terça-feira, 27 de novembro de 2018

Papa: atenção com o consumismo; a generosidade alarga o coração


O Papa começou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice comentou o Evangelho do dia, onde há um contraste entre ricos e pobres.
O Papa destacou como muitas vezes no Evangelho Jesus faz este contraste e alguém poderia “etiquetar” Cristo como “comunista”, mas “o Senhor, quando dizia essas coisas, sabia que por trás das riquezas havia sempre o espírito maligno: o senhor do mundo”. Por isso, disse uma vez: “Não se pode servir a dois senhores, servir a Deus e servir às riquezas”.
A generosidade nasce da confiança em Deus
Também no Evangelho de hoje há um contraste entre os ricos que “depositavam ofertas no tesouro” e uma viúva pobre que depositava duas pequenas moedas. Esses ricos são diferentes do rico Epulão: “não são maus”, destacou o Papa. “Parecem ser pessoas boas que vão ao Templo dar uma oferta”. Trata-se, portanto, de um contraste diferente. O Senhor quer nos dizer outra coisa quando afirma que a viúva lançou mais do que todos porque deu “tudo quanto tinha para viver”. “A viúva, o órfão, o migrante, o estrangeiro eram os mais pobres na vida de Israel” a ponto que quando se queria falar dos mais pobres, se fazia referência eles. Esta mulher “deu o pouco que tinha para viver” porque confiava em Deus, era uma mulher das bem-aventuranças, era muito generosa: “dá tudo porque o Senhor é mais que tudo. A mensagem desta trecho do Evangelho é um convite à generosidade”, evidenciou o Papa.
Fazer o bem
Diante das estatísticas da pobreza no mundo, das crianças que morrem de fome, que não têm nada para comer, não têm remédios, tanta pobreza – que se ouve todos os dias nos telejornais e nos jornais – é uma atitude positiva questionar-se: “Mas como posso resolver isto?”. Nasce da preocupação de fazer o bem. E quando uma pessoa que tem um pouco de dinheiro se pergunta se o pouco que tem serve, o Papa responde que sim, “como as duas pequenas moedas da viúva”.
Um chamado à generosidade. E a generosidade é uma coisa de todos os dias, é uma coisa que nós devemos pensar: como posso ser mais generoso com os pobres, com os necessitados… como posso ajudar mais? “mas o senhor sabe, padre, que nós mal chegamos ao final do mês” – “mas sobra alguma pequena moeda? Pense: é possível ser generoso com estas… Pense. As pequenas coisas: façamos, por exemplo, uma viagem nos nossos quartos, uma viagem no nosso armário. Quantos sapatos tenho? Um, dois, três, quatro, 15, 20… cada um pode dizer. Demasiados… Eu conheci um monsenhor que tinha 40… mas se você tem tantos calçados, dê a metade. Quantas roupas que não uso ou uso uma vez por ano? É um modo de ser generoso, de dar o que temos, de compartilhar.
A doença do consumismo
Depois, Francisco contou que conheceu uma senhora que quando fazia compras no supermercado, sempre comprava para os pobres 10% do que gastava: dava o “dízimo” aos pobres, destacou.
Nós podemos fazer milagres com a generosidade. A generosidade das pequenas coisas, poucas coisas. Talvez não fazemos isso porque não pensamos. A mensagem do Evangelho nos faz pensar: como posso ser mais generoso? Um pouco mais, não muito… “É verdade, padre, é assim, mas… não sei porque, mas sempre há o medo…” Mas há outra doença, que é a doença contra a generosidade hoje: a doença do consumismo.
Doença que consiste em comprar sempre coisas. O Papa recordou que quando vivia em Buenos Aires “todo final de semana tinha um programa de turismo-compras”: o avião lotava na sexta à noite e se dirigia a um país a cerca de 10 horas de voo e todo o sábado e parte do domingo ficavam comprando. Depois voltavam.
Uma doença séria, a do consumismo, de hoje! Eu não digo que todos nós fazemos isso, não. Mas o consumismo, o gastar mais do que precisamos, uma falta de austeridade de vida: este é um inimigo da generosidade. E a generosidade material – pensar nos pobres, “isso posso dar para que possam comer, para que se vistam” – essas coisas, tem outra consequência: alarga o coração e o leva à magnanimidade.
Pedir a graça da generosidade
Trata-se, portanto, de ter um coração magnânimo onde todos entram. Concluindo, o Papa exortou a percorrer o caminho da generosidade, iniciando com um “controle em casa”, isto é, pensando “naquilo que não me serve, que servirá a outra pessoa, para um pouco de austeridade”. É preciso pedir ao Senhor “para que nos liberte” daquele mal tão perigoso que é o consumismo, que torna escravos, uma dependência do gastar. “É uma doença psiquiátrica.” O Papa concluiu: “Peçamos esta graça ao Senhor: a generosidade, que alarga o nosso coração e nos leva à magnanimidade.”

