segunda-feira, 31 de agosto de 2020

O Papa nomeou dom Giambattista Diquattro como o novo núncio apostólico para o Brasil


O Santo Padre nomeou o novo núncio apostólico para o Brasil. Trata-se de dom Giambattista Diquattro, arcebispo titular de Giromonte, até agora núncio apostólico na Índia e Nepal.

Trajetória e histórico

Giambattista Diquattro nasceu em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954. É arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacerdote em 1981. Recebeu seu mestrado em Direito Civil na Universidade de Catânia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma e mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.

Entrou para o Serviço Diplomático da Santa Sé em 1º de maio de 1985, e serviu em missões diplomáticas nas representações pontifícias na República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Chade, nas Nações Unidas em Nova York, e mais tarde na Secretaria de Estado do Vaticano, e na Nunciatura Apostólica na Itália.

O Papa João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Panamá em 2 de abril de 2005. Bento XVI o nomeou núncio apostólico na Bolívia em 21 de novembro de 2008 e em 21 de janeiro de 2017, o Papa Francisco o nomeou Núncio Apostólico na Índia e no Nepal.

A CNBB enviou uma saudação ao novo núncio, veja aqui: Saudação da CNBB ao Novo Núncio Apostólico no Brasil


SAUDAÇÃO AO NOVO NÚNCIO APOSTÓLICO NO BRASIL

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil saúda com alegria S. Excia. D. Giambattista Diquattro, nomeado hoje pelo Papa Francisco para a missão de Núncio Apostólico no Brasil. Desde já, acolhe-o com alegria e unidade. na certeza de que será um ministério fecundo para o bem de toda a Igreja especialmente a Igreja no Brasil

Reitera o agradecimento a D. Giovanni d’Aniello, nomeado para a nunciatura na Federação Russa, por sua dedicação e seu trabalho fiel no período em que serviu no Brasil.

Manifesta sua gratidão e unidade ao Papa Francisco pelo carinhoso zelo com toda a Igreja, não deixando-se de fazer ainda mais presente em cada país através dos núncios apostólicos.

Brasília, 29 de agosto de 2020

Memória do Martírio de S. João Batista

Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
Presidente

Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral

Via CNBB

 

 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Nossa Senhora Rainha

 

A Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha no dia 22 de agosto; isto é sete dias após o dia de sua Assunção ao céu, dia 15 de agosto, que foi colocada no domingo seguinte, depois da reforma litúrgica.

Na belíssima e tradicional Ladainha Lauretana, a Igreja saúda Maria com uma série de invocações que se cantavam no santuário de Loreto, na Itália, onde está conservada, segundo uma tradição piedosa, a casa de Nossa Senhora em Nazaré levada para lá. Essa Ladainha é como se fosse um riquíssimo colar de títulos, honras e glórias de Maria, e revela verdades profundas sobre a Mãe de Deus. Ali encontramos Maria sendo saudada como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.

Ela é a rainha dos Anjos, pois eles a obedecem e, como diz S. Luiz de Montfort, estão ávidos por receber dela uma ordem, a fim de poderem demonstrar seu amor. Também os demônios a obedecem e fogem de sua presença; pois com seus pés virginais ela recebeu de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás (Gn 3,15).

Ela é a Rainha dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, David…, os pais do povo de Deus que aguardavam ansiosamente a chegada do reino celeste, o qual veio com Jesus, por Maria.

Se Jesus é o Rei, o Esperado das Nações, Maria é a Rainha que O trouxe.

Ela é a Rainha dos Profetas porque Cristo é o Profeta por excelência. Ele mesmo o disse: “Nenhum profeta é bem aceito em sua pátria” (Lc 4,24). E o povo O aclamava em Jerusalém: “Este é Jesus o profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21,11). Após a multiplicação dos pães o povo dizia: “Este verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6,14). E todos os profetas antigos O anunciaram.

