sexta-feira, 30 de março de 2018


Reflexão para a Sexta-feira da Paixão 

Rezar a Paixão do Senhor é segui-lo no seu esvaziamento por amor do mundo, dos homens.

O Senhor está sozinho em sua luta pela salvação do mundo. Ele dará o sim ao Pai, um sim total e definitivo em nome de toda a Humanidade.

Após a Ceia, o Senhor se retira para rezar com seus discípulos, mas eles dormem. Jesus
sente a solidão. É difícil ficar só. Ele volta três vezes ao grupo, mas eles dormem. Diante do Senhor o universo do pecado, do desconhecimento do amor divino, do menosprezo do carinho de Deus.

Jesus sente o peso dos pecados de todos os homens. Sente o peso da natureza humana em ruptura com o Pai, submetida ao “Príncipe das Trevas”.

É a hora da opção, da escolha definitiva. Ele sendo o “SIM DO PAI” deve ratificar sua missão.

Até em sua carne repercute o drama de sua escolha a ponto de suar sangue.

“Minha alma está triste até a morte”. Jesus é tentado a largar tudo, a renunciar. Ele diz: “Pai, afasta de mim este cálice”!

Contudo esse grito de dor, já é demonstração de confiança e também já é uma aceitação: “Pai, não o que eu quero, mas o que Tu queres! ”

E nós, como vivemos os momentos duros de paixão, de solidão?

Sejamos humildes como Jesus... Ele, o filho de Deus pede e aceita o reconforto do Anjo... Sinal do amor do Pai. Não nos espantemos de oscilar daqui, dali e de repetir sempre as mesmas palavras...

Jesus vai-e-vem, busca apoio e a ele renuncia.

Diz sempre as mesmas palavras... O amor sem palavras!

Apesar de sua agonia, Jesus pensa nos outros, em seus Apóstolos: Rezai para não entrardes em tentação”.

Alma de Cristo, santificai-me
Corpo de Cristo, salvai-me
Sangue de Cristo, inebriai-me
Água do lado de Cristo, purificai-me
Paixão de Cristo, confortai-me
Ó Bom Jesus, ouvi-me
Dentro de vossas Santas Chagas, escondei-me
Não permitais que me separe de vós.
Na hora da morte chamai-me e
Mandai-me ir para vós. Amém
(Reflexão do Pe. Cesar Augusto dos Santos SJ)

CORRESPONDÊNCIA 

Caríssima Ir.Judith,



Deus lhe pague pelo seu augúrio de Pascoa. Retribuo-o com muito carinho, atingindo todas as Irmãs de sua querida Comunidade.
Sou-lhe também muito grata pelos diversos materiais, enviados ultimamente com muito cuidado e interesse. 
Ontem à noite, a Ir. Lucyna e outras quatro Irmãs da Casa Provincial daqui, voltaram das Cerimonias Fúnebres do Pe. Christoph, polones, SJ., falecido na madrugada do domingo de Ramos, vítima de um câncer, que se revelou há apenas uns três anos. Isto com 55 anos de idade. 
Durante 20 anos, ele foi o capelão de nossa Casa Provincial de lá e pregou em vários retiros na Província daqui. Dominava o alemão e utilizava um método especial de arte sacra, pinturas e músicas, de autores famosos de várias épocas e nacionalidades. No fim, sofreu muito e numa semana se foi para o além. Sendo muito particular o tipo de câncer, a equipe de oncólogos de Cracóvia enviou-o para Varsóvia, onde foi tratado com muito interesse e cuidado. 
Obrigada pela sua colaboração e de outras pessoas interessadas no restabelecimento de sua saúde.  
Deus o acolha com ternura e compaixão pelo bem realizado neste mundo.


Feliz Pascoa!



Ir. Nicolina, FDC 

terça-feira, 27 de março de 2018

Quais são os símbolos da Páscoa?

Cordeiro
O cordeiro que os israelitas sacrificavam no templo no primeiro dia da páscoa como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo.
Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa Páscoa” (Cor 5, 7).
João Batista, quando está junto ao rio Jordão em companhia de alguns;
Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu. (Cf. AP 5,6.12; 13, 8).discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jô 1, 29 e 36).Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados (Cf. Is 53, 7-12).

Ovo
O costume e tradição dos ovos estão associados com a Páscoa há séculos. Símbolo da fertilidade e nova vida. A existência da vida está intimamente ligada ao ovo, que simboliza o nascimento. O sepulcro de Jesus ocultava uma vida nova que irrompeu na noite pascal. Ofertar ovos significa desejar que a vida se renove em nós.

Coelho
Por serem animais capazes de gerar grandes ninhadas e reproduzirem-se várias vezes ao ano, sua imagem simboliza a capacidade da Igreja de produzir novos discípulos de Jesus, Filho de Deus.

Pão e vinho
Na ceia do senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor.
Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.


