terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Igreja busca construir e implementar medidas preventivas para proteger as crianças do abuso sexual


A partir de quinta-feira, 21, acontece no Vaticano o Encontro sobre a Proteção dos Menores. O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cardeal Sergio da Rocha, representará a CNBB. Ele deve partilhar, na Santa Sé, algumas medidas preventivas para proteger as crianças do abuso sexual na Igreja.
Para o presidente da CNBB, há, hoje, “uma consciência maior a respeito da gravidade dos abusos de menores, especialmente quando cometidos por clérigos, assim como, da necessidade de justiça e de assistência às vítimas”.
Dom Sergio explica que o assunto tem sido abordado nas reuniões dos bispos, em encontros de formação para formadores de seminários, para presbíteros e religiosos. Aqui no Brasil, por exemplo, a CNBB, ainda em 2011, refez as Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, ressaltando a importância da formação humano afetiva na formação inicial e na formação permanente dos presbíteros. “O tema tem sido abordado nos encontros para formadores, em nível regional e nacional”, apontou o cardeal.
Para ele, as referências claras do papa Francisco ao tema têm ajudado muito a tomar consciência da gravidade do problema e da necessidade de ação enérgica para a sua superação e prevenção: “Esperamos que o encontro que vai ocorrer no Vaticano possa nos oferecer maiores orientações para aprimorar as iniciativas já existentes na superação e prevenção dos abusos e de assistência às vítimas”.
O presidente da CNBB também ressalta que o tema necessita receber mais atenção não somente na Igreja, mas também na sociedade, “pela sua gravidade e pelos casos que ocorrem em outros ambientes, como a família”. Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em junho de 2018, num período de seis anos (2011-2017) foram notificados 184.524 casos de violência sexual, sendo a maioria na residência da vítima, correspondendo a 69,2% das ocorrências com crianças e 58,2% dos casos em que adolescentes são vítimas.
Dentro da Igreja, alguns desafios estão postos, como a maior atenção à formação humano-afetiva, a necessidade de maior agilidade na apuração de casos de abusos e o contato com as vítimas para diálogo e assistência.
Atuação da CNBB
Além da abordagem da temática de formação humano afetiva dos futuros padres, a CNBB criou uma Comissão para tratar dos abusos, para assessorar os bispos e suas dioceses, de acordo com o cardeal Sergio. Outra iniciativa da Conferência Episcopal foi a elaboração do texto “Cuidado pastoral das vítimas de abuso sexual”, que está sendo publicado, após várias revisões e aprimoramento.
“Um primeiro texto foi redigido em 2012 e enviado para a Congregação para Doutrina da Fé, do Vaticano. No final de 2018, o texto foi aprovado pela Congregação para a Doutrina da Fé, embora continue sujeito a modificações conforme a legislação canônica e civil”, recorda dom Sergio.
“Aguardamos a reunião a ser realizada no Vaticano para dar novos passos na abordagem desse problema que tem causado tanto sofrimento, na Igreja, especialmente em alguns países”, espera o cardeal.
O encontro no Vaticano
Na última terça-feira, o organizador do encontro, padre Hans Zollner apresentou a dinâmica do encontro a jornalistas no Vaticano. De acordo com o padre jesuíta, “será um encontro de pastores que pela primeira vez enfrentarão a questão da proteção dos menores na Igreja de maneira constante, levando em consideração estruturas e procedimentos em nível mundial”.
O encontro contará com a presença do papa Francisco. E terá os seguintes temas em cada dia:
– No primeiro dia, serão discutidas as responsabilidades pastorais e jurídicas do bispo
– No segundo dia, será a oportunidade de estabelecer a quem o bispo ou o superior de uma ordem deve prestar conta da sua ação em matéria e, portanto, definir as estruturas, procedimentos e métodos que possam ser concretamente aplicáveis.
– No terceiro dia será dedicado ao tema da transparência. “Transparência interna, naturalmente, mas também para com as autoridades estatais e com todo o povo de Deus”.
Não foram divulgadas informações sobre o quarto dia de encontro.
Via CNBB

