quinta-feira, 18 de março de 2021

Cardeal Tempesta participa da entrega das primeiras vacinas produzidas pela Fiocruz


O primeiro lote de vacinas com 500 mil doses produzidas por Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, a partir do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é importado, foi entregue em 17 de março ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

A cerimônia que marcou a entrega das primeiras 500 mil doses, num primeiro momento, foi realizada no Campus de Manguinhos, dirigida pela presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, e contou com as presenças do diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, e do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que mais uma vez quis demonstrar seu apoio ao trabalho realizado pela Fiocruz.

Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 12 de março, a Fiocruz passa a ser a detentora do primeiro registro definitivo de uma vacina contra a Covid-19 no país.

O diretor Maurício Zuma disse que até o dia 19 de março a Fiocruz entregará mais 580 mil doses produzidas em Bio-Manguinhos, totalizando 1,080 milhão, e até o final do mês deverá entregar cerca de 6 milhões de doses por semana, e o trabalho segue até atingir o total de 100,4 milhões previsto no contrato com a AstraZeneca, cujo cronograma segue até julho.

“A partir da produção local do IFA, uma tecnologia altamente complexa, vamos ganhar em celeridade. É um orgulho participar desta história”, disse.

Chama da esperança

Em seu discurso, Dom Orani manifestou sua alegria por testemunhar mais um passo dado pela Fiocruz, que foi o sonho de produzir em Bio-Manguinhos a vacina contra a Covid-19.

“Quando acendemos a Chama da Esperança, a finalidade foi de nunca perder a esperança”, disse.

O arcebispo informou que transmitia sua mensagem também em nome dos diversos líderes das religiões cristãs e não cristãs que fazem parte do grupo chamado Diálogo e Paz, no qual se reúnem todos os meses, agora de forma virtual.

“Somos um grupo de trabalho que vivenciamos a cultura de paz, o entendimento e o respeito uns para com os outros, da qual agradeço a todos por compartilharem conosco muitas preocupações”, disse.

Dom Orani destacou que a pandemia ocasionou mais de 280 mil falecidos e milhares de internados nos hospitais. “Pedimos ao Senhor que acolha os que partiram e que voltem para casa os que estão internados”, lembrando que a “esperança começou com a vacinação no Brasil por meio da poderosa intercessão da Fiocruz, que produzirá a vacina em alta e constante rotatividade”.

Dando parabéns e pedindo bênçãos para os profissionais da ciência por todos os bons resultados, lembrou mais uma vez o sonho de inaugurar num futuro próximo o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

“Louvamos e bendizemos a Deus por dar ao ser humano a inteligência, a preocupação de fazer o bem ao outro. Também pedimos a Deus que abençoe os diretores, conselheiros, cientistas, pesquisadores e funcionários da Fiocruz pelo que fazem com entusiamo e esperança. Que não falte o necessário para levar adiante este belo e importante trabalho que é a vida das pessoas. Deus abençoe a todos!”, concluiu o arcebispo.

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