quinta-feira, 14 de junho de 2018

Antônio, o santo português que ganhou a fama de casamenteiro no mundo

Santo casamenteiro, santo das coisas perdidas, o pão de santo Antônio… A ele são atribuídas muitas virtudes, muitos milagres e prodígios. O santo nascido em Lisboa, Portugal, ganhou a fama ser casamenteiro pois em certa ocasião intercedeu por uma jovem que teria conseguido fazer um ótimo casamento.
A história retrata que a fama de casamenteiro se deu porque Santo Antônio teria atendido aos rogos de uma moça que para casar precisava um dote. Ela teria recebido de Santo Antônio um bilhete para entregar a um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata segundo o peso do papel. Pensando que o papel pesaria muito pouco ele aceitou. Mas foram necessários 400 escudos da prata para que a balança chegasse ao equilíbrio. O comerciante lembrou-se de uma promessa que havia feito a Santo Antônio e não havia cumprido: dar 400 escudos de prata. A jovem recebeu a quantia e pode assim casar-se.
Segundo o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), existem outras histórias. Mas a fama de casamenteiro está presente na piedade de nosso povo e no Brasil, ele é o santo mais estimado.
“Os santos são a historicização da fé. São a visibilização da fé, do Evangelho, do seguimento de Jesus Cristo. Na história da Igreja Deus suscitou homens e mulheres que indicassem a beleza do seguimento de Jesus, a alegria da santidade. A devoção nasce de uma relação do fiel com o santo ou a santa. As devoções são expressão da fé, expressam o desejo de santidade, de transformação. Somos necessitados de presenças que nos animem na caminhada, especialmente no sofrer e no morrer”, ressalta dom Leonardo.
A fama de casamenteiro lhe rendeu muitas crenças populares como virar o santo de cabeça pra baixo, tirar o menino Jesus de seus braços, encontrar a medalha ou imagem no bolo, entre tantas ouras promessas. Outra curiosidade é que o nome de batismo de Santo Antônio é Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Ele nasceu em 1195, em Lisboa e aos 15 anos ingressou na Ordem dos Agostinianos. Aos 25 anos, já em Coimbra, foi ordenado sacerdote e adotou o nome de Antônio quando pediu para ingressar na Ordem dos Frades Menores tocado pelo martírio de três Frades Menores em Marrocos, cujos corpos foram enviados ao mosteiro em que se encontrava Santo Antônio.

Comunhão: O que é e quem pode recebê-la?

É muito comum vermos, nas Missas dominicais, a imensa maioria das pessoas entrando na fila da comunhão. Uma questão então se levanta: “Será que todas essas pessoas estão em condições de comungar?”. Afinal, Deus escreveu pelas mãos de São Paulo:
“Todo aquele que comer do Pão ou beber do Cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer deste Pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,27-29).
O novo Catecismo cita também o que São Justino escreveu: “A ninguém é permitido participar da Eucaristia, senão aquele que, admitindo como verdadeiros os nossos ensinamentos e tendo sido purificado pelo batismo para a remissão dos pecados e a regeneração, levar uma vida como Cristo ensinou” (CIC 1355).
Por que isso ocorre? Por que nem todos podem comungar?

O sentido da comunhão

Isso ocorre, porque o Santíssimo Sacramento não é um mero símbolo, e a comunhão não é um mero ritual de partilha. O Santíssimo Sacramento é Nosso Senhor Jesus Cristo, realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. A palavra “comunhão”, usada como maneira de referir-se à recepção do Santíssimo Sacramento, tem um sentido muito mais pleno que o que se poderia supor. Chamamos a recepção do Santíssimo Sacramento de “comunhão”, pois é da Eucaristia, do Santíssimo Sacramento que vem a unidade da Igreja.
A Igreja, como Deus escreveu pela mão de São Paulo, é o Corpo de Cristo. Ao recebermos o Santíssimo Sacramento, que é Nosso Senhor Jesus Cristo realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nós nos unimos mais à Igreja. “O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Visto que há um só Pão, nós, embora muitos, formamos um só Corpo, nós todos que participamos do mesmo Pão” (1Cor 10,17).
Assim, comungar não significa simplesmente receber a Hóstia consagrada, muito menos mastigar um pedacinho de pão. É Nosso Senhor que recebemos, e d’Ele nos alimentamos, para que mais nos unamos à Igreja. Não se trata de um ato sem qualquer significado; é uma ação que realmente nos transforma, é uma participação na divindade de nosso Senhor Jesus Cristo. É por isso que a Igreja manda que comunguemos de joelhos ou, ao menos, façamos um gesto de respeito, como uma genuflexão, antes de comungar. “Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele”, disse Nosso Senhor (Jo 6,57).
Para que isso ocorra, porém, como já lemos nas citações de São Paulo e São Justino, acima, é necessário que “examinemos a nós mesmos”, para vermos se “levamos uma vida como Cristo ensinou”, se “discernimos o Corpo”. O que é o Corpo de Cristo? É a Igreja. Quem nos ensina a levar uma vida como Cristo ensinou? A Igreja. Se nós nos separarmos da Igreja, se nós não, como diz São Justino, “admitirmos como verdadeiros os ensinamentos” da Igreja, nós não poderemos comungar. Afinal, comungar é participar na Santidade de Cristo, na Santidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
Receber o Santíssimo Sacramento sem estar em condições é “comer e beber a sua própria condenação”.
Formação Canção Nova

