quinta-feira, 24 de maio de 2018

Santa Sé debate novas políticas e estilos de vida na era digital

Com o tema “Debate sobre novas políticas e estilos de vida na era digital”, realiza-se em Roma, hoje e sexta-feira, 24 e 25 de maio, e no Vaticano, no sábado, dia 26, a Conferência internacional 2018 promovida pela Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, por ocasião do 25º aniversário de sua instituição, em 1993, com um ato quirógrafo de São João Paulo II.
Na conclusão, audiência privada com o Papa Francisco
No sábado terá lugar uma sessão presidida pelo secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, na qual o Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, fará uma reflexão sobre o tema “Uma agenda cristã comum para o Bem Comum”. Ao término, os participantes terão uma audiência privada com o Papa Francisco.
Expoentes do mundo acadêmico
O evento internacional terá trinta e quatro conferencistas, provenientes de várias partes do mundo. Entre estes, expoentes da Pontifícia Academia para a Vida, da Fundação Vaticana Gravissimum Educationis, da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), da Conferência Europeia dos Sindicatos e um certo número de economistas engajados no trabalho acadêmico e dirigentes empresariais.
“Os temas fundamentais da economia, da solidariedade, da formação, da alimentação e da evangelização nortearão a Conferência internacional.”
A Conferência terá início com uma sessão que proporá várias contribuições de caráter interdisciplinar sobre quais são as prioridades e princípios de uma economia centralizada na dignidade e solidariedade entre as pessoas, lançando um olhar, ao mesmo tempo, para as “novidades” que hoje exercem maior impacto em nossa vida.
Formação dos jovens segundo as exigências atuais
Ademais, uma sessão de trabalho abordará o tema da formação refletindo sobre como esta pode ser voltada para preparar os jovens a inserir-se numa área de trabalho que atualmente e cada vez mais requer novas especializações e capacidades de renovar-se continuamente.
Nas considerações finais, os esforços de evangelização
Outra sessão introduzirá um tema de discussão – entre os que foram indicados pelo Papa Francisco – concernente à cadeia alimentar e à cultura “do descartável”. Evocando o momento voltado para os esforços de evangelização num mundo cada vez mais caracterizado por conflitos, a sessão conclusiva se concentrará nas considerações do prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni.
Por Vatican News

Papa: explorar o trabalhador é pecado mortal

Tomar distância das riquezas, porque estas nos foram oferecidas por Deus para doá-las aos outros. A este tema o Papa Francisco dedicou a missa celebrada na manhã de quinta-feira (24/04) na Casa Santa Marta.
Na memória de Nossa Senhora Auxiliadora, o Pontífice celebrou a missa na intenção do “nobre povo chinês”, que festeja a Virgem de Sheshan em Xangai.
Riqueza apodrecida
O Papa se inspirou Leitura de São Tiago apóstolo, que fala do salário não pago aos trabalhadores e o seu clamor que chega aos ouvidos do Senhor. Francisco destaca que Tiago usa expressões contundentes para falar aos ricos, sem meias palavras, condenando a “riqueza apodrecida”, como fez Jesus:
“Ai de vós ricos!”, é o primeiro ataque depois das Bem-aventuranças na versão de Lucas. “Ai de vós ricos!”. Se alguém fizer uma pregação assim, no dia seguinte nos jornais aparece: “Aquele padre é comunista!”. Mas a pobreza está no centro do Evangelho. A pregação sobre a pobreza está no centro da pregação de Jesus: “Bem-aventurados os pobres” é a primeira das Bem-aventuranças. E a carteira de identidade com a qual Jesus se apresenta quando volta ao seu vilarejo, a Nazaré, na sinagoga, é: “O Espírito está sobre mim, fui enviado para anunciar o Evangelho, a Boa Nova aos pobres, o alegre anúncio aos pobres”. Mas na história sempre tivemos esta fraqueza de tentar tirar esta pregação sobre a pobreza, acreditando se tratar de algo social, político. Não! É Evangelho puro, é Evangelho puro.
Dois senhores
Francisco convidou a refletir sobre o porquê de uma pregação assim “tão dura”. A razão está no fato de que “as riquezas são uma idolatria”, são capazes de “seduzir”. O próprio Jesus, explicou o Papa, disse que “não se pode servir a dois senhores: ou você serve a Deus ou às riquezas”: dá, portanto, uma “categoria de ‘senhor’ às riquezas, isto é, a riqueza “o pega e não o larga e vai contra o primeiro mandamento”, amar a Deus com todo o coração.
As riquezas vão também contra o segundo mandamento, porque destroem a relação harmoniosa “entre nós homens”, “estragamos a vida”, “estragamos a alma”. O Papa recordou a Parábola do rico – que pensava na “boa vida”, nas festas, nas roupas luxuosas – e do mendicante Lázaro, “que não tinha nada”.
Tiago sindicalista
As riquezas, reiterou, “nos levam embora a harmonia com os irmãos, o amor ao próximo, nos fazem egoístas”. Tiago reivindica o salário dos trabalhadores que cultivaram a terra dos ricos e não foram pagos: “alguém poderia confundir o apóstolo Tiago com um sindicalista”, afirmou Francisco. E na verdade, acrescentou, o apóstolo “fala sob a inspiração do Espírito Santo”. Parece uma coisa dos nossos dias, disse o Papa:
Também aqui, na Itália, para salvar os grandes capitais deixam as pessoas sem trabalho. Vai contra o segundo mandamento e quem faz isto: “Ai de vós!”. Não eu, Jesus. Ai de vocês que exploram as pessoas, que exploram o trabalho, que pagam de maneira informal, que não pagam a contribuição para a aposentadoria, que não dão férias. Ai de vós! Fazer “economias”, fraudar o que se deve pagar, o salário, é pecado, é pecado. “Não, padre, eu vou à missa todos os domingos e participo daquela associação católica e sou muito católico e faço a novena disso…”. Mas você não paga? Essa injustiça é pecado mortal. Você não está nas graças de Deus. Não sou eu que estou dizendo, é Jesus, é o apóstolo Tiago. Por isso as riquezas nos afastam do segundo mandamento, do amor ao próximo.
Rezar pelos ricos
As riquezas, portanto, têm uma capacidade que nos tornar “escravos”: por isso Francisco exorta a “fazer um pouco mais de oração e um pouco mais de penitência” não pelos pobres, mas pelos ricos.
Você não é livre diante das riquezas. Você para ser livre diante das riquezas deve tomar distância e rezar para o Senhor. Se o Senhor lhe deu riquezas é para distribui-las aos outros, para fazer em seu nome tantas coisas boas para os outros. Mas as riquezas têm esta capacidade de nos seduzir e nesta sedução nós caímos, somos escravos das riquezas.
Por Vatican News

