quarta-feira, 23 de maio de 2018

Você sabia que São José de Anchieta dava ordens aos animais e eles o obedeciam?

Sua capacidade de mandar até sobre animais selvagens rendeu-lhe a o título de “primeiro Adão”. Em sua própria explicação, “o homem obediente a Deus tem todas as criaturas subjugadas”. Em dada ocasião, as pessoas saíram correndo de uma cobra. Ele, com toda a calma, tranquilizou-as e disse para a cobra: “Eu já não disse pra você parar de fazer essas maldades?”. A cobra abaixou a cabeça e foi embora… Isso acontecia praticamente todos os lugares pelos quais passava. Anchieta dominava onças e cobras – tinha “poder para pisar serpentes e escorpiões” (Sl 90,13), poder-se-ia dizer – e causava, com isso, a conversão de inúmeras pessoas.
Mais impressionante que seu poder com os animais, era sua extraordinária ação sobre os índios. Em Iperoig, sozinho, quando os índios irados se aproximavam para matá-lo, como vimos, eles imediatamente se detinham, olhavam para o seu rosto e desistiam de seu intento. Várias vezes, sertão adentro, índios selvagens se pacificavam tão somente com a sua presença.
Relatos juramentados e assinados narram que os pássaros guarás voavam sobre a canoa que Anchieta navegava muitas vezes, para protegê-lo do sol com sua sombra. Isto diversas vezes durante a travessia do canal de Bertioga e na Baía de Guanabara. As testemunhas contam as palavras que o Santo usava para falar com os pássaros na língua tupi.
Francisco da Silva, então menino de quatorze anos, depois sacerdote, narrou: “Eu vi nesta cidade do Rio de Janeiro, vindo em companhia do dito padre da Aldeia de São Lourenço, (…) em uma canoa, nos cercaram muitas baleias, de maneira que a canoa, nem para uma parte, nem para outra, podia passar, por estarem as baleias sobre a água… Então o padre disse: “não temais vós outros”. E dando uma benção às baleias, logo todas se foram ao fundo… E nós viemos embora todos” (Viotti, p. 208).
As pescas milagrosas
Os jesuítas formavam as povoações de índios catecúmenos vindo do sertão junto ao mar, porque facilitava a pesca. Eram milhares no tempo de Anchieta devido a seu trabalho como visitador e provincial. O seu biógrafo Pedro Rodrigues conta que um dia Anchieta chegou a uma aldeia do Espírito Santo onde os índios estavam tristes por não ter o que comer; e não era maré de peixe. Mas o Santo os levou todos ao mar; e toda a aldeia foi para a praia distante 15 km.
Anchieta perguntou que peixes queriam pescar, e eles responderam: “Guaramirim”. Anchieta indicou o lugar onde os peixes estavam e a pesca foi farta.
Pedro Leitão, depondo no processo de beatificação informativo da Bahia, em 1619, conta um fato semelhante, ocorrido em 1579.
Mesmo não sendo a época da conjunção da pesca por causa da maré, os pescadores foram ao local indicado pelo Santo e pescaram muitos peixes passando a rede uma vez só. Em 1583, houve a “pesca milagrosa de Maricá”, como foi declarado sob juramento pelos padres João Lobato e Pedro Leitão. Um dia, bem cedo, após a Missa, Anchieta perguntou aos pescadores que tipo de peixe eles queriam pescar. Então, para cada tipo de peixe que os pescadores diziam, o Santo indicava-lhes o local onde os encontraria. A pesca foi abundante, e muitos pássaros vieram e incomodavam assim os pescadores na tarefa de limpar e salgar os peixes. Anchieta então ordenou, na língua tupi, que os pássaros deixassem os pescadores trabalhar em paz, que depois eles receberiam a comida. E os pássaros se foram…!
Conheça outros milagres de São José de Anchieta no livro: São José de Anchieta – O Apóstolo do Brasil –
Retirado do livro: “São José de Anchieta – O Apóstolo do Brasil -“. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

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