O III
Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal aconteceu na última semana, de 21
a 23 de agosto, em Manaus (AM), na perspectiva de preparação para o Sínodo da
Amazônia, convocado pelo papa Francisco para outubro de 2019. Estiveram
reunidos bispos de toda a Amazônia brasileira, 58 no total, religiosos e
leigos. Ao final do encontro, foi divulgada uma carta, que é assinada pelo
presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Cláudio Hummes, que também preside a Rede
Eclesial Pan-Amazônica.
As intenções do papa Francisco ao propor a reflexão sobre
“Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”, as
atividades durante o evento e as constatações dos participantes são
apresentadas no texto.
“Ao longo desses dias, rezando, estudando, ouvindo especialistas
com suas análises, o que ampliou nossa visão do conhecimento de toda complexa
realidade amazônica, expusemos também nossas preocupações com todas essas
situações e experiências dolorosas da vida de nossos povos, como o que está
acontecendo com os migrantes venezuelanos em Roraima, no município de
Pacaraima, e o que estamos realizando em nossas Igrejas particulares por meio
de nossas ações evangelizadoras e pastorais”, escrevem os participantes.
Diante dos desafios, que “são imensos”, da região, sonha-se com
uma “Igreja de rosto amazônico”, já com resultados alcançados desde o primeiro
encontro dos bispos da Amazônia, em 1972, na cidade de Santarém.
“Seguimos os rumos traçados pelo processo sinodal na firme
esperança de que o Espírito que conduz a Igreja nos animará e sustentará em
nossa caminhada nesta Amazônia, pois sentimos a necessidade de estabelecer uma
unidade em torno dos mais diversos desafios que a Amazônia apresenta,
fortalecerá o imenso esforço, às vezes desconexo da evangelização, dos
movimentos e das práticas pastorais para tornar eficaz essa rede de
solidariedade e comunhão”.
Após o encontro, oportunidade para criação de metas em conjunto
e aprofundamento de questões relacionadas ao Sínodo para a Amazônia, as Igrejas
particulares presentes no território amazônico continuarão com as atividades em
vista da Assembleia Sinodal, por meio do levantamento e mapeamento das
realidades eclesiais e ambientais, da realização das Assembleias Territoriais,
das Rodas de Conversas, das Assembleias Diocesanas e Regionais.
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