sexta-feira, 8 de março de 2019

9 mulheres que foram exemplares para a Igreja e o mundo

Há quem diga que a mulher não tem papéis importantes na Igreja. Entretanto, desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o Povo de Deus, influenciando também no curso do Papado. Conheça 9 mulheres que foram exemplares para a Igreja.
1. A Virgem Maria
“Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4), disse Jesus à sua Mãe nas Bodas de Caná, em um casamento ao qual ambos tinham sido convidados. Cristo escutou sua mãe, a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Jesus.
Os primeiros séculos do cristianismo estão cheios de mulheres corajosas que não duvidaram em dar sua vida por Cristo, incentivando os demais cristãos a não fraquejar quando lhes chega o momento.
2. Santa Hildegarda de Bingen
Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja já não era perseguida, mas vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, que chegou a ter uma séria de visões místicas.
Escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade e foi declarada Doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012, junto com São João d’Ávila. Sua popularidade fez com que muitas pessoas, entre bispos e abades, lhe pedissem conselhos.
“Quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao Papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus”, contou o Papa Bento XVI em sua audiência geral sobre esta santa em 2010.
3. Santa Catarina de Sena
Posteriormente, apareceria outra mística e Doutora da Igreja, Santa Catarina de Sena (1347-1380), que vestiu o hábito da ordem terceira de Santa Domingo. Nesta época, os Papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de ter sido abandonados por seus bispos, ameaçando com o cisma.
Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e ao consultar Santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O Pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o Santo Padre cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.
Mais tarde, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do Papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico Pontífice.
A Santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do Papa, que seguiu suas instruções. A Santa também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma. Toma uma mostra de defesa do papado.
4. Santa Teresa de Jesus
Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita.
Apesar de ter sido incompreendida, perseguida e até acusada na Inquisição, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Submersa muitas vezes em êxtases, nunca deixou de ser realista.
Sendo Santa Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também Doutora da Igreja.
5. Santa Rosa de Lima
Do outro lado do mundo, na América, mais precisamente no Peru, Santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou Santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes.
“Provavelmente, não houve na América um missionário que com suas pregações tenha conquistado mais conversões do que as que Rosa de Lima obteve com sua oração e suas mortificações”, disse o Papa Inocêncio IX ao se referir à primeira Santa da América.
São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.
6. Santa Teresa de Lisieux
Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu Santa Teresa de Lisieux (1873-1897), Doutora da Igreja e padroeira universal das missões.
Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.
“Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse São João Paulo II sobre esta santa.
O Papa Francisco também comentou em diversas ocasiões a profunda devoção que o une a esta santa e compartilhou em uma de suas viagens que antes de cada viagem ou diante de uma preocupação, costuma pedir “uma rosa”.
7. Santa Edith Stein
Durante a perseguição nazista no século XX, surgiu na Europa outra grande mulher, convertida do judaísmo, religiosa carmelita descalça e mártir, Santa Edith Stein, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942).
Junto com outros judeus conversos, foi levada ao campo de concentração de Westerbork em vingança das autoridades pelo comunicado de protesto dos bispos católicos dos Países Baixos contra as deportações de judeus.
Santa Edith foi transferida para Auschwitz, onde morreu nas câmaras de gás, junto com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo, e muitos outros de seu povo.
São João Paulo II diria sobre ela: “Uma filha de Israel, que durante a perseguição dos nazistas permaneceu, como católica, unida com fé e amor ao Senhor Crucificado, Jesus Cristo, e, como judia, ao seu povo”.
8. Santa Teresa de Calcutá
O testemunho de Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”, dizia a também ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979.
Em sua canonização em outubro de 2016, o Papa Francisco disse que “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que ‘quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável’”.
9. Santa Gianna Beretta Molla
Para encerrar esta lista de grandes mulheres que mudaram o mundo e a história, recordamos Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962). Esta santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.
Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.
Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.
Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
Via ACI Digital



