sexta-feira, 26 de agosto de 2016


ASSOCIADOS AMOR DIVINO REALIZAM 10º ENCONTRO ANUAL



Começou hoje, dia 26 e se estenderá até o próximo domingo, dia 28, no Convento de Emaús, o 10º Encontro de Associados Amor Divino. O evento, este ano, contará com a assessoria do membro representante na Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, que irá compartilhar suas experiências com os demais participantes.

O Encontro deste ano cujo tema é Documento 105 da CNBB – Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, tem como objetivo aprofundar os estudos acerca do Documento, discutir, explicar, estudar e compartilhar os conhecimentos acerca do conteúdo deste documento.

Laudelino Augusto é Assessor da CNBB há mais de um ano e foi escolhido pela própria instituição para participar dos Encontros de Associados de Congregações Religiosas, de Assembleias de Formação, Retiros e outras reuniões que envolvem leigos pelo Brasil afora, porque, de acordo com suas explicações, a CNBB tem interesse em conhecer e aprofundar seus laços com esses grupos.

O Documento 105, segundo ele, tem como objetivo afirmar que o leigo é um sujeito eclesial. “Os cristãos leigos são chamados a serem ativos a partir da consciência batismal para atuar na Igreja e na sociedade.  A realidade eclesial, pastoral e social dos desafios dos tempos atuais torna-se um forte apelo a uma avaliação, aprofundamento e abertura à vocação dos leigos”. Para ele, quando um leigo se diz católico, mas não se reconhece como Igreja, também não se reconhece como sujeito de sua própria história.

Para Laudelino, estamos vivendo “em tempo do Papa Francisco”. Ele explica que este tempo significa dizer, que a partir do Papa, cresce a presença do leigo na sociedade. “O Papa cobra, confia e quer que o leigo atue na Igreja e na Sociedade”.

Laudelino Augusto é mineiro, natural de Caxambu. É professor de Matemática e Ensino Religioso na Rede Pública e Particular de Ensino. Foi presidente Nacional do Laicato da do Brasil (CNBL); atuou na vida pública como vereador por duas legislaturas; deputado estadual pelo estado de Minas por uma legislatura e vice-prefeito em Itajubá-MG. Atualmente é Assessor da Comissão para o Laicato da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).




quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Associados Amor Divino realizam Encontro Anual neste final de semana


Obedecendo a uma tradição que se repete há vários anos, o grupo de Associados Amor Divino (AAD) formado por pessoas de várias partes do País, irá se reunir no período de 26 a 28 de agosto, no Convento de Emáus-RN, onde se realiza o Encontro Anual de Associados (AAD). O Encontro anual é um momento de profunda responsabilidade, porque visa estreitar os laços entre os participantes, bem como reacender as chamas da esperança, da solidariedade e da fé, missão confiada ao grupo, além de renovar os compromissos que os associados mantêm com as Filhas do Amor Divino, de levar o amor de Deus aos locais aos quais elas não podem chegar.

Este ano o Encontro contará com a assessoria do presidente do Conselho Nacional dos Leigos do Brasil, membro representante na Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, que virá compartilhar suas experiências com os demais participantes.

A importância da vida consagrada

Quando a Igreja fala de vida consagrada, está falando de uma vocação, e há várias modalidades de vida dentro da Igreja. Seguem essa vocação os monges e monjas, os religiosos e religiosas, das ordens, congregações e institutos religiosos.

Além desses, existem os membros dos Institutos Seculares, bem como os consagrados e consagradas das assim chamadas ?Novas Comunidades?, muitas das quais nasceram dentro de movimentos eclesiais relativamente recentes ou formam seu núcleo central. Há também a Ordem das Virgens consagradas, restaurada por Paulo 6º a partir do Concílio Vaticano 2º, cujos membros não constituem comunidade de vida, mas vivem no mundo, tendo consagrado sua virgindade a Cristo, para o testemunho e o serviço na sua respectiva diocese.
Neste Mês Vocacional, divulguemos também essa vocação de vida consagrada e rezemos por ela, porque constitui um grande tesouro na Igreja e é uma excepcional força e serviço nas atividades da pastoral direta nas dioceses e paróquias, como também no setor de escolas, colégios e universidades, no setor dos hospitais e demais serviços de saúde, no setor de obras assistenciais, só para citar os mais conhecidos.
Cada forma de vida consagrada tem um carisma próprio, ou seja, seus fundadores decidiram e, depois, a Igreja os aprovou ? viver um ou mais aspectos do Evangelho de Jesus Cristo, numa forma radical e ampla, e ainda professar os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade como algo próprio e comum de todas as formas de vida consagrada. Assim, os fundadores lhes deram normalmente uma regra de vida e Constituições ou apenas Constituições, que lhes dão organização e normas de vida.

