A Mãe de Deus e a
maternidade da Igreja
A Igreja “torna-se mãe […] pela fiel recepção da palavra de Deus”. Como
a Virgem de Nazaré, que foi a primeira a acreditar, acolhe a Palavra de Deus
que lhe foi revelada na Anunciação e permanece fiel a ela em todas as
provações até à Cruz, da mesma forma, a Igreja também se torna mãe quando
acolhe com fidelidade a Palavra de Deus e, pela pregação e pelo Batismo, gera
para uma vida nova e imortal os filhos, concebidos por obra do Espírito Santo e
nascidos de Deus.
Esta vocação materna da Igreja foi expressa de modo particularmente
vívido pelo Apóstolo dos Gentios na Carta aos Gálatas: “Meus filhinhos, por
quem sofro novamente as dores de parto, até que Cristo não se tenha formado em
vós”! Nestas palavras de São Paulo, percebemos a “consciência que tinha a
Igreja primitiva da função maternal, que andava ligada ao seu serviço
apostólico entre os homens. Tal consciência permitia e constantemente permite à
Igreja encarar o mistério da sua vida e da sua missão à luz do exemplo da
Genetriz [Mãe] do Filho de Deus, que é ‘o primogênito entre muitos irmãos’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário