segunda-feira, 12 de março de 2018

Padre pede que Dia Oracional renove compromisso dos fiéis

O Santuário Nacional de Aparecida idealizou o Dia 12 de cada mês como Oracional. O dia remete a 12 de outubro, data dedicada à Padroeira dos Brasileiros, Nossa Senhora Aparecida. A Igreja espera que essa iniciativa leve os fiéis a reforçarem seu amor à santa e também a renovarem seus compromissos com a fé.
“O mundo em que estamos vivendo às vezes nos desvia a atenção de coisas que são fundamentais em nossas vidas. Uma delas é justamente a nossa prática de fé. Temos, por exemplo, alguns feriados que a Igreja chama de ‘dias santos’ e que agora são apenas feriados. Queremos chamar atenção para o dia 12 como se o dia 12 de outubro se prolongasse pelo ano todo”, explicou o padre e reitor do Santuário Nacional, João Batista de Almeida.
O dia de oração mariana não ignora o evento que movimentará a vida dos fiéis e de todos os brasileiros: as eleições presidenciais, em outubro. A Igreja confia no enorme poder de sensibilidade da oração, por isso considera importante dirigi-las aos governantes, a fim de que adquiram mais afeto pelos necessitados.
“Temos, como cristão, a obrigação de rezarmos pelos que governam, precisamos de governantes mais comprometidos com as necessidades do nosso povo. E a oração tem um poder muito grande de transformação nos corações. Por isso pedimos a Deus que todos eles tenham um coração voltado ao povo e se esforcem para atender às necessidades deles”, afirmou o reitor do Santuário. “Não só para aqueles que querem se eleger como presidentes, mas também para governadores, senadores, deputados, aqueles que forma o poder Legislativo e Judiciário, que decidem o destino do nosso país. Queremos que Deus olhe para cada um deles e, principalmente, para o nosso povo, que possa fazer uma boa escolha”, reiterou.
Nossa Senhora restaurada
Este ano será marcado por outro evento importante na trajetória de Nossa Senhora Aparecida: a celebração de quatro décadas de restauração da imagem da Padroeira do Brasil, após ter sido quebrada em maio de 78 e, posteriormente, reconstruída no Museu de Arte de São Paulo (MASP) pela artista plástica e chefe do Departamento de Restauração, Maria Helena Chartuni.
A data, porém, traz um simbolismo forte de restauração, sobretudo para o povo brasileiro, cuja dignidade é “quebrada” diariamente por inúmeros casos de corrupção e escárnio com dinheiro público.
“Se olharmos a palavra de Deus, ela sempre nos orienta à necessidade de cumprirmos aquilo que Ele pede de nós”, explica o reitor. “E quando nos lembramos da restauração da imagem de Nossa Senhora, também podemos enxergar neste fato a restauração da dignidade da nossa gente, que ao longo das décadas tem sido quebrada por pessoas e grupos que acabaram tirando do nosso povo aquilo que ele tem de melhor. O nosso povo, infelizmente, também acaba participando deste processo. E a restauração da imagem nos lembra também da necessidade de restaurarmos princípios e valores fundamentais à vida”, finaliza.
Por Canção Nova

sábado, 10 de março de 2018


CAMPANHA DA FRATERNIDADE NO EDUCANDÁRIO NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS




O Serviço de Educação Religiosa (SER), do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, em comunhão com a Igreja, desenvolveu na dinâmica de suas aulas durante esta semana, o tema da Campanha da Fraternidade 2018, proposto pela Conferências Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem como tema: "Fraternidade e superação da violência." Como culminância, o ENSV organizou várias Oficinas abordando algumas das expressões da violência.

Desse modo os alunos participaram de trabalhos, nos quais desenvolveram as seguintes temáticas:
Violência Verbal (Comunicação Pacífica) - Responsável: Irmã Auclécia

Violência Doméstica (Paz na Família) - Responsável: Manuele

Violência Escolar (Paz na Escola) - Responsável: Irmã Betânia

Violência no Trânsito/ Violência nos jogos (Paz no Trânsito/Paz nos Jogos) Responsável: Ana Cristina.

O Educandário ainda contou a presença de assessores e alguns convidados que ajudaram a ministrar as temáticas propostas:  Érika, a psicopedagoga; Adailton, da Demutran e Neide, de Ipanguaçu, que é Pedagoga e Assistente Social.
O projeto foi encerrado na quadra, ocasião em que todos os participantes vivenciaram um momento de oração, apresentação de ballet, recitação de uma poesia com a música, "Nós queremos paz". Depois todos puderam apreciar a exposição das expressões de violência trabalhadas nas Oficinas.
(Texto de Irmã Auclécia M. da Conceição, FDC)
CELEBRANDO O CENTENÁRIO DE DOM NIVALDO MONTE


Venha participar e traga sua família!