Por Dom Cláudio Cardeal Hummes
Arcebispo de São Paulo

Seminaristas fazem retiro em preparação ao diaconato

Os seminaristas Alexandre Rossino do Nascimento Oliveira, Francisco Hémerson Câmara, Jecione da Silva Melo, William Lamarck Nunes de Brito e Willian Bruno dos Santos Costa participarão do retiro de preparação para a ordenação diaconal, no período de 31 de agosto a 3 de setembro, na comunidade de Chico Martins, no município de Macau. O pregador será o Padre Robson Paulo de Oliveira Silva, administrador da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Santo Antônio. O momento contará com celebrações eucarísticas e reflexões acerca da missão do diácono.
Os cinco seminaristas serão ordenados diáconos, dia 8 de setembro, às 17h, na Catedral Metropolitana, durante celebração presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha.

II Feira das Profissões no CCRei

O Colégio Cristo Rei, em Patos/PB realizou nessa quarta-feira 24/08/2016 a “II Feira das Profissões“ contou com a presença de diversos profissionais de áreas distintas que contribuíram com suas experiências de vida profissional em um momento de grande reflexão para todos. O evento teve a participação de várias Instituições de Ensino Superior da cidade Patos, como: FIP, UFCG, UEPB, Uniopar, UVA, Unip e IFPB; com o objetivo de apresentar aos alunos do Ensino Médio as diversas profissões existentes no mercado de trabalho, para que eles possam fazer um discernimento sobre sua futura atuação profissional.
O CCRei agradece a todas as instituições, profissionais, professores, pais, alunos e visitantes que participaram do evento.



segunda-feira, 22 de agosto de 2016






O título de Nossa Senhora Rainha está intimamente ligado com a realeza de seu Filho Jesus Cristo. O Papa Pio XI, na Carta Encíclica Quas Primas, recordou-nos um precioso ensinamento da Igreja a respeito da pessoa de Cristo: Ele é Rei do Universo. Justamente nesta realeza universal do Filho de Deus se fundamenta a tradição da Igreja de atribuir a Santíssima Virgem Maria o título de Rainha, cuja festa foi instituída pelo seu sucessor, o venerável Papa Pio XII. Ademais, esta tradição a respeito da realeza de Nossa Senhora tem suas raízes mais profundas nas Sagradas Escrituras.


Se Jesus, Deus feito homem, é o Rei, o Messias, profetizado e exaltado desde o Antigo Testamento, Maria é a Rainha Mãe, a figura maternal, que aparece junto dos reis nas Escrituras. O Povo de Israel conhecia as passagens a respeito da figura da Rainha Mãe. Por isso, os apóstolos e discípulos de origem judaica facilmente compreenderam a importância da figura da Mãe de Deus no desígnio divino da salvação e transmitiram esse conhecimento aos demais cristãos.

A origem bíblica da figura da Rainha Mãe

A figura da Rainha Mãe surge pela primeira vez na história do Povo de Deus na descendência da casa da Davi, nos reinados que o sucederam. Salomão, filho de Davi, ao ser entronizado como rei, determinou que sua mãe, Betsabé, sentasse à sua direita: “Betsabé foi, pois, ter com o rei para falar-lhe em favor de Adonias. O rei levantou-se para ir-lhe ao encontro, fez-lhe uma profunda reverência e sentou-se no trono. Mandou colocar um trono para a sua mãe, e ela sentou-se à sua direita” (1 Rs 2, 19).  Depois da morte de Salomão, houve uma divisão do Povo de Deus. O Reino do Norte se separou do Reino do Sul e, por isso, perdeu a descendência de Davi.



No Reino do Sul, também chamado de Reino de Judá, o rei sempre reinava juntamente com sua mãe. “Os 20 reis descendentes de Davi – que vieram após Salomão – sempre são lembrados junto com suas mães. Isso comprova a afirmação feita anteriormente: Sim, a Rainha Mãe é uma instituição típica da Casa de Davi”. Esta tradição estava tão enraizada na cultura do Reino de Judá, que a mãe do rei recebia um título próprio, em hebraico: gebirah, que significa Rainha Mãe. Este nome aparece nada menos que 13 vezes no Antigo Testamento, quando o texto diz respeito à Rainha Mãe. Esta tradição não era exclusividade do Povo de Israel. No Egito e em outros povos da região também havia esse costume. Dessa forma, compreendemos a importância da figura da Rainha Mãe para a história da humanidade e também para a interpretação correta das profecias sobre o Messias, o verdadeiro herdeiro do trono de Davi (cf. Lc 1, 32).





