terça-feira, 11 de março de 2014

CARTA DO PAPA FRANCISCO ÀS FAMÍLIAS

Queridas famílias,
Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efectivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.
Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam activamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adopte os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios actuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.
Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as acções de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.
Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A protecção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.

FRANCISCUS

Fonte: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/letters/2014/documents/papa-francesco_20140202_lettera-alle-famiglie_po.html

Vamos cantar os parabéns para Irmã Gervásia Brasil

Que seu caminhar seja sempre premiado com a presença de Deus, guiando seus passos e intuindo suas decisões, para que suas conquistas e vitórias, sejam constantes em seus dias.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Joseph Ratzinger fala sobre Karol Wojtyla Entrevista com o Papa Emérito no livro "Ao lado de João Paulo II - Amigos e Colaboradores falam", por Wlodzimierz Redzioch

"Que João Paulo II era um santo, durante os anos de colaboração com ele, se tornava cada vez mais e mais claro para mim. (...) Se doou com uma radicalidade que não pode ser explicado de outro modo. (...) Seu empenho era incansável, e não apenas nas grandes viagens, cujos programas eram cheios de eventos do início ao fim, mas também no dia a dia, desde a missa matutina até tarde da noite “.
Quem narra é Joseph Ratzinger, o Papa emérito Bento XVI. Ele falou em entrevista exclusiva a Wlodzimierz Redzioch para o seu livro "Ao lado de João Paulo - Amigos e Colaboradores falam” (Editora Ares).
Sobre o primeiro encontro entre ele e o Beato polonês, Papa Bento revela: "O primeiro encontro com o Cardeal Wojtyla ocorreu no conclave em que foi eleito Papa João Paulo I. Durante o Concílio, nós colaboramos na Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, ainda que, em seções diferentes, de modo que não nos encontrávamos". "Wojtyla - acrescenta - havia lido minha Introdução ao Cristianismo, e também citado durante os Exercícios Espirituais pregados por ele a Paulo VI e à Cúria na Quaresma de 1976. Portanto, é como se interiormente estivéssemos à espera do encontro”. Desde o início despertou em mim uma grande admiração e uma cordial simpatia pelo Metropolita de Cracóvia. No pré- conclave de 1978, ele fez para nós uma análise estupenda sobre a natureza do Marxismo. Mas, sobretudo, eu percebi imediatamente o fascínio humano que ele emanava, de como ele rezava, eu percebi o quanto ele era profundamente unido a Deus."
Sobre o relacionamento com João Paulo II, Ratzinger explica na entrevista que "a colaboração com o Santo Padre foi caracterizada pela amizade e afeto. Esta se desenvolveu, sobretudo, em dois níveis: o oficial e o privado (...) Sobre os problemas teológicos, conversávamos sempre de maneira frutuosa". "Além disso - diz ele - era de costume convidar para o almoço bispos em visitas ad limina, bem como grupos de bispos e sacerdotes diversos, dependendo das circunstâncias. (...) o grande número de presentes tornava a conversa diversa e abrangente. E havia sempre espaço para o bom humor. Ele ria com facilidade e assim, os almoços, mesmo na seriedade conferida ao momento, na verdade, eram também oportunidade para estar em agradável companhia.
Acima de tudo, foi a espiritualidade de João Paulo II que impressionou Ratzinger: "A espiritualidade do Papa foi caracterizada principalmente pela intensidade das suas orações, profundamente enraizada na celebração da Santa Eucaristia e realizada juntamente com toda a Igreja, com a recitação do breviário. (...) Sua devoção não poderia ser puramente individual, era também cheia de solicitude para com a Igreja e para com os homens (...) todos nós sabemos do seu grande amor pela Mãe de Deus. Doar-se totalmente a Maria significava ser, com ela, totalmente do Senhor."
De acordo com o Papa emérito, neste contexto deve ser compreendida a santidade de João Paulo II: "Somente a partir da sua relação com Deus é possível compreender o seu incansável empenho pastoral.”
Bento XVI contou ainda que, durante a primeira visita de João Paulo II à Alemanha "pela primeira vez, eu tive uma experiência muito concreta deste empenho enorme”. "Durante sua estadia em Mônaco da Baviera - diz ele - decidiu que tinha que dar uma pausa maior ao meio-dia. Durante esse intervalo, ele me chamou em seu quarto. Encontrei-o a rezar o breviário e disse: ‘Santo Padre, o senhor deveria descansar', e ele disse: ‘Eu posso fazer isso no Céu’. Somente quem está profundamente empenhado com a urgência de sua missão pode agir assim”.
Na entrevista, Ratzinger lista os desafios doutrinários enfrentados juntos: sobre a Teologia da Libertação, o ecumenismo e a tarefa da Teologia na era contemporânea. Ele analisa e destaca a importância das duas encíclicas "Redemptoris Missio" e "Fides et Ratio".
Em conclusão, Bento XVI escreve: "Minha recordação de João Paulo II é repleta de gratidão. Eu não podia e não deveria tentar imitá-lo, mas eu tentei levar adiante o seu legado e o seu trabalho, da melhor maneira que pude. E assim, tenho certeza de que ainda hoje a sua bondade me acompanha e a sua bênção me protege."
(Trad.:MEM)
(07 de Março de 2014) © Innovative Media Inc.

