Meu nome é Oscarilde de Sousa e Silva
Em fevereiro
de 1995 comecei a sentir uma dor insistente na perna esquerda. Fui à
ginecologista Dra. M. de Fátima Rodrigues para uma consulta e após me examinar
ela requisitou uma ulta-sonografia dos ovários. O diagnóstico foi um cisto
desenvolvido no ovário esquerdo. A médica marcou de imediato uma cirurgia, que
foi realizada no dia 20.02.95. Durante a execução desta, aconteceu um erro
cirúrgico: uma perfuração na alça do
intestino. A parti daí minha vida ficou por um fio. Tive infecção
generalizada. Em menos de dois dias, tive de me submeter a duas cirurgias
realizadas por Dr. Fernando Gurgel, no Hospital PAPI, Av. Campos Sales – Natal
– Tirol/RN. Foi comprovado que eu tinha sido acometida
por uma septicemia ( infecção generalizada), entrando em coma.
Durante este
período crítico, Irmã M. Geórgia Furtado e Irmã Valéria de Oliveira Santos
rezavam uma novena pedindo a intercessão de Madre Francisca Lechner para que
minha vida fosse salva e eu ficasse curada, pois era mãe e meus filhos, ainda
pequenos, precisavam de mim. Eles inclusive estudavam no Colégio Nossa Senhora
das Neves, pertencente às Filhas do Amor Divino.
No sexto dia
do coma, 28.02.95, fui acordando e comecei a sentir muita dor. Ao meu lado, via
uma Religiosa (Freira) que todo o tempo passava a mão no meu ventre. Quando ela
ia passando a mão no meu ventre, a dor ia aliviando e eu dizia mentalmente:
“Passe mais...”, pois era salutar, eu me sentia aliviada. Ao mesmo tempo, ela
dizia: “Você vai ficar boa”. Eu estava num estado meio acordada e meio coma.
Estando toda intubada, não conseguia comunicar o que estava passando comigo
para ninguém.
Quando
acordei totalmente, vi um enfermeiro ao lado da minha cama e pedi para que ele
chamasse a Irmã que estava ao meu lado passando a mão no meu ventre. Ele falou
que naquela ocasião não havia nenhuma Irmã no hospital. Pedi para que
telefonasse para minha irmã que também era Religiosa e contei a ela todo o
acontecido. Descrevi todos os detalhes da Irmã: baixinha, gordinha, com um
habito e véu preto, uma toca com plissado, diferente das outras Irmãs. Seu
rosto era alvo, rosado e muito sorridente.
Logo que saí
do coma, fui para um apartamento. Muitas Irmãs da Congregação das Filhas do
Amor Divino vieram me visitar. O apartamento às vezes ficava cheio de Irmãs,
mas nenhuma delas se parecia com a Irmã que estava ao meu lado durante o coma.
Passando a mão no meu ventre e dizendo: “Você vai ficar boa”. Finalmente, uma
delas me mostrou a foto de Madre Francisca Lechner. Imediatamente eu a
reconheci e disse: ”Foi esta aqui”. Ela se parecia com Irmã Geórgia Furtado e
eu até pensava que fosse esta. Depois eu soube que a Irmã Geórgia rezava por
mim juntamente com Irmã Valéria. Irmã Geórgia trabalhava no Colégio das Neves e
meus filhos estudavam lá, daí porque eu achava que a Irmã seria ela, por ter a
mesma característica, só que Irmã Geórgia era morena e tinha outra fisionomia.
A que vi ao meu lado, tinha o rosto arredondado.
Depois de
alguns dias, já restabelecida, fui ao Colégio e me dirigi à sala de Irmã Miriam
Serrano, que era exímia pintora. Pedi para que ela pintasse o retrato de Madre
Francisca Lechner. Infelizmente, ela nunca pintou. Sempre dizia: “Depois eu
pinto”. O tempo foi passando e Irmã Miriam entrou num processo de demência que
não permitiu mais realizar o meu desejo.
Estou
consciente: fui curada por Madre Francisca Lechner.
Natal, 14 de setembro de 2008.
(Assinatura) Oscarilde de Sousa e Silva
Miraculada (Ficha: 32192016)
Testemunhas
Luiza Francisca de Sousa (mãe)
Ana Maria de Sousa (irmã)
Ir. Helena Guimarães, FDC (amiga)
Ir. M. do Socorro Queiroz, FDC (amiga)
Ir. M. Valéria de Oliveira Santos, FDC (amiga)
Ir. M. Geórgia Furtado (In Memoriam)
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