PALMEIRA DOS ÍNDIOS COMEMORA 127 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA







Neste último dia 20 de agosto, a cidade de Palmeira dos Índios/AL comemorou 127 anos de anos de Emancipação Política. Conhecida como a Princesa do Sertão Alagoano, Palmeira dos Índios é a terceira maior cidade do estado de Alagoas e conta com cerca de 74 mil habitantes, segundo estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

A cidade que já foi administrada pelo escritor Graciliano Ramos, também é berço de personagens ilustres tais como o ator Jofre Soares. Além deste, a terra ainda se orgulha por ser berço de Jacinto Silva, Waldemar de Souza, Luiz Torres, Tenório Cavalcante, Monsenhor Macedo, Enéias Simplício, Minervo Pimentel e Noé Simplício, entre outros.

Seguindo uma tradição que se repete há várias décadas, a data foi comemorada com muita festa e em especial, com o desfile cívico-militar que leva a orgulhosa população da cidade, a participar do evento.

Este ano o desfile iniciou-se na Rua Manoel de Góes, seguiu pela Marechal Deodoro até a Praça Humberto Mendes. Além dos habitantes, a festa ainda conta com a presença do prefeito, vereadores e secretários municipais. À noite, na Prça da Independência, um grande show com a presença da Banda Saia Rodada e Lucidei, fechou as festividades com chave de ouro.



  

domingo, 21 de agosto de 2016


"Jesus é a porta que nos propicia amor, compreensão e proteção"


Cidade do Vaticano (RV) – “Nossa vida não é um videogame e nem uma novela. Nossa vida é uma coisa séria e o objetivo a alcançar é importante: a salvação eterna”. Assim disse o Papa em sua reflexão neste domingo (21/08). Aos milhares de fiéis que neste domingo ensolarado tomaram a Praça São Pedro, o Papa falou sobre a salvação representada pela porta de Jesus, que conduz ao perdão do Pai.

Porta de Jesus é sempre aberta para todos

“A porta da misericórdia de Deus – prosseguiu – é sempre aberta para todos. Deus não tem preferências, pois acolhe sempre todos, sem distinção. E a salvação que Ele nos dá é um fluxo incessante de misericórdia que derruba qualquer barreira e abre para surpreendentes perspectivas de luz e de paz”.

No Evangelho de Lucas, Jesus adverte: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. Pois eu vos digo que muitos ten­tarão entrar e não conseguirão”. “Esta porta não é estreita porque é oprimente – explicou o Papa – mas porque assim, nós limitamos e contemos nosso orgulho e nosso medo; e nos abrimos com coração humilde e confiante a Ele, reconhecendo-nos como pecadores e necessitados de seu perdão”.

Em silêncio para meditar com os fiéis

Improvisando, o Papa propôs aos presentes que pensassem em silêncio alguns instantes nas coisas que cada um têm dentro e que impedem que se atravesse esta porta: o orgulho, a soberba, os pecados...

“Depois, pensemos na outra porta, aquela que está escancarada... a da misericórdia de Deus que nos espera do outro lado, para nos perdoar. Esta porta é a ocasião”.

Referindo-se ainda à narração de Lucas, Francisco lembrou que “a um certo ponto, o dono da casa se levanta e fecha a porta. “Mas se Deus é bom e nos ama, por que fecha a porta? Porque nossa vida não é um videogame e nem uma novela. Nossa vida é uma coisa séria e o objetivo a alcançar é importante: a salvação eterna. Ao entrar pela porta de Jesus, a porta da fé e do Evangelho, deixamos para trás atitudes mundanas, maus hábitos, egoísmos e fechamentos”.

Maria nos ajude a compreender

A exortação final do Pontífice foi a Maria: “a ela, peçamos que nos ajude a entender as ocasiões que o Senhor nos oferece para atravessar a porta da fé e percorrer uma estrada maior: o caminho da salvação, capaz de acolher todos os que se deixam envolver pelo amor. É o amor que salva; é o amor que na terra é fonte de bem-aventuranças para aqueles que na mansidão, na plenitude e na justiça, se esquecem de si e se doam aos outros, especialmente aos mais frágeis”. 


sexta-feira, 19 de agosto de 2016


A oração do Rosário, a doença e o inferno, são evocados
A oração do Rosário, a doença e o inferno, evocados no dia 19 de agosto, pela Virgem de Fátima (Portugal), estão relacionados com o pecado, constantemente denunciado pela Imaculada.
O inferno é a ligação com a visão aterradora de 13 de julho. Devemos sempre rezar por causa do “Inimigo que nunca dorme" e por causa da nossa fraqueza. Prevenir e reparar o mal, são atos que justificam o espírito de sacrifício, igualmente tão solicitado.
Os três pastores entram no período decisivo das provações, aceitadas e vividas até o fim, assim como ocorreria o fato que viriam a assistir, em breve: “um Bispo vestido de Branco ─ Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre. ─ (...) subindo uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz (...) e morrendo aos pés da Cruz, com sofrimentos indescritíveis...” o Papa, por excelência, de Fátima, São João Paulo II (…).
A partir de então, eles vão aumentar a sua vida de oblação (...) e intensificar a oração, passando horas na gruta que está nas proximidades do Cabeço, repetindo, prostrados, as orações de adoração e reparação...



