Peregrinação de agradecimento
ao túmulo
da
Madre Fundadora
A consciência da própria pequenez e
da grandeza dos inumeráveis dons de Deus, unidas à gratidão e à
responsabilidade de ter recebido tudo, foram as importantes características da
nossa Fundadora, a Serva de Deus Madre Francisca Lechner. Com grande zelo ela sempre
convidava as Irmãs a serem reconhecidas pela graças recebidas. Obedientes a
este seu desejo, também nós, 40 Irmãs, duas noviças e três candidatas da Província
“Divina Providência”, com a nossa Superiora Provincial Irmã M. Elvira Tadić e as
Conselheiras, no dia 24 de março/2012, fizemos a peregrinação de agradecimento
a Viena e a Breitenfurt.
Iniciamos a nossa viagem com a
oração das Laudes, incluindo as seguintes intenções: gratidão pela beatificação
das Mártires do Drina, gratidão pela chegada da Madre Fundadora em nossos
países, há 130 anos, súplicas para que o nosso Capítulo Provincial seja
abençoado e por novas vocações.
Durante a viagem foi lido, para
todas, textos da biografia da Madre Fundadora, referentes à fundação da nossa
Congregação e dos últimos dias da sua vida e morte. Escutando e meditando a sua
vida sentimos a sua presença e ouvimos, outra vez, a sua exortação: seguir
Cristo como ela o fez - em modo total, plenas de confiança na Providência
Divina, sensíveis às necessidades dos pobres.
Nossa primeira meta foi a Casa Mãe
onde nos acolheram afetuosamente a Irmã M. Emanuela Cermak, Superiora Provincial
da Província Austríaca e outras Irmãs. Visitamos a casa e a igreja, com a ótima
e incansável guia, a Irmã Nicolina Hendges. Passando no meio destes lugares
caros podíamos quase “ouvir” as inumeráveis orações, preocupações, esperanças e
alegrias da Madre e das suas primeiras filhas.
Visitamos
também o “Marienanstalt”, na Fasangasse, onde as Irmãs nos acolheram com alegria.
Na sua capela a Irmã Magna Andre e Irmã M. Praxedis Reisenbauer, nos
apresentaram a história da casa, da escola e do internato. Hoje a escola tem como
sua particular protetora, a beata Irmã M. Berchmana Leidenix. Mesmo que ali
(nesta casa) não tem mais um numeroso grupo de Irmãs, como foi no passado, a
sua presença faz com que ali esteja vivo o espírito da Madre Francisca, que unida
a Irmã M. Berchmana vela sobre as Irmãs, professores e alunos.
Prosseguimos para o ponto culminante
da nossa peregrinação: Breitenfurt e o túmulo da Serva de Deus Madre Francisca.
Perto do convento iniciamos a procissão em direção ao cemitério das Irmãs
recitando o rosário e portando uma grande vela com a imagem da Madre Francisca de um lado e a imagem das Beatas
Mártires do Drina do outro. Reunidas em torno da tumba da nossa Madre escutamos
a Palavra de Deus e depois fizemos orações pela Congregação e a Província, pelas
novas vocações, pelas nossas famílias, amigos, benfeitores,… Em silêncio
confiamos à Madre as nossas preocupações, os nossos desejos, as nossas
esperanças. Ainda se da sua morte nos separam
118 anos, nos sentíamos na presença de uma grande e forte mulher, louvada pela Sagrada
Escritura, que escutou atentamente a voz de Deus e corajosamente seguiu as Suas
inspirações. Fundando a nossa Congregação ela nos deu uma grande família espiritual,
a identidade e o sentido de pertença.
Reforçadas por esta experiência
spiritual com a Fundadora e coma s Irmãs da comunidade “São José”, em Breitenfurt,
fomos à casa onde morreu a Madre Francisca. É difícil descrever as emoções que
invadiram a nossa alma ao olharmos o quarto no qual a Madre viu o cumprimento
da sua aspiração: o encontro com Aquele que a amou mais do que tudo e ao Qual
doou toda a sua vida. Creio que a última manhã da sua vida, no terraço desta
casa, recordou-se com gratidão de todas as graças de Deus e que rezou por todas
as suas filhas espirituais - também por nós que hoje a recordamos nestes santos
lugares.
Retornamos a Zagábria plenas de belíssimas experiências
e recordações, com renovado zelo para viver fielmente o carisma e a sequela de Cristo.
Peçamos a intercessão da Madre Francisca em todas as nossas necessidades e
agradecemos ao Senhor pela sua vida e pelo seu espírito missionário que
conduziu a ela e as suas filhas espirituais ao nosso país. Depois desta
peregrinação rezaremos com mais consciência e alegremente: “Para mim a sorte caiu em lugares deliciosos, maravilhosa é minha herança”
(Sal 16,6), não
esquecendo a responsabilidade de cuidar a herança e de transmiti-la às gerações
futuras.
Irmã
Ivana Margarin, FDC
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