Irmã Jula Ivanisevic |
(continuação)
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Que ironia do destino... os assassinos colocaram-se a descrever, a duas mulheres, em detalhes, o delito praticado. A duas católicas fervorosas, duas croatas honestas, ambas nascidas em Duvno, sem ao menos saber quem eram elas. Uma das mulheres, como já disse, era minha mãe, Jelka e a outra, a senhora Angelina Genda, nascida em Curcic, mulher de um professor da escola de polícia.
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Ir. Bernadetta Banja |
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Segundo o testemunho de minha mãe e da Sra. Genda, um destes chamava-se Pero Buha e era da parte de Nevesinje, enquanto o outro, Boro Sljivic, vinha dos arredores de Sarajevo.
Apenas entraram e minha mãe, imediatamente, perguntou com os olhos cheios de lágrimas por que tinham matado as Irmãs. De início surpreenderam-se pela compaixão que demonstrou, depois zombaram e ridicularizaram-na.
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Irmã Berhmana Leidenix |
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Um pouco depois, um terceiro soldado de nome Blagoje chegou à nossa casa. Os três permaneceram conosco até amanhecer o dia. Mamãe deveria dar-lhes tudo aquilo que desejassem: bebida alcoólica, café, salsichas. O relato do empreendimento heróico durou até o amanhecer, enquanto iam bebendo e beliscando alguma coisa. Por isto, a narração deles nos permite reconstruir tudo o que na realidade aconteceu.
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Ir. Antonija Fabjan |
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Aquecidos pela temperatura agradável da nossa sala e pela bebida que ingeriam, os soldados “cetnik” descreveram, em detalhes, a “heróica façanha”. Contaram como iniciaram a rasgar os hábitos das Irmãs, como estas fizeram resistência e como tentaram fugir; que uma ou duas conseguiram escapar pelo corredor do quartel, escondendo-se numa das salas, totalmente indefesas. Estava escuro, pois não havia iluminação elétrica, e então podemos supor que, ao primeiro ataque, as Irmãs tenham fugido das mãos dos soldados, escapando pelo corredor e depois escondendo-se em alguma outra sala.
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Ir. Krizina Bojanc |
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Evidentemente, nenhum esforço era preciso para que estes indisciplinados soldados as encontrassem e as reconduzissem ao quarto onde queriam violentá-las. Ali havia leitos e, por isso, parecia ser o local mais adequado para cometerem o estupro.
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(Trechos da pag 45 a 49)
(continua)
postagem de Ir. Luzia Valladão
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