quinta-feira, 1 de março de 2018


D. Orani Tempesta comenta a Carta 'Placuit Deo'
A Carta retoma o início da Dei Verbum ratificando o caminho da salvação em Cristo que deve ser sempre aprofundado e que na realidade hodierna torna-se de difícil compreensão diante das transformações culturais, escreve o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro.
Dom João Orani Tempesta: Cardeal do Rio de Janeiro


A Congregação para a Doutrina da Fé publicou esta quinta-feira, 1°/03, a Carta Apostólica Placuit Deo. O cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, comenta alguns aspectos do documento:
"Uma breve carta dirigida aos bispos, aprovada pelo Papa Francisco aos 16 de fevereiro de 2018, oriunda da Sessão Plenária da Congregação da Doutrina da Fé no dia 24 de janeiro de 2018, e, assinada na Sede da Congregação aos 22 de fevereiro de 2018, publicada nesta quinta-feira, dia 1º de março de 2018, contendo sete laudas que subdividida em seis tópicos, com 15 parágrafos numéricos, incluindo a Introdução; O impacto das transformações culturais de hoje sobre o significado da salvação cristã; O desejo humano de salvação; Cristo, Salvador e Salvação; a salvação na Igreja, corpo de Cristo e concluindo com o Comunicar a fé, esperando o Salvador. 
A Carta retoma o início da Dei Verbum ratificando o caminho da salvação em Cristo que deve ser sempre aprofundado e que na realidade hodierna torna-se de difícil compreensão diante das transformações culturais.
No segundo tópico, com três parágrafos, a realidade se apresenta por meio do «individualismo centrado no sujeito autônomo», cuja figura de Cristo corresponde a um modelo para a prática da generosidade em gestos e palavras, mas não da transformação da condição humana, configurada na Trindade. Também apresenta uma salvação apenas interior e não de relações com os demais e com o mundo criado. Assim a Encarnação do Verbo se torna algo cada vez menos compreensível, distanciando-se da família humana e da história.
No Magistério Ordinário do Papa Francisco menciona duas tendências ou desvios, semelhando-se, em linhas gerais comuns, a heresias antigas: pelagianismo e gnosticismo. Espelhando um neo-pelagianismo o homem atual, autônomo, salva-se sozinho, independente de Deus e dos demais, tudo depende de suas forças individuais e cegando « novidade do Espírito de Deus». Já o neo-gnosticismo oferece uma salvação subjetiva, «com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida». 
Libertando, pois, a pessoa do corpo e do mundo material. Esses erros antigos têm algo de familiar com os atuais movimentos, apesar das diferenças do contexto histórico. As duas tendências — o individualismo neo-pelagiano e o desprezo neo-gnóstico do corpo — desconfiguram a fé em Cristo. A salvação é a nossa união com Cristo Encarnado, Irmão Maior, que viveu, sofreu, morreu e ressuscitou, proporcionando nova ordem relacional com o Pai e entre os homens e mulheres, levando-nos ao dom de seu Espírito.
O homem, na ânsia de saber quem é, pois existe, busca a felicidade utilizando-se de meios diversos para alcança-la. No entanto, a felicidade se mescla com a esperança da saúde física, com o bem-estar financeiro, de uma paz interior e convivência pacífica com o outro. A par disso, o desejo de salvação torna-se um compromisso frente um bem maior, marcado pela resistência e superação da dor, levando-nos a lutar pelo bem, defendendo-nos do mal.
«A vocação última de todos os homens é realmente uma só, a divina».  A plenitude da Salvação é o rejeitar a autossuficiência humana, pensando que coisas e bens materiais lhe proporcionaram a autorrealização. A revelação é algo mais, pois «Se a redenção, ao contrário, devesse ser julgada ou medida pela necessidade existencial dos seres humanos, como poderíamos evitar a suspeita de termos simplesmente criado um Deus-Redentor à imagem de nossas próprias necessidades? ». 
O mundo todo é bom, biblicamente falando! O mal nasce no coração do homem que se fecha em si mesmo, separando-se da fonte de comunhão e vida que é Deus. A fé nos leva a uma salvação do homem todo, da pessoa humana inteira que é chamada a ter vida e vida plena.
Deus nunca desiste do homem e na história da salvação vemos desde Adão esta fidelidade e o insistir terno de uma aliança que nós rompemos constantemente. O homem cai, Deus vem e o ajuda a levantar uma, duas, três e quantas vezes, for necessário. Deus não desistindo de nós, na plenitude dos tempos, nos envia Jesus que anuncia o Reino e ao acolhê-l’O, acolhemos a Salvação.
Tradicionalmente a Salvação sempre se dá por iniciativa e dom de Deus, ou seja, de forma descendente. Com Jesus, dar-se-á numa dinâmica inversa, de forma ascendente. O agir não será de uma maneira individualista, mas sempre em comunhão, uma vez que agir humano e agir divino se coadunam para um único fim: a salvação. Assemelhando-nos a Cristo, impulsionados pelo Espírito Santo, realizamos as obras do Criador.
Em Jesus Encarnado, O Filho nos faz filhos e irmãos uns dos outros, tornando-nos uma só família humana numa nova relação com Deus. Porquanto, Jesus Encarnado possibilita a mediação concreta da salvação de Deus com os filhos de Adão.
Enfim, nem reducionismo individualista da tendência pelagiana e nem reducionismo neo-gnóstico que promete uma libertação interior, respondem a salvação, uma vez que Jesus é Salvador e Salvação, e «em certo modo, o princípio de toda graça segundo a humanidade». 
Igreja é o local da salvação trazida por Jesus. A Igreja é mediadora da salvação, «sacramento universal de salvação», garantindo que a realização se dá na comunhão de pessoas em comunhão com a Trindade. Através do Batismo entramos na vereda da Salvação. Podendo crescer sempre mais com a Eucaristia, fonte e cume do amor. E mesmo caindo podemos ser regenerados e reconciliados com o Pai e os irmãos, por meio do sacramento da Penitência.
Esta economia soteriológica dos sacramentos compreende o corpo humano, que longe de ser peso, torna-se linguagem sacramental. Na encanação de Jesus e no mistério pascal perpetua-se a obra de misericórdia do Pai para com os filhos, compadecendo dos sofrimentos destes.
«A salvação integral, da alma e do corpo, é o destino final ao qual Deus chama todos os homens». Conscientes da vida plena somos impulsionados e nos comprometemos a proclamar a todos com alegria e luz a Boa-Nova: o Evangelho! Para tanto é mister uma relação dialógica, construtiva com as demais religiões, pois Deus opera em todos, de boa vontade, mesmo que veladamente. O último inimigo a ser vencido é a morte. Com as virtudes teologais – fé, esperança e caridade – e o exemplo de Maria e das Testemunhas cremos que somos cidadãos dos céus e gozaremos da glória eterna.
Vamos aprofundar o texto, deixar que ele ilumine a nossa realidade de hoje e consequentemente colocar em prática esta importante carta da Congregação para a Doutrina da Fé e que, mesmo diante das mudanças sociais, a salvação seja sempre anunciada e oferecida para que muitas pessoas continuem enamoradas pelo Divino Redentor.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. 
Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g? zlogID=5899321018303500876#editor/target=post;postID=2276722560521682675 - Posted by NLira