Cruz
A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo.
No Conselho de Niceia em 325 d.c., Constantim decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo.
Então não somente um símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.
Círio Pascal
É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda atreva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos Povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois crava-se neste, cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus e as letras “alfa” e “Omega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significa o princípio e o fim de todas as coisas.

Prof. Felipe Aquino

Roma: vigília ecumênica vai lembrar cristãos perseguidos

Hoje (27/03), às 18h30, na Basílica de Santa Maria in Trastevere, o Cardeal Marc Ouellet (Presidente da Comissão para a América Latina, CAL) e Prefeito da Congregação para os Bispos, preside uma vigília de oração ecumênica em recordação daqueles que – como Dom Oscar Arnulfo Romero – foram assassinados por fidelidade ao Evangelho.
Há poucos dias da notícia da canonização de Dom Oscar – mártir assassinado 38 anos atrás em São Salvador enquanto celebrava a Eucaristia – a Comunidade de Santo Egídio faz memória dos cristãos que foram mortos ou que sofrem perseguições, discriminações ou privações da liberdade religiosa. E o faz recordando nomes e vidas destas testemunhas do Evangelho e repetindo as palavras do Papa Francisco: 
“Hoje, no século XX, a nossa Igreja é uma Igreja de mártires”.
Em muitos países do mundo, o testemunho desarmado e não violento dos cristãos constitui um escândalo diante da violência, da corrupção e do terror. Há lugares no mundo onde se morre quando se vai à missa, onde igrejas e escolas cristãs são incendiadas, onde há ameaças, intimidações e assassinados contra quem educa os jovens ou os extirpam de bandas criminosas.
Por Vatican News

segunda-feira, 26 de março de 2018

“Maria nos ajude a viver bem a Semana Santa”

Depois de celebrar a missa do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Cumprimentando os jovens de diferentes países participantes da celebração e recordando sua recente visita ao Peru, Francisco saudou particularmente a comunidade de peruanos residente na Itália.
JMJ e Sínodo no horizonte
O Pontífice lembrou ainda que a Jornada Mundial da Juventude (25/3) é uma etapa importante no caminho rumo ao Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, programado para outubro próximo, e também no percurso de preparação para a JMJ do Panamá, de janeiro de 2019.
“Neste itinerário, nos acompanham o exemplo e a intercessão de Maria, a jovem de Nazaré que Deus escolheu como Mãe de seu Filho”.
“Ela caminha conosco e orienta as novas gerações em sua peregrinação de fé e de fraternidade.”
Concluindo, Francisco invocou Maria para que “nos ajude a viver bem a Semana Santa”:
“Dela, aprendemos o silêncio interior, o olhar do coração, a fé amorosa para seguir Jesus no caminho da cruz que conduz à luz gloriosa da Ressurreição”.
Depois de saudar os concelebrantes e os colaboradores presentes, no final do encontro o Papa se concedeu o tradicional momento de contato com os fiéis na Praça, em meio a fiéis e peregrinos. Tirou ‘selfies’ com os jovens e a bordo do papamóvel saudou e abençoou a todos.
Por Vatican News