Ora, se Jesus é o grande Profeta, Sua santíssima Mãe é a Rainha de todos os demais profetas. Santo Efrém, doutor da Igreja, a chamou de “glória dos profetas”; São Jerônimo escreveu que ela foi “a profecia que os profetas profetizaram”; Santo André de Creta dizia que ela era “o resumo das divinas profecias, sobre as quais falaram todos os que receberam o dom de interpretar”, e São Boaventura a louvou como “a voz mais verdadeira das que anunciaram os oráculos de Deus” (Maria Medianeira, p. 90).

Ela é a Rainha dos Apóstolos. Cristo a deu a seus Apóstolos como Mãe aos pés da cruz, para que sob sua proteção materna eles pudessem cumprir a difícil missão de levar o Evangelho a todos. Foi sob sua guarda que a Igreja iniciou sua história missionária no dia de Pentecostes. Nos Atos dos Apóstolos.

Maria aguardava junto com os discípulos o “cumprimento da promessa do Pai” (At 1,4) de que seriam “batizados no Espírito Santo”. E Maria ali presente no Cenáculo, atraiu seu Esposo, o Espírito Santo, sobre todos eles, com suas orações.

Assim, como gerou Jesus, a Cabeçada Igreja, pela ação do Espírito Santo, ela, em Pentecostes, pela ação do mesmo Espírito começava a gerar a Igreja, o corpo Místico de seu querido Jesus.

Quanto não terá Maria consolado, animado e fortalecido aos Apóstolos, com sua fé, seu amor e sua presença!… É fácil de imaginar o quanto ela foi importante para eles após a Ascensão de Jesus ao céu.

Acima de tudo, Maria é a Rainha dos Apóstolos como disse o Papa Paulo VI, na encíclica “Evangeii Nuntiandi”, é “a Estrela da Evangelização”. Em nossos dias sobretudo, com suas mensagens frequentes com muitas aparições, Ela nos ensina como se deve viver o Evangelho de seu Filho.

“Ela tem um poder sobre o coração do homem que só Cristo lhe podia dar, como diz o Pe. Paschoal Rangel. Ela “fala” no mais íntimo dos cristãos, e ali, com essa Palavra interior, é mais apóstola do que o poderiam ser todos os apóstolos” (MM, p. 92).

Ela é também a Rainha dos Mártires que derramaram seu sangue para testemunhar Jesus. Ninguém sofreu tanto por Jesus quanto Maria, por isso ela é a Mártir dos Mártires. Logo na apresentação de Jesus no Templo, quarenta dias após Seu nascimento, o profeta Simeão já lhe avisa sobre o mar de dores que terá pela frente: “Uma espada transpassará tua alma” (Lc 2,35).

O padre Inácio Valle explica muito bem os mistérios ocultos nessa “espada de Simeão”: “Maria compreende a diferença essencial entre o seu oferecimento e o das outras mães, pois estas cumprem uma cerimônia: ofereciam os filhos, e em seguida os tornavam a receber, pagando o resgate no Templo de Jerusalém. Maria sabe que oferece seu Filho para a morte, que Deus o aceita e a morte será infalivelmente executada.

Pela boca do santo velho Simeão, Deus lhe manifesta que também Ela acompanhará os martírios da Vítima com sofrimentos inauditos” (Vamos Todos a Maria Medianeira, p. 51).

Falando sobre isso o Papa Leão XIII, na encíclica “Jucunda semper expectatione”, assim disse: “Quando se ofereceu a Deus como escrava para a missão de mãe, ou quando se ofereceu com seu Filho como total holocausto no Templo, desde esses fatos tornou-se co-participante da laboriosa obra de expiação do gênero humano” (VtMM, p. 51).

Maria sofreu como ninguém por nossa salvação. Ela participou intimamente de toda a paixão de seu Filho, a quem amava infinitamente. Ela viu e experimentou o sofrimento de Jesus, as maiores dores físicas e morais que a um ser humano foi dado experimentar. Por isso é a Rainha dos Mártires, pois viveu o maior martírio.