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Family Search entrega material digitalizado à Arquidiocese de Natal


O especialista em imagens digitais da Family Search, Jorge Silva, entregou nesta terça-feira (12) ao arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira, os HDs, contendo mais de 1 milhão de imagens digitalizadas de registros de batismo, crisma e casamentos da cúria metropolitana e das paróquias da Arquidiocese de Natal. A parceria com a instituição americana Family Search foi firmada em janeiro de 2017 e garante a digitalização desses arquivos. O projeto tem como objetivo, a preservação das informações contidas nos documentos, permitindo à população em geral, pesquisas relativas à história das famílias.
Segundo Jorge, a digitalização desses registros vai garantir a preservação do material, tendo em vista o desgaste natural dos livros impressos. “Esse material que estamos entregando à Arquidiocese ficará à disposição para consulta da população e vai passar a integrar o arquivo arquidiocesano. Também será possível consultar esses dados no site da Family Search. É uma forma de garantir a longevidade dessas informações. Esse serviço que prestamos é gratuito e torna-se uma ferramenta para a população encontrar e conhecer os seus antepassados”, destaca.
Com o trabalho encerrado na Arquidiocese de Natal, Jorge Silva segue para a Diocese de Caicó e, na sequência, Diocese de Oeiras (PI). “Quero agradecer o apoio e atenção da Arquidiocese, na figura do arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. Foram mais de dois anos de trabalho e, para nós, foi uma alegria poder trabalhar em conjunto com o arquivo da Arquidiocese, para garantir a preservação desses documentos”, comemora. Outras informações acesse: www.familysearch.org.


Na foto, Dom Jaime, juntamente com Jorge Silva e a Ir. Vilma Lúcia, coordenadora do arquivo arquidiocesano (Foto: Rivaldo Jr.)


Imprensa vaza carta do Papa Francisco ao “senhor” Nicolás Maduro


O jornal italiano ‘Corriere della Sera’ publicou parte do conteúdo da carta que o Papa Francisco enviou a Nicolás Maduro, depois que o presidente lhe pediu sua mediação na crise na Venezuela.
Em um artigo publicado no dia 13 de fevereiro pelo jornalista Massimo Franco, indica-se que a carta de duas páginas e meia foi dirigida ao “Excelentíssimo Senhor Nicolás Maduro”. A imprensa internacional destacou este detalhe ao assinalar que o Papa não se dirigiu a Maduro como “presidente”.
Na carta, datada de 7 de fevereiro, o Santo Padre afirma que outros ” tentaram encontrar uma saída para a crise venezuelana”. “No entanto, tudo foi interrompido porque o que foi acordado nas reuniões não foi seguido por ações concretas para fazer acordos” e “as palavras pareciam deslegitimar os bons propósitos que foram postos por escrito”.
As palavras do Papa se referem à participação do Vaticano em 2016 como facilitador do diálogo –promovido pela UNASUL- entre o governo e a oposição.
A Santa Sé enviou Dom Paul Tscherrig e, depois, Dom Claudio Maria Celli. No entanto, este último decidiu, em janeiro de 2017, não voltar para a Venezuela, devido ao fracasso dos acordos de outubro de 2016.
No dia 11 de fevereiro, o vice-presidente e secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, Guzmán Carriquiry lembrou que esses acordos contemplavam “a abertura de canais humanitários para sair ao encontro das necessidades da população e aliviar seus sofrimentos, a convocação dentro de um prazo próximo e realista de eleições livres e transparentes, o reconhecimento da Assembleia Nacional (controlada pela oposição), a libertação dos presos políticos e o fim da violência e repressão”.
Na carta divulgada por ‘Corriere della Sera’, Francisco reitera que é a favor da mediação, “não de qualquer diálogo, mas daquele em uma mesa quando as diferentes partes envolvidas no conflito colocam o bem comum acima de todos os outros interesses e trabalham pela unidade e paz”.
Os acordos de outubro de 2016 também foram recordados na carta enviada em dezembro daquele ano pelo Secretário de Estado do Vaticano e ex-núncio na Venezuela, Cardeal Pietro Parolin.
Na carta do Cardeal Parolin, diz o Papa, “a Santa Sé assinalou claramente quais eram as condições para que o diálogo fosse possível” e avançou “uma série de condições que considerava essencial para o diálogo se desenvolver de uma forma frutífera e eficaz”.
Estas condições, continuou o Papa, “juntamente com outras que já foram acrescentadas como resultado da evolução da situação” são mais necessárias do que nunca, especialmente para “que se evite qualquer derramamento de sangue.”
Francisco, indica ‘Corrierre dela Sera’, explica a Maduro que “a situação o preocupa profundamente” e lhe diz que está preocupado com “o sofrimento do nobre povo venezuelano, que parece não ter fim”.
Sobre a carta vazada pela imprensa, o Diretor interino da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gissoti, disse que “a Santa Sé não comenta artigos sobre cartas do Santo Padre que, obviamente, tem um caráter privado”.
A carta do Papa a Maduro foi divulgada um dia depois de novas manifestações lideradas por Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelos Estados Unidos, União Europeia, Grupo de Lima, entre outros.
Nicolás Maduro também organizou uma manifestação para mostrar que conta com apoio dentro do povo venezuelano.
Em seu discurso diante de milhares de pessoas, Guaidó anunciou que no dia 23 de fevereiro, a ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos passará da cidade colombiana de Cúcuta ao estado de Táchira.
Via ACI Digital


