domingo, 30 de abril de 2017


Egito: Papa pede a religiosos, semear esperança e construir pontes

(ZENIT - Roma, Abr. 2017).- O Papa Francisco teve um encontro de oração na tarde deste último sábado, dia 29 de abril, no Seminário Patriarcal, no Cairo, com o clero, religiosos e seminaristas. O Papa encorajou os religiosos a não temer as dificuldades da realidade em que vivem e agradeceu pelo “testemunho e pelo bem que fazem a cada dia, trabalhando no meio de muitos desafios e, frequentemente, poucas consolações”.


O texto das palavras do Papa


Beatitudes, Queridos irmãos e irmãs, Al Salamò Alaikum. A paz esteja convosco!


«Este é o dia que o Senhor fez, alegremo-nos n’Ele! Cristo venceu a morte para sempre, alegremo-nos n’Ele! »

Sinto-me feliz por me encontrar entre vós neste lugar, onde se formam os sacerdotes e que representa o coração da Igreja Católica no Egito. Sinto-me feliz por saudar em vós – sacerdotes, consagrados e consagradas do pequeno rebanho católico no Egito – o «fermento» que Deus prepara para esta terra abençoada, para que, juntamente com os nossos irmãos ortodoxos, cresça nela o seu Reino (cf. Mt 13, 33).

Desejo, antes de mais nada, agradecer o vosso testemunho e todo o bem que fazeis cada dia, trabalhando no meio de muitos desafios e, frequentemente, poucas consolações. Desejo também encorajar-vos. Não tenhais medo do peso do dia-a-dia, do peso das circunstâncias difíceis que alguns de vós têm de atravessar. Nós veneramos a Santa Cruz, instrumento e sinal da nossa salvação. Quem escapa da cruz, escapa da Ressurreição. «Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino» (Lc 12, 32).

Trata-se, pois, de crer, testemunhar a verdade, semear e cultivar sem esperar pela colheita. Na realidade, nós recolhemos os frutos de muitos outros, consagrados e não consagrados, que generosamente trabalharam na vinha do Senhor: a vossa história está cheia deles!

No meio de muitos motivos de desânimo e por entre tantos profetas de destruição e condenação, no meio de numerosas vozes negativas e desesperadas, sede uma força positiva, sede luz e sal desta sociedade; sede a locomotiva que faz o comboio avançar para a meta; sede semeadores de esperança, construtores de pontes, obreiros de diálogo e de concórdia.

Isto é possível se a pessoa consagrada não ceder às tentações que todos os dias encontra no seu caminho. Gostaria de evidenciar algumas dentre as mais significativas.

1. A tentação de deixar-se arrastar e não guiar. O bom pastor tem o dever de guiar o rebanho (cf. Jo 10, 3-4), de o conduzir a pastagens verdejantes e até à nascente das águas (cf. Sal 23/22, 2). Não pode deixar-se arrastar pelo desânimo e o pessimismo: «Que posso fazer? » Aparece sempre cheio de iniciativas e de criatividade, como uma fonte que jorra mesmo quando vem a seca; sempre oferece a carícia da consolação, mesmo quando o seu coração está alquebrado; é um pai quando os filhos o tratam com gratidão, mas sobretudo quando não lhe são agradecidos (cf. Lc 15, 11-32). A nossa fidelidade ao Senhor nunca deve depender da gratidão humana: «teu Pai, que vê o oculto, há de recompensar-te» (Mt 6, 4.6.18).

2. A tentação de lamentar-se continuamente. Sempre é fácil acusar os outros: as faltas dos superiores, as condições eclesiais ou sociais, as escassas possibilidades… Mas a pessoa consagrada é alguém que, pela unção do Espírito, transforma cada obstáculo em oportunidade, e não cada dificuldade em desculpa! Na realidade, quem se lamenta sempre é uma pessoa que não quer trabalhar. Por isso o Senhor, dirigindo-Se aos pastores, disse: «Levantai as vossas mãos fatigadas e os vossos joelhos enfraquecidos» (Heb 12, 12; cf. Is 35, 3).