Carta Placuit Deo aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da salvação cristã

 Foi publicada nesta quinta-feira pelo Vaticano a Carta Apostólica da Congregação para a Doutrina da Fé Placuit Deo aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da salvação cristã. O documento é assinado por Dom Luis Francisco Ladaria Ferrer e por Dom Giacomo Morandi, respectivamente prefeito e secretário do Dicastério.

Dom Luis Francisco Ladaria Ferrer

A Carta pretende destacar, na linha da grande tradição da fé e com especial referência ao ensinamento de Papa Francisco, alguns aspectos da salvação cristã que possam ser hoje difíceis de compreender por causa das recentes transformações culturais.

O Texto é dividido em 4 partes com uma introdução e uma conclusão.

Depois da introdução o segundo ponto fala do Impacto das transformações culturais de hoje sobre o significado da Salvação cristã. O mundo contemporâneo questiona, não sem dificuldade, a confissão da fé cristã, que proclama Jesus o único Salvador de todo o homem e da humanidade inteira. A carta busca combater duas tendências que estão crescendo muito em nosso tempo, como falou Papa Francisco em seu discurso em Florença em novembro de 2015.

 “ Prolifera em nossos tempos um neo-pelagianismo em que o homem, radicalmente autônomo, pretende salvar-se a si mesmo sem reconhecer que ele depende, no mais profundo do seu ser, de Deus e dos outros. ”

Já um certo neo-gnosticismo, por outro lado, apresenta uma salvação meramente interior, fechada no subjetivismo. Essa consiste no elevar-se “com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida”. O texto reafirma que, a salvação consiste na nossa união com Cristo, que, com a sua Encarnação, vida, morte e ressurreição, gerou uma nova ordem de relações com o Pai e entre os homens.

A tentação do gnosticismo – recordava o Papa Francisco em Florença – “leva a confiar no raciocínio lógico e claro, o qual, porém perde a ternura da carne do irmão. O fascínio do gnosticismo é o de “uma fé fechada no subjetivismo, onde interessa unicamente uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e conhecimentos que se acredita podem confortar e iluminar, mas onde o objeto em definitiva permanece fechado na iminência da sua própria razão ou dos seus sentimentos”.

O gnosticismo não pode transcender. A diferença entre a transcendência cristã e qualquer forma de espiritualismo agnóstico está no mistério da encarnação. Não colocar em prática, não levar a Palavra à realidade, significa construir sobre a areia, permanecer na pura ideia e degenerar em intimismos que não dão frutos, que tornam estéreis o seu dinamismo”.

O terceiro ponto destaca o desejo humano de salvação - Toda pessoa, a seu modo, procura a felicidade e tenta alcançá-la recorrendo aos meios disponíveis. Com frequência, tal desejo coincide com a esperança da saúde física, às vezes assume a forma de ansiedade por um maior bem-estar econômico, mais difusamente expressa-se através da necessidade de uma paz interior e de uma convivência pacífica com o próximo.

A salvação plena da pessoa – evidencia o texto -, não consiste nas coisas que o homem poderia obter por si mesmo, como o ter ou o bem-estar material, a ciência ou a técnica, o poder ou a influência sobre os outros, a boa fama ou a auto realização. “A vocação última de todos os homens é realmente uma só, a divina”.

O quarto ponto - Cristo, Salvador e Salvação - Segundo o Evangelho, sublinha o documento, a salvação para todos os povos começa com o acolhimento de Jesus: “Hoje veio a salvação a esta casa” (Lc 19,9). A Boa Nova da salvação tem um nome e um rosto: Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador. “No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.

Para responder, quer seja ao reducionismo individualista da tendência pelagiana, quer seja ao reducionismo neo-gnóstico que promete uma libertação interior, é necessário recordar o modo como Jesus é Salvador. Ele não se limitou a mostrar-nos o caminho para encontrar Deus, isto é, um caminho que poderemos percorrer por nós mesmos, obedecendo às suas palavras e imitando o seu exemplo. Cristo, todavia, para abri-nos a porta da libertação, tornou-se Ele mesmo o caminho: “Eu sou o caminho” (Jo 14,6).