domingo, 3 de fevereiro de 2019


FDC COMEMORA 150 ANOS DE FUNDAÇÃO

  A graça da vocação merece nossa maior estima, por ser a maior mercê que Deus nos podia conceder, após a Criação e a Redenção. ”  Serva de Deus, Madre Francisca Lechner



A congregação Filhas do Amor Divino comemorou 150 anos de fundação neste último sábado, dia 2 de fevereiro/2019, data em que a Igreja Católica relembra o dia em que Jesus foi apresentado ao Templo por Maria e José, conforme o costume da época. O gesto da apresentação relembra o oferecimento da vida de Jesus Cristo a Deus, vislumbrando que Sua Existência está voltada para a humanidade. Esta celebração também é conhecida como Festa da Purificação de Nossa Senhora. 

Esta data tem um grande significado para as Filhas do Amor Divino, porque também é nesta data que elas entregam suas existências a Jesus Cristo, professando de forma pública sua fé e fazem os votos de pobreza, castidade e obediência.

A celebração deste ano foi realizada no Auditório do Colégio das Neves e presidida pelos Arcebispos Eméritos de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales e Dom Matias Patrício, contando com a participação de vários padres, diáconos e seminaristas, familiares e amigos das Irmãs.

A vela acesa é uma marca forte nesta cerimônia, uma vez que sua chama indica que o coração de cada Irmã busca de forma incessante, Àquele que é a luz do mundo. Esta simbologia exprime a fé e o ardor de suas almas em permanente adoração a Jesus Cristo.

Além da comemoração dos 150 anos, a Congregação ainda realizou a renovação de votos da seguintes Irmãs:

Ir. Edna Luiz dos Santos, Ir. Betânia Maria Ferreira de Freitas, Ir. Daniely Sandra de Lima, Ir. Joana Darque Vieira Dias, Ir. Jaqueline Ferreira da Costa, Ir. Jéssica Kaytty Caraciolo de Assis, Ir. Rosineide Lino da Silva, Ir. Patrícia Oliveira Rodrigues.

PROFISSÃO PERPÉTUA: Ir. Maria Simone Duarte Gomes, Ir. Auclécia Maria da Conceição, Ir. Auriane chaves Ramos, Ir. Águeda Trajânia de Brito Marques.