3. A tentação da crítica e da inveja. O perigo é sério, quando a pessoa consagrada, em vez de ajudar os pequenos a crescer e a alegrar-se com os sucessos dos irmãos e irmãs, se deixa dominar pela inveja tornando-se numa pessoa que fere os outros com a crítica. Quando, em vez de se esforçar por crescer, começa a destruir aqueles que estão crescendo; em vez de seguir os bons exemplos, julga-os e diminui o seu valor. A inveja é um câncer que arruína qualquer corpo em pouco tempo: «Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar; e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir» (Mc 3, 24-25). Com efeito, «por inveja do diabo é que a morte entrou no mundo» (Sab 2, 24). E a crítica é o seu instrumento e a sua arma.

4. A tentação de se comparar com os outros. A riqueza reside na diferença e na unicidade de cada um de nós. Comparar-nos com aqueles que estão melhor, leva-nos frequentemente a cair no rancor; comparar-nos com aqueles que estão pior, leva-nos muitas vezes a cair na soberba e na preguiça. Quem tende sempre a comparar-se com os outros, acaba por se paralisar. Aprendamos de São Pedro e São Paulo a viver a diferença dos caráteres, dos carismas e das opiniões na escuta e docilidade ao Espírito Santo.

5. A tentação do «faraonismo», isto é, de endurecer o coração e fechá-lo ao Senhor e aos irmãos. É a tentação de se sentir acima dos outros e, consequentemente, de os submeter a si por vanglória; de ter a presunção de ser servido em vez de servir. É uma tentação comum, desde o início, entre os discípulos, os quais – diz o Evangelho –, «no caminho, tinham discutido uns com os outros, sobre qual deles era o maior» (Mc 9, 34). O antídoto para este veneno é o seguinte: «Se alguém quiser ser o primeiro, há de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35)

6. A tentação do individualismo. Como diz o conhecido provérbio egípcio: «Eu e, depois de mim, o dilúvio». É a tentação dos egoístas que, ao caminhar, perdem a noção do objetivo e, em vez de pensar nos outros, pensam em si mesmos, sem sentir qualquer vergonha; antes, justificando-se. A Igreja é a comunidade dos fiéis, o corpo de Cristo, onde a salvação de um membro está ligada à santidade de todos (cf. 1 Cor 12, 12-27; Lumen gentium, 7). Ao contrário, o individualista é motivo de escândalo e conflitualidade.

7. A tentação de caminhar sem bússola nem objetivo. A pessoa consagrada perde a sua identidade e começa a «não ser carne nem peixe». Vive com o coração dividido entre Deus e a mundanidade. Esquece o seu primeiro amor (Ap 2, 4). Na realidade, sem uma identidade clara e sólida, a pessoa consagrada caminha sem direção e, em vez de guiar os outros, dispersa-os. A vossa identidade como filhos da Igreja é ser coptas – isto é, radicados nas vossas raízes nobres e antigas – e ser católicos – isto é, parte da Igreja una e universal: como uma árvore que quanto mais enraizada está na terra tanto mais alta se eleva no céu.

Queridos consagrados, não é fácil resistir a estas tentações, mas é possível se estivermos enxertados em Jesus: «Permanecei em Mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em Mim» (Jo 15, 4). Quanto mais enraizados estivermos em Cristo, tanto mais vivos e fecundos seremos. Só assim pode a pessoa consagrada conservar a capacidade de maravilhar-se, a paixão do primeiro encontro, o fascínio e a gratidão na sua vida com Deus e na sua missão. Da qualidade da nossa vida espiritual depende a da nossa consagração.

O Egito contribuiu para enriquecer a Igreja com o tesouro inestimável da vida monástica. Exorto-vos, pois, a beber do exemplo de São Paulo o Eremita, de Santo Antão, dos Santos Padres do deserto, dos numerosos monges que abriram, com a sua vida e o seu exemplo, as portas do céu a muitos irmãos e irmãs; e assim também vós podereis ser luz e sal, isto é, motivo de salvação para vós próprios e para todos os outros, crentes e não-crentes, e de modo especial para os últimos, os necessitados, os abandonados e os descartados.

A Sagrada Família vos proteja e abençoe a todos vós, ao vosso país com todos os seus habitantes. Do fundo do meu coração, desejo tudo de melhor a cada um de vós e, por vosso intermédio, saúdo os fiéis que Deus confiou aos vossos cuidados. O Senhor vos conceda os frutos do seu Santo Espírito: «amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio» (Gal 5, 22).