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Diretor da Transparência Internacional fala a bispos sobre combate à corrupção

No final da manhã de ontem, 22/5, no primeiro turno de trabalhos da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o economista Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional no Brasil, falou aos bispos sobre os trabalhos da entidade e sobre o fenômeno da corrupção no mundo inteiro. Na exposição feita, ele apresentou dados sobre o Brasil e anunciou para o dia 28 de maio, em São Paulo (SP), o lançamento de uma campanha em combate à corrupção no país.
Exposição
No início, Bruno Brandão fez uma breve apresentação aos bispos sobre a origem e a natureza do trabalho da Transparência Internacional. Ele lembrou que a organização surgiu 1993 e foi fundada por um ex diretor do Banco Mundial, Peter Eligen. A ideia da necessidade de um trabalho internacional de avaliação sobre a corrupção veio do tempo que ele atuou no Banco quando cuidava do setor que enviava recursos financeiros para projetos de desenvolvimento na África e esses recursos acabavam nos bolsos de famílias abastadas.
Brandão também mostrou que Peter Eligen percebeu que o tema não costumava aparecer nos relatórios do Banco. Essa preocupação o fez iniciar um trabalho que hoje se encontra representado em 110 países do mundo, levando sempre uma abordagem apartidária e fazendo enfoques sistêmicos que mostram como há distorções no cumprimento original dos recursos públicos ou corporativos. Ele lembrou que um dos propósitos fundacionais da Transparência Internacional é fortalecer a sociedade civil.
No Brasil, a organização chamada de Transparência Brasil, esclareceu Brandão, já foi ligada à Transparência Internacional, mas decidiu, recentemente e de forma pacífica, tomar um caminho próprio. O diretor disse ainda que a organização que dirige no país faz estudos com foco na qualidade das leis, das instituições e levanta possibilidades de transformações sistêmicas, uma vez que a corrupção é um problema sistêmico.
Corrupção: problema ocultoO Diretor da Transparência Internacional no Brasil lembrou aos bispos, no plenário do Consep, que a corrupção é um fenômeno com enormes possibilidades de medida e de avaliação da intensidade por se tratar de um problema oculto e disse: “a corrupção que a sociedade fica sabendo é aquela que deu errado”.
Brandão, ainda na sua exposição, mostrou que o Brasil é um país que não tem leis para proteger as pessoas que denunciam corrupção e que sua organização evita tratar de casos concretos para permanecer na análise de fundo que pode levantar o problema de forma sistêmica. Apesar desse propósito, a Transparência Brasil elaborou algumas ferramentas que podem ajudar no estudo de problemas concretos de corrupção. A ferramenta mais conhecida e usada em mais de 180 países é o índice de percepção da corrupção.
Índice de percepção da corrupçãoO último levantamento do índice de percepção da corrupção mostra que o Brasil ocupa o 96º lugar. A lista é encabeçada por três países onde a corrupção é menos percebida, menos presente – Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia – e encerrada por três países onde se percebe mais corrupção no mundo: Síria, Sudão do Sul e Somália. Segundo Brandão, o Brasil caiu 17 posições no último ano.
Brandão lembrou que apesar dessa lista coincidir com países desenvolvidos com melhores índices e em desenvolvimento com piores índices, há uma constatação surpreendente. Considerando, por exemplo, o nível de corrupção envolvendo empresas e poderes públicos, percebe-se que países desenvolvidos que não praticam corrupção em suas sedes, exportam propina. A lista dos países que corrompem fora de seus é encabeçada por Holanda, Suíça e Bélgica.
Força da sociedade brasileira no combate à corrupçãoBrandão apresentou aos bispos um dado de esperança: 87% dos brasileiros, segundo pesquisa feita pela Transparência Internacional, acredita que o cidadão comum pode fazer uma diferença no combate à corrupção. Foi o melhor índice da pesquisa comparando o resultado em 77 países. E ressaltou:
  • 8 em cada 10 brasileiros acreditam que o cidadão comum pode fazer diferença no combate à corrupção;
  • 3 a cada 4 brasileiros concordam que é socialmente aceitável reportar corrupção;
  • 81% dos brasileiros se sentem pessoalmente obrigados a reportar corrupção;
  • 7% dos brasileiros passaria um dia inteiro em um tribunal para fornecer evidências de casos de corrupção.
Campanha “Unidos contra a corrupção”O diretor da Transparência Internacional terminou a exposição – que foi seguida de um amplo debate – convidando a CNBB e os bispos para participarem de uma campanha que será lançada na sede da organização, em São Paulo, no próximo dia 28, sábado, que tem como título: “unidos contra a corrupção”.
Para formatar essa campanha, a organização reuniu especialistas e fez consulta pública sobre a elaboração de “novas medidas para acabar com esse velho problema do Brasil”. A campanha será dirigida a toda a população e tem objetivo de colaborar com a formação para o voto consciente nas próximas eleições de outubro, por ser, segundo Brandão, sinal de compromisso com a democracia.
Por CNBB

