terça-feira, 7 de novembro de 2017

Festa de Nossa Senhora da Apresentação começa dia 11

A programação da festa da padroeira da Arquidiocese e da cidade de Natal, Nossa Senhora da Apresentação, tem início no próximo sábado, 11. Às 18 horas, haverá procissão, saindo da antiga Catedral para a Catedral Metropolitana, onde será celebrada missa solene, presidida pelo arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha.
No período de 12 a 20, a programação será intensa nas duas Igrejas. Na Igreja de Nossa Senhora da Apresentação (antiga Catedral), às 5 horas, acontecerá o ‘Caminhando com Maria’, saindo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, culminando na antiga Catedral, com a celebração de missa. Às 16h30, haverá recitação do Ofício de Nossa Senhora e missa. Já, na Catedral Metropolitana haverá celebração de missa às 8h, às 11h e às 16 horas. Nos sábados, a celebração será às 11h e às 16h30, e, aos domingos, às 7h, às 11h e às 19 horas. Diariamente, às 19h, acontecerá a novena, seguida da parte sócio-cultural, com quermesse e apresentações de cantores e bandas potiguares, no pátio da Catedral.
Os festejos serão encerrados no dia 21 de novembro, feriado no município de Natal. Todo o novenário da festa será transmitido pela internet, através dos meios de comunicação da Arquidiocese de Natal.
A programação completa da festa está disponível no http://arquidiocesedenatal.org.br/wp-content/uploads/2017/10/FOLDER-2017.pdf 

ONU Brasil lança campanha pelo fim da violência contra a juventude negra

A Organização das Nações Unidas no Brasil lança hoje, dia 7 de novembro, em Brasília, a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros.
A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da equipe de país da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial.
Racismo
Para a ONU, o racismo é uma das principais causas históricas da situação de violência e letalidade a que a população negra está submetida. Atualmente, um homem negro tem até 12 vezes mais chance de ser vítima de homicídio no Brasil que um não negro, segundo o Mapa da Violência.
O lançamento, com divulgação de vídeos e materiais de campanha, terá início às 15h30, na Casa da ONU, em Brasília (DF), e contará com a presença do coordenador residente das Nações Unidas, Niky Fabiancic; de representantes do governo e da sociedade civil que atuam no tema; e do ator Érico Brás – apoiador da campanha “Vidas Negras” e participante dos vídeos e peças.
No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%.
Agenda 2030
“O Brasil é um dos 193 países comprometidos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos principais compromissos dessa nova agenda é não deixar ninguém para trás em relação às metas de desenvolvimento sustentável, incluindo jovens negros. Com a campanha Vidas Negras, a ONU convida brasileiras e brasileiros a se engajarem e promoverem ações que garantam o futuro de jovens negros”, comenta o coordenador residente da ONU, Niky Fabiancic.
Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. O dado revela o grau de indiferença com que os brasileiros têm encarado um problema que deveria ser de todos.
A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade. Além disso, deseja alertar sobre como o racismo tem restringido a cidadania de pessoas negras de diferentes formas.
Vítimas da violência
Segundo dados recentemente divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de cada 1 mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos.
Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado, segundo o Mapa da Violência. A campanha defende que esta morte precisa ser evitada e, para isso, é necessário que Estado e sociedade se comprometam com o fim do racismo — elemento-chave na definição do perfil das vítimas da violência.
Consciência Negra
As peças da campanha abordam diferentes facetas da questão, que vão da discriminação como obstáculo à cidadania plena; passam pelo tratamento desigual de pessoas negras em espaços públicos; e pelo vazio deixado pelos jovens assassinados nas famílias e comunidades; chegando até o problema da filtragem racial (escolha de suspeitos pela polícia, com base exclusivamente na cor da pele).
Participam dos vídeos e demais materiais, além de Érico Brás, Taís Araújo, Kenia Maria, Elisa Lucinda e o Dream Team do Passinho.
A campanha, principal ação do Sistema ONU Brasil no mês da Consciência Negra, não para por aí. Ela seguirá estimulando o debate sobre a necessidade urgente de medidas voltadas para superação do racismo nos diferentes segmentos da sociedade.
Por Rádio Vaticano