sexta-feira, 9 de março de 2018

Arquidiocese e família celebram centenário de Dom Nivaldo Monte

Neste mês de março, família, amigos e Arquidiocese de Natal celebram o centenário de nascimento de Dom Nivaldo Monte, segundo Arcebispo Metropolitano. A programação celebrativa inicia no próximo dia 15 e se estende até 15 de março de 2019. As atividades vão ter início com uma celebração eucarística, na Catedral Metropolitana, às 19h, presidida pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. Também estão previstas exposições, sessão solene na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa, lançamento de um selo comemorativo pelos Correios, publicação de um DVD contando a história de Dom Nivaldo, além da criação de música e história em quadrinhos sobre a vida do sacerdote.
Já está no ar, um memorial contendo diversos aspectos da vida dele em textos, fotos, vídeos e áudios: www.dhnet.org.br/nivaldomonte.
Biografia
Nivaldo Edson do Monte nasceu em Natal, no dia 15 de março de 1918, sendo o caçula dos irmãos. Seus pais, Pedro Alexandre do Monte e Belarmina Sobral do Monte, agricultores e de família simples, vindos do sertão pernambucano, tiveram oito filhos, mas apenas sete sobreviveram. Ele fez seus estudos secundários no Seminário Menor de Natal, em 1931. Ele tinha 13 anos de idade quando ingressou na vida religiosa. Encerrou sua formação em Filosofia e Teologia no Seminário Maior de Fortaleza (CE). Foi ordenado sacerdote em 12 de janeiro de 1941, pelo primeiro Arcebispo de Natal, Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas. Sua primeira Paróquia foi a de São Gonçalo, em São Gonçalo do Amarante. Além da formação religiosa, ele também atuou nas áreas de educação, ciências humanas e literatura.
Como Padre, fundou a Escola de Serviço Social, em 1945, primeira instituição de ensino superior em Natal, além de oito centros sociais, em bairros periféricos. Com o então padre Eugênio de Araújo Sales, ele foi um dos fundadores do Movimento de Natal, responsável por diversas ações sociais na Arquidiocese, como a Campanha da Fraternidade, além de ser o co-fundador da Rádio Rural de Natal, no ano de 1958. Foi nomeado administrador apostólico de Aracaju (SE), no dia 27 de abril de 1963, pelo então Papa João XXIII. A sagração episcopal ocorreu no dia 21 de julho de 1963, em Natal. Foi nomeado administrador apostólico de Natal, no dia 20 de abril de 1965, pelo Papa Paulo XVI e Arcebispo da mesma Arquidiocese, em 06 de setembro de 1967. Tomou posse em Natal, no dia 17 de setembro de 1967, e renunciou ao governo arquidiocesano em 6 de abril de 1988.
Como bispo, Dom Nivaldo fundou o Serviço de Assistência Urbana (SAUR); construiu a Granja do Clero, em Emaús, e criou oito paróquias. Escreveu numerosos livros, entre eles “Formação do Caráter”, “A Dor” e “O Coração é para Amar”. Ele também criou o movimento da Juventude Feminina Católica Brasileira de Natal. Faleceu no dia 10 de novembro de 2006 e foi sepultado em Emaús, nos jardins do Mosteiro de Sant`Ana.

Vamos nos deixar cobrir com o manto de Nossa Senhora...

Queridos amigos

Nesta quaresma vamos nos deixar cobrir com o manto de Nossa Senhora... É este o nosso convite para cada um de vocês...

Partilhando estórias de Madonna House

Tininha continuava a morar na rua e a catar tesouros nas latas de lixo... Mas agora ela tinha uma grande amiga: Catarina! De tempos em tempos, ela encontrava a Catarina na rua e elas conversavam muito... A Catarina sempre escutava as estórias da Tininha com muita atenção e elas terminavam a conversa com um jantar em um restaurante simples e depois elas entravam na Igreja perto do restaurante e aí elas rezavam juntas.
            
Quando Tininha estava com a Catarina parecia que o tempo parava... tudo se acalmava em Tininha e todos os seus mêdos sumiam. Ela não precisava se defender e se esconder diante da Catarina... sim; porque  para viver na rua a gente precisa saber se defender... Raramente se pode mostrar o que se passa dentro da gente. Mas com a Catarina, a Tininha podia se abrir sem mêdo.
            
Um dia a Tininha se aventurou mesmo a dizer isto à Catarina... Ela perguntou diretamente à sua amiga “por que eu me sinto tão livre com você? Por que eu não tenho mêdo de te contar o que se passa em mim?” Foi então que a Catarina sorriu e todo o rosto dela se iluminou com a luz dos seus olhos azuis... Mas ela não respondeu às perguntas de Tininha...
            
Um dia a Catarina levou a Tininha na casa onde ela morava. Era uma casa pobre nas redondezas de onde Tininha ia sempre catar lixo... A porta da casa dela era azul e a Catarina disse para a Tininha que ela tinha pintado a porta de azul para simbolizar o manto de Nossa Senhora. Assim todos que passavam por aquela porta era como se eles fôssem cobertos pelo manto de Nossa Senhora.
            
Foi então que a Tininha compreendeu o segredo da Catarina...  Os olhos da Catarina eram a porta de sua pessoa. Ela tinha se dado inteiramente à Nossa Senhora. Assim quando a Catarina pousava o seu olhar sobre alguém, era como se ela cobrisse a pessoa com o manto azul de Nossa Senhora... E como não se sentir inteiramente em casa debaixo deste manto?
            
