sábado, 23 de junho de 2018

Sínodo dos Jovens: quem representará a Igreja do Brasil em Roma

O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, divulgou nesta semana, a lista de membros e suplentes eleitos para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que ocorrerá em Roma, de 4 a 25 de outubro deste ano, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
O cardeal Sergio da Rocha foi nomeado pelo papa Francisco como relator geral deste sínodo em novembro do ano passado. A figura do relator geral tem um papel de mediador, sendo responsável por introduzir e sintetizar os assuntos expostos pelos bispos durante a reunião do sínodo.
Os representantes do episcopado brasileiro foram escolhidos durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP), de 11 a 20 de abril deste ano. São quatro membros e dois suplentes escolhidos para representar o Brasil na Assembleia Sinodal.
Os membros titulares são dom Vilsom Basso, bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude; Dom Eduardo Pinheiro da Silva, bispo de Jaboticabal (SP), que já foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, no período de 2011 a 2015; Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente para a Comissão Episcopal para os Ministério Ordenados e a Vida Consagrada. Dom Jaime coordenou o processo de elaboração do documento sobre a formação sacerdotal aprovado na 56ª Assembleia Geral da CNBB. O quarto membro é o bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador, dom Gilson Andrade da Silva, que exerce a função de bispo referencial dos Ministérios e Vocações no Nordeste3.
Instrumento laboris – Ainda comemorando o lançamento do Plano IDE, com os cinco projetos de evangelização da juventude no Brasil, apresentado na reunião do Conselho Permanente da CNBB, e tendo em mãos o Instrumento Laboris do Sínodo, dom Vilson destacou a forma como está organizado o documento de trabalho da XV Assembleia Geral. “Acabamos de receber o documento ‘Os jovens a fé e o discernimento vocacional’. Ele tem três palavras especiais: reconhecer a realidade juvenil; interpretar, a partir de Jesus Cristo, da palavra e do magistério; e a escolher o caminho a trilhar”, disse.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude tem a expectativa de que muita coisa bonita seja construída a partir deste Sínodo que vem para animar e iluminar a evangelização da juventude em todo o país e no mundo.
Para o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão para Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, Dom Jaime Spengler, este Sínodo tem um grande desafio de neste contexto de mudança de época apontar caminhos que ajudem a juventude no seu discernimento vocacional e amadurecimento na fé. Dom Jaime destaca a participação da juventude no processo do Sínodo que, segundo ele, reflete-se no documento preparatório.
O primeiro suplente é o arcebispo coadjutor de Montes Claros (MG), dom João Justino de Medeiros, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura; o segundo suplente é o bispo auxiliar de Belém (PA), dom Antônio de Assis Ribeiro.
Por CNBB

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Mundo precisa de cristãos com coração de filhos e não de escravos

O Papa Francisco seguiu com suas catequeses sobre os Mandamentos e assinalou que o mundo não precisa de legalismos, mas de cristãos com o coração de filhos.
“Todo o cristianismo é a passagem da letra da Lei ao Espírito, que dá a vida”, sublinhou. “Jesus é a Palavra do Pai, não é a condenação do Pai”, explicou na Praça de São Pedro.
“Vê-se quando um homem ou uma mulher viveram esta passagem ou ainda não. As pessoas percebem se um cristão raciocina como filho ou como escravo. E nós mesmos recordamos se nossos educadores cuidaram de nós como pais e mães ou se só impuseram regras”.
Em sua nova catequese, afirmou que “na Bíblia os mandamentos não vivem por si mesmos, mas são parte de um relacionamento, o da Aliança entre Deus e seu povo”.
Francisco explicou que “a tradição hebraica chamará sempre Decálogo as Dez Palavras” e “o termo ‘decálogo’ quer dizer isso (palavras de vida) e tem forma de leis, mas são objetivamente mandamentos”.
O Papa explicou porque se usa na Escritura o termo “dez palavras” e não “dez mandamentos”. “A ordem – explicou – é uma comunicação que não requer diálogo. A palavra, pelo contrário, é o meio essencial da relação como diálogo. Deus Pai cria por meio da sua palavra, e o seu Filho é a Palavra feita carne. O amor nutre-se de palavras e assim a educação ou a colaboração. Duas pessoas que não se amam, não conseguem se comunicar”, mas “quando alguém fala ao nosso coração, nossa solidão termina”.
“Uma coisa é receber uma ordem, outra bem diferente é perceber que alguém fala conosco”, acrescentou.
Neste sentido, indicou que “um diálogo é muito mais do que a comunicação de uma verdade. Realiza-se pelo prazer de falar e pelo bem concreto que se comunica entre eles que se querem bem por meio das palavras”.
O Pontífice recordou que “o Tentador quer enganar o homem e a mulher sobre este ponto: quer convencê-los de que Deus os proibiu de comer do fruto da árvore do bem e do mal para mantê-los submissos”.
“O desafio é justamente este: a primeira norma que Deus deu ao homem, é a imposição de um déspota que proíbe e obriga, ou é o cuidado de um pai que está cuidando os seus pequenos e os protege da autodestruição?”, perguntou-se.
“A mais trágica entre as mentiras que a serpente diz a Eva é a sugestão de uma divindade invejosa e possessiva” e “os fatos demonstram dramaticamente que a serpente mentiu”, sublinhou.
“O homem está diante desta encruzilhada: Deus me impõe as coisas ou cuida de mim? Os seus mandamentos são somente uma lei ou contém uma palavra, para cuidar de mim? Deus é patrão ou Pai?”.
“Este combate, dentro e fora de nós, apresenta-se continuamente: mil vezes devemos escolher entre uma mentalidade de escravos e uma mentalidade de filhos. O Espírito Santo é um Espírito de filhos e o Espírito de Jesus”.
Francisco pontuou que “um espírito de escravos acolhe a Lei de modo opressivo e pode produzir dois resultados opostos: ou uma vida feita de deveres e de obrigações, ou uma reação violenta de rejeição”.
Por ACI Digital