Podemos dizer com os Santos que Maria sofreu uma série de martírios, mesmo sem morrer. A espada de seu martírio não foi a do carrasco, pior ainda, foi a da alma, da compaixão a Jesus. A dor da alma é pior que a do corpo.

Ensinam-nos os santos que Deus, querendo associar Maria à obra da salvação, fez dela também “a mulher das dores”, e para isto lhe deu a graça e a força sobrenatural para que não desfalecesse em tanto sofrimento.

O Papa Bonifácio IV a chamou de “a Santa dos Mártires”, em 13 de maio de 609, quando incorporou o antigo Panteão ao cristianismo, dedicado a Maria (Temas Marianos, p. 275).

Ninguém como Maria viveu também aquilo que S. Paulo disse: “Eu que agora me alegro nos sofrimentos por vós, e completo na minha carne o que falta ao sofrimento de Cristo pelo Seu corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).

Diz o Pe. Faber, sacerdote espanhol, que “a Paixão foi o sacrifício de Jesus na Cruz e a compaixão foi o de Maria ao pé da cruz, sua oferenda ao Eterno Pai, oferenda de uma criatura sem pecado, consumida para expiar culpas alheias” (TM, p. 276).

O Papa Bento XV, na encíclica “Inter Sodalicia”, de 22 de março de 1918, assim se expressa: “Referem comumente os doutores da Igreja que a Santíssima Virgem, a qual como que ‘se ausentou’ durante a vida pública de Cristo, não sem plano divino se achou presente na hora de Sua crucifixão e morte. A saber, de tal modo sofreu e “morreu” com Cristo paciente e agonizante, de tal modo abdicou do seu direito materno sobre a vida do Filho, imolando-O assim, enquanto podia, à divina justiça, que se pode dizer com razão que Ela remiu o mundo juntamente com Cristo” (VtMM, p. 59).

Por tudo isso, a Virgem Maria é Rainha Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos; Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Conselho Episcopal Pastoral da CNBB escolhe “Educação” como o tema da CF 2022

O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reunido virtualmente na manhã desta quarta-feira, 19 de agosto, escolheu, por unimidade, “Educação” como tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2022. Integram o Consep da CNBB, os quatro bispos da presidência da entidade e os 16 bispos que presidem as suas comissões episcopais pastorais.

O secretário-executivo das Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, informou, antes da votação dos bispos do Consep, que chegaram 19 sugestões de temas, sendo oito vindas do próprio Consep da CNBB: educação, economia de Francisco e trabalho, migração e mobilidade urbana, adoção, educação sanitária e preventiva, castidade, povo negro e realidade do trabalho.

Os outros 11 temas foram sugeridos pelos representantes dos 18 regionais da CNBB que participaram do Seminário Nacional da CF, realizado em outubro de 2019: educação, trabalho, migração e mobilidade urbana, adoção, cultura urbana, cuidados paliativos, cultura do Bem Viver, compromisso social, mulher, trânsito e periferias existenciais.

O arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da CNBB, dom João Justino de Medeiros, manifestou sua alegria pela decisão do Consep. “Essa notícia chega num momento que traz grande alegria. Fiquei muito feliz com a decisão de dedicar a CF de 2022 ao tema da educação”, disse. Ele reforçou que haverá um longo processo de preparação da campanha, incluindo a decisão sobre que ênfases serão abordadas no horizonte desta campanha, contudo adiantou que a perspectiva é trabalhar a educação para o humanismo solidário.

Para o presidente da Comissão para a Cultura e Educação da CNBB, a CF tem o papel de traduzir a vivência da fé cristã para construir relações fraternas e um mundo justo e solidário. “Esta notícia vem num momento muito bom quando estamos vivendo o apelo do Papa Francisco para a reconstrução do Pacto Global Educativo”, disse.