terça-feira, 12 de junho de 2018

Que os evangelizadores não sejam carreiristas

A evangelização tem três dimensões fundamentais: o anúncio, o serviço e a gratuidade. Foi o que sublinhou o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta segunda-feira, 11, na capela da Casa Santa Marta.
Escolhas que não transformam o coração
Inspirando-se nas leituras do dia, o Pontífice esclarece que o Espírito Santo é o “protagonista” do anúncio, que não apresenta uma simples “pregação” ou a “transmissão” de algumas ideias, mas é um movimento dinâmico capaz de “transformar os corações”, graças à ação do Espírito.
“Vimos planos pastorais bem feitos, perfeitos – precisa Francisco – mas que não eram instrumento de evangelização”, simplesmente porque eram finalizados em si mesmos, “incapazes de transformar os corações”:
“Não é uma atitude empresarial que Jesus nos manda ter, com uma atitude empresarial, não. É com o Espírito Santo. Isso é coragem. A verdadeira coragem da evangelização não é uma teimosia humana, assim… Não. É o Espírito Santo que nos dá coragem e leva você em frente”.
Na Igreja é preciso servir
A segunda dimensão da evangelização destacada pelo Papa, é a do serviço, oferecido também “nas pequenas coisas”.
Equivocada, de fato, é a presunção de querer ser servido depois de ter feito carreira, na Igreja ou na sociedade: “o subir na Igreja – acrescenta – é um sinal que não se sabe o que é a evangelização”: “aquele que manda, deve ser como aquele que serve”:
“Nós podemos anunciar coisas boas, mas sem serviço não é anúncio, parece, mas não é. Porque o Espírito não somente leva você me frente para proclamar as verdades do Senhor e a vida do Senhor, mas leva você também aos irmãos, irmãs, para servi-los. Também nas coisas pequenas. É feio quando nos deparamos com evangelizadores que se fazem servir e vivem para serem servidos. É feio. São como príncipes da evangelização”.
Gratuidade da evangelização
Por fim, a gratuidade, porque ninguém pode redimir-se pelos próprios méritos. “Gratuitamente recebestes – nos recorda o Senhor – gratuitamente deveis dar”:
“Todos nós fomos salvos gratuitamente por Jesus Cristo e portanto devemos dar gratuitamente. Os agentes pastorais da evangelização devem aprender isto, a vida deles deve ser gratuita, a serviço, ao anúncio, conduzidos pelo Espírito. A própria pobreza os impele a abrirem-se ao Espírito”.
Por Vatican News

Vaticano apresenta programação da viagem do Papa à Irlanda

O Vaticano apresentou nesta segunda-feira, 11, a programação da viagem do Papa Francisco à Irlanda em agosto próximo por ocasião do 9º Encontro Mundial das Famílias. Francisco estará no país nos dias 25 e 26 de agosto.
O Santo Padre sairá de Roma na manhã de sábado e deve chegar à capital Dublin às 10h30 (hora local). A acolhida oficial será ainda no aeroporto, de onde ele seguirá para a residência presidencial para a cerimônia de boas vindas e a já tradicional visita de cortesia ao presidente do país, Michael Higgins. O primeiro discurso do Papa deve ser no Castelo de Dublin, no encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático.
Ainda no sábado, na parte da tarde, Francisco fará uma visita à Catedral de Santa Maria, de onde seguirá para o centro de acolhida dos padres capuchinhos. Ele visitará ainda, de forma privada, o centro de acolhida para famílias sem-teto. O último compromisso do Papa no sábado é a Festa das Famílias no estádio Croke Park, ocasião em que fará um novo discurso.
No domingo, 26, logo pela manhã Francisco segue para a cidade de Knock para uma visita ao Santuário de Knock, onde está a imagem de Nossa Senhora do Silêncio. Na esplanada do Santuário, ele rezará a oração mariana do Angelus com os fiéis e depois retornará à capital Dublin.
Após almoço com a comitiva papal, no domingo à tarde Francisco presidirá a Santa Missa no Phoenix Park e terá um encontro com os bispos no Convento das Irmãs Dominicanas.
A cerimônia de despedida no aeroporto está prevista para as 18h30 (hora local). O Santo Padre retorna, então, a Roma, onde deve chegar às 23h (hora local).
O último Encontro Mundial das Famílias foi na Filadélfia, Estados Unidos, e foi o primeiro que teve a participação do Papa Francisco. Essa nona edição, que será realizada em agosto próximo, tem como tema “O Evangelho da família, alegria para o mundo”.
Da Redação, com Boletim da Santa Sé