Bispos analisam a conjuntura brasileira rumo ao processo eleitoral

Parte da segunda seção do primeiro dia da reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada na sede da entidade, em Brasília (DF) de 19 a 21 de junho, foi dedicada à uma análise de conjuntura do processo político brasileiro tendo em vista as eleições 2018. A análise foi desenvolvida pelo doutor em filosofia pela Unicamp e membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Pedro Gontijo.
Antes de entrar na análise das candidaturas e o que elas representam, o professor adjunto do Departamento de Filosofia do Programa de Pós-Graduação em Metafísica da Universidade de Brasília, apresentou as características das concepções de desenvolvimento em disputa no Brasil: o projeto neoliberal e o projeto “neodesenvolvimentista”. Este tomou corpo no país a partir de 2003 e significou maior presença do Estado como indutor da economia e maior reforço em políticas sociais.
“A Ponte para o Futuro”, projeto do PMBD implementado após o impedimento da presidenta Dilma Rousseff, na avaliação do professor, trata-se de um retorno da agenda neoliberal, expresso em políticas de privatizações e cortes sociais em curso no Brasil. Segundo o próprio Tribunal de Contas da União (TCU), a Emenda Constitucional nº 95 de 2016, que prevê que a despesa primária da União não poderá crescer em ritmo superior ao da taxa de inflação pelo período de 20 anos (2017-2036), levará o país à uma paralisia total já no primeiro semestre de 2024.
Projetos em disputa – O professor defende também que é importante analisar o comportamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que terá nova presidência ainda este ano, e do Legislativo brasileiro que atualmente tem uma representação distorcida que não contempla a diversidade da sociedade brasileira, além dos interesses pessoais dos políticos e de bancadas que se sobrepõem ao interesse público.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Revista A Ordem concorre a título de Menção Honrosa

A revista A Ordem – edição especial dos Mártires, da Arquidiocese de Natal, pode ganhar um título de “menção honrosa”, da CNBB. Para isso, conta com os votos dos internautas. Acesse e curta a imagem, no Facebook e/ou no Instagram, na página ‘Prêmios CNBB’:
1) acesse o link goo.gl/2ioBpv e curta a imagem, no Facebook.
2) em sua conta, no Instagram, vá à página @premioscnbb, procure a imagem com o nome da Revista A Ordem e clique em curtir.
Cada internauta, também pode convidar outros amigos a fazerem o mesmo, ou seja, curtir a imagem.