Papa: com o Sacramento da Crisma ser sal e luz do mundo

Apesar do mau tempo, milhares de fiéis participaram com o Papa Francisco da Audiência geral desta quarta-feira (23/5).
Na Praça S. Pedro, os peregrinos ouviram o Pontífice iniciar um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado ao sacramento da Crisma, também chamado Confirmação, quando os fiéis recebem o dom do Espírito Santo.
Sal e luz do mundo
Aos seus discípulos, Jesus confiou uma grande missão: ser sal da terra e luz do mundo. “São imagens que nos levam a pensar no nosso comportamento, porque seja a carência, seja o excesso de sal comprometem o alimento, assim como a falta ou excesso de luz impedem de ver”, disse o Papa, acrescentando que somente o Espírito de Cristo nos dá o sabor e a luz que clareia o mundo.
Este dom é recebido justamente no Sacramento da Confirmação. “Confirmação porque confirma o Batismo e reforça a sua graça; assim também “Crisma” porque recebemos o Espírito mediante a unção com o “crisma” – óleo consagrado pelo Bispo – termo que remete a “Cristo”, o Ungido pelo Espírito.
Nada podemos sem o Espírito Santo
Renascer para a vida divina no Batismo é o primeiro passo, explicou o Papa, depois é preciso se comportar como filhos de Deus, ou seja, conformar-se ao Cristo que atua na santa Igreja.
“Sem a força do Espírito Santo não podemos fazer nada. Assim como toda a vida de Jesus foi animada pelo Espírito, assim também a vida da Igreja e de cada seu membro está sob a guia do mesmo Espírito.”
A carteira de identidade de Cristo
Francisco ressaltou o modo com o qual Jesus se apresenta na sinagoga de Nazaré, a sua a carteira de identidade, isto é, Ungido pelo Espírito. «O Espírito do Senhor está sobre mim; por isso me consagrou com a unção e me enviou a levar aos pobres o alegre anúncio » (Lc 4,18).
O “Respiro” do Cristo Ressuscitado enche de vida os pulmões da Igreja. Pentecostes é para a Igreja aquilo que para Cristo foi a unção do Espírito recebida no Jordão, isto é, o impulso missionário a viver a vida pela santificação dos homens, a glória de Deus.
Deixar-se guiar pelo Espírito
No momento de fazer a unção, explicou ainda Francisco, o bispo diz estas palavras: “Receba o Espírito Santo que lhe foi confiado como dom”.
“É o grande dom de Deus”, finalizou o Pontífice. “Todos nós temos o Espírito dentro, o Espírito está no nosso coração, na nossa alma. E o Espírito nos guia para que nos tornemos sal e luz na medida certa aos homens. O testemunho cristão consiste em fazer somente e tudo aquilo que o Espírito de Cristo nos pede, concedendo-nos a graça de o realizar.”
Por Vatican NewsApesar do mau tempo, milhares de fiéis participaram com o Papa Francisco da Audiência geral desta quarta-feira (23/5).
Na Praça S. Pedro, os peregrinos ouviram o Pontífice iniciar um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado ao sacramento da Crisma, também chamado Confirmação, quando os fiéis recebem o dom do Espírito Santo.
Sal e luz do mundo
Aos seus discípulos, Jesus confiou uma grande missão: ser sal da terra e luz do mundo. “São imagens que nos levam a pensar no nosso comportamento, porque seja a carência, seja o excesso de sal comprometem o alimento, assim como a falta ou excesso de luz impedem de ver”, disse o Papa, acrescentando que somente o Espírito de Cristo nos dá o sabor e a luz que clareia o mundo.
Este dom é recebido justamente no Sacramento da Confirmação. “Confirmação porque confirma o Batismo e reforça a sua graça; assim também “Crisma” porque recebemos o Espírito mediante a unção com o “crisma” – óleo consagrado pelo Bispo – termo que remete a “Cristo”, o Ungido pelo Espírito.
Nada podemos sem o Espírito Santo
Renascer para a vida divina no Batismo é o primeiro passo, explicou o Papa, depois é preciso se comportar como filhos de Deus, ou seja, conformar-se ao Cristo que atua na santa Igreja.
“Sem a força do Espírito Santo não podemos fazer nada. Assim como toda a vida de Jesus foi animada pelo Espírito, assim também a vida da Igreja e de cada seu membro está sob a guia do mesmo Espírito.”
A carteira de identidade de Cristo
Francisco ressaltou o modo com o qual Jesus se apresenta na sinagoga de Nazaré, a sua a carteira de identidade, isto é, Ungido pelo Espírito. «O Espírito do Senhor está sobre mim; por isso me consagrou com a unção e me enviou a levar aos pobres o alegre anúncio » (Lc 4,18).
O “Respiro” do Cristo Ressuscitado enche de vida os pulmões da Igreja. Pentecostes é para a Igreja aquilo que para Cristo foi a unção do Espírito recebida no Jordão, isto é, o impulso missionário a viver a vida pela santificação dos homens, a glória de Deus.
Deixar-se guiar pelo Espírito
No momento de fazer a unção, explicou ainda Francisco, o bispo diz estas palavras: “Receba o Espírito Santo que lhe foi confiado como dom”.
“É o grande dom de Deus”, finalizou o Pontífice. “Todos nós temos o Espírito dentro, o Espírito está no nosso coração, na nossa alma. E o Espírito nos guia para que nos tornemos sal e luz na medida certa aos homens. O testemunho cristão consiste em fazer somente e tudo aquilo que o Espírito de Cristo nos pede, concedendo-nos a graça de o realizar.”
Por Vatican News

Você sabia que São José de Anchieta dava ordens aos animais e eles o obedeciam?

