quinta-feira, 21 de março de 2019

Escola Fé e Política abre inscrições para o curso de agentes sociais e lideranças


A Escola Fé e Política Padre Sabino Gentilli, da Arquidiocese de Natal, está com inscrições abertas para o curso de agentes sociais e lideranças.  O curso, oferecido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é destinado a lideranças comunitárias, pastorais sociais e movimentos eclesiais e laicos, que desejem se aprofundar no Ensino Social da Igreja. O curso será oferecido na modalidade de extensão, com direito a certificado para quem cumprir a carga de 180 horas.
A aula inaugural do curso acontecerá no dia 6 de abril, das 8h às 13h, no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, na Cidade Alta, em Natal. A missa de envio será presidida pelo arcebispo metropolitana, Dom Jaime Vieira Rocha. Neste ano, a Escola funcionará em três polos: Natal, João Câmara e Tangará. Os interessados podem obter mais informações com o Setor Social da Arquidiocese de Natal, através do telefone (84) 3615-2800, ou no site redesar.org.br.

Padres da Arquidiocese de Natal vão fazer retiro anual

Mais de 130 sacerdotes da Arquidiocese de Natal, acompanhados do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, vão participar de retiro espiritual, no período de 25 a 29 de março, na cidade de Gravatá (PE). O pregador será Dom Juarez Sousa da Silva, bispo da Diocese de Parnaíba (PI).
De acordo com o arcebispo, Dom Jaime, além de ser uma obrigação, conforme o Direito Canônico (cf. Cân. 276 §2 n. 4), o retiro, também chamado de “Exercícios Espirituais Anuais”, é uma parada para renovação da vocação e da missão dos presbíteros.



Audiência: “Pai-Nosso é uma oração combativa. Deus quer a nossa salvação”


“Seja feita a vossa vontade” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência desta quarta-feira (20/03).
Prosseguindo a série sobre o “Pai-Nosso”, o Pontífice aprofundou a terceira invocação, depois do “Seja santificado o vosso nome” e “Venha a nós o vosso Reino”.
Deus bate à porta do nosso coração
A vontade de Deus foi encarnada em Jesus, explicou o Papa, e esta vontade é buscar e salvar aquilo que está perdido. E nós, na oração, pedimos que a oração de Deus se realize, que seu desenho de salvação se realize primeiro em cada um de nós e depois em todo o mundo:
“ Vocês já pensaram que Deus está me procurando, a cada um de nós, pessoalmente? Deus é grande, quanto amor está por trás disso. ”
Com seu amor, prosseguiu, Deus bate à porta do nosso coração para nos atrair a Ele e nos levar avante no caminho da salvação. Deus está próximo a cada um de nós com o seu amor para nos levar pela mão até a salvação.
O amor de Deus nos liberta
Rezando “seja feita a vossa vontade” não somos convidados a abaixar servilmente a cabeça, “como se fôssemos escravos”. “Deus nos quer livres e Seu amor nos liberta.” O “Pai-Nosso”, de fato, é a oração dos filhos que conhecem o coração de seu pai e estão certos do seu desígnio de amor.
Ai de nós se, pronunciando essas palavras, levantássemos as costas em sinal de rendição diante de um destino que nos repugna e não conseguimos transformar.
Pelo contrário, é uma oração repleta de confiança em Deus que quer para nós o bem, a vida, a salvação. Uma oração corajosa, inclusive combativa, porque no mundo existem muitas, demasiadas realidade que não são segundo o plano de Deus. “Ele quer a paz.”
Nada é aleatório na fé cristã
O “Pai-Nosso”, disse ainda Francisco, é uma oração que acende em nós o mesmo amor de Jesus pela vontade do Pai, uma chama que leva a transformar o mundo com o amor.
“ Não há nada de aleatório na fé dos cristãos: há, ao invés, uma salvação que espera manifestar-se na vida de cada homem e mulher e realizar-se na eternidade. ”
Se rezamos, é porque acreditamos que Deus pode e quer transformar a realidade vencendo o mal com o bem. A este Deus faz sentido obedecer e abandonar-se mesmo na hora da provação mais dura.
Deus, por amor, pode nos levar a caminhar por sendas difíceis, a experimentar feridas e espinhas dolorosas, mas jamais nos abandonará. “Para um fiel, esta, mais do que uma esperança, é uma certeza. Deus está comigo!”, recordou Francisco.
O Papa terminou a catequese convidando os fiéis a rezarem cada um na sua língua a oração do Pai-Nosso.
Via Vatican News


sexta-feira, 15 de março de 2019

Antiga Catedral realiza celebrações tradicionais na Quaresma


A Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, na Cidade Alta, a mais antiga da Arquidiocese de Natal, preparou uma programação especial para o período da Quaresma. Nas terças-feiras, às 18h30, é celebrada a Via Sacra, nas ruas, e, nas sextas-feiras, às 16 horas, na Igreja Matriz (antiga Catedral).
Nas quartas-feiras, às 16 horas, na Matriz, acontece o ‘setenário’, dirigido pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e que lembra as sete dores de Nossa Senhora.