Bispos do Nordeste 2 se reúnem na Diocese de Guarabira

Bispos e arcebispos das dioceses e arquidioceses do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas estão reunidos ontem quinta e hoje sexta-feira, 7 e 8 de março, na Diocese de Guarabira (PB). De ontem até hoje, pela manhã, aconteceu reunião Conselho Episcopal Regional, na cidade de Bananeiras (PB). Nesta sexta-feira, a partir das 14 horas, vai ser realizado um seminário sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2019 – Fraternidade e Políticas Públicas, na comunidade de Santa Fé, com a participação dos bispos e agente pastorais, além do cantor e compositor Zé Vicente. Às 19 horas, será celebrada missa, marcando o lançamento da Campanha da Fraternidade, em nível de Regional Nordeste 2, da CNBB.
O arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, participa das atividades. No domingo, 10, às 9h, ele vai participar da celebração de posse canônica de Dom Manoel de Oliveira Soares Filho, novo bispo da Diocese de Palmeira dos Índios (AL).




quinta-feira, 7 de março de 2019

Cardeal Sergio da Rocha: “Uma das principais exigências da espiritualidade quaresmal é a fraternidade”


O presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, durante cerimônia de lançamento da Campanha da Fraternidade 2019, na sede provisória da Conferência, na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, dia 6 de março, reforçou a importância de ligar o tema da Campanha da Fraternidade (CF) com a espiritualidade quaresmal: A Campanha “ocorre durante a quaresma porque quer ser sinal e instrumento de vivência quaresmal“. Ele ainda recordou: “sabemos que uma das principais exigências da espiritualidade quaresmal é justamente a fraternidade, o amor fraterno, com seus vários níveis e exigências“. Ele estava acompanhado na cerimônia pelo secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Além deles, também foram convidados para o ato Geniberto Paiva Campos, médico cardiologista do Observatório do Distrito Federal; Gilberto Vieira dos Santos, secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); e Vânia Lúcia Ferreira Leite, membro da Pastoral da Criança e do Conselho Nacional de Saúde.
Dom Sergio recordou, ema sua intervenção na cerimônia, a mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade que foi lida no início da cerimônia: os cristãos “devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça“.
Objetivos da CF
“Um dos principais objetivos da CF“, disse o cardeal, “é contribuir para o conhecimento da importância do tema e promover uma participação maior na elaboração de políticas públicas nos diversos âmbitos da vida social (saúde, educação, segurança pública, meio ambiente…) temas já trabalhados em temas anteriores. De tal modo, que esta Campanha, com um tema de caráter mais abrangente, retoma e dá continuidade a outras que tiveram temas mais específicos. Ela estimula o exercício consciente e responsável da cidadania, despertando o interesse pelas políticas públicas, tema exigente e aina pouco conhecido“.
Dom Sergio explicou: “Durante o tempo quaresmal, teremos a ocasião especial para conhecer melhor o tema desta Campanha. É importante refletir sobre o tema por meio de encontros de formação, palestras, debates e rodas de conversa. Há diversos modos de participar da vida política, muito além da militância em partidos políticos, como participação em conselhos paritários, em audiências públicas, em movimentos sociais e tantas outras iniciativas de cidadania responsável”.
Missão profética
Presidente da CNBB também afirmou que “as políticas públicas devem assegurar e efetivar direitos fundamentais da população, a começar dos mais pobres e vulneráveis. O bem dos pequenos e fragilizados é critério para assegurar se a política está efetivamente a serviço do bem comum. Os pobres e excluídos não podem ser esquecidos; ao contrário, devem ser considerados com especial atenção e elaboração de políticas públicas“. E considerou: “o desafio de de contribuir para a formulação de políticas públicas se desdobra e se completa em dois outros grandes mo momentos: acompanhar a efetivação das públicas e avaliar os seus resultados“.
Dom Sergio ainda disse que “o lema ‘serás libertado pelo direito e pela justiça’, extraído do Profeta Isaías (Is 1,27) ilumina e anima esta Campanha, orientando as nossas ações. Mais uma vez, a Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas sociais, nem se deixa guiar por ideologias ou partidos. Cumpre a sua missão profética nas condições concretas da história, oferecendo aquilo que tem de mais precioso: a luz da fé, a Palavra de Deus, os valores do Evangelho. A Igreja oferece critérios, princípios, valores éticos, a serem acolhidos na ação político partidária e demais iniciativas no âmbito político, tendo como grandes fontes a Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja“.
Sociedade
O presidente da CNBB fez a seguinte constatação: “Graças a Deus, a Campanha da Fraternidade tem repercutido não apenas no interior das comunidades católicas, mas também nos diversos ambientes da sociedade. Pela sua natureza, ela sempre muito além da Igreja Católica. Tem contado, cada vez mais, com a participação de muitas entidades da sociedade civil, de escolas, de outras igrejas cristãs e de órgãos públicos. A Campanha exige ações comunitárias, além das iniciativas pessoais. Exige sempre com muito diálogo, reflexão e ação conjunta, especialmente para desenvolver o tema das políticas públicas. A construção de políticas públicas deve ser tarefa coletiva numa sociedade democrática e participativa“.
Além da intervenção de Dom Sérgio, os outros convidados especiais tiveram um tempo para falar sobre o tema. No final, o cardeal agradeceu a todos e pediu: “Deus abençoe a todos os que se empenharem na realização desta Campanha e torne fecundo o trabalho a ser realizado. Amém“.
Via CNBB