A Tininha toda alegre disse à Catarina que ela tinha descoberto este segrêdo e a Catarina a cobriu mais uma vez com o manto de Nossa Senhora... ela confirmou que a Tinihha tinha descoberto um grande tesouro... E a Catarina disse que quando a gente se confia à Nossa Senhora a gente vira a casa de Nossa Senhora (Madonna House). E aí foi a vez da Catarina fazer uma pergunta à Tininha: “você quer ser também a casa de Nossa Senhora?“

quarta-feira, 7 de março de 2018

Papa Paulo VI será proclamado santo

O papa Francisco promulgou decreto que reconhece um segundo milagre por intercessão do falecido Paulo VI, que, por isso, será proclamado santo, informou hoje (7) o escritório de imprensa do Vaticano.

Apesar de nenhuma data ter sido informada, a canonização de papa Paulo VI poderia acontecer no fim de outubro em Roma, ao término do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, entre os dias 3 e 28, segundo adiantou o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

Paulo VI, que foi papa entre 1963 e 1978, criou o Sínodo dos Bispos, no Vaticano, a assembleia dos prelados dos cinco continentes.

segunda-feira, 5 de março de 2018

“A mão do pobre é o banco de Deus. Deposita no céu o seu tesouro quem alimenta o Cristo no pobre”. São Leão Magno
Uma das práticas espirituais da Quaresma que a Igreja recomenda é a esmola. Não simplesmente aquela moedinha ao mendigo, mas a boa esmola; além dessa de ajudar o pobre mendigo, mas também o auxílio a obras de caridade que socorrem as crianças carentes e abandonadas, os velhos pobres, e os desamparados

A boa esmola é um meio de santificação porque nos ajuda a vencer um dos piores pecados capitais que é a avareza, a ganância, que tanto mal gera no mundo. São Paulo diz que “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” (1Tm 6,10). Jesus mandou-nos: “guardai-vos escrupulosamente de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas” (Lc 12,15). “Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas” (Mc 10,24). A esmola nos ajuda a desapegar das riquezas. O dinheiro deve ser nosso servo, mas nunca nosso patrão. Quem faz dele um deus, sacrifica a sua vida e a dos outros em seu altar. A Sagrada Escritura nos fala muito da esmola; veja.
O livro dos provérbios diz: “Quem se apieda do pobre, empresta ao Senhor, que lhe restituirá o benefício” (Prov. 19,17).
“Dá esmola de teus bens, e não te desvies de nenhum pobre, pois, assim fazendo, Deus tampouco se desviará de ti” (Tob 6,8).

“A esmola será para todos os que a praticam um motivo de grande confiança diante de Deus altíssimo” (Tob 4,12).
“Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará por ti a fim de te preservar de todo mal. Para combater o teu inimigo, ela será uma arma mais poderosa do que o escudo e a lança de um homem valente” (Eclo 29,15-16).
O mais importante é dar com alegria, não só para o pobre, mas para Deus. “Dê cada um conforme o impulso do seu coração sem tristeza, nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7).
“Aquele que dá a sementeira ao semeador e o pão a comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos de nossa justiça” (2 Cor 9,9-10). “Quando, pois, dás esmolas, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas… já receberam a sua recompensa”. (Mt 6,2-4)

“A mão do pobre é o banco de Deus. Deposita no céu o seu tesouro quem alimenta o Cristo no pobre. Elas apagam qualquer culpa contraída nesta morada terrena, já que a “caridade encobre uma multidão de pecados” (1 Pe 4,8). Sem dúvida, beneficiamos a nossa própria alma cada vez que socorremos por misericórdia a indigência alheia. Compadecem-se dos pobres os que pretendem ser poupados por Cristo. Não duvidemos ser dado a Deus aquilo que se gasta com o indigente. Nada é mais proveitoso do que unir aos jejuns razoáveis e santos as obras caritativas.”
Santo Agostinho disse: “Se dás a esmola com tristeza, a esmola e o amor perdes. O que fizeres ao mendigo, isso Deus fará contigo. As nossas esmolas sufragam as almas do purgatório. São João Crisóstomo, doutor da Igreja (†406) disse: “Oh! se soubéssemos o bem que aos nossos mortos fazem a esmola que damos ao mendigo e a oração que a este pedimos!”.
Prof. Felipe Aquino

Neves: EM ANO DE ELEIÇÕES, ESTUDANTES EXERCITAM CIDADANIA

Em ano de eleições eleitorais no Brasil, estudantes que vão votar pela primeira vez exercitam o voto e a cidadania ainda na escola. A campanha para escolha dos representantes do Centro Cívico no Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal, começou nesta segunda-feira (5) e tem movimentado a instituição como um todo. O ponto alto é a votação, que está marcada para o dia 12 de março.

As eleições do Centro Cívico seguem os mesmos moldes da Justiça Eleitoral, com direito a campanha, debate, horário eleitoral, votação eletrônica com sistema próprio, apuração em tempo real e cerimônia de posse.