segunda-feira, 11 de junho de 2018


Papa aceita renúncia de três bispos chilenos
O Papa Francisco aceitou, nesta segunda-feira (11/06), a renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese de Puerto Montt, no Chile, apresentada por dom Cristián Caro Cordero, por motivos de idade, nomeando administrador apostólico “sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis” da arquidiocese pe. Ricardo Basilio Morales Galindo, provincial dos Mercedários no Chile.
O Santo Padre aceitou também a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Valparaiso, no Chile, apresentada também por motivos de idade, por Dom Gonzalo Duarte García De Cortázar, e nomeou administrador apostólico “sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis” da diocese dom Pedro Mario Ossandón Buljevic, bispo auxiliar de Santiago do Chile.
Por fim, o Papa aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese chilena de Osorno, apresentada por dom Juan Barros Madrid e nomeou administrador apostólico “sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis” desta diocese dom Jorge Enrique Concha Cayuqueo, bispo auxiliar de Santiago. Dom Barros tira um ano sabático.
(Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-06/papa-francisco-aceita-renuncia-tres-bispos-chilenos.html)



FDC COMEMORAM 150 ANOS DE FUNDAÇÃO

Um grupo de freiras da Congregação Filhas do Amor Divino, entre as quais a Superiora da Província Nossa Senhora das Neves (Proneves), Irmã Ana Carla de Melo Silva, encontram-se em Viena, na Áustria, onde participam das festividades alusivas ao aniversário de 150 da Congregação.

A Congregação foi fundada pela Madre Francisca Lechner, no dia 21 de novembro de 1868. Ela tinha o propósito de acolher as jovens que chegavam do interior em busca de emprego na capital. Ela também se preocupava com a educação de meninas e sentia o desejo de amparar os idosos. Assim fundou a Instituição Religiosa, a qual governou durante 26 anos.

Madre Francisca Lechner deixou vários ensinamentos entre os quais o lema “Tudo por Deus, pelos pobres e pela Congregação” – impulsionando suas seguidoras à prática de uma de suas máximas: “Fazer o bem, alegrar, tornar feliz e conduzir ao céu”.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Pastorais e organismos da CNBB que atuam na causa migratória organizam 33ª Semana do Migrante

A convocação veio do papa Francisco: se unirem para intensificar os esforços e consolidar ainda mais o compromisso na construção de uma cultura do encontro. Foi com esse chamado que as pastorais e organismos vinculados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que atuam com a causa migratória prepararam a 33ª Semana Nacional do Migrante, que acontece de 17 a 24 de junho em todo o país, com o tema “A vida é feita de encontros” e o lema “Braços abertos sem medo para acolher!”.
Além das pastorais e organismos da CNBB, outras instituições ligadas ao atendimento e acompanhamento de migrantes e refugiados colaboraram com o Serviço Pastoral do Migrante e a Cáritas Brasileira nesta ocasião.
O bispo de Pesqueira e referencial do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, dom José Luiz Ferreira Sales, considera que, para a Igreja, é muito importante reforçar os direitos dos migrantes, refugiados e das diversas categorias migratórias: “Esse dever-desafio encontra sentido quando denunciamos, por exemplo, o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, uma vez que, não podemos, em hipótese alguma, permitir tais violações”.
O objetivo é promover a “cultura do encontro”, tão motivada pelo papa Francisco, “fazendo crescer os espaços e as oportunidades para que os imigrantes e as comunidades locais possam se reunir, dialogar e passar à ação”, de acordo com a proposta divulgada.
A edição deste ano está em sintonia com a campanha mundial da Cáritas “Compartilhe a viagem”, dedicada à sensibilização e à informação sobre imigração e refúgio. “O convite é para ir ao encontro, como gesto natural dos crentes que vivem uma fé Igreja em saída, para abraçar, escutar, apoiar, dar a mão, compartilhar trajetórias, alegrias, dores e fazer-se próximo”, afirmam os organizadores.
“A campanha ‘Compartilhe a viagem’ propõe incentivar as pessoas, homens, mulheres, crianças e jovens, de todos os credos e religiões, para irem ao encontro dos migrantes, colaborando na construção de uma cultura de Paz, a partir das histórias de vida e da diversidade cultural dos migrantes. Por isso, é importante enxergar os migrantes como oportunidade no projeto de reconstrução das sociedades”, situa o arcebispo de Aracaju e presidente da Cáritas Brasileira, dom João José Costa.

