Retorna ao Vaticano a carta de Cristóvão Colombo
roubada
Resolve-se o enigma internacional
sobre a carta de Cristóvão Colombo roubada no Vaticano. A missiva do navegador
e explorador italiano foi devolvida à Biblioteca Apostólica Vaticana pela
embaixadora dos EUA junto à Santa Sé, Callista Gingrich.
No último dia 14, a diplomata,
junto com representantes do Departamento de Segurança Nacional dos Estados
Unidos e Investigações de Segurança Nacional, entregou a carta ao arquivista e
bibliotecário dom Jean-Louis Brugues e ao prefeito, mons. Cesare Pasini.
Um best-seller de 1493 - A carta de Cristóvão Colombo é um relato
sobre a descoberta da América, erroneamente considerada por ele como “as
Índias”, escrita em 1493 ao rei Fernando e à rainha Isabel da Espanha. O texto
foi traduzido em latim e várias cópias foram distribuídas em toda a Europa. A
Biblioteca Apostólica Vaticana recebeu uma dessas edições, em 1921, como parte
da “Coleção De Rossi” de livros e manuscritos raros.
No documento, de poucas páginas,
o navegador genovês descreve os seres humanos, a fauna e a flora do Novo Mundo
e como conseguiu alcançá-lo após 33 dias de navegação, em 12 de outubro de
1492. Colombo escreveu a carta no caminho de volta, em 1493, a bordo de “Nina”.
Desembarcou em Lisboa, em 4 de março, e fez com que o material duplicado
chegasse à corte espanhola.
Desses manuscritos em espanhol,
nenhum traço foi preservado, daí o valor histórico e patrimonial das impressões
em latim. A carta iniciou a circular entre os colecionistas numa época em que a
imprensa começou a fazer parte dos hábitos cotidianos dos europeus.
A missiva, inicialmente mantida
em segredo, foi impressa e difundida, permitindo que todos se conscientizassem
da existência de um novo continente.
Uma nova viagem dos Estados Unidos - Em 2011, o Departamento
estadunidense de Investigações de Segurança Nacional foi contatado por um
especialista de livros e manuscritos que considerava falso o documento
pertencente à coleção vaticana. Depois de informar o Vaticano sobre o possível
roubo, os funcionários do departamento de segurança coordenaram a análise da
carta feita por especialistas nesse setor, dentre os quais da Universidade de
Princeton.
Mesmo não conhecendo o período
exato em que a carta foi roubada, os agentes americanos conseguiram encontrar o
original, comprado por Robert Parsons de um comerciante de livros de Nova York,
em 2004, sem saber que tinha sido tirado sem autorização do Vaticano. A viúva
de Parsons, Mary, aceitou depois renunciar e abandonar todos os direitos, o
título e interesse pela carta.
Três cartas voltaram para “casa” - O Departamento de Segurança
Nacional recuperou e restituiu três cartas de Colombo como parte das
investigações sobre a venda ilícita de livros e manuscritos roubados. Além da
carta de Colombo pertencente ao Vaticano, confiscou e devolveu cartas
pertencentes à Biblioteca Riccardiana de Florença e à Biblioteca da Catalunha
de Barcelona.
EUA devolverá carta de Colombo roubada da Biblioteca Apostólica - Não
se sabe exatamente quando nem como foi roubada a carta escrita por Cristóvão
Colombo em 1493, e substituída por uma cópia. Agentes estadunidenses
descobriram que o original estava com Robert Parsons, um colecionador de
antiguidades, em Atlanta (EUA).
A embaixadora dos Estados Unidos
junto à Santa Sé, Callista L. Gingrich, devolverá ao Vaticano uma cópia
impressa de uma carta escrita à mão por Cristóvão Colombo em 1493, na qual
relatava aos reis católicos a descoberta do "Novo Mundo", e que havia
sido roubada da Biblioteca do Vaticano.
A carta será entregue ao arcebispo Jean Louis-Bruguès O.P.,
arquivista da Biblioteca Vaticana e ao prefeito da Biblioteca Apostólica, Mons.
Cesare Pasini, em cerimônia a ser realizada na Livraria do Vaticano no final da
manhã desta quinta-feira, 14 de junho.
FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2018-06/eua-devolvera-carta-de-colombo-roubada-da-biblioteca-apostolica.html
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