 PAPA OFERECEU CHAVES DE LEITURA PARA A SUA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA AMORIS LAETITIA
O Papa Francisco ofereceu uma profunda reflexão e chaves de leitura para
a sua exortação apostólica Amoris Laetitia, recentemente publicada. O Santo Padre aproveitou a abertura do Congresso Eclesial da Diocese de Roma, na Basílica de São João de Latrão, que este ano aborda precisamente tal documento pontifício para recuperar algumas “ideias/tensões – chaves, surgidas durante o caminho sinodal” que podem ajudar a compreender melhor o espírito que se reflete na exortação.
E para fazê-lo utilizou três imagens bíblicas das quais tirou três conclusões: a vida de cada pessoa, a vida de cada família deve ser tratada com muito respeito e cuidado, especialmente quando refletimos sobre essas coisas; ter cuidado para não fazer uma pastoral de guetos e para guetos; dar espaço aos anciãos para que voltem a sonhar.
“Tire as sandálias, pois o chão que está pisando é uma terra santa. ” Esta foi a primeira imagem usada pelo Papa em seu discurso. A este respeito destacou que o terreno que tinha que atravessar, os temas a serem enfrentados no Sínodo, “precisavam de uma atitude determinada”. Tínhamos na frente uma – esclareceu – os rostos concretos de muitas famílias. “Este dar rosto aos temas exigia e exige um clima de respeito capaz de ajudar-nos e escutar aquilo que Deus nos está dizendo dentro das nossas situações”, explicou o Papa.
Um respeito “carregado de preocupações e perguntas honestas que olhavam para o cuidado das vidas que somos chamados a pastorear”. O dar rosto aos temas, assegurou o Santo Padre, ajuda a “não ter pressa para obter conclusões bem formuladas, mas muitas vezes sem vida” e ajuda “para não falar em abstracto”. Porque muitas vezes nos tornamos ‘pelagianos’, disse.
Também afirmou que as famílias “não são um problema, mas uma oportunidade que Deus nos coloca à frente”. Oportunidade que “nos desafia a suscitar uma criatividade missionária capaz de abraçar todas as situações concretas” e não só nas nossas paróquias, mas saindo a busca-las. Outro desafio ao que fez referência é o do “não dar nada nem ninguém por perdido, mas buscar, renovar a esperança de saber que Deus continua atuando dentro das nossas famílias”, “não abandonar ninguém porque não está à altura do que lhe foi pedido”. Refletir sobre a vida das nossas famílias – insistiu Francisco – assim como são e assim como estão, nos pede para tirar as sandálias para descobrir a presença de Deus.
A segunda imagem é a do fariseu quando ora dizendo: “Meu Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos e adúlteros; nem sequer como esse publicano”. A este respeito, o Pontífice advertiu que uma das tentações às quais estamos expostos continuamente é ter uma “lógica separatista”, especialmente os que vivem em uma situação diferente. O Papa garantiu que não podemos analisar, refletir e rezar sobre a realidade “como se estivéssemos em lados ou caminhos diferentes, como se estivéssemos fora da história”. Todos – sublinhou – necessitamos de conversão.
Também indicou que o acento colocado na misericórdia “nos coloca diante da realidade de forma realista, mas não com um realismo qualquer, mas com o realismo de Deus”. As análises são importantes e necessárias, mas “nada se pode comparar com o realismo evangélico, que não para diante das descrições das situações, das problemáticas – menos ainda diante do pecado – mas vai sempre além e consegue ver detrás de cada rosto, de cada história, de cada situação, uma oportunidade, uma possibilidade”. O Papa garantiu que isso não significa não ser claros na doutrina, mas “evitar cair em julgamentos e atitudes que não assumem a complexidade da vida”.
O realismo evangélico – disse – suja as mãos porque sabe que “grão e ervas daninhas” crescem juntos, e o melhor grão, nesta vida, estará sempre misturado com um pouco de ervas daninhas.
Recordou um capitel medieval em uma Igreja na França no começo do caminho a Santiago, no qual está Judas que se enforca e do outro lado Jesus que o carrega. E voltando à imagem bíblica do fariseu destacou o perigo do Graças te dou porque sou da Ação Católica, da Cáritas, etc. e não como os destes bairros que são delinquentes… “isso não ajuda à pastoral”, disse o Papa.
Finalmente, a terceira imagem evocada pelo Papa é “seus anciãos terão sonhos proféticos” do livro de Joel. Com esta imagem o Santo Padre quis sublinhar a importância que os Padre sinodais deram ao valor do testemunho como lugar em que se pode encontrar o sonho de Deus e a vida dos homens.
Os sonhos dos anciãos vão junto com “as visões dos jovens”. Por isso, o Pontífice disse que é bonito encontrar matrimônios, casais, que sendo maiores continuam se procurando, se olhando, se querendo e se escolhendo. “É muito bonito encontrar ‘avós’ que mostram nos seus rostos enrugados pelo tempo a alegria que nasce do ter feito uma escolha de amor e pelo amor”, sublinhou. E a contradição daquele que casa e pensa: ‘não me preocupo, em dois ou três anos volto à casa da minha mãe”.
Nesta linha advertiu que como sociedade “privamos da sua voz os anciãos, e isso é um pecado social de agora. Privamos eles do seu espaço”. E descartando-os, “descartamos a possibilidade de tomar contato com o segredo que lhes permitiu seguir em frente”. Esta falta de modelos – observou Francisco – não permite às jovens gerações ter visões.
“Nós precisamos dos sonhos dos avós”, disse. E acrescentou que não por acaso quando Jesus é levado ao templo foi recebido por dois avós que contaram o seu sonho. “Este é o momento dos avós… que sonhem e os jovens aprendam a profetizar estes sonhos”.
Em conclusão, o Santo Padre convidou a desenvolver uma pastoral familiar capaz de receber, acompanhar, discernir e integrar. Uma pastoral – disse – quer permita e faça possível o andaime adequado para que a vida confiada a nós encontre o apoio de quem tem necessidade para desenvolver-se segundo o sonho de Deus.