As duas chapas inscritas - Garra (05) e Apto (10) - já estão em campo em busca de votos. Cada grupo é formado por 16 jovens que disputam os cargos de presidente, vice-presidente, primeiro e segundo secretário, além de líderes nas diretorias religiosa, financeira, cultural, ação social, sustentabilidade, desporto e imprensa. O mandato tem duração de um ano e prioriza melhorias para toda a escola. Essa eleição escolar é uma tradição democrática que se perpetua há quase 40 anos.

Durante a corrida eleitoral, são intensificados os conceitos e as noções acerca dos direitos e deveres do cidadão. Em sala de aula e nos corredores do colégio, os eleitores mirins também aprendem a participar de uma eleição limpa, sem corrupção e sobre a importância da escolha do representante.

"Nosso interesse é demonstrar o verdadeiro significado da política, para os alunos que protagonizam a candidatura e para os estudantes que têm nas mãos o poder do voto", afirma a coordenadora do Centro Cívico, Ana Maria Régis.

domingo, 4 de março de 2018


Angelus: viver a Quaresma sem idolatrias, sem fazer da alma um comércio

 Na oração mariana deste domingo, o Papa Francisco repetiu as palavras de Jesus no templo: Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!




"Não fazer da nossa alma e da casa de Deus um comércio": foi a advertência que o Papa Francisco fez antes de rezar com os fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro a oração mariana do Angelus, neste domingo 04/03. 

Neste III domingo da Quaresma, o Pontífice comentou o episódio do Evangelho de João em que Jesus expulsa os mercantes do templo de Jerusalém. Um gesto feito com firmeza, com a ajuda de um chicote de cordas para derrubar as mesas. Nesta atitude aparentemente violenta, Jesus diz: « Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio! » 

Abusos e excessos - A ação de Cristo foi interpretada como típica dos profetas, explicou o Papa, os quais com frequência denunciavam, em nome de Deus, abusos e excessos. A questão que se colocou foi a da autoridade. De fato, os judeus perguntaram a Ele: «Que sinal nos mostras para agir assim? ».

Os seus discípulos, por sua vez, se serviram de um texto bíblico extraído do Salmo 69 para interpretar esta atitude: «O zelo por tua casa me consumirá». "O zelo pelo Pai e por sua casa levará Jesus até a cruz: o seu é o zelo do amor que leva ao sacrifício de si, não aquele falso que pensa de servir Deus mediante a violência", disse Francisco.

De fato, o “sinal” que Jesus dará como prova da sua autoridade será justamente a sua morte e ressurreição: «Destruí este templo – diz – e em três dias eu o levantarei ». Com a Páscoa de Jesus, acrescentou o Papa, "tem início um novo culto, o culto do amor, e um novo templo que é Ele próprio".

Para Francisco, a atitude de Jesus nos exorta a viver a nossa vida não em busca de vantagens e interesses, mas pela glória de Deus.

“ Somos chamados a ter sempre presentes aquelas palavras fortes de Jesus « Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio! » É muito feio quando a Igreja escorrega nesta atitude de fazer da casa de Deus um mercado. Essas palavras nos ajudam a refutar o perigo de fazer da nossa alma, que é morada de Deus, um lugar de comércio, vivendo na busca contínua da nossa recompensa. ”

O Pontífice recorda que este ensinamento de Jesus é sempre atual, não somente para as comunidades eclesiais, mas também para os indivíduos, para as comunidades civis e para toda a sociedade.

Não instrumentalizar Deus - De fato, disse ainda o Papa, é comum a tentação de aproveitar de atividades benéficas, às vezes obrigatórias, para cultivar interesses privados, quando não até mesmo ilícitos "É um grave perigo, especialmente quando instrumentaliza o próprio Deus e o culto a Ele devido ou o serviço ao homem", afirmou Francisco, que concluiu:

"Que a Virgem Maria nos ampare no esforço de fazer da Quaresma uma boa ocasião para reconhecer Deus como único Senhor da nossa vida, tirando de nosso coração e de nossas obras toda forma de idolatria." (Poste by NLira)

Papa institui a Memória de Maria "Mãe da Igreja" no calendário litúrgico

 Com um Decreto publicado este sábado, 03 de março, pela Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos, o Papa Francisco determinou a inscrição da Memória da “Bem-aventurada Virgem, Mãe da Igreja” no Calendário Romano Geral. Esta memória será celebrada todos os anos na Segunda-feira depois de Pentecostes.

O motivo da celebração está brevemente descrito no Decreto "Ecclesia Mater": favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana.

“Esta celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”, lê-se ainda no Decreto, assinado pelo Prefeito do Dicastério, o Card. Robert Sarah.

Em anexo ao decreto, foram apresentados, em latim, os respectivos textos litúrgicos, para a Missa, o Ofício Divino e para o Martirológio Romano. As Conferências Episcopais providenciarão a tradução e aprovação dos textos, que depois de confirmados, serão publicados nos livros litúrgicos da sua jurisdição.

De acordo com o Decreto, onde a celebração da bem-aventurada Virgem Maria, por norma do direito particular aprovado, já se celebra num dia diferente com grau litúrgico mais elevado, pode continuar a ser celebrada desse modo.

