O Papa
Francisco chegou em Greccio, na Província de Rieti, a cerca de 60 Km de Roma
com um helicóptero e alguns minutos de antecedência do previsto. Ele saudou
alguns doentes que o esperam com os familiares para depois ir até o Santuário
Francisco de carro, onde foi recebido com um clima de alegria e maravilha que
só o Natal pode presentear.
A assinatura da Carta sobre o
Presépio
Na
Gruta do Santuário o Papa permaneceu em silêncio e contemplação para rezar
sozinho. Em seguida, sobre o altar Francisco assinou a Carta Admirabile signum, um
“presente” a todo o povo de Deus para enaltecer o sentido e o valor do Presépio.
Já na Igreja do Santuário,
durante a Liturgia da Palavra, é feita a leitura dos dez parágrafos da Carta
sobre o Presépio. Na reflexão final do Papa, o pedido para redescobrir a
autenticidade e a simplicidade.
A íntegra da reflexão do Papa
“Quantos pensamentos chegam à
mente neste lugar santo! No entanto, diante da rocha destes montes tão queridos
a São Francisco, o que somos chamados a fazer é, antes de tudo, redescobrir a
simplicidade.
O presépio, que pela primeira
vez São Francisco fez neste pequeno espaço, imitando a gruta estreita de Belém,
fala por si mesmo. Aqui não há necessidade de multiplicar palavras, porque a
cena diante dos nossos olhos exprime a sabedoria de que precisamos para
compreender o essencial.
Diante do presépio, descobrimos
como é importante para a nossa vida, tantas vezes agitada, encontrar momentos
de silêncio e oração. O silêncio, para contemplar a beleza do rosto de Jesus
Menino, o Filho de Deus nascido na pobreza de um estábulo. A oração, para
exprimir o “obrigado” maravilhado diante deste imenso dom de amor que nos é
dado.
Neste simples e maravilhoso
sinal do presépio, que a piedade popular acolheu e transmitiu de geração em
geração, manifesta-se o grande mistério da nossa fé: Deus nos ama até ao ponto
de partilhar a nossa humanidade e a nossa vida. Nunca nos deixa sozinhos;
acompanha-nos com a sua presença escondida, mas não invisível. Em todas as
circunstâncias, na alegria como na dor, Ele é o Emanuel, Deus conosco.
Como os pastores de Belém,
acolhamos o convite para ir à gruta, ver e reconhecer o sinal que Deus nos deu.
Então o nosso coração estará cheio de alegria, e poderemos levá-lo para onde há
tristeza; estará cheio de esperança, a ser partilhada com aqueles que a
perderam.
Vamos nos identificar com
Maria, que colocou seu Filho na manjedoura, porque não havia lugar em uma casa.
Com ela e com São José, seu esposo, olhemos para o Menino Jesus. Que o seu
sorriso, desabrochado na noite, dissipe a indiferença e abra os corações à alegria
daqueles que se sentem amados pelo Pai que está nos céus.”
Via Vatican
News
Nenhum comentário:
Postar um comentário