Para viver bem a Semana Santa

Os antigos a chamavam de “Semana Maior”, por ser a celebração mais importante do Ano Litúrgico, que nos leva a contemplar o mistério da Redenção da humanidade: Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. O bom católico sabe que deve celebrá-la com profundo respeito, meditação, oração e contemplação do grande mistério de amor de Deus por nós. Cada função litúrgica deve ser assistida e participada com devoção e ação de graças a Deus. Não podemos transformar a Semana Santa numa semana de lazer, na praia, no campo ou no turismo secular.
Antes de tudo é preciso fazer uma boa Confissão para poder celebrar dignamente os santos mistérios desta Grande Semana. Ela começa no Domingo de Ramos, que nos leva a meditar e reviver – não apenas mera recordação – a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos proclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor (Lc 19, 38 – MT 21, 9). Seguir a Cristo por entre os hosanas deste domingo e estar disposto a acompanhá-lo ao Calvário. O verdadeiro seguidor do Salvador é um defensor da fé e não um traidor de Jesus, como foram aqueles que o saudaram e, logo em seguida, pediram sua condenação. O apelo da Igreja é este: “Acorda, cristão, sois soldado de Cristo, estás unido a Ele e deves caminhar com Ele rumo à Paixão e Ressurreição”. Esta deve ser a disposição de quem deseja celebrar bem a Semana Santa.
Na Quinta-feira Santa celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia, a instituição do Sacerdócio, e a grande lição de Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. Na Missa que o Bispo celebra com o seu clero, benze os Santos Óleos:
1. Óleo do Crisma – Uma mistura de óleo e bálsamo, significando a plenitude do Espírito Santo; o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. Este óleo é usado também no sacramento da ordenação sacerdotal. Sua cor é dourada.
2. Óleo dos Catecúmenos – são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças. Significa a libertação do Mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
3. Óleo dos Enfermos – É usado no sacramento da Unção dos Enfermos. Sua cor é roxa.
Na Missa da Ceia do Senhor, comemoramos a Última Ceia, em que Jesus instituiu o Sacerdócio católico, a Sagrada Eucaristia, e dá a grande lição do amor no “lava-pés”. No final da Missa, faz-se a “Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento” do altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda à noite. Este é o dia da Eucaristia, em que, de modo especial, todos devem comungar bem e adorar os Senhor na Eucaristia.
Na Sexta Feira Santa celebramos Sua Paixão e Morte. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, celebramos a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. É a hora de se unir à Virgem Dolorosa, adorar Jesus em sua Cruz e acompanhá-lo até sua sepultura. Em alguns lugares se faz a celebração “Sermão das Sete Palavras” de Jesus na Cruz. À noite nas paróquias faz-se as encenações da Paixão de Jesus Cristo com o Sermão da Descida da Cruz e em seguida a Procissão do Enterro, levando o caixão com a imagem do Senhor morto. Participando com devoção dessas celebrações, estamos participando bem da Semana Santa.
O Sábado Santo é o dia do grande silêncio, o dia do repouso do Senhor, da Soledade (solidão dolorosa) de Maria. A principal celebração é a “Vigília Pascal”, na noite do Sábado Santo. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal:1 – a benção do fogo novo e do círio pascal; 2 – a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; 3 – a Liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; 4 – a renovação das promessas do Batismo e, por fim, 5 – a Liturgia Eucarística. “A morte foi vencida, as portas do Paraíso estão abertas”! Num duelo admirável a morte lutou contra a vida e o Autor da vida se levanta triunfador da morte. Terminou o combate da luz com as trevas, combate místico de Cristo contra Satanás. Após as trevas brilhará o sol da Ressurreição!
Nada, pois, mais necessário do que viver com intensidade estes dias sagrados e abrir os corações às inspirações divinas.
Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 22 de março de 2018


MP abre investigação sobre ameaças de morte ao padre Lancellotti 

Após pedido feito por entidades e advogados de direitos humanos, o Ministério Público de São Paulo abriu nessa quarta (21) uma investigação para apurar as ameaças de morte sofridas nas redes sociais pelo padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo, conhecido na cidade por sua atuação em defesa dos moradores de rua. As informações são da Agência Brasil.
Documento encaminhado na terça (20) ao Ministério Público, pede a instauração de inquérito policial que identifique e responsabilize os autores das ameaças. Entre os que assinam a representação está o cardeal arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Odilo Scherer.
"A parcela da população insensível ao tema da falta de moradia, vendo-se frustrada no anseio de que a municipalidade retire os moradores em situação de rua das regiões para as quais eles têm se dirigido, tem atribuído a permanência dessas pessoas nas ruas ao trabalho pastoral exercido pelo padre Júlio Lancellotti junto à população mais carente da cidade", diz trecho do documento.
Para as entidades, esse posicionamento tem se mostrado demasiadamente violento em manifestações nas redes sociais, e cresce a preocupação com a integridade física tanto dos moradores em situação de rua como dos que dispensam especial cuidado a essas pessoas, como é o caso do padre Júlio Lancellotti.
As ameaças foram postadas em redes sociais, principalmente em páginas de moradores da região da Mooca, na zona leste da capital, onde fica a igreja São Miguel Arcanjo, em que o padre Júlio é pároco. No documento encaminhado ao Ministério Público são citadas e identificadas algumas das ameaças e foi solicitado que o órgão investigue também as mensagens apagadas ou editadas. Com informações da Folhapress.
Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/mp-abre-investigação-sobre-ameaças-de-morte-ao-padre-lancellotti/ar-BBKysoU?li=AAkXvDK&ocid=spartandhp

“Deus nos ama como um pai e uma mãe”

A fidelidade de Deus à aliança foi o tema da homilia de Francisco na Casa Santa Marta. "O Senhor jamais se esquece de nós e nos ama de um amor visceral", disse o Papa.

O Senhor é fiel, jamais se esquece de nós: isso nos leva a exultar na esperança. A poucos dias da Semana Santa, a Igreja propõe a reflexão sobre o amor fiel de Deus e foi este o tema da missa celebrada pelo Papa Francisco na capela da Casa Santa Marta.
A homilia do Pontífice foi inspirada no Salmo responsorial e na Primeira Leitura, extraída do Livro do Gênesis, que narra o episódio da aliança de Deus com Abraão. Uma aliança que se prolongará na história do povo, não obstante os pecados e a idolatria.