Quinto ponto - A salvação na Igreja, corpo de Cristo - O documento deixa claro que “o lugar onde recebemos a salvação trazida por Jesus é a Igreja”. A Igreja é uma comunidade visível: nela tocamos a carne de Jesus, de maneira singular nos irmãos mais pobres e sofredores. Evidencia ainda que a participação, na Igreja, à nova ordem de relações inauguradas por Jesus realiza-se por meio dos sacramentos, entre eles, o Batismo que é a porta, e a Eucaristia que é fonte e culmine.

Já na conclusão da Carta sublinha-se que a consciência da vida plena, na qual Jesus Salvador nos introduz, impulsiona os cristãos à missão de proclamar a todos os homens a alegria e a luz do Evangelho. Fala-se da necessidade de se estabelecer um diálogo sincero e construtivo com os crentes de outras religiões e que a salvação integral, da alma e do corpo, é o destino final ao qual Deus chama todos os homens.


Bebê doado em caixa de sapato virou juiz em João Pessoa/PB

 Era uma pequena caixa de sapato. Dentro, havia um menino com poucos dias de vida. A mãe segurava firme a acomodação improvisada e oferecia a criança a quem passava. Aquele foi o último encontro entre ela e o filho. No mesmo dia, o bebê foi entregue a uma desconhecida. A doação ocorreu em uma praça, no centro de João Pessoa, na Paraíba. Daquele dia em diante, o bebê recebeu abrigo, alimento, educação e amor de uma outra família. José Fernando Souza gosta de contar essa história em suas andanças. Ele é a criança da tal caixa de sapato. Está hoje com 58 anos. Tornou-se juiz.
José Fernando foi o único filho de uma dona de casa e de um policial militar, hoje falecidos. Não teve fartura material em casa. Mas lembra da dedicação e do carinho dos pais que lhe abrigaram. E isso faz toda a diferença para qualquer criança, defende. O juiz costuma ser chamado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para contar sua trajetória nas palestras do Programa Eleitor do Futuro, uma iniciativa cujo objetivo é abordar junto a estudantes de escolas públicas temas como a história do voto no Brasil, a participação cidadã e a formação de um jovem crítico. “Na palestra, coloco a história da caixa de sapato como se não fosse a minha história. Relato o caso de uma senhora que vem do interior da Paraíba e vai morar na capital. Ela, muito pobre e sem o marido, que tinha ido para São Paulo, engravidou de um homem casado. No final, conto que eu sou a criança entregue para adoção. ” 
A ideia de José Fernando é propagar o que ele chama de estímulo a jovens sem muita perspectiva de futuro diante das dificuldades impostas pela pobreza. “Se eu, que fui pego em uma caixa de sapato na rua, consegui superar os obstáculos da vida e cheguei a juiz, muitos jovens também conseguem se tiverem um objetivo. Tudo o que meus pais me dedicaram foi fundamental. Mesmo pobres, oportunizaram para mim tudo o que estava ao alcance deles. Sempre senti muito amor deles. ”
Antes de tornar-se juiz da Infância e Juventude de Caruaru, onde mora hoje, José Fernando foi juiz da Vara da Fazenda, na mesma cidade, e analista judiciário no Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba. Quando veio morar em Pernambuco, tinha 34 anos e já estava casado com Maria de Lurdes Ferreira, com quem teve três filhos, dois advogados e uma médica.
José Fernando não voltou a encontrar a mãe biológica. Nunca sentiu vontade. Nem mesmo mágoa. “Como ter raiva de alguém que não te matou, não te jogou no rio, ficou ali nove meses contigo na barriga, teve as dores do parto, pariu e deu para alguém criar? Ela se viu grávida de um homem casado, não podia voltar para o interior naquelas condições. Era década de 1960. Seria apedrejada em praça pública. ”
Hoje, as mães que, por algum motivo, não desejam exercer a maternidade de uma criança podem entregar o bebê nas Varas da Infância dos municípios onde moram sem serem criminalizadas pelo ato. O abandono em via pública, no entanto, é crime. Onde atua, José Fernando encontra histórias parecidas com a sua. Na semana passada, participou de mais uma audiência envolvendo uma mulher que entregou o filho para adoção. “Se a pessoa nos procura espontaneamente, é recebida. A única coisa que posso esperar é que apareça alguém bem-intencionado para levar a criança para casa. Eu sou um grande incentivador da adoção. ” 

José Fernando ainda tem três anos de magistratura pela frente. Diz que deseja continuar fazendo algo valioso para o próximo. A Vara da Infância e Juventude, diz ele, tem sido o canal para atingir seu objetivo. “É uma porta que Deus me oportunizou. Como juiz da Fazenda, vivia confortável, sem enfrentar qualquer tipo de problema social. De repente, tudo mudou”, lembra. Porque a felicidade e a realização nem sempre fazem morada onde parece óbvio.
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/02/27/interna-brasil,662492/bebe-doado-em-caixa-de-sapato-virou-juiz-em-joao-pessoa-na-paraiba.shtml (posted by NLira)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

SEMPRE ALUNOS SE PREPARAM PARA A IV TAÇA EX-ALUNOS DE FUTEBOL

A IV Taça Ex-alunos de Futebol, marcada para começar no dia 4 de março, já movimenta as escolas de Natal. A competição contará com a participação de 18 equipes de instituições de ensino da capital potiguar.

Na expectativa do troféu de melhor time, o Colégio Nossa Senhora das Neves enfrentou a equipe da ETFRN no campo de Cidade Satélite, o “Magelão”. O jogo aconteceu no último domingo (25) e terminou em empate. O placar final foi 2 a 2.

A IV Taça Ex-alunos de Futebol é realizada pela Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer.