Papa: é preciso deixar-se "misericordiar" por Deus

Quando Deus dá um dom, este é irrevogável, não pode ser desfeito. Quando Deus chama, esta chamada permanece toda a vida. Assim começou a homilia do Papa Francisco nesta segunda-feira, 6, na Casa Santa Marta, inspirada pela “eleição de Deus”, presente na leitura do dia de São Paulo aos Romanos.
Na história da salvação, explicou o Papa, três foram os dons e os chamados de Deus ao seu povo. Todos irrevogáveis, porque Deus é fiel: “o dom da eleição, da promessa e da aliança”. Foi assim para Abraão, e é assim para cada um nos dias de hoje.
“Cada um de nós é um eleito, uma eleita de Deus. Cada um de nós carrega uma promessa que o Senhor fez: ‘Caminha na minha presença, seja irrepreensível e eu lhe farei isso’. E cada um de nós faz alianças com o Senhor. Pode fazê-las, não quer fazê-las – é livre. Mas isso é um fato. E também deve ser uma pergunta: como sinto eu a eleição? Ou me sinto cristão por acaso? Como eu vivo a promessa, uma promessa de salvação no meu caminho, e como sou fiel à aliança? Como Ele é fiel?”.
Comentando a leitura de São Paulo, Francisco explicou ainda que o Apóstolo repete quatro vezes duas palavras: “desobediência” e “misericórdia”. Onde há uma, comentou o Papa, está a outra e este é o caminho de Salvação.
“Isso quer dizer que no caminho da eleição, rumo à promessa e à aliança, haverá pecados, haverá a desobediência, mas diante desta desobediência há sempre a misericórdia. É como a dinâmica do nosso caminhar rumo à maturidade: sempre há a misericórdia, porque Ele é fiel, Ele não revoga os seus dons. Os dons são irrevogáveis e isso tudo está interligado, por quê? Porque diante das nossas fraquezas, dos nossos pecados, há sempre a misericórdia e quando Paulo chega a esta reflexão, faz um passo a mais: não de explicação a nós, mas de adoração”.
Francisco recomendou adoração e louvor silencioso diante deste mistério da desobediência e da misericórdia que torna livres e diante desta beleza dos dons irrevogáveis como são a eleição, a promessa e a aliança.
“Penso que pode nos fazer bem, a todos nós, pensar hoje na nossa eleição, nas promessas que o Senhor nos fez e como eu vivo a aliança com o Senhor. E como me deixo – permitam-me a palavra – misericordiar pelo Senhor, diante dos meus pecados, das minhas desobediências. E, no final, se eu sou capaz – como Paulo – de louvar Deus por aquilo que me deu, a cada um de nós: louvar e fazer aquele ato de adoração. Mas jamais se esquecer: os dons e a chamada de Deus são irrevogáveis”.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O que acontecerá na Vinda do Senhor?

Sabemos que os cristãos esperam o Dia do Senhor, que será o Dia da Parusia, da Manifestação gloriosa de Cristo. Mas, em que consistirá esta Manifestação?
Primeiramente é necessário deixar bem claro que o Dia da Vinda do Senhor não é um dia entre os outros dias: é o Dia: Dia que já não pertence à sequência de dias do nosso modo de contar o tempo… Não é um dia de 24 horas. O Dia do Senhor não pertence mais a este nosso tempo; é um Dia sem fim, um Dia eterno, um Dia que já não é mais iluminado pela luz deste sol, mas pelo próprio Sol de Justiça, Cristo glorioso, pleno do esplendor do Espírito Santo.
Assim sendo, duas coisas devem ser claras para nós:
1. Não podemos marcar a data do Dia do Senhor: este Dia estará fora dos dias, meses e anos; já não pertence ao nosso tempo!
2. Também não podemos descrever o que ocorrerá neste Dia. Isto por um motivo simples: este Dia pertence já à eternidade, à Glória e, assim, não pode ser descrito nem comparado a nada neste mundo! Quando a Escritura usa imagens para falar deste Dia, é somente para nos dar uma ideia distante daquilo que ocorrerá. Querer descrever o final dos tempos é fundamentalismo tolo; é rebaixar o Dia eterno aos nossos pobres dias!
Uma coisa é certa: o Senhor virá, glorioso, pleno do esplendor do Espírito Santo, que o ressuscitou dos mortos. 

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Canção Nova lança devocionário e livro dos Mártires

Nesta quinta-feira, 26, na Comunidade Canção Nova, na cidade de Cachoeira Paulista (SP), haverá o lançamento do “Devocionário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu”, do arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e do livro “O Grito do Amor”, do Padre José Pereira Neto, pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Canguaretama. Os dois livros foram publicados pela editora da Canção Nova.
Na quinta-feira, pela manhã, Dom Jaime e o Padre Neto cumprirão uma agenda de entrevistas, em Cachoeira Paulista. Às 14 horas, no Rincão do Meu Senhor, Padre Neto fará uma pregação com o tema: “Meu Senhor, Meu Deus”. Às 16 horas, no Santuário Pai das Misericórdias, será celebrada missa, presidida pelo arcebispo, Dom Jaime. Na ocasião, haverá o lançamento do Devocionário e do livro.
À noite, a partir das 20 horas, Dom Jaime e o Padre Neto participarão do programa “Escola da Fé”, apresentado pelo professor Felipe Aquino, na TV Canção Nova.