Próximos passos

O secretário-executivo das Campanhas da CNBB também demonstrou seu contentamento. “Para nós é uma imensa alegria receber esta notícia do Consep. Essa foi uma das indicações que vieram do Seminário Nacional da CF no ano passado”, disse. Padre Patriky lembrou que em 2022 celebra-se os 40 anos da CF de 1982 que teve como tema “Fraternidade e Educação” e como lema “A verdade vos libertará”.

O próximo passo, segundo o padre Patriky, é constituição da equipe motivadora que que ajudará a pensar o texto base, os editais e outros encaminhamentos. Dom João Justino colocou toda a Comissão para a Cultura e Educação da CNBB à disposição para trabalhar na preparação e organização da CF de 2022 com a intenção de que renda muitos frutos para as comunidades eclesiais, para a Igreja e para o povo brasileiro.

Em 2022, como lembrou o padre Patriky antes da votação, também completam-se 25 anos da CF 1997 cujo tema e lema foram “Fraternidade e os encarcerados – Cristo liberta de todas as prisões” e 30 anos da CF 1992, “Fraternidade e Juventude – Juventude caminho aberto”.

Via CNBB

 

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Comissão para a Vida e a Família do Regional Nordeste 2 divulga nota sobre o aborto

 A Comissão Regional Pastoral para a Vida e a Família da CNBB Nordeste 2 divulgou, nesta segunda-feira (17), nota de repúdio pelo crime de aborto cometido contra duas crianças – um bebê de quase 6 meses assassinado no ventre da mãe, uma menina de 10 anos. O caso aconteceu domingo (16), no Recife, após transferência das vítimas do Espírito Santo para um hospital público de Pernambuco.

O texto assinado pelo presidente da comissão e bispo da Diocese de Campina Grande (PB), dom Dulcênio Fontes de Matos, também condena com veemência o crime de estupro praticado, segundo a polícia capixaba, pelo tio da garota, fato que gerou a gravidez. “Esperamos que as autoridades competentes e a opinião pública não esqueçam que este crime deve ser devidamente apurado”, diz trecho da nota.

O documento da comissão ainda lamenta a escolha pela condenação do bebê sem dar àquela vida uma chance de escapar da morte. “Se é verdade que a menina não cometeu nenhum crime, que crime cometeu o bebê para ser sentenciado à morte sem defesa? Por que não foram permitidas outras possíveis soluções que salvassem a vida do bebê, já que a da menina não estava comprometida?”, questiona a nota.

CRB promove pela primeira vez Semana Nacional da Vida Consagrada em agosto

 

Pela primeira vez, dentro do Mês Vocacional, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) realizou a partir do dia 16, domingo, uma semana, dedicada à vida religiosa, a Semana Nacional da Vida Consagrada, com o tema “Amados e Chamados por Deus”, o mesmo dedicado ao mês vocacional.

Segundo a presidente da CRB, irmã Maria Inês, a iniciativa foi pensada não somente para celebrar no terceiro domingo de agosto, o dia do/a religioso/a, como também destinar toda a terceira semana para celebração, formação e divulgação da vocação à vida consagrada.

A Semana da Vida Consagrada irá ocorrer até 22 de agosto, e em seu decorrer, a CRB preparou quatro momentos à nível nacional, “isto porque também as 20 seções regionais estarão fazendo cada uma a sua programação”, explica irmã Maria Inês.

No dia 19, quarta-feira, das 20h às 21h30, haverá uma análise de conjuntura com o tema “Diálogos Formativos: o Chamado de Deus diante das Circunstâncias atuais”, que contará com a assessoria do Moisés Sbardelotto, doutor em Comunicação.

E no dia 21, sexta-feira, das 20h às 21h30, haverá mais um momento formativo com o frei Vanildo Luís Zugno, com o tema “Diálogos Formativos: Os Conselhos Evangélicos à luz do Sínodo da Amazônia”.