Papa: nada de ameaças no confessionário, mas o perdão do Pai

Quaresma é um tempo que ajuda à conversão, à reaproximação a Deus, à mudança de nossa vida e esta é uma graça a ser pedida ao Senhor. Este foi o tema da homilia do Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta terça-feira na capela da Casa Santa Marta.
Jesus Chama com doçura e confiança de pai
Inspirando-se no primeiro livro do Profeta Isaías – um verdadeiro “chamado à conversão” – o Papa Francisco mostra qual é a atitude “especial” de Jesus diante de nossos pecados: “não ameaça, mas chama com doçura, dando confiança”.
“Venha, conversemos” são as palavras do Senhor aos chefes de Sodoma e ao povo de Gomorra, a quem – explica o Papa – já indicou “o mal” a ser evitado e o “bem” a ser seguido. Assim faz conosco:
“O Senhor diz: “Venha, Venha e debatamos. Falemos um pouco”. Não nos assusta. É como o pai do filho adolescente que fez uma bobagem e deve repreendê-lo. E sabe que se vai com o bastão a coisa não acabará bem, deve então agir com confiança. O Senhor, nesta passagem, nos chama assim: “Venha. Tomemos um café juntos. Debatamos, discutamos. Não tenha medo, não quero agredi-lo”. E como sabe que o filho pensa: “Mas eu fiz coisas…” – Imediatamente: “Ainda que os seus pecados fossem como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve. Se fossem vermelhos como púrpura, tornar-se-ão como lã”.
Também na confissão nada de ameaças
Como o pai em relação ao filho adolescente, Jesus então, com “um gesto de confiança, aproxima ao perdão e muda o coração”.
Assim fez – recorda Francisco – chamando Zaqueu ou Mateus, e assim faz em nossa vida, nos faz ver “como dar um passo em frente no caminho da conversão”:
“Agradeçamos ao Senhor pela sua bondade. Ele não quer nos agredir e nos condenar. Deu a sua vida por nós e esta é a sua bondade. E sempre busca o modo de chegar ao coração. E quando nós sacerdotes, no lugar do Senhor, devemos ouvir as confissões, também nós devemos ter esta atitude de bondade, como diz o Senhor: “Venham, debatamos, não há problema, o perdão existe”, e não a ameaça, desde o início”.
Ir ao Senhor de coração aberto: é o pai que espera
O Papa conta a este propósito a experiência de um cardeal confessor, que justamente diante do pecado que intui ser “grande”, não se detém muito e segue em frente, continua o diálogo: “E isto abre o coração” – sublinhou o Papa – “e a outra pessoa se sente em paz”.
Assim faz o Senhor conosco. Diz: “venham, debatamos, falemos. Pegue o recibo do perdão, perdão existe”:
“Ajuda-me ver esta atitude do Senhor: o pai com o filho que se acha grande, que se acha crescido e ainda está no meio do caminho. E o Senhor sabe que todos nós estamos na metade do caminho e tantas vezes temos necessidade disto, de ouvir esta palavra: “Mas venha, não se assustes, vem. O perdão existe”. E isto nos encoraja. Ir ao Senhor com o coração aberto: é o pai que nos espera”.
Por Vatican News

Seminário vai discutir juventude, violência e cultura da paz

Estão abertas as inscrições para o Seminário “Rota da Vida”, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que será sediado em Natal, no próximo dia 9 de março. A atividade é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, e faz parte do projeto “Rota da Vida”. Os encontros estão sendo realizados em sete capitais brasileiras: Maceió (AL), Natal (RN), Fortaleza (CE), Aracaju (SE), São Luís (MA), Vitória (ES) e Goiânia (GO). Maceió foi a primeira a sediar o evento. O segundo acontecerá em Natal.
Na capital potiguar, o seminário será realizado no Centro Pastoral Dom Heitor Sales, na Cidade Alta, no dia 9, das 8 às 17 horas, e deverá reunir lideranças juvenis, educadores e outras pessoas interessadas na temática da violência entre a juventude. A programação constará de conferências, mesa redonda, exposição de projetos e apresentações culturais, que tratarão da violência e da cultura da paz. Um dos assessores será o professor Geraldo Caliman, da Universidade Católica de Brasília e membro da Cátedra da Unesco. Ele será expositor do tema: “O sistema preventivo na promoção da vida”.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas na internet, através do endereço arquidiocesedenatal.org.br. Os interessados também podem obter mais informações na sala do Setor Juventude, na Arquidiocese de Natal, localizada no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral). Os interessados em participar podem obter mais informações pelo telefone (84) 3615-2800 / 2801.
'Deus é jovem': o novo livro do Papa Francisco
O lançamento será no dia 20 de março, logo antes do Domingo de Ramos e o Dia Mundial da Juventude nas dioceses de todo o mundo.

Cidade do Vaticano - Dois anos depois de lançar “O nome de Deus é misericórdia”, publicado em mais de 100 países, o novo livro-entrevista do Papa Francisco, “Deus é jovem”, será lançado em todo o mundo no dia 20 de março.
Em vista do Sínodo dos Jovens, previsto para outubro próximo no Vaticano, o novo projeto editorial será publicado logo antes do Dia Mundial da Juventude, celebrado no Domingo de Ramos no Vaticano e nas dioceses dos cinco continentes.
“ Nas seis principais línguas, a capa traz o título escrito a mão pelo próprio Papa”
Nesta obra, Francisco conversa com o jornalista Thomas Leoncini dirigindo-se aos jovens de todo o mundo, de dentro e fora da Igreja, e com firmeza e paixão, analisa os grandes temas da atualidade. O resultado é um diálogo corajoso, íntimo e memorável.  
No Brasil, o livro será publicado pela Editora Planeta. (posted by NLira) 