Categorias sociais

A atual Constituição Federal, de 1988, no seu quinto artigo, diz: “Todos são iguais perante a lei…”. O Evangelho de Jesus destaca o maior dos Mandamentos: “Amar a Deus e amar o próximo” (Mt 22,37-39). Mesmo sob o conjunto das normas aplicadas em categorias sociais diferentes, o amor é a lei maior, que deve superar as diversas realidades, que compõem a estrutura de uma sociedade.
As categorias não deveriam ter atitudes de contraposição. Para os seguidores de Jesus Cristo, o mandamento maior do amor os leva à prática evangélica. Quem ama a Deus, por consequência, deveria amar também o próximo, mesmo que ele seja de outra categoria. Na pessoa existe a estrutura humana como sustentáculo da existência. Internamente está presente a força da ação de Deus.
Em Jesus Cristo, o amor ao próximo foi na medida do amor do Pai do céu pelos seus filhos. Um amor de doação total, com requinte de morte na cruz. Foi uma prática diferente do que acontece hoje. Temos mortes provocadas com requintes de crueldade, de atitudes totalmente contra os indicativos do Evangelho. O sentido da vida humana, e divina, fica totalmente desrespeitado.
O amar a Deus e ao próximo, mesmo em categorias diferentes, não depende de quanto fazemos para Deus ou para o próximo, mas a forma como a pessoa se comporta nas suas intenções. Os frutos devem ser expressão da vontade de querer fazer e realizar concretamente o bem. Quem ama o próximo dentro desse contexto, automaticamente estará amando a Deus.
Há uma expressão, fundamental para identificar a vida das pessoas, que diz mais ou menos assim: ‘Não se deve fazer a outrem o que não é desejado para si mesmo’ (cf. Ex 22,20). O formato disso deve chegar ao coração de todas as pessoas, seja a qual categoria humana pertença. Tudo depende da sensibilidade interior, onde reina a força sagrada da consciência de cada indivíduo.
O próximo, aquele que Jesus fala, não é apenas o mais necessitado, o carente e marginalizado, mas a pessoa humana com quem existe convivência. O amor verdadeiro se expressa no relacionamento e na superação dos reais obstáculos da convivência, mesmo que sejam mínimos. É dentro disso que a vida passa a ter sentido e é assumida com uma alegria totalmente contagiante.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba

Calendário de eventos do Papa Francisco para os próximos meses

A Viagem Apostólica ao Chile e ao Peru, de 15 a 22 de janeiro de 2018, a Missa de 2 de novembro no Cemitério americano de Netuno e a Missa por ocasião do primeiro Dia Mundial dos Pobres no dia 19 de novembro na Basílica de São Pedro: estes são alguns dos compromissos do Papa Francisco para os meses de novembro, dezembro de 2017 e janeiro de 2018, confirmados no calendário de celebrações presididas pelo Pontífice e divulgado pelo Escritório para as Celebrações Litúrgicas.
O Papa celebra a Missa por ocasião de finados, no dia 2 de novembro, na cidade italiana de Netuno, e depois, no dia 3, na Basílica do Vaticano, celebra a Missa em sufrágios dos cardeais e bispos que morreram durante o ano. No dia 19 está prevista a Missa na comemoração do Dia Mundial dos Pobres, instituído no final do Jubileu da Misericórdia, e no domingo sucessivo, 26 de novembro, a partida para a viagem apostólica a Myanmar e Bangladesh.
Em 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, Francisco realiza o tradicional ato de veneração à Imaculada na Praça de Espanha, no centro de Roma. No dia 12 de dezembro, como todos os anos desde o início do pontificado, na Basílica de São Pedro, o Santo Padre celebra a Missa na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América. Serão realizadas na Basílica Vaticana todas as celebrações de Natal: da Missa da Noite, às 21h30, (hora local) de domingo 24 de dezembro, à Solenidade da Epifania do Senhor, no sábado, 6 de janeiro.
No domingo, 7 de janeiro, o Papa Francisco celebra a Missa na Festa do Batismo de Jesus na Capela Sistina, onde batiza algumas crianças. As celebrações do mês de janeiro se encerram no Chile e Peru na peregrinação que o Papa realiza de 15 a 22 àquele mês.
Por Rádio Vaticano

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

CAMPANHA EM PROL DAS MÃES DA ÁFRICA SEGUE ATÉ 31 DE OUTUBRO

Quem ainda não colaborou financeiramente com o projeto ‘Mães da África’, tem até 31 de outubro para fazer as doações. As contribuições podem ser de qualquer valor e devem ser depositadas nos porquinhos distribuídos nas salas de aula pelo Serviço de Educação Religiosa (SER) do Neves. A campanha começou na Semana do Dia das Crianças e integra as iniciativas de cooperação relacionadas ao Mês Missionário.

Todo o dinheiro arrecadado ajudará as irmãs da Congregação Filhas do Amor Divino, que atuam no país como missionárias voluntárias, a dar continuidade ao trabalho de parto digno às grávidas que vivem em situação de vulnerabilidade social na República da Uganda, no leste africano. Além disso, auxiliará outras mulheres durante o período gestacional.

As doações são realizadas pelo Colégio há 10 anos e mobilizam toda a comunidade escolar. “É um momento para fazer o bem e intensificar a nossa solidariedade como irmãos em Cristo”, diz a coordenadora do SER, Jodalva Oliveira.

Antes do projeto ‘Mães da África’, as gestantes eram obrigadas a levar os utensílios médicos para realizar o pré-natal – uma vez que o governo local não concede o procedimento de forma totalmente gratuita – o que acabava afastando as mães das visitas médicas necessárias antes do parto.