Amor de mãe - O Senhor, de fato, tem um “amor visceral” que não faz esquecer. Para dar um exemplo, o Papa recorda que na Argentina, no Dia das Mães, se presenteia uma flor chamada “não se esqueça de mim”, que tem duas cores: azul claro para as mães vivas e roxa para as mães que já morreram:
Este é o amor de Deus - como o de uma mãe. Deus não se esquece de nós. Nunca. Não pode, é fiel à Sua aliança. Isso nos dá segurança. De nós podemos dizer: “Mas a minha vida é tão ruim... Tenho esta dificuldade, sou um pecador, uma pecadora...” Ele não se esquece de você, porque tem este amor visceral, e é pai e mãe.

Abraço de amor - Trata-se, portanto, de uma fidelidade que leva à alegria, notou o Papa. Assim como para Abraão, a nossa alegria é exultar na esperança, porque “cada um de nós sabe que não é fiel”, mas Deus sim, reiterou o Papa. Basta pensar na experiência do Bom Ladrão:
O Deus fiel não pode renegar a si mesmo, não pode nos renegar, não pode renegar o seu amor, não pode renegar o seu povo, não pode renegar porque nos ama. Esta é a fidelidade de Deus. Quando nos aproximamos do sacramento da penitência, por favor: não pensar que vamos à lavanderia para tirar as sujeiras. Não. Vamos para receber um abraço de amor deste Deus fiel que nos espera sempre. Sempre.

Concluindo, o Papa retoma a exortação central desta homilia: Ele é fiel, ele me conhece, me ama. Jamais me deixará só. Ele me leva pela mão. Que mais posso querer? Que mais? Que devo fazer? Exulta na esperança, porque o Senhor ama você como pai e como mãe.

Papa nomeia administrador apostólico para Diocese de Formosa (GO)

O Santo Padre nomeou esta quarta-feira, 21/03, como administrador apostólico sede plena et ad nutum Sanctae Sedis da Diocese de Formosa (GO), Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba.

A Diocese foi alvo da Operação Caifás encabeçada pelo Ministério Público Federal (MP-GO), que levou à prisão o Bispo da Diocese, quatro sacerdotes, além de outros acusados de corrupção e desvio de dinheiro.

Na terça-feira, 20, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) havia divulgado uma nota sobre o caso assinada pelo seu secretário-geral, Dom Leonardo U. Steiner. Eis o texto na íntegra:

“Diante da prisão do Bispo da Diocese de Formosa, no Estado de Goiás, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão Bispo, que a justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com justiça e transparência, visando o bem da Igreja particular e do Bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração, para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho”.
ISOLADOS - Os mandados de prisão contra os acusados de integrar a quadrilha supostamente comandada pelo Bispo de Formosa são temporários e valem por cinco dias. O MP-GO vai pedir a prorrogação por mais cinco dias e depois, a conversão para prisão preventiva, que não tem prazo.


Os acusados ocupam celas em uma área separada no novo presídio de formosa. O isolamento ocorre para garantir a integridade física dos clérigos, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). Eles têm direito a banho de sol de duas horas por dia e tomam banho em chuveiro sem eletricidade.
A princípio, os presos na Operação Caifás vão responder por associação criminosa, falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Acumulada, a pena vai de 10 a 27 anos, podendo ser aumentada de acordo com o papel de cada um no esquema.
QUEM SÃO - José Ronaldo Ribeiro, Bispo de Formosa (GO); Monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, vigário-geral da Diocese de Formosa; Padre Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição, Formosa; Padre Mário Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, Formosa; Padre Thiago Wenceslau, juiz eclesiástico; Padre Waldoson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, Posse (GO); Antônio Rubens Ferreira, empresário, acusado de ser laranja da quadrilha; Pedro Henrique Costa Augusto, empresário, acusado de ser laranja da quadrilha; Guilherme Frederico Magalhães, secretário da Cúria de Formosa.

http://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-03/papa-francisco-administrador-apostolico-diocese-formosa--go-.html

terça-feira, 20 de março de 2018


Acompanhe a Semana Santa com o Papa no Vatican News 

O Papa Francisco abre a Semana Santa com a celebração do Domingo de Ramos na Praça São Pedro. O Vatican News transmitirá todas as celebrações presididas pelo Santo Padre.

O Vatican News transmitirá, com comentários em português, todas as celebrações da Semana Santa presididas pelo Santo Padre. (Os horários indicados à esquerda referem-se ao horário italiano, e à direita ao início da transmissão, horário de Brasília).
Com a mudança no horário italiano este final de semana, a diferença passará a ser de 5 horas a mais em relação ao horário de Brasília).
Domingo, 25 de março, às 9:55 - Procissão e Missa de Ramos na Praça São Pedro (4:55, horário de Brasília).
Quinta-feira, 29 de março, às 9:30 - Missa do Crisma na Basílica de São Pedro (4:25, horário de Brasília).
Sexta-feira Santa, às 17:00 - Celebração da Paixão do Senhor na Basílica de São Pedro (11:55, horário de Brasília).
 Às 21:00 - Via Sacra no Coliseu (16:00, horário de Brasília).
Sábado Santo, às 20:30 - Vigília Pascal na Basílica de São Pedro. (15:25, horário de Brasília).
Domingo de Páscoa, às 10:00 -  Missa de Páscoa (4:55, horário de Brasília).
 Às 12:00 - Bênção "Urbi et Orbi" da sacada central da Basílica de São Pedro (6:55, horário de Brasília).
Na segunda-feira, 2 de abril -  “Pasquetta” - o Papa Francisco reza o Angelus na Praça São Pedro ao meio-dia (horário italiano).
E no II Domingo de Páscoa – Festa da Divina Misericórdia – o Santo Padre preside à Celebração Eucarística na Praça São Pedro com os missionários da misericórdia, grupos e movimentos ligados a esta devoção e fiéis, às 10:30, horário italiano (transmissão a partir das 5:25, horário de Brasília). (Posted by NLira) 