Papa afirma que planeta não deve ser visto como propriedade privada

O Papa Francisco enviou uma mensagem ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I, por ocasião do Simpósio Internacional “Rumo a uma Ática mais verde: preservando o planeta e protegendo as pessoas”. O evento é realizado em Atenas, na Grécia, de 5 a 8 de junho.
Francisco, em sua mensagem, recordou a visita que realizou à cidade de Lesbos, ilha grega que fica na região nordeste do Mar Egeu, quando o Santo Padre e Bartolomeu I discutiram a situação trágica dos imigrantes e refugiados da região. “Enquanto nos encantávamos com o céu azul e o mar, fiquei amarrado ao pensamento de que um lugar tão lindo havia se tornado uma tumba para homens, mulheres e crianças que em sua maioria fugiam das condições desumanas de suas terras natais”, lembrou.
O Sucessor de Pedro ainda recordou uma de suas cartas encíclicas, a Laudato Si – sobre o cuidado da casa comum, em que o pontífice afirma que podemos condenar as gerações futuras a um lar relegado às ruínas. “Hoje, devemos fazer uma simples pergunta: ‘qual é o mundo que queremos deixar para aqueles que nos sucederão, às crianças que estão crescendo agora?’ Com relação à crise ecológica, devemos empreender um sério exame de consciência sobre a proteção do planeta confiado aos nossos cuidados”, afirmou o Papa.
Cuidar da criação, que deve ser vista como um dom comum e não como propriedade privada, implica o reconhecimento e o direito de cada pessoa, afirma Francisco. “A atual crise ecológica que afeta agora toda a humanidade está enraizada no coração humano”, alerta o pontífice para, em seguida, citar uma passagem da Laudato Si: “A violência presente em nossos corações, ferida pelo pecado, também se reflete nos sintomas de doenças evidentes no solo, na água, no ar e em todas as formas de vida”.
Francisco pede que todos os cristãos se unam para enfrentar o desafio da crise ecológica e que cooperem para uma resposta inequívoca. “O Dia Mundial de Oração pela Criação é um passo nessa direção, pois demonstra nossa preocupação e aspiração compartilhadas de trabalhar juntos para enfrentar essa questão delicada”, pondera o Santo Padre. “É minha firme intenção que a Igreja Católica continue a caminhar junto com Vossa Santidade e o Patriarcado Ecumênico ao longo deste caminho”, finalizou.
Por Canção Nova, com Boletim da Santa Sé

quarta-feira, 6 de junho de 2018

NORDESTE DE BOCHA PARALÍMPICA: Torneio acontecerá entre os dias 8 e 10 de junho, no Colégio Nossa Senhora das Neves

Natal será a casa da bocha paralímpica a partir desta sexta-feira (8) até o domingo (10). Nesse período, atletas do Nordeste estarão na capital potiguar para participar do Campeonato Regional 2018, considerado o mais importante da modalidade na região. O torneio acontecerá no Colégio Nossa Senhora das Neves e é promovido pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande).

Além de 11 atletas da Associação Paradesportiva do Rio Grande do Norte (Aparn), a competição reunirá outros 62 participantes de clubes da Bahia, da Paraíba, de Pernambuco e do Ceará, que disputarão nas classes BC 1 e BC 3, com auxílio de um ajudante, e BC 2 e BC 4, sem o auxílio de um ajudante.

Os três melhores de cada categoria garantirão vagas no Campeonato Brasileiro de Pares e Equipes, previsto para setembro, no Recife (PE), no Campeonato Brasileiro Individual, agendado para dezembro, em São Paulo (SP). O destaque da modalidade é para o atleta Paulo Renato Noronha, medalha de prata no Open Mundial do Canadá, em abril, na Classe BC 1.

A cerimônia de abertura do Campeonato Regional Nordeste de Bocha Paralímpica 2018 acontecerá na próxima sexta-feira (8), às 8h30, seguida da primeira partida do campeonato às 9h30.

Sobre o esporte
A bocha é um dos esportes em que homens e mulheres competem juntos. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio, e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros. No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande).