Todas as lives poderão ser acompanhadas no Facebook e Youtube da CRB.

Alegria em ser Consagrada

O portal da CNBB também conversou com a irmã Maria Inês sobre a alegria de ser consagrada. Para ela, que iniciou sua caminhada vocacional muito jovem, com ânimo, no ardor da própria juventude, a alegria é servir aos irmãos especialmente os mais pequeninos, pobres e vulneráveis. “Ingressei na Congregação das Irmãs Mensageiras do Amor Divino e hoje, tendo já celebrado o meu Jubileu de Ouro como consagrada, o sentido é de imensa gratidão ao Senhor, por ter-me chamado e sustentado até aqui”, afirma.

Muitas vezes, em muitas ocasiões, irmã Maria Inês contou que vieram grandes tribulações, desejo de abandonar a caminhada, as incompatibilidades e desafios na missão, seja no Brasil ou em Angola(África) onde foi missionária, mas, sempre a graça de Deus a sustentou e Ele a fortalecia e renovava sua coragem de seguí-lo. “Hoje vivo e viverei em ação de graças. Meu louvor é ao Senhor pois sei que me dará força e coragem na tribulação em todos os dias da minha vida. Ele disse aos Discípulos em alto mar: “Coragem, sou Eu, não tenham medo”(Mt 14,27)”, finalizou a presidente da CRB.

Via CNBB

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Arcebispo envia orientações aos padres por ocasião da reabertura das igrejas

 A partir desta segunda-feira, 10 de agosto, as igrejas  no território da 

Arquidiocese de Natal podem ser reabertas, após mais de quatro meses fechadas, devido à pandemia, para que os fiéis entrem e façam suas orações individuais. O reinício das missas com a presença das pessoas (em número reduzido) acontecerá no dia 15,  nas Igrejas Matrizes, nas igrejas principais dos municípios que não são sede de paróquia, nos Santuários e nas capelas de institutos religiosos, conforme consta no Decreto 002/2020 da Província Eclesiástica de Natal.

O arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, enviou um comunicado ao clero da Arquidiocese de Natal, no último dia 3, com orientações para a reabertura, seguindo o estabelecido no Decreto da Província:

  1. Manteremos as datas programadas no referido Decreto, porém, recordo que fica permitida a abertura naqueles dias, mas não se deve ter como uma obrigação. Apenas não se pode abrir antes da data prevista. Cada Pároco, como Pastor próprio do rebanho que o Senhor lhe confiou, tendo diante de seus olhos a prioridade da vida e a defesa da dignidade humana, avalie a oportunidade, ou não, de reabrir a Igreja que está sob sua jurisdição na data prevista. Caso não se sinta seguro para fazê-lo, adie a abertura, comunicando ao Gabinete do Arcebispo os motivos que o levaram a tal decisão e a estimativa da data que fará a sua reabertura.
  2. Para que se proceda a reabertura faz-se necessário cumprir todos os protocolos sanitários previstos nos decretos do poder público estadual e municipais e apresentados em nosso Plano de Reabertura das Igrejas. Enquanto isto não for possível, não se deve proceder a reabertura.
  3. A reabertura da Igreja pode ser feita de maneira gradual, não sendo necessário que já no primeiro final de semana tenhamos todas as missas que eram celebradas antes da pandemia. Com uma avaliação prudente, pode-se ir aos poucos inserindo os outros horários de missa, até que se chegue aos horários antes existentes, ou aqueles que se tornarão definitivos a partir de então.
  4. As reuniões pastorais, inclusive de formação para os sacramentos, ficam suspensas e os certificados não devem ser exigidos até que se mande o contrário.
  5. As celebrações dos sacramentos devem seguir as restrições, inclusive do número de pessoas, colocadas nas Orientações já apresentadas.
  6. Renove-se a recomendação aos idosos e pessoas de risco que cumpram o preceito dominical através das transmissões on line da Santa Eucaristia. Aos padres incluídos neste grupo, peço que avaliem com prudência a administração dos sacramentos em maneira que se preservem de qualquer risco à vida.