O monge estrangeiro não era outro senão o Arcanjo Gabriel


No ano de 980, produziu-se no Monte Athos o seguinte milagre: Nas proximidades do Skite do Pantocratos, em Karyes, onde se encontra o Santo Mosteiro do Todo Poderoso (Pantocrator), existia uma cavidade natural onde algumas celas monásticas eram edificadas. Uma era dedicada à Dormição da Mãe de Deus, onde um Staretz (ancião) vivia com seu discípulo.

Certo dia, este Ancião dirigindo-se à Vigília noturna, ordenou ao discípulo que ficasse na cela em vigília e oração. Ao anoitecer, um monge estrangeiro, desconhecido do jovem, bate-lhe a porta. Ele abre e convida-o a passar a noite na cela. Chegada a aurora daquele Domingo, eles levantam para celebrarem juntos o Ofício de Orthros (Matinas).

Na nona Ode do Cânone (parte do ofício citado) dá-se início ao antigo hino “Tu mais Venerável que os Querubins...”. O monge estrangeiro, no entanto, começa diferentemente e canta: “Verdadeiramente é digno e justo, que Te bendigamos, ó Bem-aventurada Mãe de Deus”, acrescentando em seguida “Tu mais venerável que os Querubins... ".

O jovem pede ao estranho que escreva o hino para ele também glorificar a Santíssima Mãe de Deus. Não havendo, no entanto, papel, o monge estrangeiro escreve o hino numa placa de mármore com o seu dedo e ordena ao jovem discípulo de glorificar sempre desta forma a Santíssima Mãe de Deus, desaparecendo subitamente. As letras ficaram gravadas sobre a pedra, como sobre a argila e o discípulo entende que o visitante era um Anjo de Deus.

Ao retornar à cela, o Ancião encontra seu discípulo. Este conta o ocorrido e mostra-lhe a placa (...).  A placa de mármore foi enviada à piedosa comunidade da Santa Montanha, em Constantinopla, ao Patriarca e ao rei. A partir de então, o Hino foi difundido e cantado por todos os Ortodoxos em honra à Santíssima Mãe de Deus.

O Ícone da Mãe de Deus foi transferido para a igreja do Pantocrator, onde permanece até hoje, no interior do Santuário, sob o Trono. A cela toma, desde então, o nome de “Axion Estin” (Hino Angélico “Verdadeiramente é digno e justo”) e o lugar foi nomeado “Adein” (cantar, louvar).

Sou como você me vê e algo mais!