SIGNIFICADO DA QUARESMA
Quaresma significa o período de 40 dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, ocasião em que se comemora a ressurreição de Jesus Cristo, celebração praticada desde o século IV. A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, anterior ao Domingo de Páscoa. Durante os 40 dias que antecedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam-se à reflexão, a conversão espiritual e se recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Durante a Quaresma, a Igreja veste seus ministros com vestimentas de cor roxa, que simboliza tristeza e dor. A quarta-feira de cinzas é um dia usado para lembrar o fim da própria mortalidade. É costume serem realizadas missas nas quais os fiéis são marcados na testa com cinzas. Essa marca normalmente permanece na testa até o pôr do sol. Esse simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde vários personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como prova de arrependimento.
Na Bíblia, o número 40 é bastante frequente, para representar períodos de 40 dias ou 40 anos, que antecedem ou marcaram fatos importantes: 40 dias de dilúvio, quarenta dias de Moisés no Monte Sinai, 40 dias de Jesus no deserto antes de começar o seu ministério, 40 anos de peregrinação do povo de Israel no deserto.
Cerca de 200 anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 a Igreja aumentou o tempo de preparação para 40 dias e foi assim que surgiu a Quaresma. (Fonte: https://www.significados.com.br/quaresma/) Posted by NLira

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018


Autobiografia do Padre Cristiano Muffler



Nasci no dia 23 de junho de 1935 em Idashof, leste da Alemanha. Sou filho do agricultor VICTOR MUFFLER e da professora HILTRUD MUFFLER. Com 10 anos de idade, em 1945, no fim da 2a guerra mundial, tivemos que fugir do
front da guerra que estava se aproximando. Isto se deu em pleno inverno rigoroso, com vários graus abaixo de zero. Perdemos nosso pai que foi levado pelo exército russo para os campos de concentração da Sibéria. Anos depois recebemos a notícia do seu falecimento.

Minha mãe teve que voltar a pé para o lugar de origem apenas com uma mochila nas costas e quatro filhos pequenos. Nossa casa ficava no sítio e ninguém podia morar lá por causa da violência. Durante meses passamos muita necessidade, fome e frio. Depois recebemos a notícia de que essa parte da Alemanha seria anexada à Polônia e quem não adotasse a nacionalidade polonesa tinha que sair. Saíram todos em trens superlotados, pois era até proibido falar alemão.

Conseguimos chegar até a divisa com a Alemanha ocidental e, numa noite bem escura, conseguimos atravessar a fronteira que ainda não estava vigiada. Na Alemanha Ocidental consegui, por uma graça de Deus muito especial, estudar no colégio interno dos padres beneditinos de Metten/Danúbio. Estes anos contribuíram para me fazer sentir um forte chamado para me consagrar como padre e missionário ao serviço do Reino. Estudei filosofia no seminário de Königstein, perto de Frankfurt.

Estudei teologia na Universidade de Munique e no seminário de Málaga / Espanha. Fui ordenado padre, no ano de 1962, pelo bispo dos exilados pela guerra, bispo da Diocese de Hildesheim, diocese no Norte da Alemanha, o qual, em 1963, me liberou para o Brasil, atendendo ao pedido de um bispo alemão, Dom Anselmo de Tubarão /Santa Catarina que tinha sido anteriormente bispo de Campina Grande. Cheguei a Tubarão no mês de janeiro de 1964.

A partir de 1974, eu já estava na Paraíba por convite de Dom José Maria Pires, tomando conta da paróquia de Pirpirituba com Sertãozinho e Belém e, na medida que a saúde do Pe. Epitácio de Serra da Raiz diminuía, foi chegando Jacaraú, Lagoa de Dentro, Caiçara, algumas comunidades de Tacima, Lagoa de Dentro, Duas Estradas e finalmente Serra da Raiz, uma região onde hoje tem exatamente 10 municípios, quase todos com um padre.

Em 1984 Dom Marcelo me transferiu para Mari, incluindo as cidades de Mulungu, Alagoinha e Cuitegí. Quando Pe. Adelino, perseguido pelo esquadrão da morte, teve que fugir às pressas para Roma, fiquei com as duas paróquias de Guarabira, Santo Antônio e Catedral, incluindo Pilõezinhos.

Finalmente, em 1991, cheguei à paróquia de Bananeiras, incluindo Dona Inês. Durante a missão de Frei Damião em Solânea, em 1976, minha mãe, que por feliz coincidência estava me visitando, foi hospedada pelo então pároco Pe. José Floren, na casa paroquial de Bananeiras. O Pe. José era pároco das três cidades Solânea, Bananeiras e Dona Inês e na casa paroquial de Bananeiras não morava ninguém. Minha mãe gostou muito da casa e ficou feliz quando soube depois que eu estava sendo nomeado para ser pároco de Bananeiras.

O Projeto PRÓ- MULHER que, na época – 1994 a 2000 – contemplou cerca de 300 mulheres (Coordenado por Gilvanisa Maia). O trabalho social com as mulheres dos sítios que fez com que as mulheres criassem muito mais auto-estima e consciência da sua dignidade. Minha equipe bem eficiente e de muita confiança da Casa Paroquial que distribuía as multimisturas, os óculos e as roupas usadas que vinham nos containers e que, naquele tempo, serviam tanto às pessoas mais carentes.

Os jovens voluntários da Alemanha que iniciaram e coordenaram o trabalho com cisternas e cacimbões.
O Projeto- Associação “Diálogo Nordestino”, coordenado por Afrânio e Ivanilson. A Associação de Promoção de Desenvolvimento Sustentável – APRODES, Responsável Paulo Rech, apoiado por nossos amigos, os professores da Universidade, que deram cursos de apicultura e criação de pequenos animais. Quem imaginaria naquele tempo que hoje chegariam toneladas de mel de mais de 10 municípios para ser processadas e distribuídas nas escolas e nas creches.

