A
Igreja luterana Kaarli, na capital da Estônia, foi a sede do segundo
compromisso do Papa Francisco: o encontro ecumênico com os jovens.
Antes de proferir seu discurso,
o Pontífice ouviu o testemunho de três jovens e saudou os representantes das
diversas confissões cristãs presentes no país.
Estes encontros, disse o Papa,
tornam realidade o sonho de Jesus na Última Ceia: “Que todos sejam um só (…)
para que o mundo creia” (Jo 17, 21).
Sínodo sobre os jovens
Francisco dedicou ampla parte
do seu pronunciamento para falar da relação dos jovens com os adultos, marcada
muitas vezes pela falta de diálogo e de confiança. O Papa citou o Sínodo sobre
a juventude, que tem início semana que vem, para mencionar algumas questões que
emergiram na consultação preliminar.
Entre elas, os jovens pedem
acompanhamento e compreensão, sem julgamentos por parte dos membros das
Igrejas.
“ Aqui, hoje, quero lhes dizer
que desejamos chorar com vocês se estiverem chorando, acompanhar com os nossos
aplausos e nossos sorrisos as suas alegrias, ajudá-los a viver o seguimento do
Senhor. ”
Muitos jovens, porém, nada
pedem à Igreja, pois não a consideram um interlocutor significativo na sua
existência. Outros se indignam diante dos escândalos econômicos e sexuais
contra os quais não veem uma clara condenação.
“Queremos dar-lhes resposta,
queremos ser – como vocês mesmos dizem – uma ‘comunidade transparente,
acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa’”,
garantiu o Papa.
Vida com sabor de Espírito
Santo
Ao vê-los assim reunidos a
cantar, acrescentou Francisco, “uno-me à voz de Jesus, porque vocês, apesar da
nossa falta de testemunho, continuam descobrimendo Jesus dentro de nossas
comunidades. Onde está Jesus, a vida tem sempre sabor de Espírito Santo. Aqui,
hoje, vocês são a atualização daquela maravilha de Jesus”.
Jesus continua a ser o motivo
para estarmos aqui, recordou o Papa. “Sabemos que não há alívio maior do que
deixar Jesus carregar as nossas opressões.” Citando uma cantora famosa da
Estônia, que dizia que o “amor está morto”, Francisco afirmou que os cristãos
têm uma palavra a dizer, algo para anunciar, com poucas palavras e muitos
gestos.
Deus está conosco
“Estamos unidos pela fé em Jesus, e Ele espera que O levemos a todos os jovens que perderam o sentido da sua vida. Acolhamos juntos a novidade de que o próprio Deus traz Deus à nossa vida; uma novidade que incessantemente nos impele a partir, para ir aonde se encontra a humanidade mais ferida. Mas nunca iremos sozinhos: Deus vem conosco; Ele não tem medo das periferias.”
“Estamos unidos pela fé em Jesus, e Ele espera que O levemos a todos os jovens que perderam o sentido da sua vida. Acolhamos juntos a novidade de que o próprio Deus traz Deus à nossa vida; uma novidade que incessantemente nos impele a partir, para ir aonde se encontra a humanidade mais ferida. Mas nunca iremos sozinhos: Deus vem conosco; Ele não tem medo das periferias.”
“O amor não está morto”, disse
por fim o Papa; ele nos chama e nos envia para que a nossa vida cristã não seja
um museu de recordações.
Via Vatican
News
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