davi – que abre e que ninguém pode fechar; que fecha, e ninguém pode abrir” (3,7); “o princípio da criação de Deus” (3,14). “Ele é Leão da tribo de Judá, o descendente de Davi” (5,5).
Os anjos cantam sem cessar: “Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (5,12). “E todas as criaturas do céu e da terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contém, clamam: “Aquele que se assenta no trono e ao Cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos. Amém!” (5,11-14). Por isso o povo canta com alegria: “Ao que está assentado no trono e ao Cordeiro seja o louvor, seja a honra, seja a glória, seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!”
Esse é nosso Rei e Senhor; um Rei diferente. Seu reinado é diferente; seu berço foi um cocho; sua casa foi um buraco na rocha; seu púlpito um barco, sua corte a natureza, seu veículo um jumentinho, sua glória é servir e seu trono é a Cruz. Que Rei diferente! Mas é Dele o Reino dos Céus, que “olhos humanos jamais viram, ouvidos humanos jamais ouviram e coração humano jamais sentiu, o que tem preparado para os que o amam” (1 Cor 2,9).
Mas, por ser o “Rei dos Reis”, Ele é exigente, e tem que ser mesmo. Como o seu Reino se assenta em nosso coração, Ele não aceita dividi-lo com outros reis. Ele exige a renúncia ao nosso eu que quer tomar o Seu lugar no trono do nosso coração. “Renuncie a ti mesmo, tome a cruz a cada dia e me siga” (Lc 9,23). Perca a sua vida para ganha-la. É um Rei que sabe o que quer; e sabe que nos quer dar o melhor; a alegria eterna e infinita; por isso arranca dos nossos corações os falsos reis.
Esta é a nossa grande decisão: a que rei vamos entregar o nosso coração?
Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Campanha da Fraternidade 2020: CNBB disponibiliza vídeo para as comunidades


Foi divulgado o vídeo oficial da Campanha da Fraternidade 2020, cujo tema é “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34). A produção apresenta experiências de cuidado com a vida em suas várias dimensões encontradas Brasil afora e poderá ser utilizado para auxiliar as reflexões sobre a temática proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Quaresma de 2020.
Segundo a editora Edições CNBB, que prepara os materiais da Campanha da Fraternidade, o vídeo oferece um panorama completo, com todo o referencial necessário “para viver, difundir e praticar os preceitos desta edição da CF”. E, neste ano, não será colocado um DVD à venda, mas oferecido diretamente às comunidades.
“Além de uma abordagem fundamentada para cada um dos pilares: ‘Viu, Sentiu e Cuidou’, o vídeo auxiliará nossas comunidades na divulgação e aprofundamento do tema e do lema da Campanha, bem como na assimilação da relevância do assunto para a nossa sociedade”, lê-se na descrição do vídeo no Youtube. Os pilares citados nesta explicação referem-se à parábola do Bom Samaritano, que inspira e ensina o compromisso de cuidar do dom da vida.
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, ressalta as diversas ações de cuidado em favor da vida promovidas pela Igreja em várias partes do Brasil e também “as diversas situações onde a vida tem sido descuidada e necessita de uma intervenção evangélica fruto de um coração convertido pela Palavra de Deus”.
O vídeo intercala experiências de cuidado com a vida com frases de Santa Dulce dos Pobres, segundo padre Patriky, “a grande inspiradora, boa samaritana para os dias atuais”, exemplo de que “Vida doada é vida santificada”.


terça-feira, 12 de novembro de 2019

Natal festeja sua padrorira


Teve início nesta segunda-feira, 11, a programação da festa de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da Arquidiocese e da cidade do Natal. Às 18 horas, acontece a procissão, saindo da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação (antiga Catedral) para a Catedral Metropolitana, onde haverá o hasteamento das bandeiras e missa, presidida pelo arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha. Após a missa, haverá funcionamento de quermesse, no pátio da Catedral.
No período de 12 a 20, a programação será a seguinte: 5h30, caminhada, da Igreja de Nossa Senhora do Rosário para a antiga Catedral, na Cidade Alta, concluindo com celebração eucarística; às 16h30, também na antiga Catedral, recitação do Ofício de Nossa Senhora; e, às 19h, na Catedral Metropolitana, celebração de novena, seguida de quermesse.
Os festejos serão encerrados dia 21 de novembro, feriado no município de Natal. Nesse dia, a programação iniciará logo na madrugada, com a tradicional missa, na Pedra do Rosário, e se estenderá até o final da tarde, quando acontecerá a procissão, pelas ruas do centro de Natal, encerrando com a missa, em frente à Catedral Metropolitana.


Novena de Natal 2019 inspira comunidades a serem “casas” cada vez mais acolhedoras


Com a proximidade do Advento, os bispos da Igreja no Brasil por meio das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), exortam que todas as comunidades, além de espaços físicos bem organizados, sejam “casas” cada vez mais acolhedoras, onde todos se sintam amparados.
Neste sentido, celebrando o Advento do Natal, o episcopado sugere que as pessoas reúnam-se em pequenas comunidades para celebrar o Ministério da Encarnação e viver a experiência de estar em casa com os irmãos e irmãs.
“A Igreja é uma família que reza unida, que acolhe calorosamente a todos, inspirada na Sagrada Família de Nazaré. É a casa sustentada pelos pilares da Palavra de Deus, Pão, Caridade e Missão”, afirma o bispo de Castanhal, no Pará, dom Carlos Verzeletti.
Segundo o bispo, acolher-se fraternalmente, privilegiando os mais vulneráveis e excluídos, é a missão e vocação, que os identifica como Igreja neste mundo marcado pela “crescente globalização da indiferença individualizada e materialista”.
Em função disso, com o livreto da Novena de Natal, lançado recentemente pela Editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Edições CNBB, os bispos esperam que as pessoas façam o caminho litúrgico do Advento na unidade eclesial, refletindo com simplicidade as orientações sobre a vivência cristã de ser “sal da terra e luz do mundo”.
Assim como a novena do ano anterior, a atual possui o tema “Reunidos em Família preparando a vinda do Senhor” e busca motivar os membros da família, em comunidade, à oração e reflexão à luz da Palavra de Deus.
“Com Maria e José, olhamos para Jesus trazendo-lhe o presente da nossa presença servidora e nosso coração aberto, derramando na manjedoura o nome das pessoas que acolhemos e amamos. Feliz será o Natal em nossa casa!”, exorta dom Carlos Verzeletti.

Orientações
Com orientações para a realização dos nove encontros, o roteiro da Novena de Natal possui ainda sugestões de como os grupos podem se organizar. Há ainda oração inicial e final fixas para todos os dias da Novena. “Os encontros devem ser trabalhados de acordo com a mística do tema de cada dia”, diz um trecho da parte que contém as orientações.
A Novena de Natal assim como o Cartaz e os Cantos estão disponíveis para compra no site da Edições CNBB.


quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Arquidiocese encerra 59ª Assembleia Pastoral


A 59ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral se encerra ao meio dia, desta quinta-feira, 7. Nesta manhã, os cerca de 150 participantes aprovaram as três metas que integrarão o Plano Arquidiocesano de Pastoral 2020-2023: 
Fortalecimento das Comunidades Eclesiais Missionárias; Formação Missionária e Fortalecimento do Setor Família, Juventudes e Pastorais Sociais. Segundo a coordenação arquidiocesana de pastoral, a previsão é de que o Plano seja entregue aos padres, por ocasião do clero, no mês de dezembro.
A Assembleia teve inicio na manhã desta quarta-feira, com o tema: “Uma Igreja sinodal e em saída”.

Papa Francisco cria a diocese de Xingu-Altamira no Pará


O Santo Padre extinguiu, nesta quarta-feira, 6 de novembro, a prelazia do Xingu, no Pará, e erigiu a diocese de Xingu-Altamira (PA) nomeando como seu bispo dom João Muniz Alves, religioso que até então exerceu a função de bispo nesta mesma circunscrição eclesiástica. A diocese de Xingu-Altamira passa a integrar a província eclesiástica de Santarém (PA), criada neste mesmo dia.
A Prelazia do Xingu, no Pará, foi criada em 1934, pelo Papa Pio XI e confiada aos Missionários do Preciosíssimo Sangue de Cristo, que a conduziram até 2015. Depois da renúncia de dom Erwin Krautler, o franciscano dom João Muniz Alves foi nomeado bispo da Prelazia, em dezembro de 2015.
Dom João Muniz Alves
Dom João Muniz Alves nasceu na localidade de Carema, no município de Santa Rita, no Maranhão, em 8 de janeiro de 1961. Emitiu seus primeiros votos na Ordem dos Frades Menores em 1986 e os votos solenes em 1991. Foi ordenado 4 de setembro de 1993. Depois de estudar filosofia e teologia no Instituto Católico de Estudos Superiores do Piauí, em Teresina, obteve o Mestrado em Filosofia e Mestrado e doutorado em Teologia Moral em Roma, pela Pontifícia Universidade Lateranense, em 2007.
Em 2014 foi visitador geral da Província franciscana de Moçambique. Foi guardião da Paróquia Nossa Senhora da Glória de São Luís do Maranhão, vigário paroquial, formador e professor de teologia moral. Em 23 de dezembro de 2015, o Papa Francisco, acolheu a renúncia de Dom Erwin Kräutler da Prelazia do Xingu e o nomeou como bispo prelado. Seu lema episcopal é: Louvado sejas, meu Senhor.