A Associação de Pequenos Criadores de Cabras – Comunidades: Jaracatiá : , Baixa do Mel, Santa Vitória, Boa Vitória, Porteiras e outras); A Associação de Tecelões e Artesãos da Região do Taboleiro (1ª Fábrica de Redes); os homens que faziam parte dos mutirões de construção das capelas e reconstrução das casas. A banda Antares que hoje já tem um nome respeitado no campo da boa música.

As irmãs do Carmelo que acompanharam tudo isso com suas orações e, com seus aconselhamentos e assim semearam a paz em nossas famílias. Todos os amigos e colaboradores merecem nossa gratidão, ainda mais relembrando as circunstâncias daquele tempo difícil, com graves conflitos de terra que, não raras vezes, nos renderam acusações injustas.

Agradeço ao Sr. Ramom Moreira, presidente da CÂMARA DE VEREADORES DE BANANEIRAS e aos demais vereadores que por unanimidade aprovaram a concessão do título de cidadão bananeirense que se configura como uma declaração oficial de que realmente posso ser considerado como um verdadeiro conterrâneo desse querido município, título que recebo com alegria e gratidão, inclusive por dar-me a oportunidade de me encontrar com tantos amigos(as) e irmãos(ãs) que, durante o período de 1991 a 1996, estiveram juntos na missão e já me adotaram como um irmão. É assim que me sinto – um irmão mais velho de todos e todas. Por isso compartilho com os presentes, esse momento. (http://www.diocesedeguarabira.com.br/em-vida-padre-cristiano-muffler-contou-sua-historia-de-vida-veja/)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Arquidiocese realiza posse coletiva dos membros dos conselhos paroquiais

A Arquidiocese de Natal vai realizar a posse coletiva dos membros dos Conselhos Econômicos e Administrativos Paroquiais, dia 24 deste mês, no Centro Municipal de Educação (CEMURE), no bairro da Cidade da Esperança, zona oeste da capital. O evento deverá reunir conselheiros de todas as paróquias da Arquidiocese. 
A programação iniciará às 9h, com momento de oração e palavras de acolhida. Em seguida, será feita uma apresentação institucional da Arquidiocese. ÀS 9h40, haverá palestra sobre a atuação do conselheiro paroquial, ministrada pelo Diácono Francisco Teixeira, assessor jurídico da Arquidiocese. 
A última parte da programação será a solenidade de posse dos conselheiros, com a participação do Vigário Episcopal para a Administração, Padre Valdir Cândido de Morais, e do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha.
No final de dezembro do ano passado, Dom Jaime publicou um decreto sobre os conselhos administrativos paroquiais. Segundo o decreto, o mandato dos conselheiros de todas as paróquias da Arquidiocese inicia de primeiro de março próximo e terá vigência até 28 de fevereiro de 2021.

Por que rezar?

Para os exercícios espirituais da Quaresma a Igreja recomenda o jejum, a esmola e a oração, além de outras práticas como a meditação da Palavra de Deus, a Via Sacra, as peregrinações aos santuários, a Confissão, etc…
Sem oração é impossível caminhar na fé e fazer a vontade de Deus. Ela é a nossa força; por ela os santos chegaram à santidade; e, sem ela ninguém experimentará a glória e o poder de Deus. O Senhor Jesus nos manda “orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1), e São Paulo nos recomenda: “Orar sem cessar” (I Tess 5,17). Jesus foi muito claro, “Sem Mim nada podeis fazer” (João 15,5).
A oração é para a alma o que o ar é para o corpo. Uma alma que não reza é uma alma que não respira; não tem vida. Ninguém pode servir a Deus sem muita oração, pela simples razão de que é Ele, e somente Ele, que realiza todas as coisas; nós somos apenas seus instrumentos. Quanto mais comungamos com Ele pela oração, mais nos tornamos um instrumento útil em suas santas mãos. É uma grande ilusão querer fazer algo por Deus, e para Deus, sem rezar. Esta é a maior tentação que sofremos: rezar pouco, não rezar ou rezar mal.
A oração pode mudar todas as coisas; o Anjo Gabriel disse à Maria: “Para Deus nada é impossível” (Lc 1,37). “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23), nos garantiu o Senhor. E mais, “pedi e vos será dado” (Lc 11,9), “Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado” (Mc 11,24).
São Paulo recomenda com insistência: “Orai em todo o tempo” (Ef 6,18), “perseverai na oração” (Col 4,2), “orai sempre e em todo o lugar” (1 Tim 2,8). “Antes de tudo recomendo que se façam súplicas, orações, petições, ações de graças por todos os homens…” (I Tim 2,1).
E São Pedro nos adverte: “Lançai em Deus todas as vossas preocupações porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5,7).
O Papa Paulo VI disse certa vez: “Quando consideramos as mais verdadeiras, mais profundas e, ao mesmo tempo, mais negligenciadas necessidades dos homens do nosso tempo, não podemos deixar de concluir pelo primado da oração no campo da atividade multiforme da Igreja. A Igreja é a sociedade dos homens que oram. Seu principal objetivo é ensinar a rezar”. “A Igreja proclama a identidade entre a oração e a caridade; afirma Bossuet: É certo que não existe senão a caridade que ora” (L’Osservatore Romano- 21/7/1966). “… A oração está no ponto mais alto da razão, no vértice da psicologia, no ápice da moralidade e da esperança.” (Idem – 14/3/1976).
Além do mais, o próprio Senhor nos deu o exemplo: “Entretanto espalhava mais e mais a sua fama, e concorriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades. Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar” (Lc 5,15-16).