A importância do mistério - “Considerando a importância do mistério da maternidade espiritual de Maria, que na espera do Espírito no Pentecostes (cf. Act 1, 14), nunca mais parou de ocupar-se e de curar maternalmente da Igreja peregrina no tempo, o Papa Francisco estabeleceu que na Segunda-feira depois do Pentecostes, a Memória de Maria Mãe da Igreja seja obrigatória para toda a Igreja de Rito Romano”, comentou o Cardeal Sarah.

“O desejo é que esta celebração, agora para toda a Igreja, recorde a todos os discípulos de Cristo que, se queremos crescer e enchermo-nos do amor de Deus, é preciso enraizar a nossa vida sobre três realidades: na Cruz, na Hóstia e na Virgem – Crux, Hostia et Virgo. Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar a nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus Cristo. São três mistérios a contemplar no silêncio. ” (Posted by NLira)

Participemos da Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados no Santuário do Pai das Misericórdias 

O Santuário do Pai das Misericórdias oferece para o peregrino, a Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados. Essa devoção é parte integrante da Mensagem de Fátima e foi pedida por Jesus e por Nossa
Senhora a Irmã Lúcia, como ato de reparação dos pecados que Os ofendem e para consolar Seus Corações feridos por nós, pecadores.

As três primeiras aparições de Nossa Senhora em Fátima - Nas três primeiras aparições, de maio a julho de 1917, em Fátima, Nossa Senhora fala explicitamente aos pastorzinhos sobre a reparação.

Em maio: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores? ”

Em junho: “À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora estava um coração cercado de espinhos, que parecia lhe estarem cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação”

Em julho: “Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei, muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”. E ainda nesta aparição: “Virei pedir a consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados”.

O pedido da Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados - Em 1925, Maria Santíssima cumpriu a sua promessa, ou seja, veio pedir a Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados, quando apareceu para a Irmã Lúcia em Pontevedra – Espanha, acompanhada pelo Menino Jesus. Vejamos a origem dessa devoção narrada e experienciada pela Ir. Lúcia, que, ao contar, refere-se a ela mesma.

Dia 10 de dezembro de 1925, apareceu-lhe a Santíssima Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A SS. Virgem, pondo-lhe no ombro a mão e mostrando, ao mesmo tempo, um coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: – “Tem pena do coração de tua SS. Mãe que está coberto de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.

Em seguida, disse a SS. Virgem: – Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos me cravam, com blasfêmias e ingratidões! Tu, ao menos, vês de me consolar e diz que todos aqueles que, durante cinco meses, ao primeiro sábado, confessarem-se, recebendo a sagrada comunhão, rezarem um Terço e me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar, eu prometo assistir-lhes na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.

As promessas do Imaculado Coração de Maria - Ainda na aparição de 13 de junho de 1917, a Virgem Santíssima, depois de Lúcia lhe ter pedido para os levar para o Céu disse: – Sim; a Jacinta e Francisco levo-os em breve, mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação, e serão queridas de Deus essas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono. – Fico cá sozinha? – Disse com tristeza. – Não, filha. Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.

Vemos que Jesus quer que esta Devoção ao Imaculado Coração de Maria seja estabelecida no mundo e conta com cada um de nós para que isto aconteça, pois deseja que o Coração de Sua Santíssima Mãe seja o nosso refúgio e caminho que nos conduz até Ele, como Nossa Senhora afirmou para Ir. Lúcia.

A devoção reparadora no Santuário do Pai das Misericórdias - Para que possamos corresponder a este pedido de Jesus e de Maria, convidamos você a participar desta Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados, no Santuário do Pai das Misericórdias, no dia 04 de novembro a partir das 10 horas. Rezaremos o Santo Terço contemplado, seguido de uma catequese sobre a espiritualidade de Fátima; depois teremos os 15 minutos de meditação da Palavra. Concluiremos este momento com a santa missa às 12 horas.

Para confessar-se o peregrino pode ir aos nossos confessionários ou onde lhe for mais acessível. Confira os horários no nosso site: paidasmisericordias.com.

Na impossibilidade de fazer-se presente, você pode viver esta espiritualidade em sua própria cidade, de forma particular ou em grupo, como forma de divulgação e crescimento da Mensagem de Fátima. Todas essas práticas devem ser realizadas com a intenção de reparar o Imaculado Coração de Maria.

Para enriquecer a nossa fé, envie o seu testemunho narrando a experiência que tem feito com Jesus e Maria ao vivenciar esta espiritualidade pelo e-mail: acolhida@paidasmiericordias.com

Áurea Maria, Comunidade Canção Nova. Fonte: SANTUÁRIO DO PAI DAS MISERICÓRDIAS. (posted by NLira)

quinta-feira, 1 de março de 2018


Dom Canindé Palhano assume Diocese de Petrolina dia 3 de março
Dom Francisco Canindé Palhano é natural de São José do Mipibu

A posse de Dom Francisco Canindé Palhano, como 8º bispo da Diocese de Petrolina (PE), realizar-se-á dia 3 de março, às 18 horas, na Catedral. Até então, ele era bispo da Diocese de Bonfim (BA) e, em Petrolina, sucederá a Dom Manoel dos Reis. O arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, participará da celebração, em Petrolina.