Sua capacidade de mandar até sobre animais selvagens rendeu-lhe a o título de “primeiro Adão”. Em sua própria explicação, “o homem obediente a Deus tem todas as criaturas subjugadas”. Em dada ocasião, as pessoas saíram correndo de uma cobra. Ele, com toda a calma, tranquilizou-as e disse para a cobra: “Eu já não disse pra você parar de fazer essas maldades?”. A cobra abaixou a cabeça e foi embora… Isso acontecia praticamente todos os lugares pelos quais passava. Anchieta dominava onças e cobras – tinha “poder para pisar serpentes e escorpiões” (Sl 90,13), poder-se-ia dizer – e causava, com isso, a conversão de inúmeras pessoas.
Mais impressionante que seu poder com os animais, era sua extraordinária ação sobre os índios. Em Iperoig, sozinho, quando os índios irados se aproximavam para matá-lo, como vimos, eles imediatamente se detinham, olhavam para o seu rosto e desistiam de seu intento. Várias vezes, sertão adentro, índios selvagens se pacificavam tão somente com a sua presença.
Relatos juramentados e assinados narram que os pássaros guarás voavam sobre a canoa que Anchieta navegava muitas vezes, para protegê-lo do sol com sua sombra. Isto diversas vezes durante a travessia do canal de Bertioga e na Baía de Guanabara. As testemunhas contam as palavras que o Santo usava para falar com os pássaros na língua tupi.
Francisco da Silva, então menino de quatorze anos, depois sacerdote, narrou: “Eu vi nesta cidade do Rio de Janeiro, vindo em companhia do dito padre da Aldeia de São Lourenço, (…) em uma canoa, nos cercaram muitas baleias, de maneira que a canoa, nem para uma parte, nem para outra, podia passar, por estarem as baleias sobre a água… Então o padre disse: “não temais vós outros”. E dando uma benção às baleias, logo todas se foram ao fundo… E nós viemos embora todos” (Viotti, p. 208).
As pescas milagrosas
Os jesuítas formavam as povoações de índios catecúmenos vindo do sertão junto ao mar, porque facilitava a pesca. Eram milhares no tempo de Anchieta devido a seu trabalho como visitador e provincial. O seu biógrafo Pedro Rodrigues conta que um dia Anchieta chegou a uma aldeia do Espírito Santo onde os índios estavam tristes por não ter o que comer; e não era maré de peixe. Mas o Santo os levou todos ao mar; e toda a aldeia foi para a praia distante 15 km.
Anchieta perguntou que peixes queriam pescar, e eles responderam: “Guaramirim”. Anchieta indicou o lugar onde os peixes estavam e a pesca foi farta.
Pedro Leitão, depondo no processo de beatificação informativo da Bahia, em 1619, conta um fato semelhante, ocorrido em 1579.
Mesmo não sendo a época da conjunção da pesca por causa da maré, os pescadores foram ao local indicado pelo Santo e pescaram muitos peixes passando a rede uma vez só. Em 1583, houve a “pesca milagrosa de Maricá”, como foi declarado sob juramento pelos padres João Lobato e Pedro Leitão. Um dia, bem cedo, após a Missa, Anchieta perguntou aos pescadores que tipo de peixe eles queriam pescar. Então, para cada tipo de peixe que os pescadores diziam, o Santo indicava-lhes o local onde os encontraria. A pesca foi abundante, e muitos pássaros vieram e incomodavam assim os pescadores na tarefa de limpar e salgar os peixes. Anchieta então ordenou, na língua tupi, que os pássaros deixassem os pescadores trabalhar em paz, que depois eles receberiam a comida. E os pássaros se foram…!
Conheça outros milagres de São José de Anchieta no livro: São José de Anchieta – O Apóstolo do Brasil –
Retirado do livro: “São José de Anchieta – O Apóstolo do Brasil -“. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

domingo, 20 de maio de 2018


Comunidades religiosas são contra a eutanásia 