Reflexão sobre o Dia do Refugiado celebrado no dia 20 de junho, no mundo inteiro

Em 20 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Refugiado, ocasião em que cada um é convidado a refletir sobre os atuais desafios dos refugiados no mundo. Um “refugiado” é uma pessoa que sofre perseguição pela sua raça, religião, grupo social ou opinião política e que se encontra fora do seu país, não podendo a ele retornar por força de perseguição. O Vatican News fez uma breve reflexão sobre este tema
Padre Arnaldo Rodrigues – Cidade do Vaticano
Não é de hoje que as pessoas caminham como peregrinos. Quando observamos o Antigo Testamento, vemos que neste mundo assumimos a condição de caminhantes – “Diante de ti não passamos de estrangeiros e peregrinos como todos os nossos pais; nossos dias na terra passam como a sombra...”. (1Cro 29,15). Assim grandes nações foram formadas, com os estrangeiros que constituíram novos povos e novas raças. E a todos Deus preparou-lhes um lugar – “Eles aspiram, com efeito, a uma pátria melhor, isto é, a uma pátria celeste. É por isso que Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus. Pois, de fato, preparou-lhes uma cidade…”. (Hb 11,16) – uma referência para que nunca esquecessem que aqui, embora estejam de passagem, possam criar as suas histórias e dar um rosto a um lugar.
Dia do refugiado
Na semana passada, de 12 a 14 de junho, aconteceu em Brasília o Seminário Internacional de Migrações e Refúgio. O Evento foi organizado pela Caritas Internacional – departamento caritativo da Igreja em todo o mundo – e teve como tema “Caminhos para a cultura do Encontro” . O evento contou com a presença do presidente da Caritas internacional, o Arcebispo de Manila, Filipinas, o Cardeal Luis Antonio Tagle.
Constantemente vemos nos noticiários, de modo mais explícito na Europa, o grande desafio do êxodo dos povos. Por um lado pessoas que buscam uma perspectiva melhor de futuro, escolhendo deixar seu país por um outro. Por um outro lado estão as centenas de milhares de pessoas que vivem o drama de serem obrigadas a deixar suas terras, histórias e sonhos, para escapar de um cenário de guerras, destruição e morte. Em todos os dois casos, há de se pensar que por trás deste cenário estão sempre pessoas: homens, mulheres, idosos, jovens e crianças.
No seu discurso ao Congresso Nacional nos Estados Unidos, o Papa Francisco relembrou a todos que neste continente “não temos medo dos estrangeiros, porque outrora muitos de nós fomos estrangeiros”. E recordou ainda que muitos de nós somos descendentes dos imigrantes. Afirmou também que “O nosso mundo está a enfrentar uma crise de refugiados de tais proporções que não se via desde os tempos da II Guerra Mundial. Esta realidade coloca-nos diante de grandes desafios e decisões difíceis.
Também neste continente, milhares de pessoas sentem-se impelidas a viajar para o Norte à procura de melhores oportunidades. Porventura não é o que queríamos para os nossos filhos? Não devemos deixar-nos assustar pelo seu número, mas antes olhá-los como pessoas, fixando os seus rostos e ouvindo as suas histórias, procurando responder o melhor que pudermos às suas situações. Uma resposta que seja sempre humana, justa e fraterna. Devemos evitar uma tentação hoje comum: descartar quem quer que se demonstre problemático. Lembremo-nos da regra de ouro: “O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles” (Mt 7, 12).
A imigração, como falamos anteriormente, tem suas raízes na busca de uma vida melhor por meio das expectativas criadas em relação a um determinado país, ou por uma necessidade maior que impulsiona um povo a necessariamente deixar sua terra em busca de outra. Ninguém deixa a sua história por livre vontade, pois na realidade todos desejamos dar continuidade ao que aprendemos de nossos antepassados, levando uma tradição por meio das gerações futuras.
Quando isto não acontece e tudo vem interrompido, o sentimento é de incerteza e muitas vezes de medo. É exatamente neste momento que somos convidados a ir ao encontro, conforme frequentemente nos fala o Papa. Ajudar estas pessoas a se inserirem na nova cultura, para que vençam o medo, criem novas expectativas e se sintam inseridas numa sociedade que crie condições à uma vida estável para quem chega e para quem é daquele local.
A Igreja Católica, maior entidade caritativa do mundo, é a primeira a buscar incansavelmente junto aos governos dos diversos países as condições de acolhida, mas também de criar caminhos de paz e prosperidade nas regiões de maiores conflitos, para que se evite ao máximo esta evasão desmedida. Sua preocupação, acima de tudo, será sempre a pessoa e sua dignidade enquanto filhos de Deus. Nosso papel enquanto membros também desta Igreja, primeiramente é de entender esta situação global, difícil e aparentemente caótica, depois compreender cada pessoa que possa aparecer diante de nós necessitada de acolhida, recordando que o outro é o próprio Cristo.
CNBB

Sínodo dos jovens: 7 palavras-chaves do Instrumento de trabalho

Um bilhão e 800 mil pessoas entre 16 e 29 anos, isto é, ¼ da humanidade, são os jovens do mundo. No Instrumento de Trabalho do próximo Sínodo sobre a juventude, publicado esta terça-feira (19/06), os padres sinodais poderão encontrar a descrição de sua variedade, suas esperanças e dificuldades.
Instrumentum Laboris é o momento de convergência da escuta de todos os componentes da Igreja e também de vozes que não pertencem a ela.
Estruturado em três partes – reconhecer, interpretar e escolher – o Documento busca oferecer as chaves de leitura da realidade juvenil, baseando-se em diferentes fontes, entre as quais um questionário on-line que reuniu as respostas de mais de 100 mil jovens.
Que querem os jovens da Igreja
Portanto, o que querem os jovens de hoje? Sobretudo, o que buscam na Igreja? Em primeiro lugar, desejam uma “Igreja autêntica”, que brilhe por “exemplaridade, competência, corresponsabilidade e solidez cultural”, uma Igreja que compartilhe “sua situação de vida à luz do Evangelho ao invés de fazer pregações”, uma Igreja que seja “transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa”. Enfim: uma Igreja “menos institucional e mais relacional, capaz de acolher sem julgar previamente, amiga e próxima, acolhedora e misericordiosa”.
Tolerância zero
Mas há também quem não pede nada à Igreja ou pede que seja deixado em paz, considerando-a um interlocutor não significativo ou uma presença que “incomoda e irrita”. Um motivo para essa atitude está nos casos de escândalos sexuais e econômicos, sobre os quais os jovens pedem à Igreja que “reforce sua política de tolerância zero”.
Outro motivo está no despreparo dos ministros ordenados e na dificuldade da Igreja em explicar o motivo das próprias posições doutrinais e éticas diante da sociedade contemporânea.
Sete palavras
Tudo isso se articula em sete palavras que o Istrumentum Laboris assim classificou:
1. Escuta: os jovens querem ser ouvidos com empatia.
2. Acompanhamento: espiritual, psicológico, formativo, familiar e vocacional.
3. Conversão: seja de tipo religioso, sistêmico, ecológico e cultural.
4. Discernimento: uma das palavras mais usadas no Documento, seja no sentido de uma “Igreja em saída” para responder às exigências dos jovens, seja como dinâmica espiritual.
5. Desafios: discriminações religiosas, racismo, precariedade no trabalho, pobreza, dependência de drogas e álcool, bullying, exploração sexual, corrupção, tráfico de pessoas, educação e solidão.
6. Vocação: repensar a pastoral juvenil.
7. Santidade: o Documento sinodal se concluiu com uma reflexão sobre a santidade, “porque a juventude é um tempo para a santidade”. Que a vida dos santos inspire os jovens de hoje a “cultivar a esperança” para que – como escreve o Papa Francisco na oração final do Documento – os jovens, “com coragem, tomem as rédeas de sua vida, almejem as coisas mais belas e mais profundas e mantenham sempre um coração livre”.
Por Vatican News