 Natural de São José de Mipibu (RN), Dom Canindé nasceu em primeiro de fevereiro de 1949. Foi ordenado sacerdote na Igreja de Santana e São Joaquim, em São José de Mipibu, em 2 de fevereiro de 1975, pelo então arcebispo de Natal, Dom Nivaldo Monte. É mestre em Teologia Moral, pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.



Como sacerdote, na Arquidiocese de Natal, desempenhou várias funções, entre elas Vigário Episcopal para a Família; diretor espiritual do Encontro de Casais com Cristo (ECC); reitor do Seminário de São Pedro; mestre de cerimônias, e pároco da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, no Conjunto Mirassol.



Foi nomeado bispo para a Diocese de Bonfim, pelo Bento XVI, em 26 de julho de 2006, e sagrado bispo em 21 de outubro do mesmo ano, na Catedral Metropolitana de Natal, tendo como sagrante principal o então Arcebispo Metropolitano, Dom Matias Patrício de Macêdo.




Seminário vai discutir juventude, violência e cultura da paz

 Estão abertas as inscrições para o Seminário “Rota da Vida”, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que será sediado em Natal, no próximo dia 9 de março. A atividade é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, e faz parte do projeto “Rota da Vida”. Os encontros estão sendo realizados em sete capitais brasileiras: Maceió (AL), Natal (RN), Fortaleza (CE), Aracaju (SE), São Luís (MA), Vitória (ES) e Goiânia (GO). Maceió foi a primeira a sediar o evento. O segundo será reaalizado em Natal.

Na capital potiguar, o seminário realizar-se-à no Centro Pastoral Dom Heitor Sales, na Cidade Alta, no dia 9, das 8 às 17 horas, e deverá reunir lideranças juvenis, educadores e outras pessoas interessadas na temática da violência entre a juventude. A programação constará de conferências, mesa redonda, exposição de projetos e apresentações culturais, que tratarão da violência e da cultura da paz. Um dos assessores será o professor Geraldo Caliman, da Universidade Católica de Brasília e membro da Cátedra da Unesco. Ele será expositor do tema: “O sistema preventivo na promoção da vida”.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas na internet, através do endereço arquidiocesedenatal.org.br. Os interessados também podem obter mais informações na sala do Setor Juventude, na Arquidiocese de Natal, localizada no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral). Os interessados em participar podem obter mais informações pelo telefone (84) 3615-2800 / 2801.

Projeto

O Projeto Rota da Vida se baseia no tema da Campanha da Fraternidade 2018 – “Fraternidade e Superação da Violência”, visando a valorização da vida e o combate à violência. “Esse projeto é um desejo da Igreja em desenvolver discussão e aprofundamento sobre a cultura da paz. Vivemos em uma sociedade extremamente violenta, em todos os aspectos. Diante desse quadro, precisamos discutir com as pessoas que o mais importante na sociedade é a vida humana”, explica o Padre Antônio Ramos do Prado (Pe. Toninho), assessor da Comissão Episcopal para a Juventude, da CNBB.

De acordo com o Padre Toninho, as cidades escolhidas pela coordenação nacional do Rota da Vida para sediar o Fórum são as que apresentam alto índice de violência contra a juventude, conforme dados de uma pesquisa nacional, disponível na página www.mapadaviolencia.org.br.

Fonte: http://arquidiocesedenatal.org.br/seminario-vai-discutir-juventude-violencia-e-cultura-da-paz.html - Posted by NLira

D. Orani Tempesta comenta a Carta 'Placuit Deo'
A Carta retoma o início da Dei Verbum ratificando o caminho da salvação em Cristo que deve ser sempre aprofundado e que na realidade hodierna torna-se de difícil compreensão diante das transformações culturais, escreve o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro.
Dom João Orani Tempesta: Cardeal do Rio de Janeiro