sexta-feira, 1 de março de 2019

Antes mesmo do Vaticano, padres e freiras de Itaperuna se destacam no atletismo


Corrida no interior do Rio de Janeiro se caracteriza por categoria especial para religiosos
No início de 2019 o Vaticano anunciou a formação de uma equipe oficial de atletismo formada por membros religiosos. Bem antes disso, no entanto, a cidade de Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro, já estabeleceu a tradição de padres e freiras participando de provas de rua, através da Corrida de São José, que vai para a sétima edição em 2019.
A prova acontece sempre em 19 de março, dia de São José do Avahy, santo padroeiro de Itaperuna. Em 2018, dentre os 800 inscritos, estiveram 50 padres e freiras, que competiram em uma categoria especial montada para eles dentro dos 5km que englobam o percurso. Detalhe: todos trajados a caráter, com hábitos e batinas, roupas religiosas do catolicismo.
Idealizador da Corrida de São José e responsável por abrir a categoria especial para padres e freiras, o Professor Godoi explica de onde veio a inspiração.
– Ouvi, uma vez, a fala do Papa João Paulo, que os religiosos devem sair das igrejas e evangelizar lá fora, com ações, com exemplos. Cheguei para o Bispo em Itaperuna e apresentei essa ideia de uma categoria especial para padres e freiras. Ele topou e estamos tocando isso até hoje – explica o professor, que ressalta o entusiasmo do público.
– Sempre é algo muito legal. A curiosidade das pessoas que acompanham a prova é ver padres e freiras chegando. Temos sistema de classificação masculino, feminino, com atletas locais e para padres e freiras.
Freira-atleta é destaque da região
Uma das freiras participantes da Corrida de São José é a Irmã Liliane Mendonça, de 36 anos. Ela se dedica à vida religiosa há 11 e faz parte do Instituto Missionário Servas de Jesus Salvador. Correndo desde 2011, ela já participou também do Desafio Raposo, tradicional prova de montanha da região, e até da famosa Corrida de São Silvestre, em São Paulo.
– A categoria para padres e freiras é um incentivo para nós e o povo de Deus também acha interessante. Vejo um olhar diferente no sentido de incentivo – disse Irmã Liliane, que não vê qualquer problema em correr vestida com o hábito.
– Algumas pessoas me questionam sobre minha vestimenta ao fazer exercícios. O hábito não me atrapalha em nada. Pelo contrário… Se eu precisasse tirar o hábito para correr, eu renunciaria a esse tipo de exercício.
Para a Irmã Liliane, correr é uma oportunidade de aliar o esporte com a vida espiritual. União perfeita que é empregada durante os percursos que realiza.
– Quando pratico atividade física, consigo inclusive rezar melhor. Enquanto corro, eu relaxo, medito, rezo e entro em comunhão com Deus.
As inscrições para a sétima Corrida de São José estão abertas e podem ser feitas através do site: www.corridadesaojose.com.
Fotos: Divulgação