As oito comunidades religiosas representadas em Portugal assinaram uma declaração de compromisso onde manifestam a sua posição contra a legalização da morte assistida em qualquer das suas formas, seja suicídio assistido ou eutanásia, porque acreditam "que a vida humana é inviolável até à morte natural e perfilhamos um modelo compassivo de sociedade e, por estas razões, em nome da humanidade e do futuro da comunidade humana, causa da religião, nos sentimos chamados a intervir no presente debate sobre a morte assistida, manifestando a nossa posição à sua legalização em qualquer das suas formas, seja suicídio assistido, seja eutanásia", lê-se no documento.
Esta tomada de posição foi assinada no final de uma conferência sobre "Como cuidar com compaixão", organizada pelo Grupo de Trabalho Inter-Religioso para as questões de saúde, que teve lugar na Academia das Ciências de Lisboa, que contou com a presença do cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e com os restantes líderes religiosos - evangélicos, judeus, muçulmanos, hindus, ortodoxos, budistas e adventistas. O documento será entregue na Presidência da República e no Parlamento, antecipando a discussão e votação de quatro projetos de lei, do PAN, PEV, BE e PS, sobre a morte assistida, agendada para o próximo dia 29 de maio.
Este grupo, que tem feito um trabalho em conjunto desde setembro de 2009, assim que foi aprovada a Lei da Liberdade Religiosa, em unidades de saúde, refere no texto que assinou que "o debate em curso na sociedade portuguesa sobre a realidade a que se tem chamado morte assistida" convoca todos a realizarem uma reflexão e a oferecerem o seu contributo para enriquecer um processo de diálogo que necessita da intervenção da pluralidade dos atores sociais." Até porque, como foi defendido, "as tradições religiosas são portadoras de uma mensagem sobre a vida e a morte do homem, bem como sobre o modelo de sociedade que constituímos, e é legítimo e necessário que a apresentem, com humildade e liberdade."
As oito confissões religiosas - Aliança Evangélica Portuguesa, Comunidade Hindu de Portugal, Comunidade Islâmica de Lisboa, Comunidade Israelita de Lisboa, Igreja Católica, Igreja Ortodoxa, Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, União Budista Portuguesa e União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia - "conscientes de que vivemos um momento de grande importância para o nosso presente e o nosso futuro coletivo", declararam defenderem com esta posição "a dignidade daquele que sofre", "uma sociedade misericordiosa e compassiva" e os "cuidados paliativos", que são "uma exigência inadiável".
No texto defendem que "cada ser humano é único e, como tal, insubstituível e necessário à sociedade de que faz parte. (...) ", admitindo que "todo o sofrimento evitável deve ser evitado" e que "o caráter dramático do sofrimento e a dificuldade de que se reveste a elaboração de um sentido de viver" não é ignorado. Contudo, "a dignidade da pessoa não depende senão do facto da sua existência como sujeito humano e a autonomia pessoal não pode ser esvaziada do seu significado social."
Na defesa por uma sociedade compassiva, as confissões acreditam que "o sofrimento do fim de vida é, para cada pessoa um desafio espiritual e, para a sociedade, um desafio ético". E, hoje, "o morrer humano é um dos âmbitos em que este desafio nos interpela. O que nos é pedido não é que desistamos daqueles que vivem o período terminal da vida, oferecendo-lhes a possibilidade legal da opção pela morte." Esse, dizem, "é o verdadeiro sofrimento intolerável, que cria condições para o desejo de morrer". O que "nos é pedido é, pois, que nos comprometamos mais profundamente com os que vivem esta etapa, assumindo a exigência de lhes oferecer a possibilidade de uma morte humanamente acompanhada."
Quanto aos cuidados paliativos, as comunidades religiosas dizem que estes "são a concretização mais completa desta resposta que o estado não pode deixar de dar, porque aliam a maior competência científica e técnica com a competência na compaixão, ambas imprescindíveis para cuidar de quem atravessa a fase final da vida."