Queridos irmãos padres, a todos peço a perseverança na coragem e na esperança, animando-nos uns aos outros e ajudando o povo de Deus, tão sofrido com a experiência dolorosa da epidemia que tem ceifado vidas e acometido famílias, a não desviar os olhos do Senhor que é o nosso refúgio e fortaleza.

Na certeza de que continuaremos unidos neste propósito de servir sempre e cada vez melhor ao povo que nos foi confiado, desejo que as bênçãos de Deus desçam sobre vocês e todos os que fazem as comunidades que tão bem pastoreiam, por intercessão da Virgem Santíssima, Senhora da Apresentação.

Natal, 03 de agosto de 2020.

 

                                                               Dom Jaime Vieira Rocha

                                               Arcebispo Metropolitano de Natal

 


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O segredo para encontrar a serenidade em meio às preocupações da vida


“Estou vivendo um período difícil, dominado por preocupações de vários tipos, das quais não consigo me livrar. Isso tem repercussões em todas as áreas da minha vida. Como então encontrar serenidade na vida pessoal, em meus relacionamentos, especialmente com meu esposo e com meus filhos, e de maneira mais geral?”.

Nessa mesma situação de extrema tensão vivida por Justine muitas outras pessoas já se encontraram. Elas podem ser devido a preocupações financeiras ou profissionais – e mais particularmente ao desemprego -, à saúde dos entes queridos e outros fatores. Como podemos superar esses períodos turbulentos, dolorosos e desconfortáveis? Como amenizar esse tumulto interior que mina nossas noites e dias?

Recupere o controle de suas emoções para recuperar a serenidade

Abrir-se a terceiros, que terão um olhar global sobre as situações vivenciadas, certamente pode ajudar a mudar o seu próprio olhar, mudando também o seu ponto de vista.

Porque o que mais nos gera incômodo não é o que aconteceu, mas a ideia que criamos sobre o acontecido, mesmo que se trate de algo muito difícil.

Justine especifica que ela deseja encontrar serenidade. Mas será que ela está aberta a essa serenidade quando está tão presa em suas preocupações?

A serenidade, paz de espírito tão cara a Sêneca, não se manifesta com um truque de varinha mágica. Para encontrá-la ou reencontrá-la, será necessário recuperar o controle de suas emoções.

Recuperar a confiança em si mesmo e em sua própria capacidade de recomeçar pode trazer ou restaurar a paz interior. Seja paciente, o tempo é provavelmente o seu melhor aliado. Viva e aproveite o momento presente: admire um raio de sol, o canto de um pássaro, o sorriso de uma criança…

Desenvolver uma visão positiva sobre essa vida, sejam quais forem caminhos escolhidos, abre esse estado de espírito que é a paz interior.

Jesus, o mestre espiritual por excelência

Essas atitudes, que são difíceis de prever em períodos de clima pesado, podem ser contornadas por uma prática que recupera sua nobreza: a meditação.

Os cristãos não esperavam que as experiências de seus irmãos orientais levassem ao surgimento dessa forma de oração contemplativa silenciosa.

Alimentado pela tradição bíblica e pelos Pais do Deserto, ela pode nos levar ao coração do nosso relacionamento com Jesus, o mestre espiritual por excelência. Abalados pela tempestade, com a ajuda do Espírito Santo, deixemo-nos ser olhados por Cristo.

Por Marie-Noël Florant, via Aleteia

Igreja vai celebrar Semana Nacional da Família

Dentro do Mês Vocacional, a Igreja no Brasil celebra, na segunda semana de agosto, a Semana Nacional da Família, uma mobilização de grupos e comunidades que ocorre, desde 1992, com momentos de oração, formação e reflexão. Neste ano, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs como tema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24, 15).