A Congregação para a Doutrina da Fé publicou esta quinta-feira, 1°/03, a Carta Apostólica Placuit Deo. O cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, comenta alguns aspectos do documento:
"Uma breve carta dirigida aos bispos, aprovada pelo Papa Francisco aos 16 de fevereiro de 2018, oriunda da Sessão Plenária da Congregação da Doutrina da Fé no dia 24 de janeiro de 2018, e, assinada na Sede da Congregação aos 22 de fevereiro de 2018, publicada nesta quinta-feira, dia 1º de março de 2018, contendo sete laudas que subdividida em seis tópicos, com 15 parágrafos numéricos, incluindo a Introdução; O impacto das transformações culturais de hoje sobre o significado da salvação cristã; O desejo humano de salvação; Cristo, Salvador e Salvação; a salvação na Igreja, corpo de Cristo e concluindo com o Comunicar a fé, esperando o Salvador. 
A Carta retoma o início da Dei Verbum ratificando o caminho da salvação em Cristo que deve ser sempre aprofundado e que na realidade hodierna torna-se de difícil compreensão diante das transformações culturais.
No segundo tópico, com três parágrafos, a realidade se apresenta por meio do «individualismo centrado no sujeito autônomo», cuja figura de Cristo corresponde a um modelo para a prática da generosidade em gestos e palavras, mas não da transformação da condição humana, configurada na Trindade. Também apresenta uma salvação apenas interior e não de relações com os demais e com o mundo criado. Assim a Encarnação do Verbo se torna algo cada vez menos compreensível, distanciando-se da família humana e da história.
No Magistério Ordinário do Papa Francisco menciona duas tendências ou desvios, semelhando-se, em linhas gerais comuns, a heresias antigas: pelagianismo e gnosticismo. Espelhando um neo-pelagianismo o homem atual, autônomo, salva-se sozinho, independente de Deus e dos demais, tudo depende de suas forças individuais e cegando « novidade do Espírito de Deus». Já o neo-gnosticismo oferece uma salvação subjetiva, «com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida». 
Libertando, pois, a pessoa do corpo e do mundo material. Esses erros antigos têm algo de familiar com os atuais movimentos, apesar das diferenças do contexto histórico. As duas tendências — o individualismo neo-pelagiano e o desprezo neo-gnóstico do corpo — desconfiguram a fé em Cristo. A salvação é a nossa união com Cristo Encarnado, Irmão Maior, que viveu, sofreu, morreu e ressuscitou, proporcionando nova ordem relacional com o Pai e entre os homens e mulheres, levando-nos ao dom de seu Espírito.
O homem, na ânsia de saber quem é, pois existe, busca a felicidade utilizando-se de meios diversos para alcança-la. No entanto, a felicidade se mescla com a esperança da saúde física, com o bem-estar financeiro, de uma paz interior e convivência pacífica com o outro. A par disso, o desejo de salvação torna-se um compromisso frente um bem maior, marcado pela resistência e superação da dor, levando-nos a lutar pelo bem, defendendo-nos do mal.
«A vocação última de todos os homens é realmente uma só, a divina».  A plenitude da Salvação é o rejeitar a autossuficiência humana, pensando que coisas e bens materiais lhe proporcionaram a autorrealização. A revelação é algo mais, pois «Se a redenção, ao contrário, devesse ser julgada ou medida pela necessidade existencial dos seres humanos, como poderíamos evitar a suspeita de termos simplesmente criado um Deus-Redentor à imagem de nossas próprias necessidades? ». 
O mundo todo é bom, biblicamente falando! O mal nasce no coração do homem que se fecha em si mesmo, separando-se da fonte de comunhão e vida que é Deus. A fé nos leva a uma salvação do homem todo, da pessoa humana inteira que é chamada a ter vida e vida plena.
Deus nunca desiste do homem e na história da salvação vemos desde Adão esta fidelidade e o insistir terno de uma aliança que nós rompemos constantemente. O homem cai, Deus vem e o ajuda a levantar uma, duas, três e quantas vezes, for necessário. Deus não desistindo de nós, na plenitude dos tempos, nos envia Jesus que anuncia o Reino e ao acolhê-l’O, acolhemos a Salvação.
Tradicionalmente a Salvação sempre se dá por iniciativa e dom de Deus, ou seja, de forma descendente. Com Jesus, dar-se-á numa dinâmica inversa, de forma ascendente. O agir não será de uma maneira individualista, mas sempre em comunhão, uma vez que agir humano e agir divino se coadunam para um único fim: a salvação. Assemelhando-nos a Cristo, impulsionados pelo Espírito Santo, realizamos as obras do Criador.
Em Jesus Encarnado, O Filho nos faz filhos e irmãos uns dos outros, tornando-nos uma só família humana numa nova relação com Deus. Porquanto, Jesus Encarnado possibilita a mediação concreta da salvação de Deus com os filhos de Adão.
Enfim, nem reducionismo individualista da tendência pelagiana e nem reducionismo neo-gnóstico que promete uma libertação interior, respondem a salvação, uma vez que Jesus é Salvador e Salvação, e «em certo modo, o princípio de toda graça segundo a humanidade». 
Igreja é o local da salvação trazida por Jesus. A Igreja é mediadora da salvação, «sacramento universal de salvação», garantindo que a realização se dá na comunhão de pessoas em comunhão com a Trindade. Através do Batismo entramos na vereda da Salvação. Podendo crescer sempre mais com a Eucaristia, fonte e cume do amor. E mesmo caindo podemos ser regenerados e reconciliados com o Pai e os irmãos, por meio do sacramento da Penitência.
Esta economia soteriológica dos sacramentos compreende o corpo humano, que longe de ser peso, torna-se linguagem sacramental. Na encanação de Jesus e no mistério pascal perpetua-se a obra de misericórdia do Pai para com os filhos, compadecendo dos sofrimentos destes.
«A salvação integral, da alma e do corpo, é o destino final ao qual Deus chama todos os homens». Conscientes da vida plena somos impulsionados e nos comprometemos a proclamar a todos com alegria e luz a Boa-Nova: o Evangelho! Para tanto é mister uma relação dialógica, construtiva com as demais religiões, pois Deus opera em todos, de boa vontade, mesmo que veladamente. O último inimigo a ser vencido é a morte. Com as virtudes teologais – fé, esperança e caridade – e o exemplo de Maria e das Testemunhas cremos que somos cidadãos dos céus e gozaremos da glória eterna.
Vamos aprofundar o texto, deixar que ele ilumine a nossa realidade de hoje e consequentemente colocar em prática esta importante carta da Congregação para a Doutrina da Fé e que, mesmo diante das mudanças sociais, a salvação seja sempre anunciada e oferecida para que muitas pessoas continuem enamoradas pelo Divino Redentor.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. 
Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g? zlogID=5899321018303500876#editor/target=post;postID=2276722560521682675 - Posted by NLira