segunda-feira, 19 de março de 2018

O culto a São José


Segundo a tradição católica, celebrava-se a festa de São Jose já no século IV, no templo que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, mandou construir no lugar do Presépio de Belém, na capela dedicada a São José que existe ainda hoje naquele lugar, dentro da Basílica da Natividade em Belém.
Há também tradições do século V de festa comemorando a fuga da Sagrada Família para o Egito. O nome de São Jose aparece pela primeira vez mencionada em 19 de março nos martirológios de Reims. Pela primeira vez esta festa foi celebrada pelos beneditinos de Abadia de Winchester no ano 1030. O Papa Bento XIV afirma que em 1124 em Bolonha, na Itália, se comemorava solenemente a festa de São José. No século XV, Gerson, o grande teólogo chanceler da universidade de Sorbone, pediu no Concílio de Constança (1417) uma festa em honra de São José e Maria. Em 1621 o Papa Gregório XV incluiu a festa entre as de preceito. Em 1651 a festa foi fixada em 19 de março. (GPSJ, p. 106)
São José recebe um culto especial da Igreja (prot-dulia); duas festas lhe são celebradas: 19 de março – Esposo da Virgem Maria; e 1º de maio – São José Operário. A festa de 19 de março normalmente cai no meio da Quaresma, então, a Igreja, abre neste dia uma exceção litúrgica e celebra com paramentos brancos a festa do glorioso pai de Jesus Cristo. É um dia da Quaresma que a Igreja retira o roxo.
A Igreja, antes de canonizar um Santo, faz um longo e cuidadoso exame de sua vida, e exige provas evidentes de sua santidade. Não faltam, porém, Santos constituindo exceção a essa regra, entre os quais São José.
“José era um homem justo”. Estas palavras encerram o exame, as provas e todo o processo de canonização. De fato, como os escritos dos Evangelistas são palavras de Deus, segue-se que José foi proclamado justo, isto é, santo, pelo próprio Deus.
A Igreja, para assegurar os fiéis a respeito de sua santidade, não fez mais que repetir-lhes as palavras inspiradas por Deus a São Mateus. A Igreja o fez desde os primeiros anos de sua existência; ao ler e explicar o Evangelho, porém, durante oitocentos anos aproximadamente, limitou-se ao que escrevera a seu respeito e não propunha publicamente a admiração e veneração dos cristãos, nem com festas, nem com funções solenes, nem com livros, como atualmente.
Naqueles tempos, a Igreja visava, antes de tudo, estabelecer profundamente na alma dos fiéis a fé em Cristo e propaga-la entre os hebreus e gentios. Por isso, devia insistir sobretudo nas verdades fundamentais da fé, esperando tempos mais adequados e tranquilos para as partes integrantes e acessórias.

Prof. Felipe Aquino
Os 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente, com a Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato e o Conselho Nacional de Leigos (CNLB) estão trabalhando na preparação da Semana Missionária do Ano Nacional do Laicato, que será realizada 22 a 28 de julho nas comunidades, paróquias e dioceses de todo o Brasil.
O subsídio que vai ajudar grupos de reflexão, com temas para realização de seminários locais e diocesanos já está sendo preparado. O texto-base foi aprovado com todas as propostas apresentadas pelo CNLB e pelos Conselhos Missionários Regionais (Comires) foram aprovados no Conselho Permanente da CNBB, em fevereiro.
O Círculo Bíblico para Semana Missionária “Igreja em saída” – será lançado pela Edições da CNBB, vai tratar dos areópagos modernos onde os Cristãos Leigos e Leigas são chamados a evangelizar, principalmente com seu testemunho e presença.
De acordo com o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen, presidente da Comissão Especial para o Ano do Laicato da CNBB, a comissão também elaborará spots para rádios, cards para as redes sociais com mensagens do Ano do Laicato e da semana missionária e um programa de TV a ser enviado como subsídio para contribuir na realização da Semana Missionária do Laicato em todo o Brasil.
O subsídio vai trazer vários textos que vão ajudar a elaboração de encontros. O primeiro, a ser realizado dia 23/07, abordará a Família e o Mundo do Trabalho; Para o dia 24/07 o tema é “Mundo da Política”; O terceiro dia, 25/07, será dedicado ao tema: “Comunicação e educação”; No quarto dia, 26/07, o tema é: “Mundo da Cultura e Casa Comum”; e por fim, no dia 27/07, será abordado o tema: “Superação da Violência e Cultura de paz”. O sábado, 28/02, será dedicado à realização de congressos, seminários e oficinas, segundo critérios locais.
O tema do Ano do Laicato que vai até a Festa de Cristo Rei, 25 de novembro de 2018, é “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. A inspiração bíblica é motivada pelo evangelista Mateus, extraída de 5, 13-14: “Sal da Terra e luz do mundo”.
Por CNBB