Michael Curry: o bispo que roubou a cena no casamento real

O líder da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, Michael Bruce Curry, citou o famoso discurso de Martin Luther King Jr. sobre o “poder redentor do amor” enquanto abençoava o casamento do príncipe Harry, do Reino Unido, e da atriz Meghan Markle, neste sábado, na Capela de São Jorge, em Windsor, na Inglaterra. O sermão foi o momento mais comentado no Twitter sobre o casamento real, que no total, recebeu cerca de 3,4 milhões de tuítes no mundo.
O reverendo, primeiro negro a ser eleito presidente da Igreja Episcopal americana, foi escolhido pelo casal para participar da cerimônia. O bispo nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, e frequentou escolas públicas em Buffalo, Nova York. Curry foi ordenado em junho de 1978, na Catedral de São Paulo da mesma cidade. 

Durante o sermão da manhã deste sábado, ele disse aos noivos que “o amor pode ajudar e curar quando nada mais pode”. Religioso, defensor das causas dos direitos civis, continuou: “Isso não é apenas para e sobre um jovem casal, com quem nos alegramos, é mais do que isso”.
Invocando os dias de escravidão nos Estados Unidos, ele disse que o amor se amplia em seu conceito, ajudando na perseverança daqueles que permaneceram em cativeiro por muito tempo. Curry ainda falou novamente do poder de mudança do amor. “Quando o amor é o caminho, nós realmente tratamos uns aos outros, bem, como se fôssemos uma família de verdade”, disse.


    
Papa anuncia nomes de 14 novos cardeais

A Igreja vai ganhar no próximo dia 29 de junho 14 novos cardeais. O Papa Francisco surpreendeu todos (inclusive os recém-nomeados) ao comunicar neste domingo (20/05), após a oração mariana do Regina Coeli, um novo consistório, sinal de universalidade da Igreja, “que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra”.
“ A integração dos novos cardeais na Igreja de Roma manifesta também a relação indissolúvel entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares espalhadas no mundo. ”
Eles são:
Sua Beatitude Louis-Raphaël I Sako, Patriarca de Babilônia dos Caldeus;
Dom Luis Ladaria, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé;
Dom Angelo De Donatis, Vigário-geral de Roma;
Dom Giovanni Angelo Becciu, Substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado e Delegado especial junto à Soberana Ordem de Malta;
Dom Konrad Krajewski, Esmoleiro apostólico;
Dom Joseph Coutts, Arcebispo de Karachi (Paquistão);
Dom António Augusto dos Santos Marto, Bispo de Leiria-Fátima (Portugal);
Dom Pedro Barreto, Arcebispo de Huancayo (Peru) e Vice-Presidente da REPAM, Rede Eclesial Pan-amazônica;
Dom Desiré Tsarahazana, Arcebispo de Toamasina (Madagascar);
Dom Giuseppe Petrocchi, Arcebispo de L’Aquila (Itália);
Dom Tomas Aquinas Manyo Maeda, Arcebispo de Osaka (Japão).
Além destes, Francisco nomeou também como membros do Colégio Cardinalício um arcebispo, um bispo e um religioso mais idosos (sem direito de voto em um eventual conclave) que se distinguiram por seu serviço à Igreja:
Dom Sergio Obeso Rivera, 86, Arcebispo emérito de Jalapa (México);
Dom Toribio Porco Ticona, 81, Prelado emérito de Corocoro (Bolívia);
Padre Aquilino Bocos Merino, 80, claretiano espanhol.