Para animar a Semana Nacional da Família – do Dia dos Pais até o dia 15 de agosto – a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), organismo vinculado à Comissão Vida e Família da CNBB, elabora o subsídio “Hora da Família”, que começou a ser editado desde a vinda de São João Paulo II ao Brasil, em 1994. Neste ano de 2020, o material ganhou duas versões, uma com encontros mensais e outra especialmente preparada para a Semana Nacional da Família, agora chamada “Hora da Família Especial”.

O subsídio possui roteiro para os sete dias da semana com atividades que envolvem toda a família, sugestões de oração e de cantos. O material está disponível na versão impressa e também no aplicativo Estante Pastoral Familiar, numa versão digital.

 


quarta-feira, 5 de agosto de 2020

O Papa convida a rezar pelo Líbano neste momento trágico e doloroso


Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco fez um apelo em prol do Líbano, após as explosões perpetradas, nesta terça-feira (04/08), na região portuária de Beirute, capital do país, que causaram pelo menos cem mortos e quatro mil feridos. Este balanço, ainda provisório, foi fornecido pela Cruz Vermelha Libanesa.

As equipes de resgate estão trabalhando para retirar os corpos dos escombros. O Ministro da Saúde libanês pediu a todos os médicos e agentes de saúde para irem aos hospitais da capital a fim de ajudar os feridos.

Eis as palavras do Papa Francisco:

Ontem, em Beirute, na área portuária, fortes explosões causaram dezenas de mortos e milhares de feridos, além de muitas destruições graves. Rezemos pelas vítimas e suas famílias; e rezemos pelo Líbano, para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais, políticos e religiosos, possa enfrentar este momento trágico e doloroso e, com a ajuda da Comunidade internacional, superar a grave crise que está atravessando.

Via Vatican News


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Como discernir a vocação?


Toda profissão é um meio de amar, de servir, de ser útil, e para isso Deus nos deu os talentos. Então, é preciso antes de tudo pedir a Ele que nos dirija para o caminho profissional adequado.

É Ele que nos guia, inspira e conduz na vida profissional e pessoal quando a gente pede o auxílio de sua graça e procura fazer a sua vontade.

Diz o salmista que “se não é Deus quem edifica a casa, em vão trabalham os seus construtores” (Sl 126,1). Certamente Deus não nos dará riquezas abundantes, mas nos dará o necessário para viver e fazer a sua vontade.

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6,33).

Para se escolher a profissão é preciso conhecer os nossos talentos, aptidões e interesse; e pedir a Deus que nos conduza.

Quando eu era jovem, tinha meus vinte anos, estava na Academia Militar de Agulhas Negras; já no penúltimo ano do curso de oficiais do Exército, e bem classificado em minha turma. Mas tive uma crise vocacional; não queria ser militar; queria ser professor; não foi fácil tomar a decisão de deixar uma carreira profissional já conquistada, segura, para o resto da vida. Mas sinto que Deus me conduziu para o magistério. Com uma coragem que só pode ter vindo Dele, eu deixei o Exército e fui ser professor, contra a vontade de todos. Continuei meus estudos e logo comecei a dar aulas em um colégio estadual. Depois que me formei, prestei concurso para professor na Universidade de Itajubá, MG; e passei no concurso, com 22 anos de idade. Deus confirmava minha vocação. De lá para cá já são 40 anos de magistério, com muita alegria. Deus me guiou no escuro, mas eu senti sua mão santa.

Deus nos guia mesmo sem a gente perceber. Ele não nos mostra o futuro; apenas nos guia no presente, para que dependamos amorosamente dele. Eu gosto muito do Exército, e sou-lhe grato pela boa formação humana e moral que me deu nos cinco anos que fui cadete; é uma instituição séria e honrada; mas não era a minha vocação; se eu não tivesse mudado não teria feito tudo o que pude fazer até hoje. Hoje entendo que Deus me guiou; ele não me queria naquela profissão.