Por Irmã Vilma Lúcia de Oliveira, FDC.
Neste conjunto de fotografia e autorretrato contemplamos um especial elaborado. Trata-se de Ir. Myriam Serrano Lyra (1917-2007) dialogando com  a sua autorepresentação. Um confronto com a realidade de si mesmo, com a sua verdade, talvez um diálogo com eu profundo, descobrindo e afirmando sua própria identidade. Expressa um possível encontro, bem parecido com ela: Sou como você me vê e algo mais.
Conhecendo Ir. Miriam e, a partir da nossa convivência, no tempo em que foi Vice–Mestra da Candidatura e do Noviciado, mais tarde como coirmã na Comunidade do Colégio Nossa Senhora das Neves podemos pensar como Friedrich Nietzsche:  Há (neste especial elaborado) uma inocência na admiração: é a daquela a quem ainda não passou pela cabeça que também ela poderia um dia ser admirada. Admiramos e lhe agradecemos  por tudo quanto “pintou em  nossa alma”. Portanto, trilhando o caminho existencial de sua vocação, o autorretrato, alvo do seu próprio olhar, ganha apenas o sentido de um mapa de sua alma. Não se trata de narcisismo. 
É um olhar atento aos momentos de máxima inspiração, que brota de uma visão desinteressada do mundo. No estado estético, é indiferente se a contemplação do pôr do sol ocorre a partir de uma prisão ou de um palácio, se os olhos de quem vê pertencem a um mendigo ou a um rei, pois nesse instante a contemplação é impessoal; quem frui o belo é o claro olho cósmico. Assim, Ir. Miriam erigiu monumentos duradouros de paz de espírito. Tem-se aí um tipo especial de alegria estética vinculada ao puro conhecer de seus caminhos.  É uma intuição puramente objetiva de um espírito direcionado pelo olhar oriundo de uma visão desinteressada do mundo. ( cfr SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação, pp. 265-72.).
Desta forma compreendemos também que o autorretrato não é um mero exercício estético, mas  proposta de um diálogo consigo mesmo, solitária em seu processo de individuação calmo e sereno. Assim,  comunica um conhecimento puro de sua trajetória, a artista numa alma de mulher consagrada. Os pensadores cristãos e muitos misticos afirmam  que o autoconheimento e o conhecimento de Deus, caminham lado a lado.
Quantas vêzes a ouvi dizer: Estar aqui no meu atelier, é estar em mim, conversando e brincando comigo e até rindo de mim mesma, das minhas macaquices, agradecendo e louvando a Deus, que é tão generoso comigo.  E assim ia captando o discurso do retrato humano.
No autorretrato ela mostra plasticamente o indivíduo como acentuação da ideia de humanidade enquanto obra do Criador, imagem e semelhança de Deus.  Observando o seu rosto, seus olhos, os óculos, o pincel quase escondido, capta-se a expressão, o reflexo de um conhecimento que não é direcionado às coisas isoladas, parece que ela aprendeu a essência inteira do mundo e da vida. Na sua simplicidade, sem os requintes acadêmicos, mas intuitivamente, manifesta em sua obra a suprema sabedoria cultivada na fé.
Percebemos na obra o Ápice de toda a sua arte. Aqui o tempo da autora se mistura com o tempo da sua criação. Seu imaginário se move de um suporte a outro, ou seja, de si próprio para a fotografia e desta para a tela onde a linha delineia o que ela produz na autoimagem. Simultaneamente, consegue apresentar, em rabiscos ou pinceladas , a lógica do visível a serviço do invisível. É a transfiguração e a interprenetação dos dois planos, humano e divino. A pintora e a mística, numa obra que demarca o mais fielmente possível  o papel desta Mestra da Fisionomia,  marca  de seu pensar estético.
Outras tantas fisionomias de sua autoria  também  possuem  uma objetividade essencialmente expressiva em sua humanidade, que em nada deve aos rostos sagrados de Rafael. Todas parecem que fitam e querem dizer algo ao espectador. Assim, registrando perfeitamente a figura humana, Ir Myriam conseguia capturar as características primordiais do personagem. No que reproduzia, estabelecia por meio do contraste cromático, um jogo de textura a ponto de o espectador sentir como reais o olhar, o sorriso, alguns traços da fisionomia e até o tecido das vestes.
 Então, de sua forma histórica, restaram para a posteridade outros significativos traços que, podem ser sintetizados aqui, na fotografia que sugerimos.  Através do rosto que é a moldura do seu ser, sua presença humana permanece viva na imagem e na função que esta exerce. Muita coisa não é possível ver.  Mas visualizando o autorretrato saltam aos olhos grande naturalidade e realismo. Este é o legado plástico capaz de transcender do que ficou registrado na memória e nos corações de quem teve o privilégio de com ela partilhar a vida, os ideais e a missão, como “Filha do Amor Divino”. Ela tinha razão em dizer: Sou como você me vê e algo mais.





Seu nome significa “tocha resplandecente”. Esta grande santa foi a mãe do imperador que concedeu a liberdade aos cristãos, depois de três séculos de perseguição, e conseguiu encontrar o Santa Cruz de Cristo em Jerusalém.

Helena nasceu no ano de 270 na Bitínia (sul da Rússia, junto ao Mar Negro). Era filha de um hoteleiro e em sua juventude era muito formosa.