segunda-feira, 18 de junho de 2018


Nossa Senhora das Vitórias



La Rochelle, importante porto francês, de fundação medieval, tornou-se, no início da Idade Moderna, um poderoso reduto do protestantismo. O Rei Luís XIII e seu ministro, o Cardeal Richelieu, empreenderam, em 1627, o cerco da cidadela, com a finalidade de acabar com a revolta dos huguenotes. 

A empresa, porém, era bastante difícil, pois os revoltosos estavam apoiados pela Inglaterra e o monarca pediu, então, à sua esposa, a Rainha Ana da Áustria, para tomar
as devidas providências, de modo que, em todas as igrejas de Paris, fossem feitas orações públicas pelo triunfo de suas armas. Assim pois, todos os sábados, o Arcebispo, com o clero à frente, a corte e numerosos fiéis, rezava o terço, para pedir a Deus a derrota dos protestantes. Os capelães do exército promoveram, também, orações entre os soldados. Assim, a certas horas da tarde ecoavam, entre a tropa arregimentada, orações em louvor à Virgem Santíssima. 

Deus atendeu ao pedido do Rei e pouco depois, a praça forte se rendeu. Em testemunho da gratidão por essa vitória, Luís XIII lançou em Paris, a pedra fundamental de uma igreja que se chamou Nossa Senhora das Vitórias, como recordação da tomada de La Rochelle. 

O convento dos eremitas de Santo Agostinho, situado próximo desse templo, recebeu, pouco depois, um humilde camponês, conhecido pelo nome de Irmão Fiacre, encarregado dos mais rudes serviços do mosteiro, porém, grande devoto de Nossa Senhora. 

A Rainha da França, Ana da Áustria, casada há mais de 23 anos, havia perdido a esperança de dar um herdeiro ao trono francês. O humilde Irmão Fiacre, com pena da rainha, e das consequências que essa situação poderia trazer à monarquia, encarregou-se de suplicar a intercessão de Nossa Senhora e do seu Divino Filho. Certa noite, Maria Santíssima apareceu para o Frade, prometendo-lhe atender às suas preces, com a condição de que as novenas fossem rezadas nos santuários por Ela designados. Após 10 meses de orações, nascia a 5 de setembro de 1638, um menino, que seria mais tarde o Rei Luís XIV, o grande soberano, que emprestaria seu nome ao século XVII, conhecido como “Rei Sol”, um dos mais importantes monarcas da França. 

Em agradecimento, publicou-se um Edito oficial consagrando a França e a família real à Virgem Santíssima. Foi o famoso Voto de Luís XIII, celebrado ainda hoje, nas paróquias francesas. 

A igreja de Nossa Senhora das Vitórias, construída em estilo clássico, está coberta de ex-votos e sua iluminação é feita por lâmpadas votivas de milhares de velas, que atestam a veneração popular à Mãe Imaculada. Em sua fachada, foi gravada, em letras de outro, uma legenda de gratidão, por “tantas vitórias que lhe vieram do Céu, especialmente d’Aquela que arrasou a heresia”. 

No século XIX, por ocasião das aparições de Nossa Senhora a Catarina de Labourè, o cura da Igreja de Nossa Senhora das Vitórias fundou uma associação de orações, que reúne adeptos de todo o mundo, mostrando a intensa irradiação deste santuário. As principais festas são no Domingo da Septuagésima e o 4º Domingo de Outubro.

domingo, 17 de junho de 2018



É TEMPO DE FESTEJAR SÃO JOÃO
O mês de junho é dedicado a São João, ocasião em que se realiza uma festa pagã porque se acredita que o apóstolo de Jesus nasceu no mês de junho. Além disso, é o período em que se produz o solstício de verão no hemisfério norte e inverno no hemisfério sul. 

Durante o mês de junho, quando o sol está no seu ponto mais alto, tem-se o dia mais longo do ano nos países do hemisfério norte, e a partir de então, ele vai perdendo força e os dias se tornam mais curtos. É por isso que esta celebração é ligada a rituais como acender fogueiras e fogos para dar mais força ao sol. 

O fogo é o grande protagonista da Noite de São João, e tem duas simbologias: purificar os pecados e render culto ao sol. Em muitos países do mundo se festeja esse dia acendendo fogueiras na praia.

