O Papa
Francisco rezou a oração mariana do Angelus, do domingo (18/11), II Dia Mundial
dos Pobres, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu a
oração, o Pontífice frisou que no Evangelho deste domingo, Jesus “quer instruir
os seus discípulos sobre os eventos futuros. Não está em primeiro lugar um
discurso sobre o fim do mundo, mas o convite a viver bem o presente, a vigiar e
estar sempre prontos para quando seremos chamados a prestar contas de nossa
vida. Jesus diz: «Nesses dias, depois da tribulação, o sol vai ficar escuro, a
lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu».”
Rosto radiante de amor
Essas palavras nos fazem pensar
no início do Livro do Gênesis que fala da criação: o sol, a lua e as estrelas
que desde o início dos tempos brilham em sua ordem e iluminam, sinal de vida,
aqui são descritos em sua decadência, enquanto mergulham na escuridão e no
caos, sinal do fim.
“Ao invés, a luz que naquele
último dia resplandecerá será única e nova: será a luz do Senhor Jesus que virá
na glória com todos os santos. Naquele encontro veremos, finalmente, o seu
Rosto na luz plena da Trindade; um rosto radiante de amor, diante do qual todo
ser humano aparecerá em total verdade”, disse o Papa.
Francisco sublinhou que “a
história da humanidade, assim como a história pessoal de cada um de nós, não
pode ser entendida como uma simples sucessão de palavras e fatos que não fazem
sentido”.
Encontro definitivo com o
Senhor
“Não pode ser também
interpretada à luz de uma visão fatalista, como se tudo já estivesse
pré-estabelecido segundo um destino que subtrai todo espaço de liberdade,
impedindo fazer escolhas que sejam o fruto de uma decisão verdadeira.”
No Evangelho de hoje, Jesus diz
que a história dos povos e a de cada um têm um fim e uma meta a ser alcançada:
o encontro definitivo com o Senhor.
“Não sabemos a hora e nem como
acontecerá. O Senhor reiterou que «ninguém sabe nada, nem os anjos no céu, nem
o Filho». Tudo é mantido no segredo do mistério do Pai. Sabemos, todavia, um
princípio fundamental com o qual devemos nos confrontar: «Passarão o céu e a
terra, mas as minhas palavras não passarão».”
Segundo o Papa, “o verdadeiro
ponto crucial é esse. Naquele dia, cada um de nós entenderá se a Palavra do
Filho de Deus iluminou a própria existência pessoal, ou se virou as costas para
ela, preferindo confiar nas próprias palavras. Será mais do que nunca o momento
de nos abandonarmos definitivamente ao amor do Pai e confiar-nos à sua
misericórdia”.
O Papa destacou que “ninguém
escapa desse momento, nenhum de nós escapa desse momento”.
Levaremos somente o que doamos
“A esperteza, que muitas vezes
colocamos em nossos comportamentos para dar crédito à imagem que queremos
oferecer, não será mais necessária. Da mesma forma, o poder do dinheiro e dos
meios econômicos com os quais pretendemos com presunção comprar tudo e todos,
não poderá ser mais ser usado. Não teremos conosco nada além do que realizamos
nessa vida, acreditando em sua Palavra: tudo e nada do que vivemos ou deixamos
de realizar. Levaremos conosco somente o que doamos, o que oferecemos.”
Francisco convidou a invocar a
intercessão da Virgem Maria a fim de que a constatação do nosso tempo
provisório na terra e de nossa limitação não nos afunde na angústia, mas nos
chame à responsabilidade para comigo, o próximo e o mundo inteiro.
Via Vatican
News
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