No momento certo Deus me guiou; colocou a minha frente pessoas boas e adequadas que podiam me orientar; e isso não deve ser desprezado. Deus age em nossa vida através dos bons conselheiros e dos acontecimentos. Jesus ressuscitado caminha conosco, mesmo que não sintamos sua presença amiga. Ele é muito discreto.

Se você estiver em dúvida sobre o que fazer, peça a Deus a graça do discernimento, procure bons conselheiros, faça a sua parte; na hora certa Deus te iluminará e lhe dará coragem para decidir.

O mais importante é não desperdiçar a vida; como disse Michel Quoist: “Solteiro ou casado só o egoísta desperdiça a vida”. Se você tem vocação para o casamento, então, procure uma pessoa que tenha seus valores. Comece com boas amizades; seja amigo, seja fiel, seja cordial, seja simpático. Muitas amizades se transformam em bons namoros. E entregue tudo nas mãos de Deus.

Se a sua vocação é o sacerdócio ou a vida religiosa, pergunte a você mesmo se tem aptidão para isso:

1. Tem vontade de entregar sua vida totalmente a Deus, sem guardar nada para você?
2. Deseja trabalhar como Jesus pela salvação das almas?
3. Deseja não se casar para servir somente a Deus, por toda a vida?
4. Você gosta de rezar bastante?
5. Você ama a Igreja, o Papa, os bispos, Nossa Senhora, os Sacramentos, a Liturgia?
6. Você gostaria de viver uma vida de oração, penitência, simplicidade, pobreza evangélica?
7. Você gostaria de servir a Igreja e obedecê-la sempre?
8. Você está disposto a obedecer ao seu bispo ou seu superior a vida toda, qualquer que seja a decisão deles sobre você?
9. Você ama a Bíblia e gosta de meditar seus versículos e capítulos todos os dias?
10. Você está disposto a dar a vida pela Igreja, pelas almas e por Jesus Cristo?

Se a sua resposta for sim; procure um sacerdote para orientá-lo nessa bela caminhada a serviço de Deus e do seu Reino.

A Palavra de Deus, como disse o salmista, é “luz para nossos pés”, então, é muito importante meditá-la, especialmente nas horas de dúvidas e incertezas, tristezas e angústias. Ela nos socorre nas horas amargas, especialmente nas madrugadas de insônia quando nossas dúvidas não nos deixam dormir.

Muitas vezes fui buscar na Palavra de Deus consolo, orientação, força para decidir e coragem para manter a decisão.

É claro que não podemos fazer da Bíblia um amuleto, algo mágico que vai me dar a resposta a tudo que preciso decidir; não. Deus quer que usemos nossa inteligência, vontade, consciência, liberdade, aconselhamento, autocritica, etc., quer que procuremos a ajuda de outras pessoas. Mas, nas horas de angústia, devemos pedir-lhe uma palavra de socorro; repito, não faça isso sem critério; pois seria como tentar a Deus, deixando de fazer a nossa parte.

Uma das muitas experiências que tive com a palavra de Deus, foi quando era diretor do Campus da USP em Lorena-SP, antes que se tornasse uma Instituição do governo estadual, lutávamos quase desesperadamente para salvar a nossa boa Faculdade de Engenharia que estava às portas da falência, quando nossa manutenção foi cortada pelo então governo Collor. Mas fomos à luta, e conseguimos com muito trabalho e oração salvar a Instituição, com a ajuda de Deus. Enfim, numa noite feliz, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a estadualização de nossa instituição. Parecia um sonho; algo quase impossível. Quando cheguei em casa, às 3 horas da madrugada, abri a Bíblia, e meus olhos encontraram um Salmo que dizia:

“Aos abandonados Deus preparou uma casa, conduz os cativos à liberdade e ao bem-estar; só os rebeldes ficam num deserto ardente” (Sl 67,7).

Não foi possível conter as lágrimas naquela noite!

Prof. Felipe Aquino