A fogueira ainda possui outro significado. Para os cristãos, a fogueira está relacionada ao nascimento de São João Batista. De acordo com os católicos, Santa Isabel acendeu uma fogueira para avisar à Maria, mãe de Jesus, do nascimento de seu filho, João Batista, no dia 24 de junho. Para os pagãos, a fogueira também serve espanta os maus espíritos.


A festa de São João é celebrada em muitos países ao redor do mundo desde a Europa a América do Sul. Em países como a Espanha, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Venezuela e Brasil, a festa recebe o nome de Festa Junina e esta data se destaca no calendário anual desses países. 

No Brasil, a data é celebrada desde 1583. O costume foi trazido pelos portugueses e espanhóis, ainda como uma forma de agradecer pelas colheitas, mas também como uma maneira de homenagear os santos do mês de junho. A comemoração da safra se realizava com cantos, danças, fogos e comidas, integrando a religiosidade e a festividade, a devoção e a distração. Aos poucos, outros elementos foram sendo introduzidos nas festas juninas. A quadrilha, por exemplo, chegou ao Brasil no século 19, trazida pela corte portuguesa.



“Explorar as mulheres é pecado contra Deus”

 Uma oração "pelas mulheres descartadas, pelas mulheres usadas, pelas jovens que têm que vender a própria dignidade para ter um emprego". Esta é a exortação do Papa na missa celebrada na manhã desta última sexta-feira, 15, na Casa Santa Marta, quando refletiu sobre o Evangelho de hoje de Mateus e as palavras de Cristo: "Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério” e "todo aquele que repudiar sua mulher, a expõe ao adultério."

Francisco recorda como as mulheres são "o que falta a todos os homens para serem imagem e semelhança de Deus": Jesus pronuncia palavras fortes, radicais, que "mudam a história", porque até aquele momento a mulher "era de segunda classe", dizendo com um eufemismo, "era escrava", "não gozava sequer de plena liberdade", observa o Papa.

E a doutrina de Jesus sobre a mulher muda a história. Uma coisa é a mulher antes de Jesus, outra coisa é a mulher depois de Jesus. Jesus dignifica a mulher e a coloca no mesmo nível do homem, porque utiliza aquela primeira palavra do Criador, ambos são "imagem e semelhança de Deus ", os dois; não primeiro o homem e depois, um pouquinho mais em baixo, a mulher. Não, os dois. E o homem sem a mulher ao lado - tanto como mãe, como irmã, como esposa, como companheira de trabalho, como amiga -  este homem sozinho não é imagem de Deus.

Até hoje, as mulheres são objeto de desejo - Francisco se concentra em particular no "desejar" uma mulher, evocada na passagem do Evangelho. "Nos programas de televisão, nas revistas, nos jornais - diz - mostram as mulheres como objeto de desejo, de uso", como em um "supermercado".

A mulher, talvez para vender uma certa qualidade de "tomates", torna-se um objeto, "humilhada, sem roupas", fazendo com que caia o ensinamento de Jesus que a "dignificou”.

E – Acrescenta - não é preciso ir "tão longe": isso acontece também "aqui, onde vivemos", nos "escritórios", nas "empresas", as mulheres "objeto da filosofia usa e joga fora", como material de descarte", em que nem parecem ser "pessoas":

Isto é um pecado contra Deus Criador, rejeitar a mulher, porque sem ela nós homens não podemos ser imagem e semelhança de Deus. Há uma fúria contra a mulher, uma fúria feia. Mesmo sem dizer isso ... Mas quantas vezes as jovens precisam se vender para ter um emprego, como objeto usa e joga fora? Quantas vezes? "Sim, padre eu ouvi naquele país ...". Aqui em Roma. Não ir longe.

Olhe ao nosso redor para ver a exploração - O Papa se pergunta o que veríamos se fizéssemos uma "peregrinação noturna" em certos lugares da cidade, onde "muitas mulheres, muitos migrantes, muitos não-migrantes" são explorados "como em um mercado": os homens se aproximam destas mulheres não para dizer “boa-noite”, mas “quanto custa?", recorda Francisco. E para aqueles que lavam "a consciência" chamando-as de "prostitutas", o Pontífice diz:

"Você fez dela uma prostituta, como Jesus diz: quem a repudia a expõe ao adultério, porque você não trata bem a mulher, a mulher acaba assim, também explorada, escrava, tantas vezes."

Portanto, será bom olhar para essas mulheres e pensar que, diante da nossa liberdade, elas são "escravas desse pensamento de descarte": Tudo isso acontece aqui, em Roma, acontece em todas as cidades, as mulheres anônimas, as mulheres - podemos dizer - "sem um olhar" porque a vergonha cobre o olhar, as mulheres que não sabem rir e muitas delas que não sabem, não conhecem a alegria de amamentar e de ouvirem ser chamadas de mãe. Mas, mesmo na vida cotidiana, sem ir a esses lugares, esse pensamento feio de rejeitar a mulher, é um objeto de "segunda classe". Devemos refletir melhor. E fazendo isto ou dizendo isto, entrando neste pensamento desprezamos a imagem de Deus, que fez o homem e a mulher juntos à sua imagem e semelhança. Esta passagem do Evangelho nos ajuda a pensar no mercado de mulheres, no mercado, sim, tráfico, exploração, que vemos; também no mercado invisível, que se faz e não se vê. A mulher é pisoteada porque é mulher.