sábado, 17 de março de 2018


D. Nivaldo Monte – Teólogo da Ternura!

 Dom Nivaldo Monte continua vivo entre nós! O Seu amor pela Igreja e pelo seu redil, prossegue na eternidade. Só a saudade e a ternura podem inspirar as definitivas lembranças que temos dele como um afetuoso Pastor, homem bom, erudito, simples, orante, terno, vazio de si, mas repleto de totalidade! A lembrança de seus gestos sinceros colore nossos dias com carisma e afeto, eternizando o privilégio de tê-lo por perto. O seu legado tem um triplo aspecto: ser pastor, ser poeta e ser, de alguma forma, um dos precursores da teologia da ternura.

Como teólogo da ternura, um afetuoso Pastor, um santo, um irmão e um amigo, conseguia formatar os corações, com sábia e pedagógica sensibilidade. Sempre muito próximo de suas ovelhas, reservava para o rebanho, todo o seu carinho e a maior ternura de seu coração. A ternura é a norma de sua práxis, pura benevolência e afabilidade. É o que a experiência de sua amizade traz de iluminante e de esperançoso. Exatamente porque dá forma à nossa relação com Deus, com a criação e as criaturas. Ama-se a Deus ao amar um amigo e só se ama de verdade um amigo quando se ama a Deus. E para amar e ser amigo de Deus “posso sê-lo agora mesmo”, disse Santo Agostinho.

Para D. Nivaldo, todas as coisas que o cercavam tinham o seu encanto especial: da folha seca, esquecida à beira da estrada, ao esplendor do céu a cintilar de estrelas. Incansável nas buscas e descobertas das belezas escondidas na face das coisas e dos seres. Em cada amanhecer via a misericórdia de Deus renovando as Suas obras. Assim, ele restabelecia suas esperanças ratificando a profecia de Jeremias, hoje e sempre está se renovando, sua grande fidelidade (Lm. 3, 23). Sim, foi assim que ele amou: pela simples e divina alegria de amar.

Como poeta é um místico, um contemplativo. Foi no Monte da contemplação, que se tornou poeta, menestrel de todos os amores, cantando madrigais a todos os enamorados de Deus e despertando ternuras esquecidas nas almas. Um poeta profundamente místico, via com olhos de admiração o sentido e a beleza que se encerram na realidade de cada dia. Descobrir os encantos, para ele, era como compor uma beleza a mais; uma nova alegria para a sinfonia ideal da criação, na existência feliz que recebeu de Deus” (Minha Cidade Natal e eu, p. 46). Tinha uma forma bem própria para falar de Deus, assim como o amado fala da amada. Quase que espontaneamente, deixava escapar a criança que guardava em seu coração. Não sabia esconder o amor que o fazia viver! E como que resgatando a linguagem infantil da ternura, brindava-nos com as mais pueris imagens do carinho. E quando diante das dificuldades e das dores humanas, acolhia tudo afirmando: a dor, eis a grande sentinela da vida (A Dor, p.7). Para nós, ele é uma inspiradora referência. Essa memória desperta em nossos corações, um grato reconhecimento, pode até não aparecer, mas é profundamente presente a sua presença! 

Para quem o conheceu, é fácil recordar o ressoar de sua voz dizendo: A presença só é real e verdadeira, quando sentimos falta dela! Portanto, fica fácil repercutir suas palavras: Como sentimos falta dele...! Hoje, festejando o centenário de seu nascimento, bebemos do Amor desta ausência – presença e, por isto, parece que o ar fica florido de memórias; a impressão é de que ele vem surgindo todo paramentado de eterno, por entre litúrgicas plantas e flores, celebrando num místico altar em cascatas de carinhosas preces e bênçãos. E de repente, a sua voz vibrante de afetuosa inteligência, ecoa em esvoaçantes recordações, memórias que geram em nossa vida, um novo começo no qual a sua presença é mais real e verdadeira.