Projeto da cripta da Catedral é entregue ao arquivo arquidiocesano


O rascunho original do projeto da cripta da Catedral Metropolitana de Natal, de autoria do artista plástico Cláudio Pastro, foi entregue ao arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha, e à coordenadora do arquivo da Arquidiocese, Irmã Vilma Lúcia, na manhã desta quinta-feira, 28. O material estava sob os cuidadosdo monge beneditino, Dom Matias Fonseca de Medeiros, OSB, natural de Natal e que é do Mosteiro de São Bento, do Rio de Janeiro.
Cláudio Pastro, que faleceu em outubro de 2016, em São Paulo, onde morava, foi o responsável pelo projeto arquitetônico da cripta, onde fica a capela do Santíssimo Sacramento, no subsolo da Catedral Metropolitana de Natal. A capela foi inaugurada em outubro de 1991, pelo Papa João Paulo II, por ocasião do Congresso Eucarístico Nacional, sediado na capital potiguar.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Papa: o Pai-Nosso educa quem o invoca a não multiplicar palavras vazias


O Papa Francisco prosseguiu o seu ciclo de catequeses sobre o Pai-Nosso, na Audiência Geral desta quarta-feira (27/02), que contou com a participação de mais de dez mil pessoas, na Praça São Pedro. A catequese de hoje teve como tema “Santificado seja o vosso nome”.
Nesse percurso de redescoberta da oração do Pai-Nosso, o Papa aprofundou com os fiéis a primeira das sete invocações dessa oração.
O Papa ressaltou que as perguntas do Pai-Nosso são sete, divididas em dois grupos. “As primeiras três têm no centro o “Vosso” de Deus Pai. As outras quatro têm no centro o “nós” e as nossas necessidades humanas. Na primeira parte, Jesus nos faz entrar em seus desejos, todos dirigidos ao Pai: “Santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade”. Na segunda parte é Ele que entra em nós e torna-se intérprete de nossas necessidades: o pão nosso de cada dia, o perdão dos pecados, a ajuda na tentação e a libertação do mal”.
Entrega de nós mesmos a Deus
“Aqui está a matriz de toda oração cristã, diria de toda oração humana, que é sempre feita, por um lado, de contemplação de Deus, de seu mistério, de seu mistério, de sua beleza e bondade e, por outro lado, de sinceros e corajosos pedidos do que precisamos para viver e viver bem.
“Assim, em sua simplicidade e essência, o Pai-Nosso educa que o invoca a não multiplicar palavras vazias, porque, como Jesus mesmo disse, o «vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de pedirdes a Ele».”
“Quando falamos com Deus, não o fazemos para revelar a Ele o que temos em nossos corações: Ele sabe muito melhor do que nós mesmos! Se Deus é um mistério para nós, nós não somos um enigma aos seus olhos. Deus é como aquelas mães que bastam um olhar para entender tudo sobre seus filhos: se estão felizes ou tristes, se são sinceros ou escondem alguma coisa”, disse o Papa.