Com ternura, Cristo restitui dignidade - Jesus, lembra o Papa, "teve uma mãe", teve "muitas amigas que o seguiram para ajudá-lo em seu ministério" e para apoiá-lo. E encontrou "tantas mulheres desprezadas, marginalizadas e descartadas", que ele ajudou com tanta "ternura", restituindo a elas dignidade. 

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa-francisco/missa-santa-marta/2018-06/papa-santa-marta-explorar-mulheres-pecado-deus.html

Papa afirma: o amor entre homem e mulher os tornam cooperadores do Criador

 "O nosso mundo, muitas vezes, tentado e guiado por lógicas individualistas e egoístas, leva, quase sempre, a perder o sentido e a beleza das uniões estáveis. Por isso, torna-se difícil entender o valor da família", disse o Papa à Delegação do Fórum da Família.


O Papa Francisco concluiu sua série de audiências na manhã deste sábado, 16, recebendo na Sala Clementina uma Delegação de 150 membros das Associações Familiares, fundadas há 25 anos, que compreende mais de 500 centros de comunhão e força de partilha. Trata-se, disse, de uma “família de famílias”, que busca viver juntos na alegria e no bem comum.

O "fator familiar" constitui um "elemento de avaliação política e operacional, multiplicador da riqueza humana, econômica e social", diz o Papa, no texto que foi entregue, tendo preferido falar de improviso, tocando em temas de várias naturezas.

Antes de tudo, ele reitera que a família é uma só, à imagem de Deus, a união entre um homem e uma mulher. E que, para continuar este elo ao longo do tempo, é preciso paciência, acima de tudo, diante de uma traição.

Entre os tópicos abordados, também o do aborto e da abertura à vida, que é sempre preciosa e inviolável. Com brincadeiras e histórias pessoais, o Papa Bergoglio não esquece de analisar a relação entre pais e filhos, muitas vezes penalizada pela urgência do trabalho ou pela falta deste.

“A família que, em vários modos vocês promovem, está ao centro do projeto de Deus, segundo a história da salvação”, afirmou.

“Por um misterioso desígnio divino, a complementariedade e o amor, entre o homem e a mulher, os tornam cooperadores do Criador, que lhes confia a tarefa de gerar novas criaturas, dando-lhes assistência no crescimento e na educação”.

A família, sagrada e indissolúvel, afirmou Francisco, é berço da vida e primeiro lugar da acolhida e do amor. Ela tem um papel essencial na vocação do homem, é uma janela que se abre para o mistério do Amor, na unidade e Trindade de Deus. E recordou no texto:

“O nosso mundo, muitas vezes, tentado e guiado por lógicas individualistas e egoístas, leva, quase sempre, a perder o sentido e a beleza das uniões estáveis. Por isso, torna-se difícil entender o valor da família. O apoio às famílias e a sua valorização depende de uma incansável obra de sensibilização e diálogo: eis o objetivo do seu Fórum, através de inúmeras iniciativas, em colaboração com as Instituições”.

Por isso, o Santo Padre animou as Associações Familiares a dar testemunho da alegria do amor, recordado no documento pós-sinodal sobre a família.

Por fim, o Papa agradeceu à Delegação pelo seu compromisso “em participar, de modo ativo e responsável, da vida das famílias, em ambiente cultural, social, escolar e político e os incentivou a promover políticas para sustentar o crescimento da natalidade, apesar da pobreza e da falta de assistência familiar.

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-06/papa-sobre-a-familia-e-uma-formada-por-um-homem-e-uma-mulher.html

Cardeal preside beatificação da Fundadora da Congregação das Irmãs Servas de Jesus
        
O cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu em nome do Santo Padre neste sábado (16/6) em Caracas, capital da Venezuela, à Beatificação da Madre Carmen Rendíles Martínez, fundadora das Servas de Jesus.
Carmen Rendíles nasceu em Caracas, no dia 11 de agosto de 1903. Ainda jovem, em 1927, entrou para a Congregação francesa das Servas de Jesus do Santíssimo Sacramento, onde se distinguiu por sua inteligência, imensa bondade e sábia prudência.
Nos anos 50, Carmen liderou o processo de renovação da sua Congregação até que, em 1965, fundou uma Congregação venezuelana, que recebeu o nome de "Servas de Jesus", da qual foi Superiora Geral. Em sua nova Comunidade, promoveu um intenso espírito religioso entre as coirmãs.
Graças a Carmen Rendíles, a Congregação das Irmãs Servas de Jesus continuou a crescer e a consolidar-se na Venezuela e na Colômbia.
Santa Carmen Rendíles Martínez faleceu em 9 de maio de 1977. Em 2017, o Papa Francisco reconheceu a autenticidade de um milagre, realizado por intercessão da Madre Carmen, que ocorreu em Caracas, em 18 de julho de 2003: a cura instantânea de uma grave lesão no braço direito de um médico venezuelano.
(FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2018-06/beatificacao-da-madre-carmen-rendiles-martinez-em-caracas.html)

Bispos argentinos condenam aprovação da lei do aborto
 "Esta é uma decisão que nos faz sofrer como argentinos - dizem os bispos em uma mensagem. Mas a dor pelo esquecimento e a exclusão de pessoas inocentes, deve tornar-se força e esperança, para que possamos continuar a lutar pela dignidade de toda vida humana ". 