Prof.Felipe Aquino

Papa convoca Dia de Jejum e Oração pela Paz para 23/2

“As vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias”. Diante da continuação de inúmeros conflitos em diversas partes do mundo, o Papa Francisco no Angelus do último domingo voltou a condenar a violência e convocou um Dia de Jejum e Oração pela Paz:
“E agora um anúncio: diante da trágica continuação de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis a um Dia especial de Oração e Jejum pela Paz em 23 de fevereiro próximo, sexta-feira da Primeira Semana da Quaresma”.
“O ofereceremos em particular pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul. Como em outras ocasiões similares, convido também os irmãos e irmãs não católicos e não cristãos para se associarem a esta iniciativa nas modalidades que considerarem mais oportunas, mas todos juntos”.
O Santo Padre recordou que “o nosso Pai Celeste escuta sempre os seus filhos que gritam a Ele na dor e na angústia, “cura os corações feridos e enfaixa suas feridas””.
O Pontífice dirigiu um apelo, para que também cada um de nós ouça este grito e que cada um, diante de Deus, pergunte na própria consciência: “O que eu posso fazer pela paz?”:“Certamente podemos rezar; mas não só. Cada um pode dizer concretamente ‘não’ à violência naquilo que depender dele ou dela. Porque as vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias; enquanto trabalhar pela paz faz bem a todos.
Por CNBB, com Vatican News

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Qual penitência escolher para viver este período da Quaresma?

Conheça algumas sugestões…
Com a chegada da Quaresma, muitos católicos sentem-se perdidos sobre quais penitências devem adotar neste tempo de reflexão e preparação para a Páscoa.
Pensando nisso, o Padre José Eduardo separou algumas sugestões de mortificação:
1. Penitências gastronômicas:
– Trocar a carne por peixe, ovos ou queijo (ou mesmo comer puro);
– Comer menos arroz, feijão, pão, macarrão, para sair da mesa com um pouco de apetite;
– Eliminar todos doces, refrigerantes, chocolate e demais guloseimas;
– Nas refeições, acrescentar algo que seja desagradável, como diminuir a quantidade de sal ou colocar um condimento que quebre um pouco o sabor;
– Comer algum legume ou verdura que não se goste muito;
– Diminuir ou mesmo tirar as refeições intermediárias (como o lanche da tarde);
– Tomar café sem açúcar, ou água numa temperatura menos agradável;
– Reservar algum dia para o jejum total ou parcial.

2. Penitências corporais:
(Apenas para ajudarem a não perdermos o sentido do sacrifício ao longo do dia, a não sermos relaxados, devendo ser pequenas e discretas).
– Dormir sem travesseiro;
– Sentar-se apenas em cadeiras duras;
– Rezar alguma oração mais prolongada de joelhos;
– Não usar elevadores ou escadas rolantes;
– Trabalhar sem se encostar na cadeira;
– Cuidar da postura corporal;
– Descer um ponto antes do ônibus e fazer uma parte do caminho à pé;
– Deixar de usar o carro e pegar um transporte coletivo.

3. Penitências Morais:
(São as mais importantes)
– Não reclamar das contrariedades do dia, mas agradecer e louvar a Deus;
– Sorrir sempre, mesmo quando haja um nervoso;
– Moderar a frequência às redes sociais, celular e computador (reduzir a poucas vezes ao dia);
– Desligar as notificações do celular;
– Fazer os serviços mais incômodos na casa e no trabalho, ajudando os outros;
– Acordar mais cedo para fazer oração;
– Não ouvir música no carro;
– Não assistir TV, mas dedicar este tempo à leitura;
– Não usar jogos eletrônicos, caso seja viciado;
– Fazer algum trabalho voluntário;
– Rezar mais pelos outros, do que por si mesmo;
– Reservar dinheiro para dar esmolas, mas sobretudo, atenção aos mendigos;
– Não se defender quando alguém lhe acusa;
– Falar bem das pessoas que se gostaria de criticar;
– Ouvir as pessoas incômodas sem as interromper;
– Dormir no horário, mesmo sem vontade.

Padre José EduardoSacerdote da Diocese de Osasco. Pároco da Paróquia São Domingos. Doutor em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma).

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Bispo de Roma e seu clero estarão juntos nesta quinta-feira, 15/2

O Papa cumpre a tradição e nesta quinta-feira, primeiro dia da Quaresma, vai se encontrar com todo o clero na catedral de sua diocese, Roma. Francisco irá até a Basílica de São João de Latrão, que é a sé episcopal.
O encontro será às 9h30, horário de Roma. O comunicado foi feito pelo arcebispo Angelo de Donatis, em carta enviada aos sacerdotes e diáconos de Roma: “Celebraremos uma liturgia penitencial comunitária, com a possibilidade de nos confessar. Em seguida, o Papa nos dirigirá a sua palavra”.
Encontro do Papa com o clero terá caráter reservado
Na mesma carta, o arcebispo, que conduz a Diocese como vigário do Pontífice, convida “todas as comunidades, de modo especial as paróquias, a promover ocasiões de debate sobre as ‘enfermidades espirituais’ apontadas no discurso de encerramento do Congresso diocesano (18/9/2017): economia da exclusão, preguiça egoísta, individualismo, conflitos internos, pessimismo estéril, mundanidade espiritual.
O texto escolhido para ajudar as comunidades a viver proficuamente este “tempo de verificação, compartilha e purificação”, como consta na carta, é a exortação apostólica “Evangelii Gaudium”, a primeira do Papa Francisco, que afronta o tema do anúncio do Evangelho no mundo atual. Para uma reflexão mais franca, Dom De Donatis sugere especialmente a leitura dos capítulos de 52 a 101.
Os resultados deste discernimento serão enviados ao Vicariato através dos párocos até a primeira semana de abril, para consentir um “trabalho de síntese a ser apresentado ao Papa antes do próximo Congresso diocesano”.
Por Vatican News

Aberta a CF 2018: “Fraternidade e superação da violência”

Na manhã desta quarta-feira, 14 de fevereiro, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade (CF) 2018. Este ano, a Campanha trata da “Fraternidade e a superação da violência”. O presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha, e o secretário-geral, dom Leonardo Steiner, receberam autoridades para o evento: a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, o coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e Redução de Homicídios, deputado Alessandro Molon, e o presidente da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Alves Moura.
Mensagem do Papa
O secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Luís Fernando da Silva, leu para os presentes no evento a mensagem enviada pelo papa Francisco: “O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança é condição necessária para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência”.
No final da Mensagem, papa Francisco pediu: “Peço a Deus que a Campanha da Fraternidade deste ano anime a todos para encontrar caminhos de superação da violência, convivendo mais como irmãos e irmãs em Cristo. Invoco a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida sobre o povo brasileiro, concedendo a Bênção Apostólica. Peço que todos rezem por mim”.