JUBILEU DE PRATA (25 anos): Ir. Maria José de Souza, Ir. Aurélia Sotero Angelo, Ir. Valdecina Santos Silva.

JUBILEU DE OURO (50 ANOS): Ir. M. Praxedes Garcia de Araújo, Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, Ir. M.Felicia de Oliveira Costa.

JUBILEU DE DIAMANTES (60 anos): Ir. M. Anísia do Carmo de Mello.

JUBILEU DE SAFIRA (65 anos): Ir. Miquelina Medeiros, Ir. M. Anacleta Ormezinda Pereira, Ir. M. Gilberta Marques Silva, Ir. M. Josefa Cavalcante Ferro.

JUBILEU DE VINHO (70 anos): Ir. Melânia Freire de Araújo.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Viagem aos Emirados Árabes. Papa: a fé une, não divide


A fé em Deus “une e não divide, aproxima não obstante a distinção, afasta da hostilidade e da aversão”: este é um trecho da mensagem do Papa Francisco divulgada às vésperas de sua viagem aos Emirados Árabes Unidos, de 3 a 5 de fevereiro.
Respeito das diversidades
“Somos irmãos mesmo sendo diferentes”, afirma o Papa, saudando em árabe a população do país: “Al Salamu Alaikum, a paz esteja convosco”. Francisco se declara “feliz” em visitar os Emirados Árabes Unidos, uma “terra que – destaca o Pontífice – busca ser um modelo de convivência, de fraternidade humana e de encontro entre as diferentes civilizações e culturas, onde muitos encontram um lugar seguro para trabalhar e viver livremente, no respeito das diversidades”.
Verdadeira riqueza
O Pontífice se prepara para encontrar um povo “que vive o presente com o olhar voltado ao futuro”, citando o fundador dos Emirados Árabes Unidos o Xeque Zayed, que declarava que a verdadeira riqueza “não reside somente nos recursos materiais”, mas nos “homens”, “nas pessoas que constroem o futuro de sua nação”.
Fraternidade humana
Francisco agradece ao Xeque Mohammed bin Zayed bin Sultan Al Nahyan pelo convite a participar “do encontro inter-religioso sobre o tema ‘Fraternidade humana’”, que se realizará na segunda-feira à tarde no Founder’s Memorial de Abu Dhabi.
Na ótica da viagem, cujo lema é extraído da oração atribuída a São Francisco de Assis: “Senhor, faz de mim um instrumento da sua paz”, o Papa define-se ainda “grato” às demais autoridades dos Emirados Árabes Unidos “pela ótima colaboração, a generosa hospitalidade e o fraterno acolhimento oferecidos nobremente para realizar” a visita.
O Grande Imã de Al-Azhar
Por fim, o Santo Padre agradece ao “amigo e querido irmão o Grande Imã de Al-Azhar, Dr. Ahmed Al-Tayeb, e aos que colaboraram na preparação do encontro” pela “coragem” e a “vontade” de afirmar a capacidade da fé em Deus, que une e não divide. Com “alegria”, conclui Francisco, “me preparo para encontrar e saudar ‘eyal Zayid fi dar Zayid, os filhos de Zayid na casa de Zayid”, uma terra “de prosperidade e de paz”, “de sol e de harmonia”, “de convivência e de encontro”.
Via Vatican News

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

C O N V I T E

A Congregação das Filhas do Amor Divino tem a grande satisfação de convidar a todos, para participarem da Festa de apresentação do Senhor, ocasião em que as Irmãs ofertarão suas vidas a Jesus Cristo, através da Profissão dos Votos de Pobreza, Castidade e Obediência. Nesta celebração presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, também será comemorado o Jubileu da Congregação, cuja responsabilidade é tornar o amor de Deus visível ao mundo, seguindo os ensinamentos da Madre Francisca Lechner, fundadora da Congregação.