O sentido do Pentecostes

Para entendermos o verdadeiro sentido da Solenidade de Pentecostes, precisamos partir do texto bíblico que nos apresenta na narração: “Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se. Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At, 2, 1-6). Essa passagem bíblica apresenta o novo curso da obra de Deus, fundamentada na Ressurreição de Cristo, obra que envolve o homem, a história e o cosmos.
O Catecismo da Igreja Católica diz que: “No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).
Nessa celebração somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença d’Ele [Espírito Santo]. E invocarmos a efusão do Espírito para que renove a face da terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações.
Por essa razão, precisamos entender o significado da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: “O termo Espírito traduz o termo hebraico Ruah que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d’Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito Divino. Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às Três Pessoas Divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos espírito e santo” (CIC, n. 691).
A Solenidade de Pentecostes é um fato marcante para toda a Igreja, para os povos, pois nela tem início a ação evangelizadora para que todas as nações e línguas tenham acesso ao Evangelho e à salvação mediante o poder do Espírito Santo de Deus.
O Papa Bento XVI fala sobre esse processo de reunificação dos povos a partir de Pentecostes: “Tem início um processo de reunificação entre as partes da família humana, divididas e dispersas; as pessoas, muitas vezes, reduzidas a indivíduos em competição ou em conflito entre si, alcançadas pelo Espírito de Cristo, abrem-se à experiência da comunhão, que pode empenhá-las a ponto de fazer delas um novo organismo, um novo sujeito: a Igreja. Este é o efeito da obra de Deus: a unidade; por isso, a unidade é o sinal de reconhecimento, o ‘cartão de visita’ da Igreja no curso da sua história universal. Desde o início, do dia do Pentecostes, ela fala todas as línguas. A Igreja universal precede as Igrejas particulares, as quais devem se conformar sempre com ela, segundo um critério de unidade e universalidade. A Igreja nunca permanece prisioneira de confins políticos, raciais ou culturais; não se pode confundir com os Estados, nem sequer com as Federações de Estados, porque a sua unidade é de outro tipo e aspira a atravessar todas as fronteiras humanas” (Bento XVI, Homilia na Solenidade de Pentecostes, 23 de maio 2010). 
Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/o-sentido-do-pentecostes/

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Orientações às paróquias sobre a prevenção à Síndrome Gripal

Em virtude do crescimento das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ocasionada pelo vírus H1N1 e Influenza A H3 sazonal, no estado do Rio Grande do Norte e em outras regiões do País, e considerando que todos têm responsabilidade de evitar situações e circunstâncias que facilitem o contágio, solicitamos às paróquias que tomem as seguintes medidas, até mandarmos dizer o contrário:
1) Evitar o aperto de mão durante a acolhida aos fiéis;
2) Não dar as mãos ao rezar o Pai-Nosso;
3) Omitir o abraço da paz;
4) Distribuir a comunhão somente sob uma espécie e diretamente nas mãos.
A isto, acrescentamos as “Medidas de prevenção” emitidas pela Secretaria Estadual de Saúde, através da Nota Técnica nº 02/2018 SUVIGE/CPS/SESAP-RN:
1. Higienizar as mãos com água e sabão, depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes das refeições, antes de tocar nos olhos, boca e nariz;
2. Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
3. Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada uso) a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
4. Evitar tocar nos olhos, nariz ou boca, após o contato com superfícies;
5. Manter os ambientes bem ventilados;
6. Evitar contato próximo a pessoas que apresentam sinais ou sintomas de influenza;
7. Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);
8. Evitar aglomerações e ambientes fechados;
9. Repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Natal, 27 de abril de 2018.
Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo Metropolitano de Natal