Na iniciativa, as mulheres têm acesso ao kit bebê, que são bolsas com os materiais ideais para a realização dos exames que precedem o nascimento do filho. O kit vem com itens como agulha, algodão, álcool, pinça e remédios.

A idolatria do dinheiro mata, destaca Papa em homilia

O Papa Francisco começou a semana presidindo a Missa na capela da Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 23. Em sua homilia, ele comentou o Evangelho de Lucas, que propõe a parábola do homem rico cujo dinheiro “é o seu deus”. Para o Papa, esta parábola leva a refletir sobre quanto é vão apoiar-se sobre os bens terrenos, destacando que o verdadeiro tesouro, ao invés, é a relação com o Senhor.
Diante da abundância da sua colheita, aquele homem não para: pensa em ampliar o próprio armazém e, “na sua fantasia”, prolongar a vida, explicou o Pontífice. Isto é, aposta em ter mais bens, não conhece saciedade, entra naquele movimento do consumismo exasperado, denuncia o Papa.
“É Deus que coloca o limite a este apego ao dinheiro. Quando o homem se torna escravo do dinheiro. E esta não é fábula que Jesus inventa: esta é a realidade. É a realidade de hoje. É a realidade de hoje. Muitos homens que vivem para adorar o dinheiro, para fazer do dinheiro o próprio deus. Tantas pessoas que vivem somente para isto e a vida não tem sentido. ‘Assim faz quem acumula tesouros para si – diz o Senhor – e não se enriquece junto a Deus’: não sabem o que é enriquecer-se junto a Deus”.
O Papa citou um episódio que aconteceu anos atrás na Argentina – “na outra diocese”, como gosta de definir Buenos Aires –, quando um rico empresário, mesmo consciente de sua doença, decide comprar teimosamente uma mansão, bem sabendo que em pouco tempo deveria se apresentar “diante de Deus”. E também hoje existem essas pessoas famintas de dinheiro e de bens terrenos, pessoas que têm “muitíssimo” diante de “crianças que não têm remédios, que não têm educação, que estão abandonadas”. Nesse cenário, Francisco denunciou sem meias palavras: trata-se “de uma idolatria que mata”, que faz “sacrifícios humanos”.
“Esta idolatria mata de fome muitas pessoas. Pensemos somente num caso: em 200 mil crianças rohingya nos campos para refugiados. Ali existem 800 mil pessoas. 200 mil são crianças. Mal têm o suficiente para comer, estão desnutridas, sem medicamentos. Também hoje isso acontece. Não é algo que o Senhor fala daqueles tempos: não. Hoje! E a nossa oração deve ser forte: Senhor, por favor, toca o coração dessas pessoas que adoram o deus, o deus dinheiro. Toca também o meu coração para que eu não caia nisso, que eu saiba ver”.
Outra consequência, prosseguiu o Papa, é a guerra. Inclusive a guerra familiar. “Todos nós sabemos o que acontece quando está em jogo uma herança: as famílias se dividem e acabam no ódio uma pela outra. O Senhor destaca com suavidade, no final: ‘Quem não se enriquece junto a Deus’. Este é o único caminho. A riqueza, mas em Deus. E não é um desprezo pelo dinheiro, não. É justamente a cobiça, como Ele diz: a cobiça. Viver apegados ao deus dinheiro”.
O Papa conclui explicando o motivo pelo qual a oração deve ser forte: rezar para buscar em Deus o sólido fundamento da existência.

Maria, a Mãe do divino Amor

Meditemos sobre a grandeza e a profundidade do amor da Virgem Maria, Mãe do divino Amor, a Deus e aos seus filhos.

A Santíssima Virgem Maria recebeu a missão especialíssima de ser a Mãe do divino Amor, de Jesus Cristo, o Filho de Deus humanado. No entanto, a sua missão não se limitou à maternidade divina. Mas, ela também recebeu como filhos aqueles que o Filho lhe confiou (cf. Jo 19, 26). E, para que cumprisse fielmente essa dupla missão, ela recebeu de Deus a mais alta capacidade de amar concedida a uma simples criatura.

O amor de Nossa Senhora para com Deus manifestou-se na sua mais tenra idade, quando se consagrou ao serviço do Templo. Depois, o amor da Virgem de Nazaré manifestou-se no acolhimento da vontade de Deus, desde o mistério da Anunciação da vinda do Filho de Deus ao mundo, passando pela sua vida, paixão, morte e ressurreição, até o mistério da sua Ascensão aos Céus. O amor da Mãe da Igreja também se manifestou e continua a se manifestar no cuidado para com os seus filhos, devotos e consagrados.

O amor da Menina Maria na Apresentação no Templo

Uma oferta de amor maior e mais perfeita do que a de Maria Santíssima, ainda menina de três anos, nunca foi e nunca será feita a Deus por uma simples criatura. Pois, ela se apresentou no templo de Jerusalém não para oferecer a Deus aromas ou vitelos, nem talentos de ouro, mas todo seu ser, em perfeito e perene holocausto de amor ao Senhor[1].


A pequena Menina ouviu bem a voz de Deus, que já a chamava para dedicar-se inteiramente ao amor, como está escrito no Cântico dos Cânticos: “Levanta-te, minha amiga; vem, formosa minha” (Ct 2,10). Desde então, queria o Senhor que ela esquecesse sua pátria, sua família, seus parentes, que deixasse tudo para aplicar-se unicamente a amá-lo e a agradar-lhe: “Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai. De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens” (Sl 44, 11-12).

A Virgem Maria obedeceu imediatamente a voz de Deus e, sem olhar para trás, entregou-se inteiramente a Ele. Meditemos sobre o amor com que fez a sua oferta a Deus e o quanto esta lhe foi agradável. Pois, a Menina ofereceu-se prontamente, e sem demora. Além disso, o fez inteiramente, sem reservas, com um amor insuperável por qualquer outra criatura.

O amor da Virgem Santíssima para com Jesus e José

Ao meditarmos sobre a Virgem Maria diante de Deus, no silêncio da humilde casa de Nazaré, podemos contemplar o seu amor esponsal para com São José e, ao mesmo tempo, o seu amor maternal para com o Menino Jesus[2].

O amor da Virgem de Nazaré se manifesta no silêncio e na humildade diante do mistério da Encarnação do Verbo de Deus. Estando grávida pela ação do Espírito Santo, ela não quis justificar-se, mas deixou que José escolhesse livremente ser pai adotivo de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Depois que São José, avisado em sonho por um Anjo, acolheu Maria como esposa e o próprio Filho de Deus como seu, dando-lhe o nome de Jesus (cf. Mt 1, 19-21), ela amou ainda mais seu esposo, com amor puro e sublime, comparável somente ao dos anjos.

Nos mistérios do Santo Rosário, podemos contemplar o amor da Virgem Santíssima e ter ideia da grandeza e da profundidade de seu amor por Jesus Cristo. Sendo assim, meditemos com que amor a Virgem de Nazaré: acolheu o Filho do Altíssimo em seu seio (cf. Lc 1, 26-38); levou-O em seu ventre na visita à sua prima Santa Isabel (cf. Lc 1, 39-45); tomou o Menino Deus em seus braços e envolveu-O em faixas (cf. Lc 2, 7); apresentou o Menino no Templo para ser circuncidado (cf. Lc 2, 22-39); encontrou-O no Templo depois de três dias à sua procura (cf. Lc 2, 41-51). Da mesma forma, nos outros mistérios do Rosário podemos também contemplar com que amor Nossa Senhora dedicou-se ao seu Filho, cumprindo fielmente a sua entrega total a Deus.

O amor da Mãe da Igreja para com seus filhos

O amor incondicional da Virgem Maria para com Deus manifesta-se também nas suas criaturas. A partir de Jesus Cristo, Deus feito homem, e de São José, seu castíssimo esposo, Nossa Senhora ama a cada um de nós, seus filhos.

Este amor da Santíssima Virgem para com seus filhos manifesta de modo especial àqueles que são seus devotos. Incontáveis são os filhos de Maria que experimentam seu amor e cuidado maternos, principalmente nas suas maiores necessidades. Nas capelas, igrejas, basílicas e santuários dedicados a Nossa Senhora, vemos a resposta amorosa de seus filhos, que não cessam de prestar-lhe homenagens.
O amor da Virgem Maria manifesta-se de forma ainda mais especial àqueles que se consagram inteiramente a Jesus Cristo pelas suas mãos maternais. Ao voltarmos nosso olhar para a vida de tantos consagrados ou escravos de amor segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, como foi o Papa São João Paulo II, vemos com que amor a Santíssima Virgem os cerca de cuidados e os leva fácil, rápida, perfeita e seguramente a seu Filho Jesus Cristo[3].

Oração de Santo Afonso Maria de Ligório a Menina Maria

Ó dileta de Deus, amabilíssima menina Maria, ah! Se assim como vos apresentastes no templo e prontamente e inteiramente vos consagrastes à glória e ao amor do vosso Deus, eu pudesse também oferecer-vos neste dia os primeiros anos de minha vida para dedicar-me todo ao vosso serviço, ó santa e dulcíssima Senhora minha, como seria então feliz! Mas não é mais tempo, porquanto, infeliz, tenho perdido tantos anos a servir o mundo e os meus caprichos, quase inteiramente esquecido de vós e de meu Deus. Mas é melhor começar tarde do que nunca. 

Eis, ó Maria, que hoje a vós me apresento, e me ofereço todo ao vosso serviço, por aquele pouco ou muito tempo que me resta de vida neste mundo. A vosso exemplo renuncio a todas as criaturas, e inteiramente me dedico ao amor de meu criador. Consagro-vos, pois, ó minha Rainha, a minha mente para que pense sempre no amor que mereceis; minha língua, para louvar-vos; meu coração, para amar-vos. Aceitai, ó puríssima Virgenzinha, a oferta que vos apresenta esse mísero pecador. 

