Em
Belém, ninguém quis acolher São José e a Virgem Maria, e com ela o Menino
Deus. Neste fato, temos uma imagem da realidade espiritual de que, quando
deixamos de acolher a Mãe, deixamos de acolher também o Filho. Como não havia
outro lugar, a Santíssima Virgem “deu à luz seu filho primogênito, e,
envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para
eles na hospedaria”.
Esta hospedaria é
a imagem dos corações ingratos, que acolhem qualquer tipo de pessoas, mas não
tem lugar para Deus. A este respeito, “Maria Santíssima disse a uma alma
devota: Foi uma disposição divina que a mim e a meu Filho nos faltasse agasalho
da parte dos homens, afim de que as almas cativadas pelo amor de Jesus se
oferecessem a si próprias para o acolherem e o convidassem amorosamente a tomar
morada em seus corações”.
Depois de dois
mil anos, Jesus Cristo continua a vir e procurar um lugar para nascer.
Entretanto, quantas vezes não somos nós mesmos que não temos lugar para Ele,
por que amamos muito mais as criaturas do que o Criador4? Por vezes, nossos
corações são como uma péssima hospedaria, cheia de hóspedes das piores
estirpes: egoístas, mentirosos, arrogantes, preguiçosos, amantes do prazer.
Quantas vezes dizemos que não temos tempo para rezar, mas na correria do dia a
dia temos tempo para tudo e para todos, menos para o Senhor do tempo? Por estas e
outras razões que nos venham ao pensamento nestas reflexões, este Natal é um
convite para que preparemos o nosso interior e acolhamos o Menino Jesus, que
fará morada Sua em nossos corações.
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