quarta-feira, 31 de março de 2021

Os idosos, vítimas da pandemia, sempre no coração do Papa

 


Os avós da Itália e do mundo inteiro pagaram um preço altíssimo neste primeiro ano de pandemia, em que a fúria do vírus, em ondas, atacou precisamente os mais frágeis. No início, em particular os lares para idosos e as Residências Sanitárias Assistenciais (RSA, tornaram-se focos de Covid-19 e os idosos, já experimentados por outras patologias, morreram na solidão, distantes da comunidade e sobretudo sem poder ver os familiares, fechados em seus quartos, sozinhos, desorientados, confusos, sem um carinho para consolá-los. O Papa Francisco nas Missas celebradas na Casa Santa Marta e transmitidas ao vivo a partir de 9 de março de 2020, sempre manifestou proximidade e atenção por essa humanidade silenciosa e sofredora.

Raízes que dão vida

Gostaria que hoje rezássemos pelos anciãos que sofrem este momento de modo particular, com uma solidão interna (interior) muito grande e por vezes com tanto medo. Peçamos ao Senhor que esteja próximo dos nossos avôs, nossas avós, de todos os anciãos e lhes dê a força. Eles nos deram a sabedoria, a vida, a história. Também nós nos fazemos próximos deles com a oração.

Assim disse o Santo Padre na celebração do dia 17 de março de 2020, insistindo novamente nesta intenção na celebração do dia 15 de abril:

Rezemos hoje pelos anciãos, especialmente pelos que estão isolados ou nos abrigos de idosos. Eles têm medo, medo de morrer sozinhos. Veem esta pandemia como uma coisa agressiva para eles. Eles são nossas raízes, nossa história. Eles nos deram a fé, a tradição, o sentido de pertença a uma pátria. Rezemos por eles a fim de que o Senhor esteja próximo deles neste momento.

A atual situação nas RSA

Na Itália, em particular, mais de 50 por cento das mortes de Covid ocorreram em lares para idosos. Nestes locais, os operadores tornaram-se os únicos amigos, os únicos parentes, os únicos que, “emprestando” as mãos aos filhos e netos, podiam acariciar os idosos sem o perigo de os infectar.

“Hoje a situação mudou, estamos mais serenos, somos todos negativos, as atividades comuns foram retomadas, mas nossos idosos continuam se sentindo isolados. Ainda não conseguem receber visitantes de fora e isso é o que mais dói. Procuramos de todas as formas estar perto deles, fazemos videochamadas com os nossos telefones, mas a falta de família é sentida por todo o lado”, conta ao Vatican News Barbara Begnini, funcionária da Fundação RSA Vaglietti-Corsini ONLUS no centro de Cologno, na província de Bergamo.

Muitos partiram, continua, nos deixaram, desapareceram, porque no início nem um funeral era possível celebrar. E naqueles dias dramáticos, o carinho do Papa pela TV foi essencial. «Os nossos anciãos são muito devotos, ainda hoje no domingo de manhã todos querem ir ao salão assistir à Santa Missa na televisão, para eles é muito importante, e quando veem o Papa, é uma grande alegria para eles».

O lado positivo

«Como diz o Papa» continua Bárbara Begnini, «ao perdê-los, perdemos as nossas raízes, mas houve uma implicação positiva nesta triste história, porque nos unimos muito mais do que antes, tornamo-nos verdadeiramente uma família … a união que este ano se fortaleceu muito mais e procuramos passar estes dias dando valor a isso, fazendo sentir o amor que temos entre nós”.

“Hoje a situação mudou muito – conclui – não é mais o que era antes, estamos todos bem temos controles muito rígidos para proteger a saúde dos nossos idosos e também o clima que se respira por dentro é mais sereno, ali não é mais o medo, o terror, há mais informação, e também eles entenderam um pouco mais o que está acontecendo, mas repito, a ausência do contato dói”.