Qual o sentido da celebração das Cinzas?

A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa.
Para os antigo judeus sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e voltar para Deus. As Cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer; que somos pó e que ao pó da terra voltaremos (Gn 3, 19) para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa para não mais perecer.
A intenção deste sacramental é levar-nos ao arrependimento dos pecados, marcando o início da Quaresma; e fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.
A maioria das pessoas, mesmo os cristãos, passam a vida lutando para “construir o céu na terra”. É um grande engano. Jamais construiremos o céu na terra; jamais a felicidade será perfeita no vale em que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos sim lutar para deixar a vida na terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos sempre aqui.
Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio de Deus nisso? A cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc.. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório… nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha, Todo dia que nasce logo se esvai… e assim tudo passa, tudo é transi­tório, Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Com­pra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos.., e assim por diante.
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O que devemos fazer quando somos feridos?

Quando te sentires ferida por haver caído em algum pecado, seja por fraqueza, seja por malícia, não desanimes e nem te inquietes por isso. Dirige-te imediatamente a Deus dizendo: “Eis aqui, meu Senhor, comportei-me segundo a minha natureza, pois de mim não se pode esperar mais que tropeços”. Depois dedica um tempo a humilhar-te aos teus próprios olhos, lamenta a ofensa feita ao Senhor e considera tuas más inclinações, especialmente aquela que provocou a falta. E então diz: “Não teria parado por aqui, meu Senhor, se não fosse socorrida por tua bondade!”. Neste ponto dá-lhe muitas graças e ama-O com mais devoção, maravilhando-te por tão grande clemência, já que, mesmo ofendido por ti, Ele te sustenta com Sua poderosa mão.

Por fim, com grande confiança em sua infinita misericórdia, dirás: “Senhor, que és todo amor e perdão, perdoa-me, e não mais permitas que eu me separe de ti, nem te ofenda!”. Feito isso, não fiques imaginando se Deus te perdoou ou não, pois isso seria soberba, desassossego, perda de tempo e engano do demônio. Abandona-te simplesmente nas amorosas mãos de Deus e continua o teu exercício como se nunca tivesses caído. E se voltares a cair várias vezes ao longo do dia, e te sentires ferida no combate, faz o mesmo, com a mesma confiança, na segunda, na terceira e até na última como na primeira; e, humilhando-te cada vez mais e odiando cada vez mais o pecado, esforça-te para agir de maneira mais prudente.

Prof. Felipe Aquino

sábado, 3 de fevereiro de 2018



IRMÃ JUDITH COMEMORA 60 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

 A impressionante força do programa de vida instituído pela fundadora da Congregação das Filhas do Amor Divino, Madre Francisca Lechner, de nacionalidade austríaca, chegou ao conhecimento da jovem moradora do longínquo Sítio Panasco, no município de Desterro, estabelecido em pleno cariri paraibano: MARIA VIEIRA DE FARIAS. Foi uma identificação e uma cumplicidade imediata com esse modo especial e admirável de viver.
O substancial apoio da família, liderada pelos seus pais, José Vieira de Farias e Rita Pereira de Farias, viabilizou a sua admissão na instituição responsável pela formação de uma VIDA CONSAGRADA, constituída da caminhada de uma vocação e de uma prática em benefício do ser humano que hoje atinge a indelével marca de 60 ANOS – BODAS DE DIAMANTE.
Na solenidade de seus PRIMEIROS VOTOS, em Ponta Negra – Natal (1958) lá estava seu pai José Vieira; apesar do cansaço, das dificuldades e preocupações com a família que ficara distante, era visível a sua alegria e agradecimento a Deus pela conquista do sonho da sua filha, que passou a adotar um nome mais encorpado e até mais bonito: IrmãJudith Vieira de Farias.

A bondade Divina hoje permite que a família de Ir. Judith, tratada por nós, carinhosamente, como “Nita”, tenha adquirido meios muito dignos de viver, sobretudo pela influência do exemplo de retidão, do trabalho incansável, da observação vigilante, da orientação silenciosa e discreta.  Contudo, nem por isso menos poderosa, desse “anjo de luz. ”
Embora seja detentora de uma sólida formação moral, intelectual e acadêmica, domine alguns idiomas, tenha visitado e atuado em quase todos os continentes, ainda assim é desprovida de vaidades, do acúmulo de quaisquer bens materiais. Em razão dessa profissão de fé, é alvo de muita admiração, respeito e consideração por todos que gozam do privilégio de seu convívio.
Grande parte da família, hoje residente em Natal, está aqui representada para agradecer a Deus pela vida religiosa de Ir. Judith e comprometendo-se junto com ela em relação ao Sagrado Serviço de dedicação em favor do ser humano. Que ela permaneça por muitos e muitos anos, saudável, ativa, servindo à comunidade e vivendo, na prática, o mandamento do Cristo Jesus:  “SER O SAL DA TERRA E A LUZ DO MUNDO”. Esse mesmo desejo é extensivo a todas as demais irmãs – FDC, que também celebram essa data tão marcante. (Texto de João Vianey Farias – Fotos: Canindé Soares – Posted by NLira)