A Conferência Episcopal Argentina (CEA) divulgou uma mensagem após a aprovação pela Câmara dos Deputados, na última quinta-feira (14), da lei sobre a descriminalização da interrupção voluntária da gravidez.
No comunicado, assinado pela Comissão Executiva e pela Comissão para os Leigos e Família da CEA, os bispos defendem "a necessidade de um diálogo sereno e de uma reflexão no debate parlamentar que continua" e advertiram que "viver o debate como uma batalha ideológica, nos afasta da vida de pessoas concretas. Se tentarmos impor a nossa ideia ou interesse e silenciar outras vozes, continuamos a reproduzir a violência no tecido da nossa sociedade ".
Infelizmente, dizem os bispos, "se continua a não se ter respostas para as mulheres que têm que levar adiante uma gravidez imprevista, que são expostas à pobreza, à marginalidade social e à violência de gênero". Com a lei aprovada na quinta-feira, "apenas um outro trauma é gerado, o aborto. Continuamos chegando atrasados".
Reconhecer o valor de cada vida e consciência - O debate no Senado - lê-se ainda no comunicado - "poderia oferecer a oportunidade para elaborar projetos alternativos, que sejam capazes de responder às situações de conflito, no reconhecimento do valor de cada vida e da consciência". 
"Ultimamente - continua a nota do episcopado -  temos sido capazes de reconhecer as fraquezas mostradas na nossa tarefa pastoral: a educação sexual integral em nossas instituições educacionais, o reconhecimento mais pleno da comum dignidade de homens e mulheres e o acompanhamento das mulheres envolvidas em um aborto ou que foram afetadas por esse trauma. São todos chamados da realidade que nos convidam a uma resposta como Igreja".
A Virgem Maria de Luján interceda pelas futuras mães - Na conclusão do comunicado, os bispos agradecem "às pessoas que com autêntico respeito para com os outros, expressaram as suas ideias e convicções, mesmo que diferentes das nossas" e manifestaram o seu apreço pela honestidade e a coragem daqueles que reconheceram que toda a vida vale a pena, e acima de tudo, dos parlamentares que defenderam esta visão". Fazem votos, ademais, que a Virgem Maria de Luján, "que conheceu a incerteza de uma gravidez inesperada", possa interceder a favor do povo argentino, das futuras mães e dos nascituros.
FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-06/mensagem-bispos-argentinos-lei-aborto.html

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Revista A Ordem é finalista em ‘Prêmio de Comunicação da CNBB’

A Revista A Ordem – edição especial Mártires, da Arquidiocese de Natal, publicada em outubro do ano passado, por ocasião da canonização, é uma das finalistas dos “Prêmios de Comunicação da CNBB – edição 2018”. A entrega do prêmio aos ganhadores acontecerá dia 20 de julho, em Aparecida (SP), por ocasião do 6º Encontro Nacional da Pascom.
Os finalistas também vão concorrer à “menção honrosa”, escolhidos através de uma votação popular. A votação será simbolizada pelas reações a um webcard de cada categoria que partirá de uma fanpage do Facebook. Serão também contabilizados como reações (votos) aquelas feitas no Instagram. A experiência será lançada na próxima sexta-feira, 15, no site oficial da CNBB, e terminará no dia 30 de junho.
A lista dos vencedores está disponível no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no endereço cnbb.net.br.

Jogos acontecem simultaneamente em 12 locais da capital potiguar

Mais de dois mil atletas do Brasil e de mais 11 países desembarcam em Natal nos próximos dias para participar do Campeonato Pan-Americano de Basquete Master 2018. A abertura oficial da competição acontece no sábado (16), no ginásio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), às 19h. A entrada é gratuita.

As partidas começam na próxima segunda-feira (18) e ocorrem simultaneamente, sempre a partir das 9h, no Colégio Nossa Senhora das Neves, no ginásio do DED, no Colégio Marista, no Complexo Educacional Contemporâneo, no Palácio dos Esportes, no Sesi Clube, no IFRN Campus Central, no Sesc Cidade Alta, no Unifacex Campus Imaculada Conceição, no Colégio Auxiliadora, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e na UFRN.

Além do Brasil, participam do torneio delegações dos seguintes países: Estados Unidos, Colômbia, Argentina, Chile, México, Venezuela, Uruguai, Equador, Porto Rico, Peru e Guadalupe da República Francesa. Ao todo, são 174 equipes com atletas amadores e profissionais entre 35 e 75 anos de idade.

O Campeonato Pan-Americano de Basquete Master 2018 é organizado pela Federação Internacional de Basquete Master e pela Federação Brasileira de Basquetebol Master.