Fonte: VaticanNews

 

quarta-feira, 24 de março de 2021

As celebrações de Francisco na Semana Santa

 


Doze meses depois, as liturgias centrais do ano ainda devem as contas com uma pandemia que atinge todas as partes do mundo, e até mesmo o coração do catolicismo. Também a Semana Santa de Francisco terá tempos e ritmos modelados nas exigências que a Covid impõe, antes de tudo a ausência dos milhares de fiéis que normalmente se fazem presentes nos compromissos desde o Domingo de Ramos até a Páscoa.

Missa do Crisma e Quinta-feira Santa

Ao comunicar os detalhes dos eventos papais a Sala de Imprensa vaticana especificou que cada um deles será realizado com uma presença “limitada” de fiéis no “respeito das medidas sanitárias previstas”. A série de compromissos anunciados tem início com a Missa do Domingo de Ramos, marcada para às 10h30 (5h30 – hora de Brasília) no Altar da Cátedra, na Basílica de São Pedro. A Missa do Crisma na quinta-feira, 1º de abril, às 10 horas (5h da manhã no Brasil), também será no altar da Cátedra, presidida pelo Papa, cuja presença, ao invés, não está prevista para às 18 horas para a celebração in Coena Domini, (Missa do Lava-pés) que neste caso será presidida pelo cardeal decano do Colégio cardinalício, Giovanni Battista Re.

A Via Sacra no átrio da Basílica

Os outros dois compromissos de Francisco para a Sexta-feira Santa estão programados para às 18h (13h no Brasil) com a celebração da Paixão na Basílica de São Pedro e três horas depois, às 21h00 (16h no Brasil), a Via Sacra, em mundo-visão, mais uma vez privada do cenário do Coliseu, mas montada sobre o átrio da Basílica vaticana. Este ano, informou em um comunicado o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni, a preparação das meditações foi confiada ao Grupo Escoteiro Agesci “Foligno I” (da Úmbria) e à paróquia romana dos Santos Mártires de Uganda. Especiais serão as imagens que acompanharão as diversas Estações: os desenhos foram feitos por crianças e jovens da Casa Família “Mater Divini Amoris” e da Casa Família “Tetto Casal Fattoria”, ambas de Roma: a primeira dirigida pelas Filhas de Nossa Senhora do Divino Amor, a segunda fundada por uma associação de voluntários.

Às 19h30 (14h30) do Sábado Santo, 3 de abril, o Papa retorna ao Altar da Cátedra para a Mãe de todas as vigílias; depois, no Domingo às 10h (5h no Brasil), na Basílica vaticana, será celebrada a Missa da Páscoa. Na conclusão da Santa Missa, a tradicional Mensagem e Bênção Urbi et Orbi. No dia seguinte, Lunedì dell’Angelus, (Segunda-feira do Angelus), a primeira recitação do Regina Coeli na Biblioteca do Palácio Apostólico.

Fonte: VaticanNews

quinta-feira, 18 de março de 2021

Cardeal Tempesta participa da entrega das primeiras vacinas produzidas pela Fiocruz


O primeiro lote de vacinas com 500 mil doses produzidas por Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, a partir do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é importado, foi entregue em 17 de março ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

A cerimônia que marcou a entrega das primeiras 500 mil doses, num primeiro momento, foi realizada no Campus de Manguinhos, dirigida pela presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, e contou com as presenças do diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, e do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que mais uma vez quis demonstrar seu apoio ao trabalho realizado pela Fiocruz.

Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 12 de março, a Fiocruz passa a ser a detentora do primeiro registro definitivo de uma vacina contra a Covid-19 no país.

O diretor Maurício Zuma disse que até o dia 19 de março a Fiocruz entregará mais 580 mil doses produzidas em Bio-Manguinhos, totalizando 1,080 milhão, e até o final do mês deverá entregar cerca de 6 milhões de doses por semana, e o trabalho segue até atingir o total de 100,4 milhões previsto no contrato com a AstraZeneca, cujo cronograma segue até julho.

“A partir da produção local do IFA, uma tecnologia altamente complexa, vamos ganhar em celeridade. É um orgulho participar desta história”, disse.

Chama da esperança

Em seu discurso, Dom Orani manifestou sua alegria por testemunhar mais um passo dado pela Fiocruz, que foi o sonho de produzir em Bio-Manguinhos a vacina contra a Covid-19.

“Quando acendemos a Chama da Esperança, a finalidade foi de nunca perder a esperança”, disse.

O arcebispo informou que transmitia sua mensagem também em nome dos diversos líderes das religiões cristãs e não cristãs que fazem parte do grupo chamado Diálogo e Paz, no qual se reúnem todos os meses, agora de forma virtual.

“Somos um grupo de trabalho que vivenciamos a cultura de paz, o entendimento e o respeito uns para com os outros, da qual agradeço a todos por compartilharem conosco muitas preocupações”, disse.

Dom Orani destacou que a pandemia ocasionou mais de 280 mil falecidos e milhares de internados nos hospitais. “Pedimos ao Senhor que acolha os que partiram e que voltem para casa os que estão internados”, lembrando que a “esperança começou com a vacinação no Brasil por meio da poderosa intercessão da Fiocruz, que produzirá a vacina em alta e constante rotatividade”.

Dando parabéns e pedindo bênçãos para os profissionais da ciência por todos os bons resultados, lembrou mais uma vez o sonho de inaugurar num futuro próximo o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

“Louvamos e bendizemos a Deus por dar ao ser humano a inteligência, a preocupação de fazer o bem ao outro. Também pedimos a Deus que abençoe os diretores, conselheiros, cientistas, pesquisadores e funcionários da Fiocruz pelo que fazem com entusiamo e esperança. Que não falte o necessário para levar adiante este belo e importante trabalho que é a vida das pessoas. Deus abençoe a todos!”, concluiu o arcebispo.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Seminário Nacional de Catequese reflete temas atuais para chegar ao coração dos catequizandos

A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que se realiza, de ontem 9 até amanhã 11 de março, o Seminário Nacional de  Catequese a Serviço da Iniciação à Vida Cristã (IVC) com transmissão ao vivo, sempre às 20h, pelos canais de youtube CatequesedoBrasil  e CNBBNacional.

 

Segundo o assessor nacional da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética CNBB, padre Jânison de Sá, esse seminário está refletindo, com a ajuda de especialistas do Brasil e de outros países, sobre temáticas atuais no campo da catequese, pastoral, animação bíblica e da evangelização.


“Vamos refletir sobre temas atuais para que possamos, juntos, encontrar caminhos tendo em vista uma catequese sempre mais evangelizadora, capaz de chegar ao coração dos catequizandos (crianças, adolescentes, jovens e adultos)”, disse.

 

Padre Jânison explica que este seminário dará continuidade às formações on-line desenvolvidas pela Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB em 2020. “Buscamos, mais de perto, oferecer um acompanhamento e cuidado com os catequistas em sua missão para juntos encontrarmos novas pistas e fortalecer a iniciação à vida cristã em nosso país”, disse.

 

Fonte: CNBB

 

 


 

 

terça-feira, 2 de março de 2021

“RUMO A UM ‘NÓS’ CADA VEZ MAIOR” É O TEMA DO 107º DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO

 


A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou, no último sábado, 27 de fevereiro, o tema escolhido pelo Papa Francisco para sua mensagem para o 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O comunicado ressalta que o tema foi inspirado na Encíclica sobre a fraternidade universal “Fratelli tutti”.

O Santo Padre escolheu como tema da mensagem “Rumo a um ‘nós’ cada vez maior”, inspirado no seu apelo a fim de que não existam “os outros”, mas apenas um “nó”. Este nós universal deve se tornar realidade sobretudo dentro da Igreja que é chamada a formar comunhão na diversidade.

A mensagem é dividida em 6 subtemas e reserva uma atenção particular ao cuidado da família comum, que junto com o cuidado da Casa comum, tem como objetivo aquele “nós” que pode e deve se tornar cada vez mais amplo e acolhedor.

Para favorecer uma preparação adequada à celebração deste dia, também este ano a Seção Migrante e Refugiado do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral organizou uma campanha de comunicação através da qual serão elaborados os seis subtemas propostos pela mensagem.

Mensalmente serão propostos subsídios multimídia, material informativo e reflexões de teólogos e especialistas que ajudarão a aprofundar temas e subtemas escolhidos pelo Santo Padre.

Com informações e fotos do Vatican News