Postado por Victo Rudá

A mulher na Igreja

Os questionamentos em relação à mulher na Igreja começaram a tomar forma entre os fins do século XIX e meados do século XX. Neste arco de tempo era comum ver mulheres atuando na Igreja, ocupando-se com a manutenção do culto, a limpeza e ornamentação do Templo, organização de procissões, terços, novenas, obras de misericórdia, escolas e raramente em faculdades. Diversas são as que auxiliam os Padres em suas dificuldades domésticas e de saúde. Em geral eram catequistas, participantes das irmandades, ordens terceiras e movimentos como: Apostolado da Oração, Filhas de Maria, e outras.  
Em nossa Arquidiocese, Natal RN, Religiosas assumiram a função de Vigárias, em Paróquias sem padres. São bem conhecidas as experiências em Nísia Floresta, São Gonçalo, Taipu, além de outras atividades, que não eram comuns, na Igreja, antes do Concílio Vaticano II. Já se cogitava sobre o sacerdócio ministerial para as mulheres. Surgem então, novas questões que inspiraram e continuam inspirando um notável repensamento sobre a mulher na Igreja, portando em si uma nova consciência de Igreja.
Esta nova consciência consiste, na concepção de que a Igreja é povo de Deus, formado por homens e mulheres que, por sua vez, são criaturas de Deus. Desta nova realidade nasce o conceito de sacerdócio comum dos fiéis e consequentemente a promoção do leigo (as) na Igreja. As funções do clero, dos leigos e leigas entraram num processo de nova compreensão. Mas isso está longe de se traduzir em equidade no trabalho, na política, nas relações sociais. Sobre o trabalho feminino, a baixa escolaridade era um agravante. Superado este impasse, não se percebeu maiores alterações, as mudanças culturais são lentas e as institucionais ainda mais. Evidentemente, alguns questionamentos  incomodam, por exemplo: se o Batismo confere a todos (as) a grande dignidade, a plena cidadania na Igreja, por que só os homens podem receber o Sacramento da Ordem?
Mesmo assim, um olhar diferente surge nos horizontes da Igreja. Começa-se a perceber que não é possível considerar o sacerdócio ministerial feminino a única questão relevante ao tratar do lugar da mulher na Igreja. Sobretudo considerando o retorno à vivência integral do Evangelho. Nos relatos do NT não se encontra Jesus ordenando alguém como sacerdote. Sem maiores delongas históricas, o fato é que até o III século não se falava em sacerdote, na Igreja. O “Ordo” era uma instituição do império romano. Hoje, com os posicionamentos do Papa Francisco, muitos (as) já se questionam: será conveniente para a Igreja aumentar o peso do poder do clero, fortalecendo a instituição que já possui tantos privilégios ajudando a preservá-los com sacerdotisas?
Como disse o papa, trata-se de um grande desafio, os teólogos poderiam ajudar a reconhecer melhor em que isto implica, em se tratando do possível lugar da mulher nos diversos âmbitos da Igreja (Ev G. 104). A superação, deste desafio, está nas bases das discussões e posicionamentos que requerem caminhos, construídos com abordagens que supõem novas capacidades para um verdadeiro diálogo. Urge redimensionar os persistentes modelos de um cristianismo antifeminino que ainda vigoram. Embora na Igreja as funções não dão justificação à superioridade de uns sobre os outros (Ev G.104).
Passados pouco mais de 50 anos do Vaticano II, percebe-se que a Igreja soube reconhecer a diferença de gênero. Embora, de um lado considerando a atuação da mulher como uma contribuição de inteligência, mas de outro com uma reserva de entusiasmo. Considere-se, por exemplo, a participação das 23 mulheres convidadas como auditoras, as “Mães do Concílio”.
As 10 religiosas e 13 leigas nunca tomaram a palavra na assembleia conciliar, não podiam, embora as suas contribuições tenham sido determinantes para o capítulo IV da Lumen Gentium sobre os leigos, para as partes da Gaudium et spes sobre a contribuição dos fiéis na construção da cidade humana, para o decreto sobre o apostolado dos leigos e também para muitos outros aspectos do debate conciliar (cfr. O resultado dos estudos históricos,  realizados, nas fontes, pela teóloga e historiadora Adriana Valério, in Madri del Concilio. Ventitre donne al Vaticano II).
Enfim, para todos(as), resta muita coisa para se aprender e desaprender também, mas o fundamental para a mulher na Igreja (não só para mulher) é ser seguidora fiel de Jesus e de sua forma de entender a vida.

 Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC

Parabéns! Conte com nossas orações...


Ontem cantamos os parabéns par Irmã Quitéria.
 A bondade e a oração são qualidades próprias dessa religiosa.  


Postado por Victo Rudá

segunda-feira, 3 de março de 2014

Feliz aniversário para as Filhas do Amor Divino da PRONEVES do mês de Março!


Postado por Victo Rudá

Os parabéns são de Irmã Inês e Irmã Reginalda

No dia 1º de março a PRONEVES cantou os parabéns para as Irmãs Inês Alves Saraiva e Reginalda de Freitas Pedro. Irmã Inês foi provincial no período de 2001 a 2005, conhecida por sua capacidade de administrar. Irmã Reginalda é uma jovem muito carismática e comprometida com as atividades da comunidade e das pastorais.

Irmã Inês Saraiva, FDC
Irmã Reginalda de Freitas, FDC