A vontade de Deus nas provações da vida

“Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem” (1Pd 4,19)
Um dos momentos mais oportunos para fazermos bem a vontade de Deus é quando as provações, as cruzes da vida nos atingem. Se Deus permite que isso aconteça, certamente Ele saberá usá-las para o nosso bem e nos fortalecer para o combate espiritual. Por isso, os apóstolos sempre estimularam os fiéis a enfrentá-las com coragem. São Pedro diz:
“Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo (…)” (1Pd 4,12).
E ele ensina que a provação nos levará à perfeição:
“O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vós fortificará” (1Pd 5,10).
É importante confiar em Deus na hora do sofrimento e não se deixar perturbar no fogo da provação. Não se exasperar, não perder a paz e a calma, pois é exatamente isto que o tentador deseja. Uma alma agitada fica a seu bel-prazer. Não consegue rezar, fica irritada, mal humorada, triste, indelicada com os outros, e acaba deprimida.
O antídoto contra tudo isso é a humilde aceitação da vontade de Deus no exato momento em que algo desagradável nos ocorre, dando, de imediato, glória a Deus, como São Paulo ensina:
“Em todas as circunstâncias dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus” (1Ts 5,16). Pois, “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28).
É preciso fazer esse grande e difícil exercício de dar glória a Deus na adversidade. Uma maneira simples é ficar glorificando a Deus, rezando muitas vezes o “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo (…)”, até que a alma se acalme e se abandone
aos cuidados de Deus.
Essa atitude muito agrada a Deus, pois é a expressão da fé pura de quem se abandona aos seus cuidados. É como a fé de Maria e de Abraão que “esperaram contra toda a esperança” (Hb 11,17-19) e assim, agradaram a Deus sobremaneira.
Há ocasiões na vida que parece impossível uma solução para o problema; é exatamente nesta hora, quando tudo
falha, que Deus age quando temos fé.
Um dia eu viajava para os Estados Unidos. Devia chegar em Nova York e tomar outro avião para Boston, onde iria pregar dois retiros. Quando cheguei a Nova York enfrentei uma fila de imigração enorme, e percebi que não daria tempo de mudar de aeroporto para pegar o voo para Boston, onde alguém já me esperava. Fiquei ansioso.
Comecei a rezar no meio da angústia. Invoquei a Deus, a intercessão dos santos, da virgem Maria sem cessar. Quando, depois de duas horas na fila de imigração, achando que já não daria mais tempo, a fila começou a andar rápido e fomos atendidos. Após o atendimento no balcão, pegamos rapidamente nossas malas e tomamos um táxi. O outro aeroporto – La Guardia – era longe e o trânsito pesado, fui pedindo a Deus que seus anjos abrissem o caminho para nós; chegamos a tempo no guichê da companhia para fazer o “check-in” (embarque). Mas eis que não era aquele terminal de embarque; tivemos então de pegar um ônibus para o novo terminal; parecia impossível pegar o voo para Boston. Com muito custo chegamos ao novo guichê, que estava vazio, fizemos o “check-in” de imediato, uma graça, e fomos às pressas para o embarque. Quando lá chegamos os passageiros estavam embarcando e com eles pudemos partir. Eu tinha certeza de que não daria tempo, mas a graça de Deus tudo providenciou. Quando tudo falha Deus age quando temos fé.
Jó agradou muito a Deus porque no meio de todas as provações, tendo perdido todos os seus bens e todos os seus filhos, ainda assim soube dizer com fé:
“Nu sai do ventre da minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1,21).
Afirmam os santos que vale mais um “bendito seja Deus!” pronunciado com o coração, no meio do fogo da provação, do que mil atos de ação de graças quando tudo vai bem.
O Jardineiro divino da nossa alma sabe os métodos que deve empregar para limpar cada alma. Não se assuste com as podas que o divino Jardineiro fizer no jardim de tua alma. Santa Teresa diz que ouviu Jesus dizer-lhe:
“Fica sabendo que as pessoas mais queridas de meu Pai são as que são mais afligidas com os maiores sofrimentos”.
E por isso afirmava que não trocaria os seus sofrimentos por todos os tesouros do mundo. Tinha a certeza de que
Deus a santificava pelas provações. A santa chegou a dizer que “quando alguém faz algum bem a Deus, o Senhor lhe paga com alguma cruz”.
Para nós essas palavras parecem um absurdo, mas não para os santos, que conheceram todo o poder salvífico e
santificador do sofrimento. São Paulo disse que:
“As nossas tribulações de momento são leves e nos preparam um peso de glória eterna” (2Cor 4,17). Aprendamos com eles. Lutemos pela santidade!
Retirado do livro: “Como Fazer a Vontade de Deus?”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

quinta-feira, 14 de junho de 2018


 saudação do Papa Francisco


"Que esta importante manifestação esportiva possa ser uma ocasião de encontro, diálogo e fraternidade entre culturas e religiões, favorecendo a solidariedade e a paz entre as nações", disse o Pontífice.



Na quarta-feira, na Audiência Geral, o Papa Francisco dirigiu uma saudação aos jogadores e organizadores da Copa do Mundo de Futebol, que será inaugurada nesta quinta-feira (14/06) na Rússia.

Definindo o campeonato como ‘um evento social que supera todas as fronteiras’, Francisco disse:

“Que esta importante manifestação esportiva possa ser uma ocasião de encontro, diálogo e fraternidade entre culturas e religiões, favorecendo a solidariedade e a paz entre as nações”.

VENHA, COLABORE, PARTICIPE!