Um dia, passou por essas terras um general muito famoso do exército romano, chamado Constâncio Cloro. Eles se apaixonaram e se casaram. O casal teve um filho chamado Constantino.

Anos mais tarde, o imperador de Roma, Maximiliano, ofereceu a Constâncio Cloro um cargo como seu colaborador mais próximo, mas com a condição de que repudiasse sua esposa Helena e se casasse com sua filha. Deixando-se levar por sua ambição de poder, Constâncio repudiou Helena.

A Santa sofreu um abandono humilhante durante 14 anos. Entretanto, em meio à solidão, conheceu Deus e se converteu ao cristianismo. Quando Constâncio morreu, Constantino foi proclamado imperador pelo exército.

Antes da batalha de Saxa Rubra contra seus inimigos na ponte Milvio, em Roma, Constantino teve um sonho em que Cristo lhe mostrava a cruz e dizia: “Com este sinal vencerás”. No dia seguinte, o imperador levou a Cruz no combate e venceu.

Após a vitória no ano 313, Constantino decretou a livre profissão da religião católica e expandiu o cristianismo por todo o império.

Constantino amava imensamente sua mãe Helena e a nomeou Augusta ou imperatriz. Mandou fazer moedas com a figura dela e lhe deu plenos poderes para empregar o dinheiro do governo nas obras de caridade que ela quisesse.

Helena foi a Jerusalém para buscar a Santa Cruz, levando consigo um grupo de trabalhadores que realizaram escavações no Monte Calvário e a encontraram.

No ano 326, a Santa mandou trazer a Escada Santa do palácio de Pôncio Pilatos de Jerusalém. Segundo a tradição, Cristo subiu por ela na Sexta-feira Santa para o palácio para ser julgado e derramou sobre ela suas gotas de sangue. Está localizada em frente à Basílica de São João de Latrão, em Roma. Em 1723, foi forrada com madeira de nogueira para preservá-la dos desgastes, já que milhares de peregrinos sobem continuamente por ela de joelhos.

Santo Ambrósio narra que, apesar de ser a mãe do imperador, Santa Helena se vestia com simplicidade, ficava em meio aos pobres e utilizava o dinheiro que seu filho lhe dava para distribuir esmolas. Também era muito piedosa e passava muitas horas rezando no templo.

Na Terra Santa, construiu três templos: um no Calvário, outro sobre o Monte das Oliveiras e o terceiro em Belém.

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA




A Virgem Imaculada foi elevada ao Céu de corpo e alma após sua morte, que a Igreja desde os primeiros séculos chama de “dormição”; Deus a ressuscitou e levou para o Céu. O Papa Pio XII, em 1 de novembro de 1950, por meio da Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus” proclamou como dogma de fé, dizendo:

“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. ”

A Festa de Nossa Senhora Rainha do Céu e da Terra é celebrada no dia 22 de agosto. A Assunção da Virgem Maria é uma participação especial na Ressurreição de Jesus e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos. A Liturgia bizantina reza: “Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte”.

Na Missa da Assunção a Igreja reza: “Deus eterno e todo poderoso, que elevastes `a glória do Céu, em corpo e alma, a Imaculada Virgem Maria, mãe do Vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos de Sua glória”.

Muitos santos perguntavam se o melhor dos filhos poderia recusar à melhor das mães a participação em sua ressurreição e o glorioso domínio à direita do Pai? Para eles sua dignidade de Mãe de Deus exige a Assunção. Para Santo Irineu de Lião (†200), como a nova Eva, Maria participou da sorte do novo Adão, Jesus Cristo, ressuscitou depois da morte, seu corpo não experimentou a corrupção.

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu é, para nós que ainda vivemos neste vale de lágrimas, a certeza de que o Céu existe e é nosso destino. A chegada de nossa Mãe ao Céu é a certeza antecipada da vitória final de todos os justos amigos de Deus, que amam o Evangelho e obedecem a Igreja, vivendo como verdadeiros cristãos. Lá do alto a Mãe querida, ao lado do trono do Rei, prepara um lugar no céu para cada um de nós, e ali intercede por nós sem cessar, ela que é a “onipotência suplicante”. A Igreja reza na Assunção: “Hoje a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do Céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho”.(Pref. da Or. Euc.)

A Assunção de Nossa Mãe ao céu é um sinal da nossa ressurreição. É uma mensagem especial e convite dessa Mãe a cada um de nós para segui-la ao Céu, desprezando toda a sedução dos apegos e prazeres desta vida, que por mais abundantes que sejam não conseguem saciar os anseios de uma alma imortal criada em Deus, para Deus e à semelhança de Deus. O coração do homem que foi feito para o Alto.

