quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

25º DIA DA VIDA CONSAGRADA É CELEBRADO EM 2021, APÓS COMPLETAR 24 ANOS DE EXISTÊNCIA


A Igreja irá celebrar no próximo dia 2 de fevereiro o 25º Dia da Vida Consagrada. Por ocasião deste jubileu de prata, o portal da Conferência trouxe um esclarecimento feito pelo padre Juarez Destro, assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, a respeito desta comemoração.

 

Dia da Vida Consagrada

O Dia da Vida Consagrada foi celebrado pela primeira vez em 02 de fevereiro de 1997. Na mensagem do Papa São João Paulo II por ocasião deste primeiro dia, o pontífice da época recorda a estreita ligação entre a Festa da Apresentação do Senhor e a vocação específica dos consagrados e consagradas:


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

CRISE DE SAÚDE: IGREJA PROMOVE INICIATIVAS EM SOLIDARIEDADE AO AMAZONAS


 Após o agravamento dos efeitos da pandemia na cidade de Manaus (AM) e em alguns municípios do interior, com aumento no número de infecções pelo novo coronavírus, recordes de internações nas UTIs dos hospitais manauaras e a falta insumos nas unidades de saúde, como oxigênio, a Igreja no Brasil manifestou solidariedade ao povo do Amazonas por meio de pedidos de ajuda e de ações de socorro, em atos e preces.

Já identificada por alguns especialistas como a segunda onda de contágios pelo novo coronavírus, a crise de saúde no Amazonas somou quase 30 mil casos nas primeiras semanas de janeiro, segundo informações do Consórcio de Veículos de imprensa. Foram 896 mortes entre o dia 1º de janeiro e o dia 17.

Em mensagem de vídeo, divulgada na sexta-feira, 15 de janeiro, a arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, informou da intenção da entidade em colaborar para levar oxigênio aos hospitais de Manaus. O presidente da CNBB apelou ainda a líderes empresariais, empreendedores e políticos para que prestem seu auxílio aos irmãos e irmãs que sofrem nos hospitais oferecendo oxigênio, a vacinação e combatendo a especulação de quem quer lucrar com o sofrimento  e as perdas humanas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

NA FESTA DA EPIFANIA, O PAPA FRANCISCO PRESIDIU A CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA NA BASÍLICA DE SÃO PEDRO

 


“O evangelista Mateus assinala que os Magos, quando chegaram a Belém, ‘viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No’ (Mt 2, 11). Adorar o Senhor não é fácil, não é um dado imediato: requer uma certa maturidade espiritual, sendo o ponto de chegada dum caminho interior, por vezes longo. Não é espontânea em nós a atitude de adorar a Deus. É verdade que o ser humano precisa de adorar, mas corre o risco de errar o alvo; com efeito, se não adorar a Deus, adorará ídolos – não existe meio termo, ou Deus ou os ídolos, ou para usar uma palavra de um escritor francês: “Quem não adora a Deus, adora o diabo” – e, em vez de ser crente, tornar-se-á idólatra. É assim, aut aut.

Neste nosso tempo, há particular necessidade de dedicarmos, tanto individualmente como em comunidade, mais tempo à adoração, aprendendo cada vez melhor a contemplar o Senhor. Perdeu-se um pouco o sentido da oração de adoração, devemos retomá-lo, quer comunitariamente como na própria vida espiritual. Por isso, hoje, queremos aprender com os Magos algumas lições úteis: como eles, queremos prostrar-nos e adorar o Senhor. Adorá-lo seriamente, não como disse Herodes: “Diga-me onde é o lugar e irei adorá-lo”. Não, essa adoração não está certo. Com seriedade!

Das leituras desta Eucaristia, recolhemos três expressões que podem ajudar-nos a entender melhor o que significa ser adorador do Senhor; ei-las: ‘levantar os olhos’, ‘pôr-se a caminho’ e ‘ver’. Essas três expressões nos ajudarão a entender o que significa ser um adorador do Senhor.

A primeira expressão – levantar os olhos –, encontramo-la em Isaías. À comunidade de Jerusalém, pouco antes regressada do exílio e agora caída em desânimo por causa de dificuldades sem fim, o profeta dirige-lhe este forte convite: ‘Levanta os olhos e vê’ (Is 60, 4). Convida-a a deixar de lado cansaço e lamentos, sair das estreitezas duma visão limitada, libertar-se da ditadura do próprio eu, sempre propenso a fechar-se em si mesmo e nas preocupações particulares. Para adorar o Senhor, é preciso antes de mais nada ‘levantar os olhos’, ou seja, não se deixar enredar pelos fantasmas interiores que apagam a esperança, nem fazer dos problemas e dificuldades o centro da própria existência. Isto não significa negar a realidade, fingindo-se ou iludindo-se que tudo corre bem. Não. Mas olhar de modo novo os problemas e as angústias, sabendo que o Senhor conhece as nossas situações difíceis, escuta atentamente as nossas súplicas e não fica indiferente às lágrimas que derramamos.