O primeiro passo da oração cristã é a entrega de nós mesmos a Deus, à sua providência. É como dizer: “Senhor, vós sabeis tudo, não precisa que eu vos conte a minha dor. Peço-vos somente que estejais aqui perto de mim: vós sois a minha esperança”.
Santidade de Deus deve refletir-se em nossas ações
“É interessante notar que Jesus, no discurso da montanha, logo depois de ter ensinado o “Pai-Nosso”, nos exorta a não nos preocupar com as coisas. Parece uma contradição: primeiro, nos ensina a pedir o pão de cada dia e depois nos diz: «Não fiquem preocupados, dizendo: o que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir? Mas a contradição é apenas aparente: as perguntas do cristão manifestam a confiança no Pai; e é justamente essa confiança que nos faz pedir o que precisamos sem preocupação e agitação. É por isso que rezamos dizendo: “Santificado seja o vosso nome!”
Segundo o Papa, na primeira pergunta, “se sente a admiração de Jesus pela beleza e grandeza do Pai, e o desejo que todos o reconheçam e o amem por aquilo que realmente é. Ao mesmo tempo, a súplica para que o seu nome seja santificado em nós, em nossa família, em nossa comunidade e no mundo inteiro. É Deus que santifica, que nos transforma com o seu amor, mas ao mesmo tempo nós também, com o nosso testemunho, manifestamos a santidade de Deus no mundo, tornando o seu nome presente”.
“Deus é santo, mas se nós, se a nossa vida não é santa, há uma grande incoerência! A santidade de Deus deve refletir-se em nossas ações, em nossa vida. Sou cristão, Deus é santo, mas eu faço coisas feias. Não. Isso não serve. Isso faz mal, escandaliza e não ajuda”, disse ainda Francisco.
A oração afasta o medo
“A santidade de Deus é uma força em expansão, e nós o suplicamos para que quebre rapidamente as barreiras do nosso mundo. Quando Jesus começa a rezar, o primeiro a pagar as consequências é o mal que aflige o mundo. Os espíritos malignos maldizem: «O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para arruinar-nos? Sei quem tu és: o santo de Deus!”
“Nunca se viu uma santidade assim”, frisou o Papa, “não preocupada consigo mesma, mas orientada para fora. Uma santidade que se espalha em círculos concêntricos, como quando se joga uma pedra no lago. O mal tem seus dias contados, o mal não pode mais nos prejudicar: chegou o homem forte que toma posse de sua casa. Esse homem forte é Jesus, que nos dá a força para tomar posse de nossa casa interior”.
O Papa concluiu a sua catequese, dizendo que “a oração afasta todo o medo”. O Pai nos ama, o Filho está ao nosso lado, e o Espírito trabalha em segredo para a redenção do mundo. “Não vacilemos na incerteza. Mas temos uma grande certeza: Deus me ama; Jesus deu sua vida por mim! O Espírito está dentro de mim. Essa é a grande certeza. E o mal? Tem medo.”
via Vatican News