A missão evangelizadora da Igreja e sua vida em missão estão no coração do Código de Direito Canônico


Neste ano de 2018, o Código de Direito Canônico (CDC) da Igreja Católica completou 35 anos. Neste mês de novembro, quando a Igreja no Brasil celebrou 10 anos do acordo entre o Brasil e a Santa Sé, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu um evento oportuno para fazer memória e refletir sobre a legislação aplicada à Igreja. Com 35 de sua promulgação, o CDC não só é uma norma aplicada à realidade eclesial, mas é a própria legislação da Igreja Católica, a qual rege as relações entre as pessoas eclesiásticas entre si e entre os fiéis e as instituições católicas.
“O Código de Direito Canônico é um instrumento valioso para missão evangelizadora da Igreja. A Igreja necessita de normas, necessita de leis para se organizar cada vez melhor em vista da missão de evangelizar, da razão de ser pastoral, da razão de ser evangelizadora e a comunhão da igreja. O Código de Direito Canônico contribui para que nós na Igreja possamos ter a nossa identidade clara, possamos caminhar unidos e possamos, acima de tudo, evangelizar cada vez melhor. A missão evangelizadora da Igreja, a Igreja, a sua vida em missão, de fato estão aí no coração do Código de Direito Canônico”, afirmou o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha.
Para o assessor jurídico-canônico da CNBB, frei Evaldo Xavier Gomes, afirma que a celebração dos 35 anos desta nova legislação, que substitui o código de 1917, “significa um avanço no campo jurídico, mas também um avanço na vida das instituições, dos fiéis católicos, das relações entre as pessoas eclesiásticas entre si e entre os fiéis e as instituições católicas”. A tradução da legislação feita pela Santa Sé, responde, segundo frei Evaldo, “às necessidades dos tempos atuais na Igreja no mundo de hoje”.
O frade carmelita que assessora a CNBB no campo jurídico-canônico ainda sublinha este marco na história do CDC citando o papa João Paulo II, que, no momento da promulgação, pronunciou uma frase considerada célebre. “Ele chama o Código de Direito Canônico de ‘o último documento do Concílio Vaticano II’. Nesse sentido, o CDC, significa para nós católicos apostólicos romanos a realização, a última ação do Concílio Vaticano II no campo jurídico-canônico”.
Em seu texto de apresentação do documento, o então pontífice, hoje santo, fez essa alusão ao Concílio Vaticano II por várias vezes, destacando o papa João XXIII, como “promotor da revisão do Código”, na intenção “de restaurar a vida cristã”. Para João Paulo II, o CDC tirou de toda a obra do Concílio as suas normas e a sua orientação.
Aplicação na realidade da Igreja
Para o presidente da CNBB, a entidade necessita cada vez mais do Código de Direito Canônico: “primeiramente aqueles que estão a serviço da Igreja, que necessitam conhecer um pouco melhor, na sua organização interna, nas suas normas, mas é sempre muito bom que todos conheçam ao menos as suas normas principais da própria Igreja”.
Um desafio, neste contexto é tornar o código mais acessível. Para isso, o cardeal Sergio da Rocha explica que a Igreja deve “expressar em uma linguagem, em uma metodologia aquilo que está no Código de Direito Canônico de modo que as pessoas possam compreender melhor, apreciar e valorizar essa contribuição extraordinária para a vida da Igreja que se encontra na sua legislação canônica”.
Frei Evaldo Xavier destaca a presença do CDC nos vários espaços da Igreja, como as casas religiosas, paróquias, dioceses e seminário. Ele também pontua atualizações que foram realizadas ao longo destes 35 anos: “Houve a necessidade de atualização da norma canônica respondendo à realidade da vida das pessoas. É o caso, por exemplo, da legislação matrimonial. O papa Francisco emitiu um motu próprio Mitix Dominus Iesus, que altera algumas normas no âmbito matrimonial canônico para facilitar o acesso das pessoas à justiça eclesiástica”.
Outras adaptações, “muito pequenas, diria quase que menor portadas, mas extremamente significantes”, referem-se à ação sobre abusos sexuais, sobre o comportamento dos sacerdotes, e às pessoas que abandonam a fé, por exemplo. “O texto, integralmente, continua com toda a sua harmonia, todo seu vigor e toda a sua força”, salienta frei Evaldo Xavier.
A promulgação do atual Código de Direito Canônico foi em 25 de janeiro de 1983.
Via CNBB