Este olhar que, apesar das vicissitudes da vida, permanece confiante no Senhor, gera a gratidão filial. E, quando isto acontece, o coração abre-se à adoração. Pelo contrário, quando fixamos a atenção exclusivamente nos problemas, recusando-nos a levantar os olhos para Deus, o medo invade o coração e desorienta-o, gerando irritação, perplexidade, angústia, depressão. Nestas condições, é difícil adorar ao Senhor. Se isto acontecer, é preciso ter a coragem de romper o círculo das nossas conclusões precipitadas, sabendo que a realidade é maior do que os nossos pensamentos. Levanta os olhos e vê: o Senhor convida-nos, em primeiro lugar, a ter confiança n’Ele, porque cuida realmente de todos. Ora, se Deus veste tão bem a erva no campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais não fará Ele por nós? (cf. Lc 12, 28). Se levantarmos o olhar para o Senhor e considerarmos a realidade à sua luz, descobrimos que Ele nunca nos abandona: o Verbo fez-Se carne (cf. Jo 1, 14) e permanece connosco sempre todos os dias (cf. Mt 28, 20). Sempre.

Quando levantamos os olhos para Deus, os problemas da vida não desaparecem, não, mas sentimos que o Senhor nos dá a força necessária para enfrentá-los. Assim, ‘levantar os olhos’ é o primeiro passo que predispõe para a adoração. Trata-se da adoração do discípulo que descobriu, em Deus, uma alegria nova, uma alegria diferente. A alegria do mundo está fundada na posse dos bens, no sucesso ou noutras coisas semelhantes, sempre com o “eu” no centro. Pelo contário, a alegria do discípulo de Cristo tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, cujas promessas nunca falham, apesar das situações de crise em que possamos chegar a encontrar-nos. Então a gratidão filial e a alegria suscitam o desejo de adorar o Senhor, que é fiel e nunca nos deixa sozinhos.

A segunda expressão, que nos pode ajudar, é pôr-se a caminho. Levantar os olhos [a primeira]; a segunda, colocar-se a caminho. Antes de poder adorar o Menino nascido em Belém, os Magos tiveram que enfrentar uma longa viagem. Lê-se em Mateus: ‘Chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. E perguntaram: “Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo’ (Mt 2, 1-2). A viagem implica sempre uma transformação, uma mudança. A pessoa, depois duma viagem, já não fica como antes; há sempre algo de novo em quem viajou: os seus conhecimentos alargaram-se, viu pessoas e coisas novas, sentiu fortalecer-se a vontade ao enfrentar as dificuldades e os riscos do trajeto. Não se chega a adorar o Senhor sem antes passar pelo amadurecimento interior que nos dá o pôr-se a caminho.

É através dum caminho gradual que nos tornamos adoradores do Senhor. Por exemplo, a experiência ensina que a pessoa, aos cinquenta anos, vive a adoração com um espírito diferente de quando tinha trinta. Quem se deixa moldar pela graça, costuma melhorar com o passar do tempo: enquanto o homem exterior envelhece, diz São Paulo, o homem interior renova-se dia após dia (cf. 2 Cor 4, 16), predispondo-se cada vez melhor a adorar o Senhor. Deste ponto de vista, os falimentos, as crises, os erros podem tornar-se experiências instrutivas: não é raro servirem para nos tornar conscientes de que só o Senhor é digno de ser adorado, porque só Ele satisfaz o desejo de vida e eternidade presente no íntimo de cada pessoa. Além disso, com o passar do tempo, as provas e adversidades da existência – vividas na fé – contribuem para purificar o coração, torná-lo mais humilde e, consequentemente, mais disponível para se abrir a Deus.

Também os pecados, também a consciência de ser pecadores, de encontrar coisas tão ruins. “Mas eu fiz isso … eu fiz …”: se pegares isso com fé e arrependimento, com contrição, vai te ajudar a crescer. Tudo, tudo ajuda, diz Paulo, ao crescimento espiritual, ao encontro com Jesus, mesmo os pecados, mesmo os pecados. E São Tomás acrescenta: “etiam mortalia”, também os pecados feios, os piores. Mas se o pegares com arrependimento, vai ajudá-lo nessa jornada para um encontro com o Senhor e a adorá-lo melhor.

Como os Magos, também nós devemos deixar-nos instruir pelo caminho da vida, marcado pelas dificuldades inevitáveis da viagem. Não deixemos que o cansaço, as quedas e os fracassos nos precipitem no desânimo; antes, pelo contrário, reconhecendo-os com humildade, devemos fazer deles ocasião de progredir para o Senhor Jesus. A vida não é uma demonstração de habilidades, mas uma viagem rumo Àquele que nos ama. Não precisamos mostrar a carta das virtudes que temos em cada etapa de nossa vida; com humildade devemos ir em direção ao Senhor. Olhando para o Senhor, encontraremos a força para continuar com renovada alegria.

E chegamos à terceira expressão: ver. Levantar os olhos, colocar-se a caminho, ver. Como se lê no Evangelho, ‘entrando em casa, [os Magos] viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No’ (Mt 2, 11). A adoração era o ato de homenagem reservado aos soberanos, aos grandes dignitários. Com efeito, os Magos adoraram Aquele que sabiam ser o Rei dos judeus (cf. Mt 2, 2). Mas, na realidade, que viram eles? Viram um menino pobre com a sua mãe. E contudo estes sábios, vindos de países distantes, souberam transcender aquela cena tão humilde e quase deprimente, reconhecendo naquele Menino a presença dum soberano. Por outras palavras, foram capazes de «ver» para além das aparências. Prostrando-se diante do Menino nascido em Belém, exprimiram uma adoração era primariamente interior: a abertura dos escrinhos trazidos de prenda foi sinal da oferta dos seus corações.

Para adorar o Senhor, é preciso ‘ver’ além do véu do visível, pois este muitas vezes mostra-se enganador. Herodes e os notáveis de Jerusalém representam a mundanidade, perenemente escrava da aparência. Veem e não sabem ver – não estou dizendo que não creem, seria muito – não sabem ver porque sua capacidade é escrava da aparência e à procura de atrativos: dá valor apenas às coisas sensacionais, aquilo que chama a atenção do vulgo. Entretanto, nos Magos, vemos um comportamento diferente, que poderíamos definir realismo teologal – uma palavra muito “alta”, mas podemos dizer assim, um realismo teologal – este percebe com objetividade a realidade das coisas, chegando enfim a compreender que Deus evita toda a ostentação. O Senhor está na humildade, o Senhor é como aquele menino humilde, foge da ostentação, que é precisamente o produto do mundanismo.

Esta forma de ‘ver’ que transcende o visível, faz-nos adorar o Senhor muitas vezes escondido em situações simples, em pessoas humildes e marginais. Trata-se, pois, dum olhar que, não se deixando encandear pelos fogos de artifício do exibicionismo, procura em cada ocasião aquilo que não passa, procura o Senhor. Por isso, como escreve o apóstolo Paulo, ‘não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas’ (2 Cor 4, 18).

Que o Senhor Jesus nos torne seus verdadeiros adoradores, capazes de manifestar com a vida o seu desígnio de amor, que abraça a humanidade inteira.” Peçamos a graça para cada um de nós e para toda a Igreja, de aprender a adorar, de continuar a adorar, de exercer muito esta oração de adoração, porque somente Deus deve ser adorado.

Com informações e fotos do VaticanNews

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Arcebispo de Natal recebe homenagens na próxima quarta-feira

 


A próxima quarta-feira, dia 6 de janeiro, vai ser especial para o arcebispo metropolitano Dom Jaime Vieira Rocha. Nesta data, há 25 anos, o então Monsenhor Jaime, do clero da Arquidiocese de Natal, era ordenado bispo pelas mãos do Papa João Paulo II, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A missa em ação de graças acontecerá no próximo dia 6, às 9 horas da manhã, na Catedral Metropolitana de Natal, com a participação de mais de dez bispos de dioceses vizinhas, inclusive do presidente do Regional Nordeste 2, da CNBB, Dom Paulo Jackson, da Diocese de Garanhuns (PE). Além do clero da Arquidiocese de Natal, a celebração contará com a presença de padres das Dioceses de Caicó (RN) e de Campina Grande (PB). A homilia será proferida pelo bispo da Diocese de Oeiras (PI), Dom Edilson Nobre. Antes de ser nomeado bispo, o então Padre Edilson foi vigário geral da Arquidiocese de Natal, já no governo de Dom Jaime.

Antes da celebração, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte vai entregar ao aniversariante uma moção de congratulação, propositiva do presidente da Casa, Deputado Ezequiel Ferreira.

A missa poderá contar com a participação de fiéis, obedecendo às regras de distanciamento, uso de máscara e de álcool em gel. O controle da entrada será por ordem de chegada, até atingir a capacidade de 630 pessoas. A celebração será transmitida, ao vivo, pelas páginas da Arquidiocese de Natal no Facebook e no Youtube e pelas Rádios 91.9 FM e Santana FM.