A cerimônia será realizada no próximo dia 2 de fevereiro, às 9:00h, no auditório do Colégio das Neves. Venha participar com sua família e presenciar um evento de fé, alegria e Amor Divino.



terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Vaticano: diálogo fraterno entre o Papa e os bispos chilenos


O encontro entre os bispos chilenos e o Papa Francisco na manhã de segunda-feira, 14 de janeiro se realizou num clima de ‘diálogo fraterno’. Uma hora pela manhã, seguida de almoço na Casa de Santa Marta com o Romano Pontífice. O objetivo era apresentar o caminho da Igreja chilena ao longo de 2018, oito meses após a última reunião com o Papa em maio, quando se reuniram para tratar da questão dos abusos.
Dom Fernando Ramos, Bispo Auxiliar de Santiago, Administrador Apostólico de Rancagua e Secretário Geral da CECh, falou sobre o encontro com Vatican News.
“ O objetivo desta visita surgiu na última Assembleia Plenária do Episcopado chileno, em novembro de 2018, na qual consideramos oportuno encontrar-nos com o Santo Padre depois da visita ao Chile em janeiro e da reunião em maio. Passaram oito meses desde esse último encontro, houve uma sucessão de acontecimentos na Igreja chilena e pareceu-nos muito importante repassar estes eventos, analisar o seu significado para a Igreja, o momento atual e o futuro que temos pela frente. Explicamos ao Santo Padre quais são as nossas perspectivas de trabalho e tivemos um diálogo muito frutuoso sobre isso”.
Em linhas gerais, o que apresentou ao Santo Padre e como se desenvolveu a visita?
“ A visita começou com um encontro das 11h às 12h, foi uma hora muito interessante de diálogo muito fraterno. O Santo Padre nos escutou com muita atenção, fez algumas intervenções, mas depois recebeu outra pessoa importante, uma autoridade política italiana, e nos convidou para o almoço. De lá fomos até a Casa Santa Marta, almoçamos com ele e ficamos até as três horas da tarde em um diálogo muito interessante”.
“Explicamos a evolução dos acontecimentos desde a visita do Papa ao Chile e, em seguida, quais foram as diferentes reflexões dentro da Igreja chilena, de vários tipos, que enriqueceram seu desenvolvimento. Também lhe adiantamos que, em 2019, queremos aprofundar o discernimento para que em 2020 possamos realizar uma assembleia eclesial que dê as diretrizes para novas orientações pastorais da Igreja chilena”.
O Papa lhes ofereceu alguma indicação?
“Foram muitos conselhos. Durante o diálogo – de muitos e muito diversos aspectos – manifestou sempre, a partir de sua experiência e sabedoria, diversos aspectos que apontam para a comunhão eclesial, o diálogo entre as diferentes pessoas que compõem o povo de Deus e a importância do reconhecimento do povo de Deus em todas as suas dimensões”.
A publicação do código de conduta dos ministros ordenados e do protocolo de boa conduta, previsto para abril, continua em vigor?
Sim, vamos unir os dois e vamos fazer um como um todo que será muito preciso para todos aqueles que trabalham na Igreja, e será apresentado na assembleia plenária em abril/maio, para divulgá-lo.
Na próxima reunião em fevereiro, quem virá?
“ O convite é dirigido ao Presidente das Conferências Episcopais ou a um representante, neste caso o Presidente da Conferência Episcopal do Chile me pediu para representá-lo na reunião de fevereiro. Aceitei e virei com muito interesse. Falamos com o Santo Padre sobre o que significará este encontro e também algum pronunciamento público foi feito pela jornalista Andrea Tornielli, que é o novo diretor editorial do Dicastério da Comunicação, que também está tentando difundir o verdadeiro significado deste encontro”.
Via Vatican News


Cáritas Brasileira lança a campanha #EuMigrante em parceria com a Signis Brasil Jovem