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Sim. Há um caminho mais inteligente e mais suave!

Pare um instante e reflita no que dizem essas poucas linhas…
Realmente hoje temos muita ciência, mas pouca sabedoria. O primado da técnica sobre a ética e da ciência sobre a moral não garantem a felicidade do homem moderno. Isto faz com que ele tenha medo daquilo mesmo que construiu com suas mãos e sua inteligência. Há um caminho mais suave para se viver e ser feliz. Que caminho é esse?

É por onde se observa coisas simples e naturais, medita e equilibra: ciência e fé. Por exemplo:
A rua mais limpa não é aquela que se varre mais vezes, é a que se suja menos.
A consciência mais tranquila não é a que se confessa muito, mas a que peca menos.
Ser rico não é se matar de trabalhar, de negociar, às vezes até passando os outros para trás. Ser rico não é ter muito, é precisar de pouco.
Ser culto e erudito não é apenas devorar muitos livros, mas também saber aprender com os outros.
Ser saudável não é fazer muito regime e muita ginástica; é comer menos, dormir mais, se agitar pouco.
Ter saúde não é tomar frascos e frascos de vitaminas; é se alimentar bem, sem exagero, com uma ração balanceada, colorida, saudável.

Se realizar não é falar muito e parecer “o bom”; é saber usar o silêncio para degustar a sabedoria que os outros nos passam e que nos enriquecem.
Ser humilde não é se desvalorizar e enterrar os próprios talentos, é ser fiel à verdade de sua vida e de sua realidade.

Ser casto não é fazer penitências pesadas para vencer as tentações, é fugir delas, na vigilância e na oração.

Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Festa da padroeira da Arquidiocese encerra nesta quarta-feira


A programação da festa de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da Arquidiocese e da cidade do Natal, se encerra nesta quarta-feira, 21, feriado na capital. A programação iniciará à meia noite, na Pedra do Rosário, com vigília. A partir das 3h30, acontecerá a procissão fluvial, com a imagem da padroeira, saindo do Iate Clube com destino à Pedra do Rosário, onde será celebrada a primeira missa do dia. Às 7h30, haverá missa, na antiga Catedral.
A missa solene da festa será celebrada às 10h, na Catedral Metropolitana, presidida pelo arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha. Às 16h, acontecerá a tradicional procissão, saindo da antiga Catedral, com o seguinte percurso: rua Ulisses Caldas, rua Mossoró, Av. Hermes da Fonseca, rua Apodi, Av. Deodoro da Fonseca, encerrando em frente à catedral metropolitana, onde será celebrada a última missa do dia.
Os festejos tiveram início dia 11 de novembro e seguem até amanhã, com vasta programação na antiga catedral e na catedral metropolitana.


