sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O amor de Jesus para com as mulheres


Nos encontros de Jesus com algumas mulheres, narrados nos Evangelhos, vemos como Ele as amava, sobretudo as pecadoras. Madalena, a quem expulsou sete demônios; a mulher adultera (João 8,10ss); a samaritana (João 4) e aquela que lavou seus pés com suas lágrimas.

Que página encantadora esta da vida de Jesus, diante daquela pecadora que seria apedrejada! Revela a Sua profunda misericórdia pelos pecadores. “Eu vim buscar o que estava perdido”. Aquela mulher estava literalmente perdida; foi flagrada em adultério, e a Lei mosaica determinava a morte por apedrejamento. Foi um desígnio de misericórdia de Jesus para com ela que a salvou de uma morte terrivelmente dolorosa.

Os fariseus e escribas a levaram a Jesus, para ver se ele desobedeceria a Lei, e então, poderiam incrimina-lo. “Mestre, esta mulher foi pega em adultério, a Lei manda mata-la apedrejada, o que o dizes?”. Jesus, que lia o que estava nos corações, resiste em analisar o caso, e continua escrevendo na areia. Alguns interpretes acham que ali Ele estava escrevendo os nomes daqueles que queriam apedrejá-la.
Mestre, insistem eles, “não vai dizer nada?”

Jesus apenas diz: “Quem não tiver pecado atire a primeira pedra”. Houve silencio; cada um se examina, e todos se acham pecadores, e vão se retirando aos poucos, a partir dos mais velhos, certamente os que pecaram mais. “A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último… de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele. Então Ele se levantou – é interessante este gesto – e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar”.

Que lição extraordinária! O único que não tinha pecado, portanto, o único que poderia executar a Lei e apedrejar aquela mulher, era Ele, mas Jesus a perdoa. “Vá em paz, e não peques mais”. Se Jesus teve misericórdia com ela, e a perdoou, quis nos ensinar até onde deve ir a nossa misericórdia para com os outros: não julgar ninguém, não condenar. Só Deus sabe o passado de cada um; só Ele conhece os corações, e tudo o que motivou cada ato de cada pessoa.

E Jesus mostra que a misericórdia não é também ser conivente com o mal e aceita-lo. Não. Ele exige a conversão da pecadora pública: “vai, e não peques mais”. Certamente aquela mulher mudou de vida e seguiu Jesus, pois Ele salvou a sua vida. A misericórdia para com o pecador é o melhor remédio para o seu pecado.

Outra pecadora foi perdoada por Jesus. Narra o evangelista são Lucas (7,37-48) que um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”.

Prof. Felipe Aquino

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