Promessas ligadas ao culto da imagem do Sagrado Coração

Qual é o alcance das promessas ligadas ao culto da imagem do Sagrado Coração?
O culto da imagem do Sagrado Coração é tão importante na prática da devoção a este divino Coração, e tão vivo o desejo que tem Nosso Senhor de ver o seu amor para conosco manifestado por meio desta imagem e exaltado nela, que o moveu a fazer as mais extraordinárias promessas às nações, às famílias, às comunidades e às pessoas, que honrarem este emblema do seu amor.
Já conhecemos minuciosamente as promessas feitas às nações, que colocarem esta imagem nos estandartes.
Quais são as bênçãos prometidas às famílias e às casas, em que esta imagem for venerada?
1. Nosso Senhor certificou-me, diz Santa Margarida Maria, que tem o maior prazer em ser honrado sob o emblema deste Coração de carne, cuja imagem deseja ver publicamente exposta, para assim comover o coração insensível dos homens;
2. Que, sendo o seu Coração a fonte de todas as bênçãos, as derramará copiosamente em todos os lugares, em que estiver exposta a imagem deste amável Coração, para ser amado;
3. Que ela atrairá toda a espécie de bênçãos sobre os lugares, em que for exposta para receber singulares homenagens.
Quais são as bênçãos prometidas às comunidades, que honrarem esta imagem?
“Nosso Senhor derramará a suava unção da sua ardente caridade em todas as comunidades, em que for honrada com amor esta divina imagem, e desviará delas os golpes da justa ira de Deus”.
Quais são as bênçãos prometidas às pessoas, que honrarem esta imagem?
“Nosso Senhor derramará com abundância no coração de todos aqueles que honrarem a imagem do seu Sagrado Coração todos os dons de que está cheio”.
“Imprimirá o seu amor nos corações daqueles que trouxerem esta imagem, destruirá neles todos os movimentos desregrados”.
Quais foram os primeiros frutos destas promessas?
Os efeitos das divinas promessas relativas as imagem do Coração de Jesus manifestaram-se no próprio dia, em que o culto desta santa imagem foi inaugurado em Paray. As Irmãs contemporâneas, depois de descreverem a primeira festa celebrada em honra da imagem do Sagrado Coração a 20 de julho de 1685 acrescentam:
“Apenas esta devoção se estabeleceu no noviciado de Paray, o Senhor mostrou claramente, quanto ela lhe era agradável, derramando dum modo particular as suas bênçãos sobre a comunidade. Viu-se desde logo perfeita renovação na fidelidade às observâncias religiosas e o fervor aumentava sem cessar”.
Santa Margarida Maria especialmente teve a maior parte nestas divinas promessas. No meio dos extraordinários sofrimentos ela ia procurar força ora diante do tabernáculo, ora diante duma imagem do Sagrado Coração.
No mês de agosto de 1688, pouco depois de conhecer que Roma tinha negado autorização, para se celebrar a festa do Sagrado Coração, a serva de Deus escrevia à Madre de Saumaise: “Ao receber esta notícia, fui prostra-me diante da imagem do Coração de Jesus, para lhe fazer as minhas queixas. Mas obtive esta resposta: Para que te afliges com o que há de ser para a minha maior glória? Fica, pois em paz”.
À remessa, que a Madre Greyfié lhe tinha mandado de várias imagens e dum pequeno quadro do divino Coração, respondia a Santa: “Não posso dizer-vos a consolação que me destes, enviando-me a amável representação do único objetivo do meu amor e certificando-me que desejais auxiliar-nos honrando-O com a vossa comunidade. Sinto com isto uma alegria mil vezes maior do que se me fizésseis possuidora de todos os tesouros da terra. Quando vi a representação deste divino Coração, pareceu-me recuperar uma vida nova. A minha alma estava submergida num mar de amargura e de sofrimento, que se transformou em grande paz completa submissão a todas as disposições da Providência, e desde então parece-me, que não há nada que seja capaz de me perturbar”.
Os mesmos frutos de graça então reservados para aqueles, que derem a Nosso Senhor a consolação, que Ele deseja, de ser honrado no emblema de um coração de carne.
Retirado do livro: “O Coração de Jesus”.

terça-feira, 5 de junho de 2018


IRMÃ JUDITH PRESTA HOMENAGEM AOS SEUS PAIS

 A vocês, meus pais, José Vieira de Farias e Rita Pereira de Farias, a minha prece primeira, a minha devoção ao Amor que vocês viveram e fizeram viver nesta vida; o meu respeito; a minha gratidão; a minha saudade; o meu olhar reconhecido, obediente, contrito e feliz; a minha entrega e o meu Amor primeiro.
Faço-os portadores hoje, 3 de junho (o seu dia nesta Terra, mamãe!); levem até Ele, o Cristo, esta oração que faço minha e vocês, hoje, muito bem conhecem e sabem tudo.

“Senhor Jesus, algumas vezes, inesperados tremores sacudiram minha vida. Em outras ocasiões fui eu mesmo que tremi diante do imprevisto da existência. Por isso, venho a Ti, que suportaste o tremor no alto da cruz, para te pedir que, quando a angústia tentar me desestabilizar, Tua cruz mantenha em pé minha confiança em Ti. 

Quando o rancor tirar a paz do meu coração, que a estabilidade de Tua cruz me revele Tua misericórdia. Quando a tristeza invadir minha alma, que o resplendor de Tua cruz me permita reconhecer que a verdadeira alegria provém do dar, não do receber. Quando o desânimo me invadir ou a depressão me debilitar, que a certeza de Tua vitória sustente todos os meus desejos. 

Espírito Santo, que só desmorone em mim o que não está sustentado na rocha firme do Calvário, para que eu possa viver na fé e fascinado por essa cruz que não cai diante de nenhum imprevisto da vida. ” (Do livro - A Fascinante Morte de Jesus José H. Prado Flores e Ângela M. Chinese)

Artigo do arcebispo de Passo Fundo fala sobre “jeitinho brasileiro”

A primeira edição do livro “Crítica da Razão Tupiniquim” do professor Roberto Gomes chegou ao público em 1977. Segundo o arcebispo de Passo Fundo (RS), dom Rodolfo Luís Weber, o projeto do livro é pensar a “Razão Brasileira”, isto é “pensar o que se é, como se é”. Dom Luís Weber aponta que, desde a primeira edição do livro até hoje, houve alterações no modo de pensar brasileiro, porém muitas das instituições permanecem atuais.
O livro foi inclusive o ponto de partida para o arcebispo escrever o artigo intitulado “A gente dá um jeito”, baseado no mito da concórdia do brasileiro de que tudo “se dá um jeito”. No texto, o bispo afirma que a sociedade tem leis e normas que regulamentam a convivência e o funcionamento social, mas que isso soa como formalismo, legalismo: “Eu sei que esta é a regra, mas não dá para dar um jeito”? “Seu guarda, eu sei que infringi a norma de trânsito, mas porque me multar”?
Destes pequenos jeitos, dom Luís Weber afirma que se chega aos milionários que resultam em grandes corrupções. “As normas são estas, mas para mim ou para aquele grupo são diferentes”, diz em um trecho. O arcebispo também comenta que hoje em dia temos inúmeras regras de fiscalização, seja por legislação ou norma interna, nos processos licitatórios com objetivo de prevenir desvios. Ele cita ainda que vários tribunais analisam os contratos e seu cumprimento e que múltiplos documentos são exigidos. “Com todo o aparato burocrático, a corrupção não diminuiu”, acrescenta.
Em seu artigo, dom Luís Weber concorda com o que diz o professor Roberto Gomes em seu livro – de que o “jeitinho brasileiro” traz efeitos colaterais sérios. Um deles seria a desconfiança. “Quem está falando comigo está sendo transparente? É isto mesmo que quer dizer?”, diz em um trecho.
“Da desconfiança nasce a burocracia”, afirma o bispo. Para ele, múltiplas exigências, muitas descabidas, acrescidas de morosidade, para impedir a transgressão da regra, para controlar o jeitinho. “Para provar que ‘eu sou eu’ preciso de uma série de documentos, repetidos, carimbados para dizer a mesma coisa. Constantemente é preciso provar a minha veracidade e que sou eu mesmo”, garante no artigo.
“Ouvimos com frequência as pessoas reconhecerem que temos muitas e boas leis. Se fossem cumpridas a vida seria mais fácil e tudo funcionaria melhor. O cumprimento das leis, portanto, não pode ser compreendido como formalismo ou legalismo. Seu cumprimento é o respeito aos valores fundamentais da sociedade. O jeito é uma maneira marota de desrespeito aos valores maiores”, finaliza o bispo no artigo.
CNBB


domingo, 3 de junho de 2018


CONGREGAÇÃO FILHAS DO AMOR DIVINO COMEMORA 150 ANOS DE FUNDAÇÃO



O ano de 2018 é muito especial para a Filhas do Amor Divino, porque celebra os 150 anos de fundação da Congregação, presente em mais de 20 países do mundo. As Filhas do Amor Divino têm uma importante missão a realizar, atendendo aos ensinamentos
deixados pela Madre Francisca Lechner, fundadora da Instituição Religiosa: alegrar, tornar feliz e conduzir ao céu.

As comemorações pela passagem dos 150 anos de fundação da Instituição, serão iniciadas a partir do dia 8 de junho, em Viena, na Áustria, onde está localizada a sede geral da Congregação. As festividades em Viena contarão com a presença das Irmãs Maria Aparecida Costa e Irmã Beatriz Medeiros, que embarcam para Viena nesta segunda-feira, dia 4, onde irão representar a Província de Nossa Senhora das Neves.

MISSÃO DO CARISMA – As Filhas do Amor Divino tem na Igreja, a vocação de tornar o amor de Deus visível ao mundo. Um amor encarnado e compassivo, sendo “servas e instrumentos do infinito amor de Deus por palavras e ação, conforme o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo”

O lema deixado por Madre Francisca Lechner para suas seguidoras foi: “Tudo por Deus, pelos pobres – especialmente a mulher - e por nossa Congregação”. A Congregação FDC está no Brasil desde o ano de 1920.

Beatificada, em Nápoles, Irmã Maria Crucificada do Amor Divino 


O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu, em nome do Papa, na manhã deste sábado (02/6), na Catedral de Nápoles, à Beatificação da
Irmã Maria Crucificada do Amor Divino, Fundadora das Apóstolas do Sagrado Coração.

Maria Gargani, nome de batismo, nasceu em 23 de dezembro de 1892, em Morra Irpino, província italiana de Avelino, e faleceu em Nápoles em 23 de maio de 1973.

Maria Gargani consagrou sua vida ao apostolado, especialmente nos lugares mais desfavorecidos, sem assistência religiosa, cultural e social, despertando a admiração dos párocos. Entrou para a "Mística Betânia", uma Comunidade de consagradas do mosteiro Capuchinho, que queriam atingir a perfeição, sob a orientação do Padre Agostinho de São Marco in Lamis. Na época, este sacerdote também era diretor espiritual do Padre Pio da Pietrelcina.

Em 1915, Maria Gargani foi apresentada ao Padre Pio, quando de sua visita ao mosteiro dos Capuchinhos, que a acolheu entre suas filhas espirituais. Padre Pio a aconselhou a não entrar logo para uma Ordem religiosa, onde queria realizar seu sonho de consagrada, pedindo-lhe para esperar e discernir melhor a vontade de Deus.

No entanto, a professora Gargani aumenta as suas atividades: faz parte da Ação Católica, da Terceira Ordem Franciscana, organiza a Obra do Sagrado Coração pelas Vocações Pobres do seminário de Lucera, sempre orientada e acompanhada pelo Padre Pio.

Com o passar do tempo, vendo que havia chegado a sua hora, Maria Gargani confiou ao Padre Pio a sua intenção de fundar um novo Instituto, com o intuito de trabalhar naqueles centros habitados, que não contavam com a assistência de sacerdotes. Então, Padre Pio lhe respondeu: "É aqui que, finalmente, devíamos chegar: esta é a vontade de Deus!

Assim, em 1934, com a autorização do Bispo de Lucera, Maria Gargani foi morar, com algumas companheiras, no antigo convento de Santa Maria da Saúde, em Appula. A Congregação das Apóstolas do Sagrado Coração recebeu a aprovação eclesiástica em 21 de abril de 1936.

Entre 1936 e 1944, a fundadora, que ao fazer sua profissão religiosa recebeu o nome de Maria Crucificada do Amor Divino, definiu o carisma da Congregação: apostolado paroquial, catequese, difusão da boa imprensa, criação de escolas para crianças e jovens.

As vocações começam a aumentar, de tal forma que a fundadora transferiu, em 1946, a sede da Pia Sociedade das Apóstolas do Sagrado Coração para Nápoles, de onde se espalhou para outras regiões italianas, chegando até à África.

Madre Maria Crucificada Gargani faleceu em Nápoles, em 23 de maio de 1973, aos 81 anos. (Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-06/beatificada-irma-maria-crucificada-amor-divino.html


COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA

As Filhas do Amor Divino realizaram, nesta última semana de maio, a Coroação de Nossa Senhora, obedecendo a uma tradição do povo católico. O evento teve como palco, as dependências da Vila Maria e contou com a presença das Irmãs idosas e enfermas, que
vivem na Vila.

O mês de maio é tradicionalmente dedicado às mães e a Igreja Católica o dedica à Maria, Mãe de Jesus. Também costuma-se dizer que maio é o mês das noivas, pois todo o clima festivo, também o remete às festas de matrimônio.


Em muitas paróquias é tradição realizar, durante todo o mês de maio, as coroações a Nossa Senhora. Em muitos lugares é uma tradição que remonta há séculos de história. Segundo o Padre Cássio Barbosa de Castro, Mestre em História da Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, a tradição é antiga em nossa Igreja. Começou no século XIII, no ano de 1280. 


Na Europa, o mês de maio marca o início da primavera, quando são colhidos os frutos da terra e as flores do campo são cheias de cores e de perfumes. E isto remete a Maria, que é considerada a flor mais bela. A tradição chegou ao Brasil através dos portugueses. Desde então, devotos realizam coroações da imagem de Nossa Senhora durante este mês.



Padre Cássio explica que a tradição se solidificou no século XIV, em Paris, onde a figura de Maria ganhou destaque. A Mãe de Deus era simbolizada como uma flor adornada de joias, então, surgiram as coroações. Foi São Felipe Neri que começou a dedicar o mês de maio à Maria fazendo a ela homenagens com flores.


As homenagens são uma forma de devoção: Maria é a Mãe de Deus, portanto, celebrar o Mês de Maria é devotar o nosso amor a Mãe de Deus e a nossa Mãe. Um dos elementos marcantes do catolicismo é devoção mariana. Coroar Nossa Senhora é demonstrar que a reconhecemos como “Rainha”, mesmo na simplicidade de sua figura.


Cada elemento que oferecemos a Nossa Senhora na sua coroação tem um significado: A palma representa a pureza de Maria, o véu, sua virgindade, a coroa sua realeza e as flores remetem a homenagem feita por São Felipe Neri.


É realmente muito bonito ver a emoção das pessoas durante a coroação de Nossa Senhora. É um momento marcado pela emoção e pela fé.

sábado, 2 de junho de 2018

Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação

Junho é o mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, tempo forte de oração e devoção. É um tempo favorável para aprofundarmos nossa espiritualidade e aumentar o nosso amor por Jesus.
Leia atentamente este artigo e deixe-se envolver por esta meditação:
Fonte de toda a Consolação
Neste mês de junho, dedicado ao divino Coração, convido-o, caro leitor, a tomar algumas dessas invocações, procurando penetrar a mensagem de amor contida nelas.
“Eis o Coração que tanto amou os homens”
Numa de suas aparições a Santa Margarida Maria, Nosso Senhor mostrava- se transbordante de luz e com uma expressão repleta de bondade e misericórdia. Apontando seu próprio Coração, Ele transmitiu-lhe esta queixa afetuosa: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou até Se esgotar e consumir para lhes testemunhar seu amor, e que, como retribuição, da maior parte só recebe ingratidões”.
Como essa revelação deveria deixar- nos consternados! É verdade que Ele nos ama acima de toda medida e que é impossível a cada um de nós, simples criatura, retribuir com igual intensidade. Entretanto, a questão é saber se nós O amamos tanto quanto nos permite nossa capacidade de amar. Certamente, se nos entregássemos por inteiro a seu amor, ajudados por sua graça, nosso coração palpitaria em uníssono com o d’Ele, nós nos enterneceríamos com Ele, sentiríamos como Ele e – por que não? – sofreríamos por Ele.
Esse deve ser o anelo da alma católica.
“Coração de Jesus, fornalha ardente de Caridade”
Esta belíssima jaculatória não se contenta de comparar esse amor – caritas, caridade – tão intenso com uma fornalha, mas acentua ser uma fornalha ardente. Esplêndida imagem de sua divina Paixão, não só pela humanidade em seu conjunto, mas também por todos os seus filhos e filhas, individualmente considerados.
Assim relata Santa Margarida Maria como lhe foi revelado esse amor: “Uma vez, estando exposto o Santíssimo Sacramento, apareceu Jesus Cristo todo resplandecente de glória, com suas cinco chagas brilhando como sóis, e sua sagrada humanidade lançando labaredas de todos os lados, mas sobretudo de seu adorável peito, que parecia uma fornalha.
Abrindo-o, Ele descobriu-me seu amabilíssimo e amantíssimo Coração, que era a fonte viva das chamas. Mostrou- me então as inexplicáveis maravilhas de seu puro amor e o excesso a que tinha chegado no amor aos homens, dos quais só recebia ingratidões e friezas”.
“Foi isso”, disse Ele a Santa Margarida, “o que mais Me doeu de todos os sofrimentos que tive em minha Paixão, ao passo que, se Me retribuíssem com algum amor, consideraria pouco tudo o que fiz por eles. Se fosse possível, quereria ainda ter feito mais. Mas os homens têm apenas frieza e recusa para com todas as minhas solicitudes de lhes fazer bem. Dá-Me tu, pelo menos, esse prazer de suprir-lhes as ingratidões, conforme tuas possibilidades”.
Oxalá esse apelo de Jesus encontre excelente acolhida, não apenas na alma das pessoas especialmente devotas do Sagrado Coração, mas também na de todos os católicos, despertando em cada um o desejo de oferecer a nosso amoroso Redentor digna reparação por tanta frieza. Que cada um, a exemplo de Simão Cireneu, ajude-O a carregar a cruz dos esquecimentos e das ingratidões. Será esta a melhor maneira de combater a tibieza que, às vezes, torna moroso nosso progresso espiritual, ou, pior ainda, nos paralisa num estado de torpor e de enfastiamento em relação às coisas de Deus.
Para avançarmos nesse luminoso caminho, contamos com um auxílio certo e preciosíssimo: a devoção ao Imaculado Coração de Maria, no qual Jesus é incomparavelmente mais amado do que em qualquer outra criatura, humana ou angélica. “Foi vontade de Deus que, na obra da redenção humana, a Santíssima Virgem Maria estivesse inseparavelmente unida a Jesus Cristo” – escrevia o Papa Pio XII. Por isso convém que cada cristão, “depois de prestar ao Sagrado Coração o devido culto, renda também ao amantíssimo Coração de sua Mãe celestial os correspondentes obséquios de piedade, de amor, de agradecimento e de reparação” (Encíclica Haurietis acquas, n. 74).
Ajudados pela poderosa mediação dessa terna Mãe, penetraremos com maior facilidade no mistério do divino amor, que Ela portou em seu puríssimo seio e alimentou, ao qual contemplou de perto com incêndios de adoração e enlevo.

Padre Carlos Werner Benjumea, EP.