Sempre vos terei presente no meu coração e na minha oração. Coragem e avante, com o Espírito Santo! «Este é o dia que o Senhor fez, alegremo-nos n’Ele!» E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

Jovens se encontram em Aparecida



Aparecida (RV) - Depois de uma interrupção de mais 15 anos, Jovens de todo o Brasil fazem a Romaria Nacional da Juventude a Aparecida (SP), neste sábado e domingo, reforçando uma tradição iniciada na década de 80. Nesse ano, o tema é “Maria e a Doutrina Social da Igreja”.

Segundo Pe. Antonio Ramos do Prado, Assessor Nacional da Pastoral Juvenil da CNBB, “As juventudes de vários lugares do Brasil vinham rezar nos pés da Mãe Aparecida. Entre agradecimentos e pedidos os jovens fortaleciam a sua fé”

A retomada desta iniciativa foi em 2016, no contexto do Projeto Rota300 (jubileu de Nossa senhora Aparecida), numa parceria entre a Pastoral Juvenil da CNBB e Santuário de Aparecida.

O objetivo desta Romaria, segundo Pe. Antônio, é cultivar a devoção Mariana e oferecer aos jovens uma formação permanente através das catequeses ministradas por meio dos 18 Bispos Referenciais da Juventude.

Segundo o assessor da Pastoral Juvenil, hoje as expressões juvenis que compõem os Setores Diocesanos de Juventude do Brasil participam intensamente desse espaço de Evangelização.

Programação

A estrutura da Romaria Nacional da Juventude é composta de três partes, com duração de dois dias: Na Parte 1, haverá tendas de catequese com os 18 bispos referenciais da juventude. As tendas trabalham a temática de cada Romaria.

Os bispos também trabalharão o DOCAT em sintonia com o tema da Romaria da Juventude. Nesse ano, haverá uma tenda comemorativa dos 10 anos do Documento Evangelização da Juventude, 10 anos dos Lectionautas e 10 anos do Documento de Aparecida.

A parte 2 conta com um Show católico e Vigília. Na noite do primeiro dia vários cantores se apresentam no palco central (externo) do Santuário de Aparecida. Após ó show, haverá exposição do Santíssimo, pregação, testemunhas de jovens e bençãos.

Neste domingo, realiza-se a Parte 3, com concentração dos jovens a partir das 6h da manhã para a caminhada com Maria, cuja encerramento será dentro do Santuário com missa e envio. Dentro da Romaria Nacional da Juventude, dia 30 de abril, acontecerá o primeiro Encontro Nacional de Grupos Jovens Paroquiais. (SP-CNBB)


sexta-feira, 28 de abril de 2017


A Cabana: poesia com heresia


Prof. Felipe Aquino 

Chega às telas do cinema o filme “A Cabana”, baseado no livro best-seller de mesmo nome do escritor Willian P. Young, e muitos estão criticando ou adorando a produção. Afinal, vale a pena assistir ou não?
 

Vamos partir da sinopse: “Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida”.
Até aí não há problema algum, mas a questão é que esta “lição de vida” que consta na sinopse é na verdade um encontro deste homem atormentado com Deus. Não se trata de uma personificação de Deus como realizada em filmes como “Todo Poderoso”, mas a apresentação da Santíssima Trindade e a discussão sobre diversos pontos teológicos. E é aqui onde a produção derrapa e derrapa feio.
Entendo que o primeiro ponto a ser colocado: não é um filme católico. Eu diria mais, ainda que se apresente como um filme de temática cristão, pelos diversos erros teológicos não o enquadraria como um filme religioso, no máximo um filme com muita religiosidade (até porque vemos no enredo que Deus seria contra as religiões).
O enredo é a tentativa de Deus em se apresentar ao homem atormentado (Mack), curar suas feridas e estabelecer com ele um relacionamento. Ficando apenas nestes pontos (porque da parte teológica falarei mais adiante), os momentos entre Deus e o homem chegam a ser poéticos, que pode nos levar a questionar a nossa relação com a Santíssima Trindade, a forma como muitas vezes queremos conduzir as nossas vidas sem qualquer auxílio de Deus, como O culpamos quando as coisas dão erradas, entre tantas outras situações.
Ao mesmo tempo, temos pontos que chamaram a atenção e muitos criaram confusão e outros que podem passar despercebidos que são realmente danosos aos desatentos.
No filme, Deus Pai é vivido por uma mulher, a ótima atriz Octavia Spencer. O fato de ser uma
“negra mulher gorda” foi alvo de muitas reclamações. Não li o livro, mas no filme ficou bem claro para mim que Deus usa a imagem desta mulher para facilitar o acesso a Mack, que quando criança teve sérios problemas com seu pai que bebia muito e espancava a sua mãe e a ele também, por isso preferiu não “aparecer” como um pai. Quando seu pai o espancava, ele recebia carinho e atenção de uma mulher da cidade, que foi a mesma usada por Deus para se aproximar do homem atormentado. Não se trata de uma apresentação de que Deus é mulher, até porque em determinado momento do filme Deus Pai toma a figura de homem quando entende ser necessário. Portanto, acho uma discussão desnecessária neste aspecto.
Encontraram um ator judeu com a pele morena e barba para fazer o papel de Jesus. Achei interessante este cuidado na produção de buscar uma figura que poderia se parecer etnicamente com o Cristo.
Já o Espírito Santo, no filme chamado de Sarayu, é protagonizado por uma atriz japonesa que aparece em muitos momentos com um brilho em sua volta, com a intenção de indicar que é um espírito. Uma apresentação fraca desta pessoa da Santíssima Trindade, não por ser uma mulher, mas porque nem de longe lembra o consolador e inflamador das almas. 

ERROS TEOLÓGICOS
1. Humanidade de Cristo: no filme Jesus é retratado como humano, apenas humano. Ora, sabemos que Cristo, Deus como o Pai e o Santo Espírito, ainda que de natureza divina se fez homem, ao contrário do que o filme tenta nos apresentar. Jesus Cristo não era humano, mas se fez homem e assumiu novamente sua condição divina após sua ressurreição.
2. Pecado: no filme Deus não pune o pecado porque este já é uma punição. No Catecismo da Igreja Católica é claro que uma das penas do pecado é a privação vida eterna (§ 1472) e condenação ao inferno, o que no filme deixa a entender que Deus não conseguiria condenar o homem ao inferno em razão de seu amor de Pai.
3. O Pai foi crucificado com o Filho: outro grande erro. Apenas Jesus Cristo foi crucificado. Mesmo que o Pai tenha sofrido ao ver seu Filho tratado como foi, não que tenha sido pregado junto com Ele.
4. Cristo não quis religião: Jesus nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como tal, assim como disse claramente que não se fez homem para abolir a Lei, mas para dar pleno cumprimento à ela (Mt 5, 17-18), além de que diz textualmente que Pedro será a pedra em que edificará a sua Igreja (Mt 16, 18). O filme tenta relativizar estes conceitos para fazer acreditar que Jesus não queria criar uma religião, o que não é verdade.
5. O homem foi criado para ser amado: outro erro, pois sabemos que o homem foi criado para amar primeiro a Deus e depois ao próximo como a si mesmo. Não foi criado para ser amado, mas para amar e servir a Deus (Catecismo da Igreja Católica, 358).
Os conceitos apresentados no filme podem criar uma grande confusão na cabeça dos desavisados, ao mesmo tempo em que poderá reforçar alguma ideia errada já existente. Mesmo com a bela mensagem de que Deus nos ama e quer curar nossas feridas, o filme cai no mesmo erro criado pelo autor do livro em tentar destruir as religiões e criar um deus que não existe e propagar mentiras com cara de teologia.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

CERIMÔNIA DE ABERTURA MARCA INÍCIO DAS COMPETIÇÕES DOS JINS

Segue até esta sexta-feira (28),os 48º Jogos Internos Madre Francisca Lechener (JINs), envolvendo alunos do 6º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio do Colégio das Neves em Natal.  
A cerimônia de abertura dos Jogos foi prestigiada por Pais e Sempre Alunos, com fes com momento cívico, premiação da melhor turma, orações e apresentações culturais realizados pelos alunos.

O evento ocorreu no Ginásio Madre Fidelis.

Divulgado calendário das celebrações da Pastoral Rodoviária

A Pastoral Rodoviária divulgou o calendário de celebrações nas cidades que integram o território da Arquidiocese de Natal. 

As missas acontecerão no próximo mês de junho. 

A programação será o seguinte: 

08/06 – Posto Militão – Lajes – 20h; 09/06 – Posto Alvorada – Tangará – 20h; 10/06 – Churrascaria na Brasa – Macaíba – 20h; 11/06 – Posto Novo Horizonte – Natal – 17h; 12/06 – Posto Emaús Ipiranga – Macaíba – 19h30; 13/06 – Posto Pinheiro Borges – Parnamirim – 20h; e 14/06 – Posto Planalto Subaé – Canguaretama – 19h30. As celebrações, feitas de forma itinerante por todo o Brasil, são presididas pelos padres Marian Litewka, Germano Nalepa e Miguel Staron. A Pastoral Rodoviária é ligada à Congregação da Missão Província do Sul, de Curitiba (PA) e atua nas estradas do país deste 1976. Outras informações acesse: www.pastrodo.com.br.

CCRei felicita Ir.Arliene

Ontem comemoramos o aniversário da Ir. Arliene. Pela manhã, tivemos a Santa Missa e um delicioso café da manhã, com direito a homenagens. À noite, a comemoração foi com funcionários e professores do Colégio Cristo Rei/Patos. 








O Sacerdote é o ungido do Senhor


Jesus é o Sumo e Eterno Sacerdote. Pelo sacramento da Ordem, o sacerdote torna-se o representante legítimo de Cristo. Quando preside a celebração dos sacramentos, principalmente a Eucaristia e a reconciliação, ele age in persona Christi, ou seja, na Pessoa de Cristo, fonte de onde provém a vida para todos os membros da Igreja. Por isso mesmo, quando, na Celebração da Eucaristia, ele diz: “Isto é o meu corpo” e “este é o cálice do meu sangue”, o pão e o vinho se transformam no Corpo e no Sangue de Cristo pelo poder do Espírito Santo.
Da mesma forma, quando, na celebração do sacramento da reconciliação, ele diz: “Eu te absolvo de teus pecados”, é o próprio Cristo quem perdoa.

O celibato

Dessa primeira consideração, já podemos tirar uma conclusão prática: se o sacerdote está identificado sacramentalmente com Cristo, seu estilo de vida deve ser o estilo de vida de Cristo. Aqui se encontra a razão teológica e espiritual para o carisma do celibato, o qual aproxima o estilo de vida do sacerdote ao estilo de vida de Cristo: celibatário, casto e virgem.
O carisma do celibato ajuda o sacerdote a viver, com radicalidade, a caridade pastoral. Pelo anúncio da Palavra – Cristo e Sua mensagem –, o sacerdote aproxima os seres humanos de Deus. Como educador da fé e da reta conduta humana e cristã, ele forma a personalidade do discípulo de Cristo.

Ministro da santificação e pastor do povo de Deus

Além disso, o presbítero é o ministro da santificação. Para usarmos a expressão do apóstolo São Paulo, ele é o dispensador dos mistérios de Deus, dos bens salvíficos que nos chegam pelos sacramentos.
Os sacramentos são chamados canais da graça. Esses canais estão ligados a uma fonte, que é o Cristo ressuscitado. É d’Ele que provém a graça salvífica para toda a vida da Igreja. Finalmente, pertence à identidade do sacerdote ser a imagem viva de Cristo, o Bom Pastor.
O sacerdote governa o povo a ele confiado não como funcionário, mas com a autoridade do pastor. O rebanho não pertence a ele, mas a Cristo. Cronologicamente, o Ano Sacerdotal terminou na Festa do Coração de Jesus. Seu objetivo, porém, deve permanecer na vida de toda a Igreja: a oração pela santificação dos sacerdotes.
O sacerdote santo é luz do mundo e sal da terra.
Dom Benedito Beni
Bispo Emérito da Diocese de Lorena

CNBB inicia 55ª Assembleia Geral em Aparecida (SP)

Nesta quarta-feira, 26, começou a 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP). Este ano, cerca de 350 bispos, incluindo eméritos, são esperados no evento.
A abertura aconteceu com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF), tendo como concelebrantes o arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger, e o bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Steiner, respectivamente vice-presidente e secretário-geral da entidade. 
Após a celebração, Dom Sérgio deu as boas vindas a todos presentes no evento e afirmou que a expectativa da Assembleia para este ano é de muita alegria e partilha. “Este evento fortalece a unidade entre nós e a comunhão no episcopado (…) A Assembleia é marcada sempre por essa convivência fraterna e agradável”.
Este ano, o tema central do encontro é “Iniciação à vida cristã”. De acordo com o presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, Dom Darci Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG), há uma deficiência na formação catequética do cristão católico e por este motivo há uma preocupação especial neste sentido.
“Queremos fazer com que a catequese esteja radicada na Palavra de Deus e que haja uma vivência da fé na comunidade e que esta fé seja celebrada. Então é importante que esta fé se traduza em atitudes concretas de vida caridosa e se você quer envolver o jovem e a criança nesta fé, é preciso ser sensível a eles e mais ainda, aqueles que mais sofrem e mais precisam de ajuda”.


Espiritualidade no EJM

 Espiritualidade dos Funcionários do Educandário Jesus MeninoJesus Menino em Currais Novos 







terça-feira, 25 de abril de 2017


DOM JAIME CONCLAMA FIÉIS A PARTICIPAREM DAS MANIFESTAÇÕES DO DIA 28
 UMA VOZ GRITA NO DESERTO, NÃO SEJAMOS INDIFERENTES A ESTA VOZ!


O Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, convoca os fiéis em geral, para se posicionarem contra as reformas que tramitam no Congresso Nacional, como a Trabalhista e a da Previdência. Ele também convoca os fiéis, para participarem das manifestações contra tais reformas, que serão realizadas em todo o País, na próxima
sexta-feira, dia 28


segunda-feira, 24 de abril de 2017



FESTA BAILE MARCA OS 90 ANOS DO EDUCANDÁRIO N.SRA. DAS VITÓRIAS 

Uma belíssima festa animada por Nelsinho Show, Banda Feras e Isaac Galvão marcaram a passagem dos 90 anos de história do Educandário Nossa Senhora das Vitórias (ENSV), em Assu/RN, no último sábado, dia 22 de abril. A festa baile ambientada nos salões do Dandara Recepções, contou com a presença de alunos, ex-alunos, professores, enfim, toda a sociedade assuense, marcou presença na comemoração, onde a recordação e os acontecimentos vivenciados ao longo de nove décadas, foram devidamente revividos e celebrados.
Nada mais justo do que recordar uma história construída ao longo de 90 anos, buscando lembranças guardadas no coração de famílias que fizeram e continuam a fazer parte das ações educativa do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, Instituição que fundamenta o ato de educar e contribuir com a formação integral de crianças e jovens, a partir dos ensinamentos e da expressão da Fundadora da Congregação das Filhas do Amor Divino, Madre Francisca Lechner, cuja afirmação é: “O coração da educação é a educação do coração”.
Durante a Festa Baile, foi possível ver estampado no rosto dos presentes, sentimentos como felicidade, alegria, confirmando o amor, a gratidão e o reconhecimento pela Escola que os ajudou a se tornarem cidadãos íntegros e comprometidos com a construção de uma sociedade mais humanizada, ética e fraterna. (Fotos de Dedé Ramalho)
 Mais fotos podem apreciadas no site: http://www.dederamalho.com.br/celebridades/festa-baile-90-anos-ensv





sábado, 22 de abril de 2017



MOMENTOS DE AGRADECIMENTO E FÉ MARCAM OS 90 ANOS DO EDUCANCÁRIO NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS



Como parte das comemorações pelo aniversário de 90 anos do Educandário Nossa Senhora das Vitórias (ENSV), em Assu/RN, realizou-se na manhã desta última sexta-feira, dia 21/04, uma Missa em Ação de Graças presidida pelo Arcebispo Dom Mariano Manzana e pelos Padres Dian Carlos e Wesley, contando com a presença dos moradores da cidade.

Abaixo apresentamos alguns momentos marcantes da celebração, mas a  cobertura completa das festividades pode ser acompanhada pelo site www.tokk.com.br com fotografias de Ubirajara Barbosa.









  PEREGRINA DA SAUDADE

Durante a celebração de uma Missa em Ação de Graças pelo aniversário do Educandário Nossa Senhora das Vitórias (ENSV), em Assu/RN, a ex-aluna Georgia Karina de Sá Leitão Macedo proferiu o seguinte discurso emocionando a todos os presentes:


Querida família ENSV!

Convido a todos para fazermos uma viagem na “Peregrina da Saudade”.

“Saudade... Passado que se faz presente. Decorridos 80 anos da fundação do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, gerações de oito décadas se encontram para se congratularem, recordarem um passado feliz e com certeza abraçarem ex-colegas de classe do antigo primário e ginasial.

Convido todos os presentes a mergulharem comigo nas lembranças do que vivemos um dia, neste “Templo da Luz da Verdade”. Convido também a deixar que os nossos corações tomem posse da felicidade de estarmos aqui, revivendo lembranças de um convívio de brincadeiras saudáveis, travessuras de uma infância irrequieta e encantos de uma adolescência sonhadora.

Vamos fazer de conta que ontem é hoje e no nosso imaginário vivamos tudo de novo.
Madre Josefina, gaúcha, trabalhadora e rigorosa, dirigia a Congregação e o alunado. Cada turma tinha uma mestra. A minha, para nossa felicidade foi a Irmã Ernestina. Exigente, organizada, cuidava de todas e de cada uma com determinação e desvelo. Também era professora de Canto Orfeônico, piano e acordeom.

As professoras eram todas Irmãs do Amor Divino. Lembro bem das que faziam parte do meu tempo: Irmãs Margarida, Elizabeth, Albertina, Valéria, Leônia, Gilberta, Edilberta, Estanislava, Cecília, Madalena, Euzébia, Anísia, Geórgia, Ester, Evelina, Tarcísia, Sofia, Flávia, Letícia ede muitas outras cujos nomes me fogem a memória.

Toca o sino. É início da aula. Enfileiradas, seguimos para sala de aula e iniciamos as atividades, diariamente, com uma oração matinal.
Nossas mestras responsáveis pela nossa formação eram verdadeiras “mães desveladas, bandeirantes da nossa instrução”. O currículo proporcionava mesmo uma educação integral, desde os conteúdos das disciplinas básicas até economia doméstica. Reporto-me aos idos de 1956 a 1963.

Grupos organizados com Cruzada, a JEC, os retiros e o grêmio contribuíram para o nosso crescimento espiritual, organizacional e participativo. Todos foram de relevante importância para a formação da nossa personalidade, espiritualidade e cidadania. Às nossas inesquecíveis mestras, o nosso preito de gratidão.

Dia 7 de setembro participávamos do desfile cívico. Alunas e alunos do Educandário desfilavam garbosamente, sob a batuta de irmã Leônia e a cadência de uma banda que se ainda hoje fecharmos os olhos, talvez consigamos ouvir o rufar dos tambores e dos tarois. O colégio tinha a mais bela bandeira do Brasil, que os meus olhos já puderam ver. Num cetim verde, amarelo azul e branco tremulava pelas ruas da cidade, arrancando os aplausos de todos para o pendão auriverde e para a porta bandeira escolhida entre as mais belas alunas.

Excursões e passeios faziam parte das atividades recreativas do colégio. Todo ano íamos a Tibau, de mixto e voltávamos no mesmo dia tão bronzeadas, que algumas vezes foi constatado queimadura de 2º grau. Ninguém usava protetor solar, pois à época nem conhecíamos por aqui. No cronograma dos passeios havia sempre um da minha turma, para a Fazenda Poaçá. Minha saudosa mãe arrumava tudo. Ela adorava receber a criançada.

Mas, lembranças mesmo que marcaram, foram as festinhas no colégio, os flertes e os primeiros namoros. Tudo muito escondido. Aí de nós se uma das irmãs descobre.... Ficar sem recreio, baixar a nota de comportamento e ir para a cafua eram algumas das punições das quais muitos não escaparam. Eu nunca tirei boa nota de comportamento, nem nunca me destaquei nos primeiros lugares no desempenho escolar como a minha irmã Gorete, que chegou a ser condecorada. Recordo-me de que certa vez, fui convidada para protagonizar uma peça de teatro por nome “Os Morangos”, cheguei a negociar com Irmã Edilberta o papel por um 10 de comportamento, o que foi acatado e dessa forma obtive, pela primeira vez, a nota máxima na caderneta. Tinha, das minhas mestras, a fama de inteligente, rebelde e líder. Qualidades que me acompanharam pelo resto da vida e que talvez tenham contribuído para a realização dos meus sonhos e objetivos.

A entrega da caderneta, que funcionava como boletim era um ato solene. Nós comparecíamos apreensivas, porém vestindo farda de gala. Linda! As meninas de saia de tropical azul marinho, pregueada, blusa de fustão de seda, mangas compridas, boina azul marinho, meia ¾ e sapato de verniz colegial. Meninos de calças curtas, também de tropical azul marinho e camisa branca formavam um belo conjunto no salão de festa, bem ao lado da capela.

O respeito e mesmo o medo das freiras permeava por todas nós, principalmente pelas mais rebeldes. Toda hora nos deparávamos com as irmãs elegantemente vestidas de hábito preto, a quem saudávamos dizendo: “louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”. Ao que as irmãs respondiam: “para sempre seja louvado”.

Navegamos, portanto, no rio das recordações que corre no coração da nossa memória. E memória tem coração? Creio que sim. Sentimento não se armazena nas cavidades de um músculo, nas coronárias de um coração de carne, mas no recôndito da alma, na memória sentimental. Em meio a tantos e tantas ex-alunas, com certeza, alguém lembra do vizinho de carteira, do colega mais estudioso, da colega peixinho, do mais esperto na cola e do que foi mais amigo. Alguns, como eu, acalentam lembranças mais distantes; outros, lembranças de ontem. Outros, ainda, permanecem neste colégio, trabalhando ou estudando, desfrutando da modernidade que com certeza já se instalou na proposta pedagógica deste colégio e no projeto educacional da instituição. Porém, não desfrutam dos melhores momentos que nós, ex-alunas, tivemos o prazer de compartilharmos juntas.

Chegamos, finalmente, ao término desta nossa retrospectiva. Uma homenagem sincera e carinhosa presto a minha querida mestra, Irmã Ernestina, que soube me repreender nos momentos necessários, me dar atenção quando precisei e me deu lições que carrego comigo ao longo da minha vida. Uma palavra de saudade aos colegas de turma e em particular às minhas primas, Neide, Magui e Edilva. Uma lágrima sentida pela colega Antônia Alnê, por Vital, meu saudoso primo e Arnóbio, meu querido amigo. Os três partiram do nosso convívio para avida eterna, mas em cada recanto deste inesquecível colégio há uma lembrança marcante da sua passagem por aqui. Meu abraço a todos, e que Nossa Senhora das Vitórias nos abençoe. ”

Foram com essas palavras de amor e de saudade que a minha saudosa tia – Niná Ribeiro de Macêdo Rebouças – se pronunciou por ocasião do Jubileu de Carvalho do Educandário Nossa Senhora das Vitórias.
Hoje, estando ela na Vida Eterna, julgamos de bom alvitre repetir tal pronunciamento, saudando a sua venerável memória, ratificando o mesmo sentimento de gratidão que permanece como viva chama no coração de todos os ex-alunos desta casa de ensino.
Parabéns Educandário!
Agora como ex-aluna, presto uma homenagem sincera e carinhosa a minha alfabetizadora – Ir. Silvéria, na pessoa dela, saúdo as demais irmãs e professores que contribuíram com a minha formação.
Em nome das colegas Josiany, Joelma e Georgiana – “as beatas“ – como dizia Nelsinho (não deixando também de me intitular), saúdo os demais colegas que caminharam conosco durante os anos de 1979 a 1987.
Como ex-professora, agradeço a Ir. Marli, por ter acreditado na minha capacidade de colaborar com a formação dos novos discentes do Educandário.
Então hoje, desejo a todos que fazem o Educandário Nossa Senhora das Vitórias, um caminho de luz. Pois somos o TEMPLO EM QUE A LUZ DA VERDADE É FAROL QUE NOS GUIA E CONDUZ...