A Cáritas Brasileira, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com um conjunto de organizações, lançou na última quinta-feira, 10 de janeiro, a Campanha #EuMigrante baseada na ideia de que migrar é um direito humano. “Migrar diz respeito à mobilidade espacial das pessoas, ou seja, trocar de casa, de cidade, de região, de estado ou de país. Esse processo ocorre desde o início da história da humanidade. Todos nós temos, em nossas famílias, realidades migratórias, deslocamentos. Uns migram por escolha, outros são forçados a isso”, diz o texto de divulgação do projeto.
A campanha #EuMigrante tem como objetivo mostrar a realidade e o drama vivido pelos migrantes, em especial os venezuelanos, que chegam ao Brasil e será executada até o dia 30 de junho deste ano. As ações buscarão sinalizar caminhos para ajudá-los no processo de integração, como pede o papa Francisco: “acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados”.
A campanha faz parte do Programa Pana, que é uma iniciativa desenvolvida pela Igreja do Brasil, por meio Cáritas Brasileira, com apoio da Cáritas Suíça e do Departamento de Estado dos Estados Unidos. O objetivo de sensibilizar e mobilizar pessoas e recursos para a questão migratória no Brasil, com foco para a crise humanitária vivenciada na fronteira Brasil; Venezuela.
Fases e momentos: A campanha #EuMigrante estrutura-se em três momentos: 1) Sensibilização; 2) Mobilização; e 3) Integração. A proposta é que ao longo do primeiro semestre de 2019, diversas ações sejam dinamizadas pelo país, buscando visibilizar a realidade migratória no Brasil a partir da ação do Projeto Pana que ao longo de um ano, visa favorecer mais de 3.500 pessoas, sendo, pelo menos, 1.224 delas migrantes venezuelanos, a partir da integração em sete capitais do Brasil: Boa Vista (RR); Brasília (DF); Curitiba (PR); Florianópolis (SC); Porto Velho (RO); Recife (PE) e São Paulo (SP). Nesse processo, 612 pessoas já estão sendo integrada nessas capitais.
As iniciativas têm como referência as Casas de Direitos, espaços onde são desdobradas as ações do Programa Pana, que estão situadas nas sete capitais. As Casas são ambientes para acolhida e garantia de direitos aos migrantes. Nesse sentido, uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, advogados, educadores e psicólogos, atende e acompanha os migrantes.
No site da campanha eumigrante.org é possível verificar as diversas maneiras de ajudar, seja com quantias em dinheiro ou doações de móveis, eletrodomésticos, roupas e calçados em bom estado de uso, bem como produtos de limpeza e de higiene pessoal. A Campanha #EuMigrante nasce da parceria entre a Cáritas Brasileira, que é uma instituição com mais de 62 anos de história no país, que atua como uma rede solidária, com cerca de 15 mil agentes espalhados por todo o território nacional, com a Signis Brasil Jovem que tem pouco mais de um ano de existência, um novo setor da Associação Católica de Comunicação – Signis Brasil, fundada há 10 anos.
Mais informações:
Osnilda Lima – osnilda@caritas.org.br WhatsApp (61) 98366-1235
Ricardo Alvarenga – ricardo@signisbrasil.org.br WhatsApp (98) 98275-7760
Franklin Machado – franklinecops@gmail.com WhatsApp (48) 99696-4144
Via CNBB


terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Em 2018, Igreja registra a morte de 40 missionários

