terça-feira, 2 de novembro de 2010

Em breve, 70 anos do martírio das Irmãs, Filhas do Amor Divino


 


Até mesmo o melhor escritor da literatura mundial seria incapaz de descrever os horrores dos cinco dias de caminhada das religiosas através do monte Romanija.
Que palavra desta nossa língua croata poderia descrever, com fidelidade, a dor expressa nos lamentos e nos gritos femininos daquela noite pavorosa no quartel à margem do rio Drina? E qual o escritor que poderia descrever as lágrimas e a dor de um garoto de 11 anos diante dos quatro corpos, sem vida, jogados no Drina?
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O livro AS MÁRTIRES DO DRINA não pretende ser uma acusação contra ninguém; não pretende desmerecer povo algum e nenhum exército. Em cada sociedade há pessoas humanas e desumanas. Este livro pretende ser uma condenação ao ódio, ao mal e a tudo o que há de animalesco no homem. Nós, que acreditamos em Cristo, sabemos que o ódio e a intolerância nacional e religiosa, a mitomania nacionalista e a hegemonia de um povo sobre outro, são a causa dos acontecimentos mais vergonhosos da história da humanidade.
Talvez aqueles “cetnik” não quisessem assassinar as Irmãs em Gorazde. Queriam violentá-las, ao modo de tantos soldados dissolutos que querem ter mulheres apenas para seu prazer. Mas, quando as virgens, como leoas, se rebelaram para defender a honra, a dignidade de mulheres e, sobretudo, a própria consagração a Cristo, e quando, na impossibilidade de defender-se da luxúria e da estupidez, preferiram um salto no vazio, aí então aqueles soldados, furiosos por causa da paixão insatisfeita, as mataram.


(do livro AS MÁRTIRES DO DRINA, BAKOVIC, Anto, página 33,34)

postagem de Ir. Luzia Valladão

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