O seu legado continua vivo, como potente luzeiro, iluminando os escuros dos nossos caminhos na decifração do mistério da vida; refinando a nossa atenção para o essencial da realidade, muitas vezes ofuscada e inaudível; preservando-nos dos riscos da banalização do mistério. É um tesouro que conservamos em nossas almas como um verdadeiro mapa que nos leva ao segredo que ilumina a penumbra do Templo, o limiar do Reino do “Pai Querido”. Como ele gostava de dizer: “se o amor brilhar em nossos corações, chegaremos à meta de todos os destinos” (Gestos de Fadário, p. 34).  D. Nivaldo Monte, teólogo da ternura, afetuoso pastor, dom da paz e muito mais, um dom do céu, interceda, junto a Deus, por nós.        

Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC                         

quinta-feira, 15 de março de 2018

Papa Francisco vai inaugurar reunião pré-sinodal com os jovens


Enquanto os jovens já estão debatendo no Facebook as questões relativas ao Sínodo dos Bispos, em Roma estão sendo ultimados os preparativos para a reunião pré-sinodal, de 19 a 24 de março.

Durante uma semana, mais de 300 jovens representando conferências episcopais, movimentos e instituições de dentro e fora da Igreja se reunirão no Pontifício Colégio Internacional “Maria Mater Ecclesiae”.
Inauguração com o Papa
E ali irá o Papa Francisco para fazer a abertura do evento. O Pontífice é aguardado às 8h45 da manhã de segunda-feira. Às 9h, a reunião será aberta com um momento de oração, a saudação do Cardeal Lorenzo Baldisseri, o discurso do Santo Padre e o testemunho de cinco jovens.
Depois de uma breve pausa, os trabalhos serão retomados com a Assembleia Plenária, que consiste no diálogo com o Papa, em que o Pontífice responderá a algumas perguntas dos participantes e, na sequência, a apresentação dos conteúdos da reunião.
Com o Papa Francisco estará uma comitiva de brasileiros, entre eles o Secretário Nacional da Pastoral da Juventude, Davi Rodrigues da Silva, que falou de sua expectativa para o Vatican News: ouça aqui.
Por Vatican News


NEVES SEDIA FORMAÇÃO DE EDUCADORES RELIGIOSOS DA PRONEVES

As equipes do Serviço de Educação Religiosa (SER) das escolas da Província Nossa Senhora das Neves (Proneves) se reúnem na sala de Catequese do Neves a partir desta quinta-feira (15), às 19h30. O encontro é o primeiro do ano e segue até sábado (17) com o objetivo de discutir a missão da pastoral na escola católica e a estrutura do procedimento didático-pedagógico do ensino religioso aplicados da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Para aprofundar os conhecimentos na área, o seminário contará com a participação da gerente de educação básica da Associação Nacional de Educação Católica (Anec), Roberta Guedes, que discutirá com os participantes sobre escola pastoral e dará dicas para atualização do projeto pedagógico do SER da Proneves.

terça-feira, 13 de março de 2018


"O Papa Francisco é uma graça para toda a Igreja", diz Núncio Apostólico em Moçambique

 O Santo Padre recebe felicitações nesta terça-feira, 13, por ocasião da celebração dos cinco anos de pontificado.

Por ocasião da celebração nesta terça-feira, 13 de março, dos 5 anos de pontificado do Santo Padre, o Núncio Apostólico em Moçambique, Dom Edgar Peña Parra, afirma que o Papa Francisco é uma graça para toda a Igreja Católica no mundo.
A reportagem do Vatican News, em Maputo, ouviu alguns bispos de Moçambique a propósito da celebração do quinto aniversário do Pontificado de Francisco. O Presidente da Conferência Episcopal de Moçambique, Dom Francisco Chimoio, pede a Deus para que continue a iluminar o Santo Padre no seu trabalho pastoral.

"O Papa Francisco veio na hora certa", diz o Bispo de Pemba - Da Diocese de Pemba, em Cabo Delgado, norte de Moçambique, Dom Luiz Fernando Lisboa. Ele afirma que o Papa Francisco veio na hora certa para discutir questões do mundo atual. O prelado acrescenta que é uma bênção muito grande a eleição do Papa Francisco para a direção máxima da igreja católica no mundo.
Da Arquidiocese da Beira, chegam também as felicitações ao Santo Padre. Eis as palavras do arcebispo Dom Cláudio Dalla Zuana.
"Nós amamos o Papa Francisco", Pe. Ferreti - Nós amamos o Papa Francisco, como não se pode amar o Pai da igreja pela forma misericordiosa como desenvolve a sua missão pastoral. Palavras do padre Giorgio Ferreti, pároco da Se Catedral de Maputo.
Felicitações ao Santo Padre, por ocasião da celebração nesta terça-feira, 13 de março, dos 5 anos de pontificado. Os nossos entrevistados foram unânimes ao afirmar que é uma bênção ter o Papa Francisco na direção máxima da igreja católica no mundo. (Texto de Hermínio José – Maputo)