Ao longo do ano de 2018, a Igreja registrou a morte de 40 missionários e trabalhadores que atuam em pastorais ao redor do planeta. Este número representa quase o dobro do registro de 2017, quando foram confirmadas 23 mortes de acordo com a agência Fides.
Até 2017, a América liderou por oito anos consecutivos o continente que mais registrou mortes de missionários. Em 2018, porém, foi ultrapassada pela África.
Segundo dados da Fides, dos 40 mortos, 35 eram sacerdotes, 1 seminarista e 4 leigos. A África foi responsável por 21 mortes, sendo 19 sacerdotes, seminaristas e leigos. A América do Sul ficou em segundo lugar, com 15 mortos, incluindo 12 padres e 3 leigos. A Ásia veio a seguir com 3 padres. A Europa registrou a morte de um padre.
“Missionário” de acordo com a “Evangelii Gaudium
A Fides explicou que prefere usar a palavra “missionário” para os mortos, referindo-se à Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, em que o Papa Francisco afirma que “em virtude do seu batismo, todos os membros do povo de Deus se tornaram discípulos missionários”. “Todos os batizados, seja qual for sua posição na Igreja ou seu nível de instrução na fé, são agentes de evangelização, e seria insuficiente imaginar um plano de evangelização a ser realizado por profissionais, enquanto o restante dos fiéis seriam simplesmente receptores passivos”, diz o Papa.
É por isso que a lista anual da Fides não inclui apenas missionários no sentido estrito, ou missionários em terras de missão, mas compreende todos os batizados engajados na vida da Igreja morrendo de forma violenta e não estritamente “em ódio da fé”.
Segundo a Fides, muitos missionários perderam suas vidas durante tentativas de assaltos e roubos, às vezes em circunstâncias violentas em contextos sociais empobrecidos e degradados, em que predomina a violência, com autoridades desamparadas ou enfraquecidas por conta da corrupção ou onde a religião é mal utilizada.
Via Canção Nova


Os desafios da realidade urbana serão eixo central da atuação pastoral da Igreja no Brasil

Na próxima Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), marcada para o mês de maio de 2019, em Aparecida (SP), serão aprovadas as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019-2023. O foco do texto em preparação para este momento é a atuação da Igreja no mundo urbano. Esta reflexão, já está presente em vários ambientes eclesiais, como o regional Leste 2 da CNBB, que compreende os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
A temática também foi trabalhada no 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), realizado em 2018. Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina (PR) e vice-presidente do regional Sul 2, defendeu a necessidade atualizar as diretrizes com o enfoque a atuação da Igreja na realidade urbana.
O bispo disse ser necessário levar em consideração as reflexões produzidas no XIV Intereclesial de Cebs e sobre o Encontro dos Bispos das Metrópoles. “É muito importante que o documento aprofunde a questão das periferias e, sobretudo, do que estamos chamando de ‘periferias existenciais’. Lá, a Igreja precisa atuar com a caridade e assistência aos pobres”, disse.
O regional Leste 2 aprofundou em assembleia o tema “Uma Igreja em saída frente aos desafios e esperanças do mundo urbano”. De acordo com o arcebispo de Uberaba (MG) e presidente do regional, dom Paulo Mendes Peixoto, as reflexões sobre a temática buscaram encontrar caminhos de como “atingir com a nossa pastoral”. “Cada vez que passa o tempo, o mundo urbano se torna mais complicado. No fundo, é aquela palavra de São Paulo que, em Atenas, ele encontrou na cidade um grande areópago, cheio de tanta confusão, tanta adversidade, por outro lado também, muita riqueza”, observa.
Direito à cidade – Para Celso Pinto Carias, assessor das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), os mais pobres estão sendo excluídos do direito fundamental de usufruir das cidades. “Em nome de uma modernização dos grandes centros urbanos, empurra-se os mais pobres cada vez mais longe de seus postos de trabalho. “Os mais pobres não têm acesso aos equipamentos sociais e culturais produzidos nessas reformas urbanas”, avalia.
Para contribuir no debate rumo à 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão Especial sobre a atualização das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019/2023 enviou ao episcopado brasileiro, a pessoas interessadas, aos organismos e pastorais da Igreja no Brasil o “Texto Mártir”.
O chamado “Texto Mártir” será objeto de estudos e acréscimos até a próxima reunião da Comissão marcada para fevereiro de 2019, ocasião na qual se produzirá uma versão final do texto que será levado à 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil que acontece em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio de 2019.
Via CNBB