Suzano: Papa Francisco convida a promover a cultura da paz


“Profundamente entristecido”, o Papa Francisco enviou um telegrama ao bispo de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini, manifestando sua solidariedade e conforto espiritual às famílias atingidas pelo “insano ataque” à escola Raul Brasil.
Diante desta “abominável tragédia”, o Papa convida a promover a “cultura da paz com o perdão, a justiça e o amor fraterno, como Jesus nos ensinou“. O Pontífice reza pela recuperação dos feridos e concede a todos a sua benção apostólica.
O telegrama assinado pelo secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, foi lido ao final da celebração eucarística realizada em Suzano.
Segue, abaixo, o texto do telegrama:
Exmo. e revmo.
Dom pedro luiz stringhini
Dispo de Mogi das Cruzes
Profundamente entristecido pela notícia do insano ataque contra alunos, professores e funcionários da escola estadual Raul Brasil, na cidade de Suzano, sua Santidade o Papa Francisco deseja assegurar através de vossa excelência revma. solidariedade e conforto espiritual às famílias que perderam seus entes queridos, ao mesmo tempo que eleva orações pela recuperação dos feridos. O Santo Padre convida a todos, diante desta abominável tragédia, a promover a cultura da paz com o perdão, a justiça e o amor fraterno, como Jesus nos ensinou. Como penhor de conforto, o Papa Francisco concede às pessoas atingidas por este luto e quantos participam na missa de exéquias a bênção apostólica.
Cardeal Pietro Parolin
Secretário de Estado de Sua Santidade
Via Canção Nova


terça-feira, 12 de março de 2019

Como viver bem o tempo da Quaresma


Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação” (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.

Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, “voltamos ao pó” que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: “És pó, e ao pó tu hás de tornar” (Gênesis 2, 19).

Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.

Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola (caridade), práticas que a Igreja chama de “remédios contra o pecado”. É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.

Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.

Quaresma é um tempo de “rever a vida” e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: “Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca”.

Prof. Felipe Aquino

Exercícios espirituais: cultivemos saudáveis utopias, não as cinzas do mundo


Pinceladas de poesias, entremeadas com sonhos. O abade Bernardo Francesco Maria Gianni, que está propondo ao Papa Francisco e aos membros da Cúria romana as meditações para os exercícios espirituais, oferece copiosamente citações e invocações: um sopro delicado sobre as brasas da esperança e da confiança. O incansável construtor da paz Giorgio La Pira volta às suas reflexões, assim como a força evocativa da poesia de Mário Luzi e de Romano Gardini. Tudo orientado para propor um olhar evangélico sobre as cidades, para que possam se tornar “lugares ardentes de amor, de paz e de justiça”.
É o que nos faz celebrar Mário Luzi. A cidade que foi o sonho de Giorgio La Pira, é uma cidade na qual reavivar o fogo, para que a humanidade volte a contemplá-la com renovada esperança, reconhecendo-nos, como seguidamente tentamos dizer, um lugar onde passa o Senhor, um lugar visitado e visitável pelo Senhor.
Reavivar a chama do carisma de Deus
O beneditino olivetano, abade de São Miniato no Monte em Florença, recorda aos presentes que o fogo do amor de Jesus é confiado também ao “testemunho”, à “custódia” e à “paixão” de cada um. E este tempo da Quaresma permite reavivar o fogo que ficou menos ardente “por resignação, por hábito, por aquela “mornidão” justamente repreendida por importantes páginas do Apocalipse”.
É verdade, a Carta aos Romanos, capítulo 11 versículo 20 nos recorda: os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. Mas como podemos nos considerar dispensados da busca apaixonada do combustível necessário para manter acesa, ardente, e em crescimento a chama da vocação que recebemos?
A presunção de não precisar de nada
O abade alerta sobre a presunção de não “precisar de nada”, com o qual, frisa, “nos consideramos realmente dispensados de considerar seriamente e cuidar deste dom imenso que o Senhor nos doou”, com “uma vida de oração, de escuta da sua Palavra, alimentando-nos da santa e divina Eucaristia, vivendo uma fraternidade radical que derive da escuta da Palavra e da conformação à lógica eucarística com a qual a vida divina se abre entrando dentro de nós”. “E realmente se entra”, insiste, “misticamente com a força do Espírito Santo”.
Um sopro que é a força do Espírito Santo que se digna de passar através de nós, que se digna transformar as nossas fraquezas, as nossas fragilidades, tornando-nos capazes de reacender novamente aquela chama dos desejos ardentes.
A sinfonia das estações
Recordando mais uma vez as palavras do profeta da esperança Giorgio La Pira, o monge lembra que um homem pode “nascer quando é velho”: e isso acontece “se nos sentimos necessitados da necessidade e desejosos do desejo”, quando realmente participamos “a este evento pascal de um autêntico renascimento a partir do alto”.
E então trata-se de redescobrir que dentro de nós há uma sinfonia, há uma polifonia no espírito muito mais rica e articulada do que aquela que o tempo mecânico dos nossos relógios parecem nos sugerir. São Paulo na Segunda Carta aos Coríntios, usa palavras de extraordinária força evocativa e de grande verdade espiritual e antropológica: “Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso físico vai se arruinando, o nosso interior, pelo contrário, vai-se renovando dia a dia”.
Resistir às cinzas do mundo
Portanto, não se deve se render “às cinzas dentro e fora de nós” porque esta “segunda criação pode se realizar em cada homem, através de cada palavra, através de cada acontecimento”.
Uma perspectiva que a mim parece restituir à condição humana uma dignidade à qual não se deve banalmente se congratular com uma auto referencialidade pecaminosa. Pelo contrário, leva-a a uma inquietude que gere Páscoa por tudo e de qualquer modo em uma perspectiva que decidimos contemplar no espaço da convivência citadina, porque advertimos que principalmente ali, está reunida a grande tentação de se reconhecer só e somente como cinza inerte, fruto de uma combustão que deflagrou as esperanças e os sonhos principalmente – permitam-me dizer – das novas gerações.
A partir disso a importância de não buscar “resultados imediatos que produzam rendimentos políticos fáceis, rápidos e efêmeros”, mas ações capazes de gerar “novos dinamismos na sociedade”, capazes de dar plena floração ao ser humano.
A possibilidade de um novo início
Certamente a vida é “hábito, como uma constrição, como um relógio”, mas há sempre “o momento da decisão”: e esta é a “força do início”, a “força da novidade” que “nasce do espírito, do coração”. Na escolha ganha intensidade a liberdade do homem, que deveria se plasmar no exemplo de Cristo ao invés de dar “atenção às pessoas desiludidas e infelizes”, a “quem recomenda cinicamente de não cultivar esperanças na vida”, a quem “derrota logo todo o entusiasmo dizendo que nada vale o sacrifício de uma vida toda”.
Não ouçamos os “velhos” de coração que sufocam a euforia juvenil; vamos aos velhos que têm os olhos que brilham de esperança. Cultivemos saudáveis utopias. Deus nos quer capazes de sonhar como Ele e com Ele enquanto caminhamos atentos à realidade. Sonho, fogo, chama. Sonhar um mundo diverso e se um sonho se apaga voltar a sonhá-lo de novo, extraindo com esperança da memória das origens, e das brasas que talvez depois de uma vida não tão boa, estejam escondidas sob as cinzas do primeiro encontro com Jesus.
Via Vatican News


Minicurso aborda pesquisa histórica em arquivos eclesiásticos

O arquivo metropolitano da Arquidiocese de Natal promove no dia 10 de abril, o minicurso “Introdução à pesquisa histórica em arquivos eclesiásticos”. A atividade vai ser realizada no salão de eventos do subsolo da Catedral Metropolitana, das 14h às 16h. As inscrições estão abertas, de forma gratuita e podem ser feitas por meio do formulário: 

O minicurso será voltado para alunos de graduação em ciências humanas e pesquisadores amadores. Outras informações ligue: (84) 3615-2800.

sexta-feira, 8 de março de 2019

9 mulheres que foram exemplares para a Igreja e o mundo

Há quem diga que a mulher não tem papéis importantes na Igreja. Entretanto, desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o Povo de Deus, influenciando também no curso do Papado. Conheça 9 mulheres que foram exemplares para a Igreja.
1. A Virgem Maria
“Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4), disse Jesus à sua Mãe nas Bodas de Caná, em um casamento ao qual ambos tinham sido convidados. Cristo escutou sua mãe, a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Jesus.
Os primeiros séculos do cristianismo estão cheios de mulheres corajosas que não duvidaram em dar sua vida por Cristo, incentivando os demais cristãos a não fraquejar quando lhes chega o momento.
2. Santa Hildegarda de Bingen
Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja já não era perseguida, mas vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, que chegou a ter uma séria de visões místicas.
Escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade e foi declarada Doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012, junto com São João d’Ávila. Sua popularidade fez com que muitas pessoas, entre bispos e abades, lhe pedissem conselhos.
“Quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao Papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus”, contou o Papa Bento XVI em sua audiência geral sobre esta santa em 2010.
3. Santa Catarina de Sena
Posteriormente, apareceria outra mística e Doutora da Igreja, Santa Catarina de Sena (1347-1380), que vestiu o hábito da ordem terceira de Santa Domingo. Nesta época, os Papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de ter sido abandonados por seus bispos, ameaçando com o cisma.
Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e ao consultar Santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O Pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o Santo Padre cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.
Mais tarde, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do Papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico Pontífice.
A Santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do Papa, que seguiu suas instruções. A Santa também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma. Toma uma mostra de defesa do papado.
4. Santa Teresa de Jesus
Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita.
Apesar de ter sido incompreendida, perseguida e até acusada na Inquisição, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Submersa muitas vezes em êxtases, nunca deixou de ser realista.
Sendo Santa Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também Doutora da Igreja.
5. Santa Rosa de Lima
Do outro lado do mundo, na América, mais precisamente no Peru, Santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou Santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes.
“Provavelmente, não houve na América um missionário que com suas pregações tenha conquistado mais conversões do que as que Rosa de Lima obteve com sua oração e suas mortificações”, disse o Papa Inocêncio IX ao se referir à primeira Santa da América.
São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.
6. Santa Teresa de Lisieux
Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu Santa Teresa de Lisieux (1873-1897), Doutora da Igreja e padroeira universal das missões.
Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.
“Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse São João Paulo II sobre esta santa.
O Papa Francisco também comentou em diversas ocasiões a profunda devoção que o une a esta santa e compartilhou em uma de suas viagens que antes de cada viagem ou diante de uma preocupação, costuma pedir “uma rosa”.
7. Santa Edith Stein
Durante a perseguição nazista no século XX, surgiu na Europa outra grande mulher, convertida do judaísmo, religiosa carmelita descalça e mártir, Santa Edith Stein, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942).
Junto com outros judeus conversos, foi levada ao campo de concentração de Westerbork em vingança das autoridades pelo comunicado de protesto dos bispos católicos dos Países Baixos contra as deportações de judeus.
Santa Edith foi transferida para Auschwitz, onde morreu nas câmaras de gás, junto com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo, e muitos outros de seu povo.
São João Paulo II diria sobre ela: “Uma filha de Israel, que durante a perseguição dos nazistas permaneceu, como católica, unida com fé e amor ao Senhor Crucificado, Jesus Cristo, e, como judia, ao seu povo”.
8. Santa Teresa de Calcutá
O testemunho de Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”, dizia a também ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979.
Em sua canonização em outubro de 2016, o Papa Francisco disse que “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que ‘quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável’”.
9. Santa Gianna Beretta Molla
Para encerrar esta lista de grandes mulheres que mudaram o mundo e a história, recordamos Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962). Esta santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.
Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.
Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.
Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
Via ACI Digital



Bispos do Nordeste 2 se reúnem na Diocese de Guarabira

Bispos e arcebispos das dioceses e arquidioceses do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas estão reunidos ontem quinta e hoje sexta-feira, 7 e 8 de março, na Diocese de Guarabira (PB). De ontem até hoje, pela manhã, aconteceu reunião Conselho Episcopal Regional, na cidade de Bananeiras (PB). Nesta sexta-feira, a partir das 14 horas, vai ser realizado um seminário sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2019 – Fraternidade e Políticas Públicas, na comunidade de Santa Fé, com a participação dos bispos e agente pastorais, além do cantor e compositor Zé Vicente. Às 19 horas, será celebrada missa, marcando o lançamento da Campanha da Fraternidade, em nível de Regional Nordeste 2, da CNBB.
O arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, participa das atividades. No domingo, 10, às 9h, ele vai participar da celebração de posse canônica de Dom Manoel de Oliveira Soares Filho, novo bispo da Diocese de Palmeira dos Índios (AL).




quinta-feira, 7 de março de 2019

Cardeal Sergio da Rocha: “Uma das principais exigências da espiritualidade quaresmal é a fraternidade”


O presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, durante cerimônia de lançamento da Campanha da Fraternidade 2019, na sede provisória da Conferência, na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, dia 6 de março, reforçou a importância de ligar o tema da Campanha da Fraternidade (CF) com a espiritualidade quaresmal: A Campanha “ocorre durante a quaresma porque quer ser sinal e instrumento de vivência quaresmal“. Ele ainda recordou: “sabemos que uma das principais exigências da espiritualidade quaresmal é justamente a fraternidade, o amor fraterno, com seus vários níveis e exigências“. Ele estava acompanhado na cerimônia pelo secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Além deles, também foram convidados para o ato Geniberto Paiva Campos, médico cardiologista do Observatório do Distrito Federal; Gilberto Vieira dos Santos, secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); e Vânia Lúcia Ferreira Leite, membro da Pastoral da Criança e do Conselho Nacional de Saúde.
Dom Sergio recordou, ema sua intervenção na cerimônia, a mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade que foi lida no início da cerimônia: os cristãos “devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça“.
Objetivos da CF
“Um dos principais objetivos da CF“, disse o cardeal, “é contribuir para o conhecimento da importância do tema e promover uma participação maior na elaboração de políticas públicas nos diversos âmbitos da vida social (saúde, educação, segurança pública, meio ambiente…) temas já trabalhados em temas anteriores. De tal modo, que esta Campanha, com um tema de caráter mais abrangente, retoma e dá continuidade a outras que tiveram temas mais específicos. Ela estimula o exercício consciente e responsável da cidadania, despertando o interesse pelas políticas públicas, tema exigente e aina pouco conhecido“.
Dom Sergio explicou: “Durante o tempo quaresmal, teremos a ocasião especial para conhecer melhor o tema desta Campanha. É importante refletir sobre o tema por meio de encontros de formação, palestras, debates e rodas de conversa. Há diversos modos de participar da vida política, muito além da militância em partidos políticos, como participação em conselhos paritários, em audiências públicas, em movimentos sociais e tantas outras iniciativas de cidadania responsável”.
Missão profética
Presidente da CNBB também afirmou que “as políticas públicas devem assegurar e efetivar direitos fundamentais da população, a começar dos mais pobres e vulneráveis. O bem dos pequenos e fragilizados é critério para assegurar se a política está efetivamente a serviço do bem comum. Os pobres e excluídos não podem ser esquecidos; ao contrário, devem ser considerados com especial atenção e elaboração de políticas públicas“. E considerou: “o desafio de de contribuir para a formulação de políticas públicas se desdobra e se completa em dois outros grandes mo momentos: acompanhar a efetivação das públicas e avaliar os seus resultados“.
Dom Sergio ainda disse que “o lema ‘serás libertado pelo direito e pela justiça’, extraído do Profeta Isaías (Is 1,27) ilumina e anima esta Campanha, orientando as nossas ações. Mais uma vez, a Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas sociais, nem se deixa guiar por ideologias ou partidos. Cumpre a sua missão profética nas condições concretas da história, oferecendo aquilo que tem de mais precioso: a luz da fé, a Palavra de Deus, os valores do Evangelho. A Igreja oferece critérios, princípios, valores éticos, a serem acolhidos na ação político partidária e demais iniciativas no âmbito político, tendo como grandes fontes a Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja“.
Sociedade
O presidente da CNBB fez a seguinte constatação: “Graças a Deus, a Campanha da Fraternidade tem repercutido não apenas no interior das comunidades católicas, mas também nos diversos ambientes da sociedade. Pela sua natureza, ela sempre muito além da Igreja Católica. Tem contado, cada vez mais, com a participação de muitas entidades da sociedade civil, de escolas, de outras igrejas cristãs e de órgãos públicos. A Campanha exige ações comunitárias, além das iniciativas pessoais. Exige sempre com muito diálogo, reflexão e ação conjunta, especialmente para desenvolver o tema das políticas públicas. A construção de políticas públicas deve ser tarefa coletiva numa sociedade democrática e participativa“.
Além da intervenção de Dom Sérgio, os outros convidados especiais tiveram um tempo para falar sobre o tema. No final, o cardeal agradeceu a todos e pediu: “Deus abençoe a todos os que se empenharem na realização desta Campanha e torne fecundo o trabalho a ser realizado. Amém“.
Via CNBB