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Currais Novos: Comunidade do EJM festeja seu padroeiro

Teve início nesta segunda-feira (25), a Festa de Jesus Menino, padroeiro do Educandário que leva o seu nome.

A novena foi presidida pelo padre Marquinhos, Pároco de Tenente Laurentino Cruz e concelebrada pelo padre Welson Rodrigues, Orientador Espiritual do EJM.

O Tríduo Solene, pelos 75 anos do Educandário Jesus Menino, se encerra quinta-feira (28),  com o jantar festivo. 








sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O segundo dia do Encontro sobre a Proteção dos menores no Vaticano


Foi aberto nesta manhã de sexta-feira na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, na presença do Papa, o segundo dia do Encontro sobre “A Proteção dos Menores na Igreja” (21-24 fevereiro). http://www.pbc2019.org/it/conferenza/programma
Na oração inicial de hoje, guiada por Dom Pierbattista Pizzaballa, administrador apostólico de Jerusalém dos Latinos, após o canto do hino “Veni, Creator Spiritus”, foi pronunciada em espanhol pela irmã Aurora Calvo Ruiz, superiora geral das Mercedárias da Caridade, uma passagem da Carta de São Paulo aos Romanos , onde o apóstolo convida a viver uma fé sincera, longe de qualquer falsidade e duplicidade: “O amor seja sincero. Detestai o mal, apegai-vos ao bem. Que o amor fraterno vos una uns aos outros, com terna afeição, rivalizando-vos em atenções recíprocas. Sede zelosos e diligentes, fervorosos de espírito, servindo sempre ao Senhor”.
Logo depois, a experiência de uma vítima de abuso foi lida em inglês:
“ Quando Jesus estava prestes a morrer, sua mãe estava com ele. Quando fui abusado por um sacerdote, a minha mãe Igreja me deixou sozinho. Quando eu precisei de alguém na igreja para falar sobre meus abusos e minha solidão, todos se esconderam e eu me senti ainda mais sozinho, sem saber a quem recorrer. ”
Como no dia de ontem, depois de ouvir o testemunho, seguiu-se um longo silêncio. Na oração final, dom Pizzaballa rezou para que “ninguém jamais tivesse que temer a violência e a opressão” na Igreja, “mas sim encontrar nela toda segurança e ajuda”. Então concluiu com este pedido a Deus:
“Impeça àqueles que exercem o ministério na Igreja de abusar dos outros para seus próprios fins, mas dê a eles a humildade de servir os outros desinteressadamente como discípulos de Jesus.”
No final da oração, o padre Federico Lombardi, moderador do Encontro, lembrou que hoje a Igreja celebra a Solenidade da Cátedra de São Pedro e “portanto – observou – toda a Igreja reza pelo Santo Padre, pelo seu serviço de ensinamento e guia” e acrescentou: “Fazemos os votos de todo o coração, junto com toda a Igreja “.
O padre Lombardi recordou em seguida o desejo do Papa Francisco de que todos os participantes no Encontro pudessem ter à sua disposição uma documentação oficial das Nações Unidas sobre os temas da luta contra a violência contra as crianças. Por esta razão, entre os documentos distribuídos aos presentes – sublinhou – há o mais recente relatório global das Nações Unidas sobre o combate à violência sobre crianças, intitulado “Toward a world free from violence. Global survey on violence against children” (Rumo a um mundo livre da violência. Pesquisa global sobre violência contra crianças), e o relatório Unicef ??2017 “A familiar face”, isto é” um rosto familiar, para dizer que a violência contra as crianças, muitas vezes, vem de alguém que é familiar, próximo às crianças. E isso – disse o padre Lombardi – é resultado das investigações universais sobre o problema da violência contra crianças”.
Os documentos foram enviados pela Sra. Marta Maria de Morais dos Santos Pais, representante oficial do secretário geral da ONU para o combate à violência contra as crianças, que enviou um e-mail dizendo estar honrada em por poder contribuir com esse “importante Encontro” sobre a proteção das crianças na Igreja e enviou os seus melhores votos “de uma reflexão frutuosa e de bons resultados deste encontro”.
Via Vatican News


Toca de Assis participa de comitê sobre moradores de rua


A Toca de Assis, da Arquidiocese de Natal, participa do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política para a População em Situação de Rua (Ciamp-Rua). A participação da Toca, no Comitê, está em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade 2019 – “Fraternidade e Políticas Públicas”. 

O Comitê é composto por representantes de vários segmentos, como direitos humanos, SETHAS, promotoria pública, saúde, educação, assistência social e movimentos que atuam junto à população de rua. No último dia 14, aconteceu reunião do grupo, na casa da Toca de Assis, para pensar ações, parcerias e estratégias para enfrentar questões de políticas públicas direcionadas a moradores de rua.

Festa do Jesus Menino em Currais Novos


terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Arquidiocese divulga locais da abertura da CF2019


A abertura da Campanha da Fraternidade 2019, na Arquidiocese de Natal, vai acontecer nos vicariatos. No Norte, a abertura acontecerá no dia 9 de março, às 15h, na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, no Alto do Rodrigues, para o 5º e 6º Zonal; e no dia 10, também às 15h, para o 7º e 14º Zonal, na Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes, em Touros. No Vicariato Episcopal Sul, a abertura acontecerá no dia 10, a partir das 14h30, com caminhando, saindo da comunidade de Piquiri para o Santuário Chama de Amor, em Cunhaú, no município de Canguaretama. E, para as paróquias do Vicariato Episcopal Urbano, também será no  domingo, 10 de março. A partir das 14 horas, será realizada uma caminhada, partindo da Igreja de São Tiago Menor, no Conjunto Santarém, com destino ao centro pastoral da Paróquia de São João Bosco, no Gramoré, onde será celebrada missa.
Neste ano, a CF tem como tema:  “Fraternidade e Políticas Públicas” e como lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). O objetivo é estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum.