O sofrimento dos cristãos na Síria
Um
sacerdote católico falou sobre o sofrimento das pessoas, especialmente dos
cristãos, no Leste de Ghouta e na cidade de Damasco, na Síria, pelos contínuos
bombardeios perpetrados por terroristas muçulmanos.
Pe.
Andrzej Halemba disse à Fundação Pontifícia Ajuda à
Igreja que Sofre (ACN) que a
população no Leste de Ghouta “está presa. Há milhares de pessoas! Quase não têm
acesso à comida e não recebem assistência médica. Muitos moradores estão
feridos e precisam de cirurgia”.
O
sacerdote explicou que a zona está apenas a quatro quilômetros do centro de
Damasco, capital da Síria, e de lá os terroristas “podem ver a cidade”. Indicou
que perto também há tropas de Al Qaeda e “no sul de Damasco ainda existem
algumas unidades do Daesh”, nome pelo qual também é conhecido o Estado
Islâmico.
Os
jihadistas “veem a população civil como um escudo humano. E o governo teme que
entre os refugiados civis que chegam a Damasco haja kamikazes” que causem
“terror na cidade. A angústia e o terror reinam em todos os lugares”, afirmou o
também responsável pelos projetos do Oriente Médio da ACN.
A ajuda às famílias cristãs perseguidas - O sacerdote
comentou que conversou recentemente com uma religiosa, que disse que “tanto ela
quanto as suas irmãs não podiam sair do centro da cidade para ir aos bairros
onde vivem muitos cristãos e refugiados no Leste de Ghouta, porque é muito
perigoso. Eles impediram os comboios que deveriam transportar ajuda humanitária
a Damasco. É uma situação terrível! ”.
Nesse
sentido, Pe. Halemba indicou que “é urgente que a população de Ghouta Oriental
receba alimentos e assistência médica”.
O
sacerdote disse que “a ACN se compromete com estas pessoas deslocadas. Queremos
oferece-lhes apoio pastoral e econômico para que, por exemplo, possam ser
atendidos em um hospital. Devemos mostrar o nosso amor às pessoas que sofreram tanto!
”.
Também
assinalou que a fundação pontifícia permaneceu ativa na região por muito tempo
e que “concederam mais de 21 milhões de euros para ajuda de emergência desde o
começo da guerra”.
“Hoje,
ajudamos as famílias cristãs fornecendo alimentos, roupas e remédios. Estamos
desenvolvendo apoio pastoral e terapêutico para estas pessoas traumatizadas. Encorajamos
o trabalho das comunidades de vida consagrada, porque são essenciais para a
assistência de emergência”, destacou.
O ataque aos cristãos em Damasco - Pe. Halemba
denunciou que na região conhecida como “cidade velha” de Damasco, os
terroristas atacaram bairros cristãos como Bab Touma, que foi “gravemente
atingido”.
“Os
combatentes são conscientes de que cada vez que há mortes e destruição, chamam
a atenção do público. É por isso que atacam o bairro cristão”, lamentou.
“A
situação é muito grave. O fogo do morteiro continua incessante. Os cristãos
vivem na angústia da morte”, continuou.
Por
sua parte, Pe. Bahjat Karakachm, responsável pela comunidade franciscana em Bab
Touma, contou ao site ‘Alfa e Omega’ que neste local “morrem duas ou três
pessoas por dia”.
Recordou
que no começo de março “bombardearam três escolas, mas graças a Deus, não havia
muitos alunos, porque os pais não enviam os seus filhos por medo. Em 8 de
janeiro, um míssil atingiu a nossa igreja”, o Santuário da Conversão de São
Paulo. Segundo a tradição, o apóstolo caiu do cavalo nesse local a caminho de
Damasco.
“Nosso
bairro é o mais perigoso de Damasco. A população aqui se sente abandonada pelo
Ocidente. Todo o mundo olha para Ghouta, mas no nosso bairro caem morteiros e
morrem muitas pessoas”, lamentou Pe. Karakachm.
Em
janeiro deste ano, os terroristas jogaram foguetes e projéteis de morteiro nos
bairros da “cidade velha” de Damasco, onde estão localizadas várias igrejas e
sedes dos patriarcados.
Fonte: ACI
DIGITAL. Síria:
Sacerdote narra sofrimento de cristãos no leste de Ghouta e Damasco.
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