Papa: a missão do bispo é cuidar do rebanho, não fazer carreira

“É uma passagem forte, que chega ao coração, é também um trecho que nos mostra o caminho de cada bispo no momento da despedida”. Na homilia da missa celebrada na manhã desta terça-feira (15/05) na capela da Casa Santa Marta, o Papa escolheu comentar a Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos.
O momento da despedida
O trecho narra o momento em que Paulo convoca em Éfeso os anciãos da Igreja, os presbíteros. É feita uma reunião do conselho presbiteral para que Paulo se despeça deles e como primeiro ato ele faz uma espécie de exame de consciência, dizendo o que fez pela comunidade, submetendo-se ao juízo deles. Paulo parece um pouco orgulhoso, disse Francisco, mas ao invés é objetivo. Vangloria-se somente de suas coisas: dos próprios pecados e da cruz de Jesus Cristo que o salvou. Depois, explica que agora, advertido pelo Espírito Santo, deve ir a Jerusalém.
E o Papa comentou: “Esta é experiência do bispo, o bispo que sabe discernir o Espírito, que sabe discernir quando é o Espírito de Deus que fala e que sabe defender-se quando fala o espírito do mundo”.
Paulo sabe que, de alguma forma, está indo ao encontro de “tribulações, rumo à cruz e isso nos faz pensar no ingresso de Jesus em Jerusalém. Ele entra para sofrer e Paulo vai rumo à paixão”. O apóstolo – disse ainda Francisco – “se oferece ao Senhor, obediente. Advertido pelo Espírito. O bispo que vai avante sempre, mas segundo o Espírito Santo. Este é Paulo”.
Testamento espiritual
Por fim, se despede em meio à dor dos presentes, e deixa conselhos, o seu testamento:
Ele não aconselha: “Este bem que deixo deem a ele, isto àquele, àquele outro…”. O testamento mundano, não?. O seu grande amor é Jesus Cristo. O segundo amor, o rebanho. “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho”. Cuidem do rebanho; sejam bispos para o rebanho, para proteger o rebanho, não para subir numa carreira eclesiástica, não.
Paulo confia os presbíteros a Deus certos de que Ele os protegerá, e os ajudará. Depois, retoma a sua experiência dizendo que não desejou para si ‘nem prata nem ouro ou vestes de ninguém’.
O testamento de Paulo é um testemunho. É também um anúncio. É também um desafio: “Eu fiz este caminho. Continuem vocês”. Quão distante é este testamento dos testamentos mundanos: “Isso eu deixo a ele, isto àquele, isto àquele outro …”, tantos bens. Paulo não tinha nada, somente a graça de Deus, a coragem apostólica, a revelação de Jesus Cristo e a salvação que o Senhor tinha dado a ele.
Despedir-se com amor
“Quando eu leio isto, penso em mim” – afirmou Francisco – “porque sou bispo e devo me despedir”. E concluiu:
Peço ao Senhor a graça de me despedir assim. E no exame de consciência, não sairei vencedor como Paulo … Mas o Senhor é bom, é misericordioso, mas … Penso nos bispos, em todos os bispos. Que o Senhor dê a graça a todos nós de poder nos despedir assim, com este espírito, com esta força, com este amor a Jesus Cristo, com esta confiança no Espírito Santo.
Por Vatican News

Igrejas celebram Semana de Oração pela Unidade Cristã

Igrejas cristãs de todo o Brasil celebram desde o último domingo, 13, a Semana de Oração pela Unidade Cristã, que termina em 20 de maio, solenidade de Pentecostes. A ação é uma resposta direta à oração de Jesus em João 17:21, que diz: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”. 
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é promovida pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), e acontece a nível mundial em duas épocas: no hemisfério sul, entre as Festas da Ascensão do Senhor e de Pentecostes; no hemisfério norte, no mês de janeiro.
No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados. Este ano, o material da SOUC foi preparado pelas igrejas do Caribe, região que possui complexa realidade política, com uma variedade de organizações governamentais, incluindo desde territórios coloniais (ingleses, holandeses, franceses e americanos) até nações republicanas.
O tema escolhido para este ano foi: “A mão de Deus nos une e liberta” (Ex 15,1-21). Resgatando a história e as consequências do colonialismo, tanto no Caribe quanto na América Latina, a SOUC 2018 convida para refletir sobre o trabalho análogo à escravidão que, no século XXI, fere tanto a humanidade quanto a imagem de um Deus de amor e liberdade. A escravidão e o trabalho humano degradante é um desafio contemporâneo a ser assumido pelas igrejas.
Para celebrar a Semana de Oração, todos os templos cristãos de todo o hemisfério sul são convidados a realizar celebrações ecumênicas, presididas por líderes religiosos.
Oferta da Semana de Oração
A oferta da SOUC simboliza o comprometimento das pessoas com o ecumenismo. Os frutos das ofertas doadas ao longo da Semana são distribuídos, anualmente, da seguinte maneira: 40% para a representação regional do CONIC (onde houver), que é destinado a subsidiar reuniões e atividades ecumênicas locais; e 60% para o CONIC Nacional, para projetos de maior alcance. Durante a semana, ofertas também poderão ser recolhidas nos encontros temáticos.
Por Canção Nova, com Arquidiocese de Brasília