Aceitai-a, eu vo-lo rogo, por aquela consolação que sentiu o vosso coração, quando no templo vos destes a Deus. E se tarde me dedico ao vosso serviço, é justo que compense o tempo perdido, duplicando os obséquios e o amor. Ajudai com vossa poderosa intercessão, ó Mãe de misericórdia, a minha fraqueza, e impetrai-me do vosso Jesus a perseverança e a fortaleza para ser-vos fiel até à morte, a fim de que, servindo-vos sempre nesta vida, possa depois ir louvar-vos eternamente no céu[4].


Ó Virgem Maria, Mãe do divino Amor, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A devoção a Nossa Senhora e a consagração total


Conheça o novo curso do Padre Paulo Ricardo sobre a devoção a Nossa Senhora e a consagração total ou escravidão de amor.

O site padrepauloricardo.org passou por reformulações em sua plataforma e no dia 12, por ocasião deste Ano Mariano especialíssimo, presenteou Nossa Senhora e a cada um de nós com um curso sobre a devoção e a consagração total, também conhecida como escravidão de amor a Jesus Cristo, Sabedoria encarnada, pelas mãos da Virgem Maria.

O curso responde primeiramente as perguntas: O que é “devoção”? O que significa ser devoto? Como ser mais devoto? Na segunda parte do curso, Padre Paulo explica o que é a devoção a Virgem Maria e porque devemos prestar culto a ela. Trata também da finalidade e da necessidade da devoção mariana. Na última parte, o Sacerdote trata do que é realmente a consagração a Nossa Senhora e quais as razões de nos consagrar. Por fim, temos a explicação das práticas interiores e exteriores da consagração.

Apresentação do curso sobre a consagração a Virgem Maria

A devoção à Virgem Santíssima, à qual todo cristão digno desse nome tem filial afeição e natural inclinação, pode manifestar-se de modos muito distintos e variados conforme as épocas e os lugares. Mais, porém, do que ter inúmeras práticas devocionais — sejam elas interiores ou exteriores —, o que realmente importa é ser devoto de corpo e alma, com a intenção de ser todo de Maria a fim de melhor servir e agradar a Deus. É por isso que, de todas as formas de devoção mariana, a mais perfeita e completa é a chamada consagração total: uma entrega a Jesus Cristo pelas mãos de Nossa Senhora, Rainha e Mãe dos fiéis.

Neste curso de 20 aulas, Padre Paulo Ricardo expõe com grande riqueza de detalhes a doutrina por trás do método de consagração proposto por ninguém menos que S. Luís Maria Grignion de Montfort. Trata-se de um estudo sistemático dos princípios fundamentais da consagração mariana que tem por finalidade, mais do que a simples teoria, levar você a viver plenamente a verdadeira devoção à Virgem Santíssima e, assim, corresponder ao chamado à santidade que Deus faz a todos nós[1].


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Santa Teresa D’Avila, Doutora da Igreja e Mestra de espiritualidade

Próximo de Jesus, Maria e São José, Santa Teresa de Ávila é estrela de primeira grandeza no Céu e intercede pela Igreja sem cessar, assim como, na terra, velava sem se descuidar do Filho de Deus a ele confiado.

Frases de Santa Teresa de Ávila expressam seus pensamentos

“Quem ama faz sempre comunidade; não fica nunca sozinho.”
“A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa.”
“Falais muito bem com outras pessoas, por que vos faltariam palavras para falar com Deus?”

“A amizade com Deus e a amizade com os outros é uma mesma coisa, não podemos separar uma da outra.”
“Em tempos de tristeza e inquietação, não abandones nem as boas obras de oração nem a penitência a que estás habituada. Antes, intensifica-as. E verás com que prontidão o Senhor te sustentará.”
“Quem não deixa de caminhar, mesmo que tarde, afinal chega. Para mim, perder o caminho é abandonar a oração.”
“O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas.”
“O verdadeiro humilde sempre duvida das próprias virtudes e considera mais seguras as que vê no próximo.”
“Humildade é a verdade.”
“Espera um pouco, filha, e verás grandes coisas.”
“Vocês pensam que Deus não fala, porque não se ouve a Sua voz? Quando é o coração que reza, Ele responde.”
“O Senhor sempre dá oportunidade para oração quando a queremos ter.”
“Falte-me tudo, Senhor meu, mas se Vós não me desamparardes, não faltarei eu a Vós.”

Papa anuncia Sínodo do Bispos para a região Pan-Amazônia

O Papa Francisco anunciou neste domingo, 15, antes de rezar a oração mariana do Angelus, uma Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-Amazônia, que acontecerá em outubro de 2019.
O Santo Padre explicou que esta reunião discutirá novos métodos para que a palavra do Evangelho chegue a esta porção do Povo de Deus comumente esquecida. 
“O objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta. Que os novos Santos intercedam por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação, todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”, disse Francisco.
Há vários meses, tem-se cogitado a realização de um encontro do Papa no Vaticano com os bispos de toda a região (constituída por nove países). A meta é avaliar os desafios e buscar respostas comuns para seus mais de 30 milhões de habitantes.
Em maio deste ano, o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da REPAM, Rede Eclesial Pan-amazônica, em entrevista à Rádio Vaticano, ressaltou a importância de dois aspectos fundamentais: “o propriamente missionário e evangelizador naquela região, e a questão ecológica: a importância da floresta Amazônica e a ameaça que ela está sofrendo de destruição, de degradação, de desmatamento, etc”. 
A REPAM trabalha em conjunto com a Santa Sé, Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Secretariado da América Latina e Caribe de Caritas (SELACC) e a Confederação Latino-americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR).
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