terça-feira, 5 de novembro de 2019

Papa reza com fiéis por vítimas da violência na Etiópia


Após rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco expressou sua dor pelas notícias vindas da Etiópia de violências contra cristãos da Igreja Ortodoxa Tewahedo:
“Estou triste pelas violências sofridas pelos cristãos da Igreja Ortodoxa Tewahedo da Etiópia. Manifesto minha proximidade a esta Igreja e ao seu Patriarca, o querido irmão Abuna Matthias, e peço a vocês para rezarem por todas as vítimas da violência naquela terra. Rezemos juntos…..Ave Maria….”.
A violência na Etiópia teve início na última semana de outubro com protestos contra o primeiro-ministro e Prêmio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, como consequência das rivalidades entre os grupos étnicos oromo e amhara.
Um alto prelado, Melakehiwot Aba Woldeyesus Seifu, declarou à BBC que mais de 60 fiéis haviam sido mortos durante os protestos em Oromia, região central do país, na última semana.
O balanço exato das vítimas é difícil de estabelecer. Na sexta-feira, o chefe de polícia da região declarou à Agência Reuters que 67 pessoas haviam sido mortas. Treze morreram com ferimentos a bala e as outras devido a ferimentos provocados por pedras. Não está claro se esse número inclui aqueles que Aba Woldeyesus declarou terem sido mortos.
Os tumultos começaram depois que Jawar Mohammed, ativista e jornalista oromo (muito influente) disse que, depois que as autoridades retiraram sua escolta, sua vida esteve ameaçada várias vezes. Isso teria desencadeado as tensões étnicas e religiosas que causaram mortos e feridos. No entanto, essa reconstrução não foi endossada pelas autoridades.
A Igreja Ortodoxa, a maior confissão religiosa da Etiópia, afirmou reiteradas vezes que suas instituições e seguidores estão sendo alvo de ataques. E também nesta ocasião, os fiéis cristãos seriam alvos dos confrontos. Aba Woldeyesus disse à BBC que 158 adultos e algumas crianças se refugiaram em uma igreja em Dodola, uma cidade a 290 quilômetros ao sul da capital, Adis Abeba. Eles ficaram lá por quatro dias, com o exército fornecendo comida e água.
Foram relatadas violências étnicas e religiosas nas cidades de Dodola, Harar, Balerobe e Adama. As propriedades pertencentes à Igreja Ortodoxa Etíope de Tewahedo, que alguns associam ao grupo étnico amhara, foram alvo de ataques em vários locais.
Na quinta-feira, a Igreja Ortodoxa havia feito um apelo à calma, dizendo que a violência “resultou em perda de vidas, além de causar danos a propriedades e deslocamentos em massa”, segundo a Fana Broadcasting Corporate, afiliada ao Estado.
Os soldados foram destacados para as áreas afetadas pela violência. No sábado, o primeiro-ministro Abiy Ahmed definiu como “atos selvagens” o que estava acontecendo e disse que as pessoas deveriam trabalhar para evitar divisões.
Via Vatican News com Africa Missione e Cultura


sábado, 2 de novembro de 2019

Finados: Dia de rezar pelos fieis defuntos que foram morar na eternidade, e por aqueles que padecem no purgatório


Reverência, lembrança, saudade daqueles que não estão mais entre nós. O Dia dos Fieis Defuntos, mais conhecido como dia de Finados é celebrado pelos católicos para lembrar daqueles dos fieis defuntos que foram morar na eternidade, e, consequentemente rezar por aqueles que padecem no purgatório.
Muitos gostam de visitar os cemitérios para deixar flores, acender velas por seus mortos, outros preferem assistir a Santa Missa ou apenas fazer uma oração/prece. O importante nesse momento não é o ritual ou a forma, mas a lembrança que habita o coração de todo ser humano.
O dia de finados, celebrado neste sábado, 2 de novembro, não é para ser um dia triste, mas um dia para olhar para trás e lembrar dos bons momentos que ficaram registrados no coração. Mas também é momento para refletir o que se professa todos os Domingos no Credo: “Espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”. Afinal, o curso natural da vida é a morte. Para os cristãos, essa passagem para a vida eterna, na qual estaremos em plena comunhão com Deus.
O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, gravou uma mensagem especial de esperança e fé para o dia dos fieis defuntos.
“No dia de finados, dediquemos a oração a pessoas já falecidas reavivando nossa fé. Permaneçamos assim em comunhão com os que nos precederam na experiência da morte certos de que nos reencontraremos pela Graça de Deus Pai”, ressalta em um trecho do vídeo (disponível no final da matéria).
Em um artigo publicado no portal da Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, explica que desde a época do cristianismo primitivo os cristãos rezavam por seus mortos, em especial pelos mártires, no local onde estes eram frequentemente enterrados: nas catacumbas subterrâneas da cidade de Roma.
“A oração pelos que já morreram é uma prática de várias religiões e que o cristianismo manteve. Documentos e monumentos dos primeiros séculos da nossa era já testemunham a prática entre os cristãos. Há túmulos cristãos dos séculos II e III que trazem orações pelos falecidos ou inscrições como: ‘Que cada amigo que veja isso reze por mim’”, destaca no texto.
Ainda de acordo com artigo de dom Orani, o costume de rezar pelos mortos foi sendo introduzido paulatinamente na liturgia da Igreja Católica. “O principal responsável pela instituição de uma data específica dedicada à alma dos mortos foi o monge beneditino Odilo da Abadia Beneditina de Cluny, na França”.
O catecismo da Igreja Católica diz que graças a Cristo, a morte tem um sentido positivo. “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21). “Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 1,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente “morto com Cristo”, para Viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este “morrer com Cristo” e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor. (§1010)
Visitas aos cemitérios
Em todo o Brasil, os cemitérios recebem milhares de pessoas que farão visitas aos seus entes queridos. Celebrações eucarísticas durante todo o dia estão programadas. Esta prática está grafada no parágrafo 2300 do Catecismo: “Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e esperança da ressurreição. O enterro dos mortos é uma obra de misericórdia corporal (Tb 1,16-18) que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo”. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, vai celebrar a Santa Missa, às 9h, no cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, em BH.
Sepultura e cremação
Desde outubro de 2016, a Igreja católica no mundo passou a adotar uma nova instrução da Congregação para a Doutrina da Fé sobre propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas no caso de cremação. A instrução ‘Ad resurgendum cum Christo’ da Congregação para a Doutrina da Fé foi apresentada pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Gerhard Müller. Segundo o documento, “a prática da cremação difundiu-se bastante em muitas Nações e, ao mesmo tempo, difundem-se também novas ideias contrastantes com a fé da Igreja”.
Código de Direito Canônico
A norma eclesiástica vigente em matéria de cremação de cadáveres é regulada pelo Código de Direito Canônico: “A Igreja recomenda vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar os corpos dos defuntos; mas não proíbe a cremação, a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã”.
Conservação as cinzas
“Quaisquer que sejam as motivações legítimas que levaram à escolha da cremação do cadáver, as cinzas do defunto devem ser conservadas, por norma, num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica”.
Segundo o documento, a conservação das cinzas em casa não é consentida. Somente em casos de circunstâncias graves e excepcionais, o Ordinário, de acordo com a CNBB ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá autorizar a conservação das cinzas em casa. As cinzas, no entanto, não podem ser divididas entre os vários núcleos familiares e deve ser sempre assegurado o respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas.
Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não é permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se, ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objetos.
“Espera-se que esta nova Instrução possa fazer com que os fiéis cristãos tenham mais consciência de sua dignidade de filhos de Deus. Estamos diante de um novo desafio para evangelização da morte”, disse o Cardeal Müller, no lançamento da instrução ainda em 2016.
Via CNBB