segunda-feira, 12 de março de 2018

Nota de esclarecimento com pedido de retratação



O arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, enviou uma nota de esclarecimento com pedido de retratação à direção do programa Fantástico, da Rede Globo. A nota é referente a uma reportagem, veiculada na edição do Fantástico, desde domingo, dia 11, que retratava possíveis esquemas de corrupção praticados por agentes públicos dos poderes Legislativo e Executivo do Estado potiguar. Na reportagem, aparecem imagens do arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, e dos arcebispo eméritos, Dom Matias Patrício de Macêdo e Dom Heitor de Araújo Sales, que nada têm a ver com o teor da matéria.
Segue a nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO COM PEDIDO DE RETRATAÇÃO
A Arquidiocese de Natal, por seu representante legal e canônico, arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, vem, mui respeitosamente, perante V. Sª, com base nos incisos V e X, do art. 5º, da Carta Cidadã de 1988, manifestar sua indignação pelo uso indevido de imagens nas quais são parte, além do Governador do Estado do Rio Grande do Norte, o Sr. Robinson Farias, os Reverendíssimos Senhores Bispos: Dom Jaime Vieira Rocha, Dom Heitor de Araújo Sales e Dom Matias Patrício de Macedo, respectivamente, arcebispo metropolitano, e arcebispos eméritos de Natal.
As imagens referidas foram exibidas, de forma descontextualizada, na matéria vinculada no Programa Fantástico, da Rede Globo, dia 11 de março de 2018, em reportagem que retratava possíveis esquemas de corrupção praticados por agentes públicos dos poderes Legislativo e Executivo do Estado potiguar.
Analisando-se as imagens que dão suporte à narrativa dos fatos denunciados, percebe-se que dão conta do registro de imagens que subsidiam as investigações realizadas pelo Ministério Público, com a devida autorização da Justiça, numa sequência de fatos e ações dos acusados.
No final, são exibidas as imagens em que aparecem os três arcebispos em reunião com o Governador, gerando confusão de interpretação junto aos telespectadores.
Esclarecemos que as referidas imagens registraram a audiência solicitada pelo gabinete deste arcebispado, com o Governador do Rio Grande do Norte, Sr. Robinson Farias, para mediar o conflito gerado pela paralização das forças policiais, visando encontrar uma saída negociada em favor da pacificação social e da democracia. A citada audiência ocorreu no dia 08 de janeiro passado, sendo de conhecimento público, tendo sido, inclusive, previamente, agendada.
Face ao exposto, a Arquidiocese de Natal requer que seja divulgado em seus telejornais, especialmente no Jornal Nacional, assim como no portal G1, com o mesmo destaque, o presente esclarecimento como forma de retratação por tão grave dano à imagem desses pastores da Igreja Católica Apostólica Romana, utilizada indevidamente e vinculada a uma reportagem de tão grave repercussão, por se tratar do desvendamento de um repugnante esquema de corrupção.
Natal-RN., 12 de março de 2018
Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo Metropolitano de Natal

O maior tesouro

Você é uma pessoa humilde?
Relembrando o que disse um Provérbio bíblico (Pr 3,34), São Pedro disse: “Revesti-vos de humildade, porque Deus resiste ao soberbo, mas dá a sua graça ao humilde. Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus para que Ele vos exalte no tempo oportuno”. Deus cuida do humilde, por isso São Pedro acrescenta: “Lançai sobre Ele todas as vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5,5-6).
Você já deve ter ouvido muitas vezes a palavra humildade.
Mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu verdadeiro significado. A palavra humildade vem de “húmus”, do latim, quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente.
Assim, uma pessoa humilde é como a terra fértil, escondida, mas está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma a boa semente.
A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria, e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice. Não gosta de elogios, não procura aparecer e detesta se destacar. A humildade é a mais nobre de todas as virtudes pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
O contrário de humildade é orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende. O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade. Quando,
por exemplo, uma pessoa humilde comete um erro, diz: “eu me equivoquei”, pois sua intenção é de aprender, de crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: “não foi minha culpa”, porque se acha acima de qualquer suspeita.
A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por essa razão tem mais tempo. Uma pessoa orgulhosa está sempre “muito ocupada” para fazer o que é necessário. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas. A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências. Uma pessoa humilde se compromete e realiza. Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita. A pessoa humilde diz: “eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser”. A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos; é, como disse Jesus, “pobre de espírito”.
A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr lhes defeitos. O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso não colabora, e sempre diz: “eu faço o meu trabalho”. Uma pessoa humilde diz: “deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir”. A pessoa orgulhosa afirma: “sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo”.
A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, o orgulhoso as guarda para si mesmo, porque teme a concorrência.
A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores. Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade.
O orgulhoso se diz céptico, por achar que não pode haver nada no universo que ele desconheça, o humilde reverencia ao Criador, todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece. Uma pessoa humilde defende as ideias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas ideias, não porque acredite nelas, mas porque são suas.

Prof. Felipe Aquino