terça-feira, 3 de outubro de 2017

Hoje é feriado no RN, em comemoração aos seus padroeiros, os Mártires de Cunhaú e Uruaçu


Mártires de Cunhaú e Uruaçu ou Protomártires do Brasil, é o título dado aos 30 cristãos martirizados, no interior do Rio Grande do Norte. Foram vitimas de dois morticínios, ambos no ano de 1645, no contexto das invasões holandesas no Brasil. O primeiro na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama; outro em Uruaçu, comunidade do município de São Gonçalo do Amarante.
Foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 5 de março de 2000. E no dia 23 de março de 2017 o Papa Francisco autorizou a canonização dos 30 mártires do Rio Grande do Norte.

O primeiro engenho construído no Rio Grande do Norte foi palco de uma grande chacina, uma das mais trágicas da história do Brasil. No ano de 1645, o estado do Rio Grande do Norte era dominado pelos holandeses.
Jacob Rabbi, um alemão que atuava então a mando e serviço do governo holandês, chegou a Cunhaú no dia 15 de julho de 1645, mas já era conhecido pelos moradores, pois havia passado por lá anteriormente, sempre escoltado pelas tropas dos índios Tapuias. Nesse dia, veio com mais força. Além dos Tapuias, trazia alguns potiguares e soldados holandeses. Era Domingo, dia 16 de julho de 1645, como de costume, os fiéis reuniram-se para celebrar a Eucaristia, foram à missa na Igreja de Nossa Senhora das Candeias, mas Jacob Rabbi havia fixado um edital na porta da igreja: após a Missa, haveria ordens do governo holandês. O párocoPadre André de Soveral começa a Missa e, depois do momento da elevação do Corpo e Sangue de Cristo, as portas da Capela foram fechadas: deu-se início às cenas de violência e atrocidade. Ao verem que seriam mortos pelas tropas, os fiéis não reagiram, ao contrário, "entre mortais ânsias, confessaram-se ao sumo sacerdote pelo perdão por suas culpas", enquanto o Padre André estava "exortando-os a bem morrer, rezando apressadamente o ofício da agonia".

Em 03 de Outubro de 1645, três meses depois do massacre de Cunhaú, aconteceu outro desta vez em Uruaçú, este também a mando de Jacob Rabbi[carece de fontes].
Dizem os Cronistas que, logo após o primeiro massacre, o medo se espalhou pela Capitania e por outras capitanias, a população ficou receosa, pois tinha medo de que novos ataques acontecessem, o que não demorou muito[carece de fontes]. Foram cenas idênticas, apesar de que, neste massacre, as tropas usaram mais crueldade. Depois da elevação, fecharam as portas da igreja e os mataram ferozmente, arrancaram suas línguas para não proferirem orações católicas, braços e pernas foram decepados, crianças foram partidas ao meio, e grande parte dos corpos foi degolada. O Celebrante, Padre Ambrósio Francisco Ferro, mesmo vivo, foi muito torturado. O camponês Mateus Moreira, mesmo arrancado seu coração, exclamou: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".

O começo do processo de Beatificação foi aberto em 15 de maio de 1988, por Dom Alair Vilar, nesta ocasião, o Arcebispo nomeou o Monsenhor Francisco de Assis Pereira, como postulador das causas de Beatificação e Canonização. No dia 05 de março de 2000, na presença de cerca de mil brasileiros na praça de São Pedro, o Papa João Paulo II, Beatificou 28 leigos e 2 sacerdotes. Na sua homilia o Santo Padre disse:

Nenhum comentário:

Postar um comentário