Papa: ao encontro definitivo com o Senhor levaremos o que doamos


O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, do domingo (18/11), II Dia Mundial dos Pobres, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice frisou que no Evangelho deste domingo, Jesus “quer instruir os seus discípulos sobre os eventos futuros. Não está em primeiro lugar um discurso sobre o fim do mundo, mas o convite a viver bem o presente, a vigiar e estar sempre prontos para quando seremos chamados a prestar contas de nossa vida. Jesus diz: «Nesses dias, depois da tribulação, o sol vai ficar escuro, a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu».”
Rosto radiante de amor
Essas palavras nos fazem pensar no início do Livro do Gênesis que fala da criação: o sol, a lua e as estrelas que desde o início dos tempos brilham em sua ordem e iluminam, sinal de vida, aqui são descritos em sua decadência, enquanto mergulham na escuridão e no caos, sinal do fim.
“Ao invés, a luz que naquele último dia resplandecerá será única e nova: será a luz do Senhor Jesus que virá na glória com todos os santos. Naquele encontro veremos, finalmente, o seu Rosto na luz plena da Trindade; um rosto radiante de amor, diante do qual todo ser humano aparecerá em total verdade”, disse o Papa.
Francisco sublinhou que “a história da humanidade, assim como a história pessoal de cada um de nós, não pode ser entendida como uma simples sucessão de palavras e fatos que não fazem sentido”.
Encontro definitivo com o Senhor
“Não pode ser também interpretada à luz de uma visão fatalista, como se tudo já estivesse pré-estabelecido segundo um destino que subtrai todo espaço de liberdade, impedindo fazer escolhas que sejam o fruto de uma decisão verdadeira.”
No Evangelho de hoje, Jesus diz que a história dos povos e a de cada um têm um fim e uma meta a ser alcançada: o encontro definitivo com o Senhor.
“Não sabemos a hora e nem como acontecerá. O Senhor reiterou que «ninguém sabe nada, nem os anjos no céu, nem o Filho». Tudo é mantido no segredo do mistério do Pai. Sabemos, todavia, um princípio fundamental com o qual devemos nos confrontar: «Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão».”
Segundo o Papa, “o verdadeiro ponto crucial é esse. Naquele dia, cada um de nós entenderá se a Palavra do Filho de Deus iluminou a própria existência pessoal, ou se virou as costas para ela, preferindo confiar nas próprias palavras. Será mais do que nunca o momento de nos abandonarmos definitivamente ao amor do Pai e confiar-nos à sua misericórdia”.
O Papa destacou que “ninguém escapa desse momento, nenhum de nós escapa desse momento”.
Levaremos somente o que doamos
“A esperteza, que muitas vezes colocamos em nossos comportamentos para dar crédito à imagem que queremos oferecer, não será mais necessária. Da mesma forma, o poder do dinheiro e dos meios econômicos com os quais pretendemos com presunção comprar tudo e todos, não poderá ser mais ser usado. Não teremos conosco nada além do que realizamos nessa vida, acreditando em sua Palavra: tudo e nada do que vivemos ou deixamos de realizar. Levaremos conosco somente o que doamos, o que oferecemos.”
Francisco convidou a invocar a intercessão da Virgem Maria a fim de que a constatação do nosso tempo provisório na terra e de nossa limitação não nos afunde na angústia, mas nos chame à responsabilidade para comigo, o próximo e o mundo inteiro.
Via Vatican News


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Arcebispo recebe visita de governadora eleita


O arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, recebeu recentemente, a visita da governadora eleita, Fátima Bezerra. Durante a visita, a governadora falou sobre projetos para o Rio Grande do Norte, bem como sobre o processo de transição do governo. Ela também pediu que a Igreja Católica contribua com sugestões para o governo estadual. 

Na ocasião, o arcebispo falou da importância das relações instituições e disse que a Igreja está aberta para encaminhar sugestões. “Desde já, peço que não esqueçam de dar a atenção merecida às áreas da saúde, educação e segurança”, disse o arcebispo.

Pontifícias Obras Missionárias completam 40 anos de fundação no Brasil

Quatro décadas de muitas histórias e dedicação ao trabalho missionário. No próximo dia 20 de novembro, as Pontifícias Obras Missionárias (POM), que são organismos oficiais da Igreja Católica, celebra seu aniversário de fundação no Brasil.
“Uma história construída com a vida doada de muitos missionários e missionárias, sendo sinal de esperança nos locais mais necessitados. O caminho percorrido pelas POM é sinodal e de profunda comunhão, interligando todas as forças vivas das Igrejas particulares e dos conselhos missionários em diferentes âmbitos”, destaca o diretor Nacional das POM, padre Maurício Maurício, em editorial da Revista SIM.
Nesta segunda, 19 de novembro, na sede das POM em Brasília haverá um momento de celebração com ex-diretores, bispos, padres, religiosos e religiosas e lideranças das Obras para comemorar o aniversário dessa missão.
Durante a semana, o site oficial das POM vai publicar vídeos e materiais que relembram a história e o com a missão em todo o mundo. Além do lançamento da edição comemorativa da revista SIM, com testemunhos de pessoas que fizeram parte dessa trajetória.
A preparação para a celebração dos 40 anos teve início durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o lançamento do vídeo institucional. Na ocasião, padre Maurício destacou que o vídeo foi produzido para tornar a identidade, os objetivos e a missão das POM mais conhecidos nas Igrejas Particulares.
“O vídeo destaca que as POM é um organismo oficial do Vaticano, ligado à Congregação para Evangelização do Povos e no Brasil está em comunhão com organismos e comissões da CNBB”, destacou o diretor.
Ao longo de 2018, as POM realizou diversas atividades em comemoração à data, como o mês missionário em outubro, que fi um momento de mostrar para a Igreja no Brasil o trabalho missionário que vem se desenvolvendo no país.
Padre Maurício Jardim, explica que as POM são organismos oficiais da Igreja Católica que trabalham para intensificar a animação, a formação e a cooperação missionária em todo o mundo.
“Os elementos comuns às quatro obras são a mística missionária e seu caráter pontifício. A mística que as identifica tem um tripé: oração, sacrifício e ofertas. Ou seja, a primeira obra é rezar pelas missões, pois o protagonista é o Espírito Santo, a segunda é a oferta existencial da própria vida e a terceira é a partilha econômica para a missão universal. O caráter pontifício significa que são obras do papa para toda a Igreja. Elas se desenvolvem com o apoio da Santa Sé que, ao fazê-las próprias, concede-lhes caráter universal”, ressalta.
As quatro Obras Missionárias da Congregação para a Evangelização dos Povos
? Pontifícia Obra Missionária para a Propagação da Fé, fundada por Pauline Marie Jaricot em 1822, visa suscitar o compromisso pela evangelização universal em todo o povo de Deus e promover nas Igrejas locais, a ajuda tanto espiritual como material;
? Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária, fundada pelo Bispo de Nancy (França), Dom Carlos de Forbin-Janson em 1843, auxilia os educadores a despertar gradualmente a consciência missionária nas crianças e adolescentes, animando-as a partilhar a fé e os seus bens materiais com as crianças das regiões mais necessitadas; ajuda também promover as vocações missionárias desde a infância;
? Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo, fundada por Joana Bigard e sua mãe, Stephanie em 1889, visa sensibilizar o povo cristão acerca da importância do clero local nos territórios de missão, convidando-o a colaborar espiritual e materialmente na formação dos candidatos ao sacerdócio e à vida consagrada;
? Pontifícia União Missionária, fundada pelo Beato Padre Paolo Manna em 1916, visa a sensibilização missionária dos sacerdotes, dos seminaristas e da vida consagrada masculina e feminina. Esta Obra é como que a alma das outras Obras, porque ocupa-se especificamente com a formação missionária.
Um Mês Extraordinário para a Missão
O ano de 2019 também será especial para as POM. Em outubro a Igreja vai celebrar o Mês Missionário Extraordinário, proclamado pelo papa Francisco, em honra ao centenário da carta Apostólica Maximum Illud do Papa Bento XV.
O tema: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, foi escolhido por Francisco para reavivar a consciência batismal do Povo de Deus em relação à missão da Igreja. O papa indica quatro dimensões para viver, mais intensamente, o caminho de preparação e realização do Mês Missionário Extraordinário.
* O encontro pessoal com Jesus Cristo vivo em sua Igreja: Eucaristia, Palavra de Deus, oração pessoal e comunitária.
* O testemunho dos santos, dos mártires da missão e os confessores da fé, expressão das Igrejas dispersas em todo mundo.
* Formação missionária: escritura, catequese, espiritualidade e teologia.
* Caridade missionária.
Via CNBB


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Papa Francisco: a rivalidade e a vanglória causam guerras


“A rivalidade e a vanglória” destroem os fundamentos das comunidades, semeando divisões e conflitos. Foi o que destacou o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na segunda – feira (05/11) na capela da Casa Santa Marta. Partindo do Evangelho segundo Lucas (Lc 14,12-14), o Pontífice condenou “o egoísmo do interesse”, reiterando que a “gratuidade” pregada por Jesus “não é seletiva”.
A gratuidade é universal
O ensinamento de Jesus é claro: “não fazer as coisas por interesse”, não escolher as próprias amizades com base na conveniência. Raciocinar somente com base na própria “vantagem”, de fato, é “uma forma de egoísmo, de segregação e de interesse”, enquanto a “mensagem de Jesus” é exatamente o contrário: a “gratuidade”, que “alarga a vida”, “amplia o horizonte, porque é universal”. Os seletivos “são motivos de divisão” e não favorecem “a unanimidade” de que fala São Paulo aos Filipenses, na primeira Leitura. “Existem duas coisas que vão contra a unidade – insistiu o Papa – a rivalidade e a vanglória”:
E também a fofoca nasce da rivalidade, porque muitas pessoas se sentem que não podem crescer, mas para se tornar mais altas diminuem o outro com a fofoca. Um modo de destruir as pessoas. A rivalidade. E Paulo disse: “Não. Na comunidade não existem rivalidades”. A rivalidade é uma luta para destruir o outro. A rivalidade é ruim: pode-se fazer de maneira aberta, direta ou se pode fazer com luvas brancas; mas sempre para destruir o outro e elevar a si mesmo. E já que eu não posso ser assim virtuoso, assim bom, diminuo o outro, de modo que eu permaneço alto. A rivalidade é um caminho a este agir por interesse.
A vanglória destrói a comunidade
Tão prejudicial quanto, é quem se vangloria de ser superior aos outros:
Isso destrói uma comunidade, destrói uma família também… Pensem na rivalidade entre os irmãos pela herança do pai, por exemplo: isso acontece todos os dias. Pensem na vanglória, naqueles que se vangloriam de ser melhores que os outros.
A vida cristã nasce da gratuidade de Jesus
O cristão, prosseguiu Francisco, deve seguir o exemplo do Filho de Deus, cultivando “a gratuidade”: fazer o bem sem se preocupar se os outros fazem o mesmo; semear “unanimidade”, abandonando “rivalidades ou vanglória”. Construir a paz com pequenos gestos significa traçar um caminho de concórdia em todo o mundo:
Quando nós lemos as notícias das guerras, pensemos nas notícias da fome das crianças no Iêmen, fruto da guerra: está distante, crianças pobres… mas por que não têm o que comer? Mas a mesma guerra se faz em nossas casas, nas nossas instituições com esta rivalidade: a guerra começa ali! E a paz deve ser feita ali: na família, nas instituições, no local de trabalho, buscando sempre a unanimidade e a concórdia e não o próprio interesse.
Via Vatican News


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Arquidiocese vai realizar Assembleia Pastoral

A 58ª Assembleia Pastoral da Arquidiocese de Natal será realizada dia 6 de novembro, das 8 horas às 17 horas, no Hotel Vila do Mar, na via costeira. De acordo com a carta convocatória, a assembleia será reflexiva, propositiva e celebrativa, tendo como base o Marco Referencial Pastoral.
São convocados para participar da reunião, padres, diáconos, membros do Conselho Pastoral Arquidiocesano, articuladores de zonais e de paróquias, representantes dos religiosos, das comunidades de vida e dos setores e comissões arquidiocesanas. As inscrições devem ser feitas, antecipadamente, na tesouraria da Arquidiocese.

O Sínodo continua: unidos contra os ataques do Mal


Papa Francisco convidou a rezar o Terço no mês de outubro, invocando Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo, para pedir a Deus que proteja a Igreja dos ataques do diabo. E no discurso de encerramento dos trabalhos sinodais, recomendou: “Continuemos a fazê-lo”, porque “é um momento difícil”, o Grande Acusador – referindo-se ao diabo – se aproveita dos pecados dos filhos da Igreja para atacar a “Santa Mãe Igreja”. Os filhos estão sujos, mas a Mãe é Santa, “não deve ser sujada”. “Este é o momento de defender a Mãe; e se defende a Mãe do Grande Acusador com a oração e a penitência”.
As acusações contra a Igreja se tornam “perseguição”, como acontece com os cristãos do Oriente, mas “há outro tipo de perseguição, com acusações contínuas para sujar a Igreja. A Igreja não deve ser sujada, nós filhos somos todos sujos”, os filhos são pecadores, “mas a Mãe não, devemos defendê-la, todos, e por isso eu pedi para todos rezarem o Terço neste mês de outubro, todos os dias, pela unidade da Igreja” . “A Mãe deve ser defendida com oração e penitência”.
Os ataques ao Papa e os “insensatos Gálatas”
Portanto o sínodo concluiu-se, mas continua. Cada vez mais somos chamados a “caminhar juntos” – este é o significado da palavra “sínodo” – unidos a Cristo e ao seu Vigário, principalmente neste momento tão difícil para a Igreja. Unidos na alegria e nos sofrimento, na esperança e no testemunho. Unidos na escuta recíproca e na oração. Reparados do Mal sob o manto da Mãe de Deus. O Diabo é aquele que nos divide e nos separa de Deus. Este é o grande testemunho dos que pensam em salvar a Igreja atacando o Papa.
Ainda hoje ressoa a antiga advertência de São Paulo sobre os “Os insensatos Gálatas”: convertidos ao cristianismo tinham sido convencidos de que a salvação viria através da lei. É a tentação de sempre, a idolatria da lei que dá segurança.
“ Mas os que seguem cegamente a lei, na realidade não a obedecem, porque seguem fielmente as normas recebidas – e no fundo a si mesmo, às próprias capacidades de se salvar graças à observância de tais normas – e se afastam dos que a entregaram”
Perde o espírito da lei, perde a humanidade da lei, perde o rosto amoroso do autor da lei, Deus: pensando em obedecê-lo.
A ilusão de se considerar fiéis a Deus
Todo o drama dos opositores do Papa encontra-se aqui: sem sabê-lo, estão se opondo a Jesus, que continua a escandalizar os fariseus de todos os tempos, salvando e curando, gratuitamente, por pura misericórdia. Jesus caminha entre nós e passa com a sua graça: para acolhê-la não se pode parar (Lc 13, 1-35). O amor precisa de movimento, caminha, como Abraão que pela fé deixou sua terra sem saber onde ir. A fé cristã não é uma religião do Livro, de uma lei escrita, muda, imóvel (Catecismo da Igreja Católica, 108), mas é a religião da Palavra de Deus, uma Palavra viva que continua a falar, diz coisas novas, que antes não entendíamos, está sempre em movimento. É Jesus. Que deve ser seguido. Para que não ficássemos limitados à lei e afastados d’Ele, Jesus nos deu um homem, frágil como nós, frágil como Pedro, como seu Vigário. Seguir o Papa é um ponto de referência, estável mas dinâmico, para continuar a seguir Jesus. O Demônio quer romper esta ligação para nos separar do Redentor, Aquele que doa a verdadeira liberdade de amar. Eis o engano diabólico: trabalhar para o diabo acreditando estar ao serviço de Deus.
A beleza de caminhar juntos
O sínodo acabou, mas continua. Nos chama a testemunhar todos os dias a alegria do encontro com Jesus. A beleza da unidade, no caminhar juntos, unidos ao Papa, na escuta do Espírito Santo, repelindo as tentações daquele que quer dividir e acolhendo com fé a oração de Jesus ao Pai “para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo 17, 21).
Via Vatican News