Canonizações: os Protomártires brasileiros e o martírio


A evangelização no Rio Grande do Norte
O Papa Francisco canonizou 30 mártires do Brasil, de Cunhaú e Uruaçu, neste domingo 15 de outubro de 2017, em Roma, Praça de São Pedro.
O Papa também canonizou Cristóbal, Antonio e Juan, mortos por ódio à fé em 1527 e 1529, e considerados os Protomártires do México e de todo o continente americano, e o sacerdote espanhol Faustino Míguez, fundador do Instituto Calasanzio, Filhas da Divina da Divina Pastora,  e o Frade Menor Capuchinho italiano Angelo d’Acri.
A evangelização no Rio Grande do Norte foi iniciada em 1597 por missionários jesuítas e sacerdotes diocesanos, originários do reino católico de Portugal. Nas décadas seguintes, a chegada dos holandeses, de religião calvinista, provocou a restrição da liberdade de culto para os católicos que, a partir daquele momento, foram perseguidos. É neste contexto que se verifica o martírio dos Beatos, em dois episódios distintos.
O primeiro acontece em 16 de julho de 1645, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú. Decorria a Missa dominical celebrada pelo pároco, Padre André de Soveral, quando um grupo de soldados holandeses, com índios ao seu séquito, fez irrupção no lugar sagrado e massacrou os féis inermes.
O segundo episódio remonta a 3 de outubro do mesmo ano. Terrorizados pelo sucedido, os católicos de Natal procuraram pôr-se a salvo em abrigos improvisados, mas em vão. Feitos prisioneiros, juntamente com o seu pároco, o Padre Ambrósio Francisco Ferro, foram levados para perto de Uruaçu, onde os esperavam soldados holandeses e cerca de duzentos índios, cheios de aversão contra os católicos. Os féis e o seu pároco foram horrivelmente torturados e deixados morrer entre bárbaras mutilações.
Do numeroso grupo de féis assassinados, conseguiu-se identificar com certeza apenas trinta. São eles: P. André de Soveral e Domingos Carvalho, mortos em Cunhaú; P. Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela, o jovem, e sua filha, José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, João Lostão Navarro, Antônio Vilela Cid, Estêvão Machado de Miranda e duas filhas, Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, Antônio Ba – racho, João Martins e sete companheiros, Manuel Rodrigues Moura e sua esposa, uma filha de Francisco Dias, o jovem, mortos em Uruaçu.
Os Padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e 27 companheiros leigos foram beatificados pelo Papa João Paulo II, no dia 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro. Agora, serão os primeiros Santos mártires do Brasil.

ZENIT

O Terço é uma oração mariana ou cristológica?

Saiba se o Rosário ou Terço é uma oração é mariana ou cristológica e como compreender teologicamente essa oração.

Neste artigo, respondemos a mensagem de Paulo Glicério de C. Reis, que tem uma dúvida teológica sobre o Santo Rosário ou Terço Mariano: “Sou da Legião de Maria e do Terço dos Homens e gostaria de saber se a oração do Terço é uma oração mariana ou cristológica”.

Responder a essa questão nesses dias é muito significativo, tendo em vista que estamos nos aproximando da festa de Nossa Senhora do Rosário e do encerramento do Ano Nacional Mariano. Gostaríamos de dar uma resposta mais breve, mas, devido à complexidade do tema e da ocasião oportuna – pois estamos no mês do Rosário e neste Ano Mariano especialíssimo, no qual celebramos os 300 anos de Aparecida e os 100 anos de Fátima – decidimos responder a questão em três artigos. Neste primeiro, trataremos do Rosário enquanto memorial de Jesus Cristo com a Virgem Maria e como escola mariana de aprendizado da mensagem do Evangelho.

O Rosário como recordação de Cristo com Maria

A oração do Terço tem um caráter marcadamente mariano. Na verdade, o Rosário situa-se no mais claro horizonte de um culto a Virgem Maria, Mãe de Deus, tal como delineou o Concílio Vaticano II. Este culto mariano está orientado ao centro cristológico da fé cristã, de forma que, “honrando a Mãe, melhor se conheça, ame e glorifique o Filho”[1]. Assim sendo, o caráter mariano do Rosário não nos separa, mas nos une mais intimamente a Jesus Cristo e aos mistérios de Sua encarnação, paixão, morte e ressurreição. Embora o Terço seja uma oração mariana, tem seu carácter próprio de contemplação cristológica. Por isso, podemos dizer que, na oração do Rosário, contemplamos os mistérios de Jesus Cristo na companhia da Virgem Maria.

A contemplação de Maria é, antes de tudo, memorial ou recordação. Nas Sagradas Escrituras, palavra memória é a tradução do termo hebraico zikaron, cuja raiz é zakar, que significa e, ao mesmo tempo, atualiza as obras realizadas por Deus na história da salvação da humanidade. A Bíblia é narração de acontecimentos salvíficos, que culminam em Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado. Para nós, cristãos, estes acontecimentos não constituem somente um “ontem”, mas também o “hoje” da história da salvação.

A atualização dos acontecimentos salvíficos realiza-se de modo particular na Liturgia. O que Deus realizou séculos atrás não está relacionado somente com as testemunhas diretas dos acontecimentos, mas alcança, pelo Seu dom de graça, os homens de todos os tempos. De certo modo, isso também vale para qualquer outra piedosa ligação com esses acontecimentos. Fazer memória deles, em atitude de fé e de amor, significa abrir-se à graça que Cristo nos obteve com os seus mistérios de vida, morte e ressurreição.
A Liturgia, como exercício do ofício sacerdotal de Cristo e culto público, é “a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força”[2]. No entanto, convém lembrar que “a participação na sagrada Liturgia não esgota a vida espiritual. O cristão, chamado a rezar em comum, deve também entrar no seu quarto para rezar a sós ao Pai (cf. Mt 6, 6); mais, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar (cf. 1 Ts 5, 17)”[3]. O Rosário faz parte desse quadro diversificado da oração “incessante”. Nesse sentido, se a Liturgia, ação de Cristo e da Igreja, é ação salvífica por excelência, o Rosário, enquanto meditação sobre Cristo com Maria, é contemplação salutar dessa ação. De fato, entrar na vida do Redentor, de mistério em mistério, faz com que tudo aquilo que Ele realizou e a Liturgia atualiza seja profundamente assimilado em nós e modele a nossa existência.


Meditar o Rosário para apreender Cristo de Maria
Jesus Cristo é o Mestre por excelência, o Revelador e a Revelação, a Palavra de Deus encarnada. Sendo assim, conhecer o Evangelho não se trata somente de aprender o que Ele ensinou, mas também de “apreender Ele”, de acreditar que Jesus está presente em nosso interior. Nesse sentido, existe mestra mais experimentada do que a Virgem Maria? Se do lado de Deus o Espírito Santo é o Mestre interior que nos conduz à verdade plena de Cristo (cf. Jo 14, 26; 15, 26;16, 13), entre os seres humanos, ninguém melhor do que Ela conhece Cristo e, consequentemente, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo conhecimento do Seu mistério.

O primeiro milagre realizado por Jesus na ordem da natureza – a transformação da água em vinho nas bodas de Caná – mostra-nos precisamente Nossa Senhora no papel de mestra, quando exorta os servos a cumprir as disposições de seu Filho (cf. Jo 2, 5). No Cenáculo, podemos imaginar que Ela tenha desempenhado a mesma função com os discípulos depois da Ascensão de Jesus, quando ficou com eles à espera do Espírito Santo (cf. At 1, 14) e os animou na primeira missão. Meditar com ela os mistérios do Rosário é como que frequentar a “escola” de Maria para apreender Cristo, penetrar nos Seus segredos, compreender a Sua mensagem.


A escola de Maria é ainda mais eficaz quando cremos que ela obtém-nos os dons do Espírito Santo com abundância e, ao mesmo tempo, propõe-nos o exemplo daquela “peregrinação da fé”[4], na qual é mestra inigualável. Diante de cada mistério do seu Filho, a Mãe de Deus nos convida, como fez na sua Anunciação, a colocar humildemente as perguntas que abrem à luz da verdade, para concluir sempre com a obediência da fé: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

NEVES: Ação social acontece nesta quarta-feira (11), a partir das 13h30, e mobiliza 130 voluntários

Para festejar o Dia das Crianças, o Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal/RN, recebe nesta quarta-feira (11) cerca de 400 alunos da rede pública de ensino para uma tarde de lazer e muita descontração. A iniciativa acontece das 13h30 às 17h e tem a participação de 130 voluntários.

A ação beneficiará estudantes do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) São Francisco de Assis e da Escola Estadual Cônego Monte. Juntos, participarão de banho de piscina, caça ao tesouro, sorteio de brindes, brincadeiras populares e contações de histórias.

A programação também inclui a apresentação do espetáculo ‘O cavalo transparente’, protagonizado pelos atores mirins do Grupo de Teatro Infantil do Colégio das Neves. Com decoração, sonoplastia e figurino especiais, a peça tem formato de musical e é uma releitura da obra da escritora Sílvia Orthof.

O Dia das Crianças do Neves conta com a participação de 130 voluntários da instituição que, ao longo do mês de setembro, doaram e arrecadaram tempo, brinquedos, doces e recursos financeiros junto à comunidade em geral. “O amor ao próximo é uma das filosofias pregadas pelo Neves. Por isso, será um momento muito importante e especial na vida dos meninos e meninas que prestigiarão o evento em nosso colégio”, afirma Ana Régis, coordenadora do Neves Voluntário.