A Assunção de Nossa Mãe é o testemunho certo de que a filosofia consumista, materialista e hedonista de nossos tempos, que tiraniza o ser humano, afastando-o de Deus e dos irmãos, longe de trazer-lhe a verdadeira felicidade, ao contrário, enche sua alma de tristeza, frustração e pessimismo, numa vida sem rumo e sem ideal.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

ENCONTRO DISCUTE METODOLOGIAS DE ENSINO RELIGIOSO DA REDE PRONEVES

A maneira como o ensino religioso é aplicado em sala de aula nas escolas confessionárias do Brasil estará no centro das discussões do II Encontro de Coordenadores, Professores e Catequistas da Rede das Escolas da Província Nossa Senhora das Neves (Proneves). O evento é promovido pelo Serviço de Educação Religiosa (SER) e pela pastoral das escolas. A iniciativa ocorre entre os dias 19 e 21 de agosto, em Emaús, Parnamirim.
Durante os três dias, os participantes do evento terão a oportunidade de refletir e enriquecer os conhecimentos sobre os procedimentos metodológicos aplicados no ensino religioso praticado na Rede Proneves. O intuito é aprimorar os ensinamentos que são repassadas aos alunos. Ao longo do Encontro, o grupo também participará de uma vivência de misericórdia, junto às irmãs idosas da Vila Maria.

Catequistas ajudam a Igreja a ser evangelizadora, diz bispo

A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou mensagem para os catequistas de todo o país, por ocasião do dia a eles dedicado, 28 de agosto, no contexto do Mês Vocacional. O texto é assinado pelo arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão, dom José Antônio Peruzzo.
“Em nome da CNBB quero servir-me da data para uma palavra permeada de sincero afeto e imensa gratidão. Embora não seja possível ser suficientemente grato a tanta dedicação, com muita simplicidade, apresento-me para uma reflexão agradecida”, escreveu o arcebispo.
Na mensagem, os catequistas são convidados a fazer memória de sua vocação, lembrando dos passos e desafios diante do chamado para evangelizar por meio da catequese.
“Seu sim ajudou a Igreja a ser Evangelizadora; a ser mais Igreja. Sua dedicação de Catequista a(o) faz lembrar-se de que o Senhor Jesus quer ser conhecido mais por seu amor do que por doutrinas”, diz dom Peruzzo aos catequistas.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

No último sábado (13), aconteceu Passeio Ciclístico promovido pelo Educandário Jesus Menino (Currais Novos/RN), em homenagem os Pais







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A Igreja Católica não pode ficar sem sacerdotes

Agosto, para a Igreja no Brasil, é o mês dedicado às vocações; somos convidados a rezar especialmente nessa intenção e a promover as vocações sacerdotais, religiosas e laicais, tão necessárias à vida de nossas comunidades e à missão da Igreja.
A Conferência de Aparecida nos recorda que a vocação fundamental e primeira de todos os cristãos é a de sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo. Pelo batismo, fomos chamados à fé em Deus por meio de Jesus Cristo e a sermos membros de Sua Igreja. Essa é a vocação de todos, grande graça e dignidade, que enche nossa vida de alegria e lhe dá uma orientação nova. Não se pode dizer, pois, que só alguns foram chamados, enquanto os demais não teriam recebido nenhuma vocação. Cada cristão católico recebeu a vocação para ser discípulo e missionário de Jesus Cristo.
Vocação do cristão
É bonito e inspirador pensar a vida cristã como ?vocação?, e isso significa que ela é bem mais que um conjunto de preceitos, doutrinas e obrigações morais. O cristão é chamado a estar com uma pessoa, com ninguém menos que Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem. Ser cristão é receber a grande ?bênção? da salvação por meio de Jesus Cristo; é olhar para ele, acolher a cada dia Sua palavra e olhar para Seu exemplo; é partilhar Seu desejo de que se realize o Reino de Deus neste mundo e no outro, que todos os seres humanos conheçam o amor misericordioso de Deus e recebam a salvação. Doutrinas, preceitos e deveres morais tomam novo sentido quando se passa a olhar a vida cristã desse modo.
Foi para isso, de fato, que Jesus chamou discípulos: para estarem em sua companhia e experimentarem a proximidade de Deus e a grandeza de seu amor. Como Mestre, instruiu-os na vontade de Deus e no caminho que leva à vida plena; ele próprio, como Filho de Deus e irmão da humanidade, apresentou-se como ?caminho, verdade e vida?, convidando os discípulos a seguirem seus passos, orientados por Sua Palavra. Depois, enviou-os em missão, para chamarem outros discípulos e formarem comunidades congregadas em nome d’Ele. Desde então, a Igreja nunca mais deixou de fazer o mesmo por meio da atividade missionária, da pregação do Evangelho e do testemunho de vida, congregando em comunidades de vida cristã aqueles que creram. E ainda hoje acontece o mesmo e queremos fazê-lo com renovada consciência e alegria.
Por Dom Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo