2 de novembro, dia dos fiéis defuntos. Para a Igreja católica
não se trata de um feriado qualquer, mas de uma oportunidade de rezarmos
pelos entes queridos que buscam a plenitude da vida diante da face de Deus.
Desde os primeiros séculos, os cristãos já visitavam os túmulos dos mártires
para rezar por eles e por todos aqueles que um dia fizeram parte da comunidade
primitiva. No século XIII, o dia dos fiéis defuntos passou a ser celebrado em 2
de novembro, já que no dia 1 de novembro era comemorada a solenidade de todos
os santos. A Igreja sempre celebra aquilo que provém de uma tradição,
daquilo que é fruto de uma experiência de fé no seio da comunidade
cristã. Para alguns, finados é um feriado gostoso, ocasião de sair para
“esfriar a cabeça”. Para outros, é dia de lembrar tudo, menos a morte ou as
pessoas que já faleceram. Para outros, ainda, é um dia trágico, pois, de certa
forma, antecipa a cada ano o que seremos todos um dia. Mas, graças a Deus, para
muitos, é um dia de esperança e comunhão com quem amamos e continuamos a amar,
apesar de termos perdido sua presença física neste mundo, chamado vale de
lágrimas. Este dia nos convida a refletir, não sobre a morte e, sim, sobre a
vida. O nosso Deus é “o Deus dos vivos e não dos mortos”. As pessoas que já
partiram desta vida não estão mortas; para Deus, elas não estão mortas e,
portanto, nossa oração pode atingi-las ainda. É por isso que rezamos por essas
pessoas no transcorrer do ano e dedicamos um dia especial a elas. Desde
os primeiros séculos a Igreja reza pelos falecidos. No segundo livro de
Macabeus, da Bíblia, encontramos esta recomendação: “É coisa santa e salutar
lembrar-se de orar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados”.
(2Mac 12,46) No dia de Finados, não festejamos a morte, mas a vida
após a morte, a ressurreição que Cristo nos conquistou com sua morte e
Ressurreição. O Catecismo da Igreja lembra que: “Reconhecendo cabalmente esta
comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os
tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos
defuntos…”(CIC, § 958)
Mesmo a morte sendo
a única certeza humana, o Dia de Finados é uma experiência difícil para alguns.
Mas, para os cristãos, a morte não é o fim, mas o nascimento para uma nova
vida.
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