Carta Placuit Deo aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da salvação cristã

 Foi publicada nesta quinta-feira pelo Vaticano a Carta Apostólica da Congregação para a Doutrina da Fé Placuit Deo aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da salvação cristã. O documento é assinado por Dom Luis Francisco Ladaria Ferrer e por Dom Giacomo Morandi, respectivamente prefeito e secretário do Dicastério.

Dom Luis Francisco Ladaria Ferrer

A Carta pretende destacar, na linha da grande tradição da fé e com especial referência ao ensinamento de Papa Francisco, alguns aspectos da salvação cristã que possam ser hoje difíceis de compreender por causa das recentes transformações culturais.

O Texto é dividido em 4 partes com uma introdução e uma conclusão.

Depois da introdução o segundo ponto fala do Impacto das transformações culturais de hoje sobre o significado da Salvação cristã. O mundo contemporâneo questiona, não sem dificuldade, a confissão da fé cristã, que proclama Jesus o único Salvador de todo o homem e da humanidade inteira. A carta busca combater duas tendências que estão crescendo muito em nosso tempo, como falou Papa Francisco em seu discurso em Florença em novembro de 2015.

 “ Prolifera em nossos tempos um neo-pelagianismo em que o homem, radicalmente autônomo, pretende salvar-se a si mesmo sem reconhecer que ele depende, no mais profundo do seu ser, de Deus e dos outros. ”

Já um certo neo-gnosticismo, por outro lado, apresenta uma salvação meramente interior, fechada no subjetivismo. Essa consiste no elevar-se “com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida”. O texto reafirma que, a salvação consiste na nossa união com Cristo, que, com a sua Encarnação, vida, morte e ressurreição, gerou uma nova ordem de relações com o Pai e entre os homens.

A tentação do gnosticismo – recordava o Papa Francisco em Florença – “leva a confiar no raciocínio lógico e claro, o qual, porém perde a ternura da carne do irmão. O fascínio do gnosticismo é o de “uma fé fechada no subjetivismo, onde interessa unicamente uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e conhecimentos que se acredita podem confortar e iluminar, mas onde o objeto em definitiva permanece fechado na iminência da sua própria razão ou dos seus sentimentos”.

O gnosticismo não pode transcender. A diferença entre a transcendência cristã e qualquer forma de espiritualismo agnóstico está no mistério da encarnação. Não colocar em prática, não levar a Palavra à realidade, significa construir sobre a areia, permanecer na pura ideia e degenerar em intimismos que não dão frutos, que tornam estéreis o seu dinamismo”.

O terceiro ponto destaca o desejo humano de salvação - Toda pessoa, a seu modo, procura a felicidade e tenta alcançá-la recorrendo aos meios disponíveis. Com frequência, tal desejo coincide com a esperança da saúde física, às vezes assume a forma de ansiedade por um maior bem-estar econômico, mais difusamente expressa-se através da necessidade de uma paz interior e de uma convivência pacífica com o próximo.

A salvação plena da pessoa – evidencia o texto -, não consiste nas coisas que o homem poderia obter por si mesmo, como o ter ou o bem-estar material, a ciência ou a técnica, o poder ou a influência sobre os outros, a boa fama ou a auto realização. “A vocação última de todos os homens é realmente uma só, a divina”.

O quarto ponto - Cristo, Salvador e Salvação - Segundo o Evangelho, sublinha o documento, a salvação para todos os povos começa com o acolhimento de Jesus: “Hoje veio a salvação a esta casa” (Lc 19,9). A Boa Nova da salvação tem um nome e um rosto: Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador. “No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.

Para responder, quer seja ao reducionismo individualista da tendência pelagiana, quer seja ao reducionismo neo-gnóstico que promete uma libertação interior, é necessário recordar o modo como Jesus é Salvador. Ele não se limitou a mostrar-nos o caminho para encontrar Deus, isto é, um caminho que poderemos percorrer por nós mesmos, obedecendo às suas palavras e imitando o seu exemplo. Cristo, todavia, para abri-nos a porta da libertação, tornou-se Ele mesmo o caminho: “Eu sou o caminho” (Jo 14,6).

Quinto ponto - A salvação na Igreja, corpo de Cristo - O documento deixa claro que “o lugar onde recebemos a salvação trazida por Jesus é a Igreja”. A Igreja é uma comunidade visível: nela tocamos a carne de Jesus, de maneira singular nos irmãos mais pobres e sofredores. Evidencia ainda que a participação, na Igreja, à nova ordem de relações inauguradas por Jesus realiza-se por meio dos sacramentos, entre eles, o Batismo que é a porta, e a Eucaristia que é fonte e culmine.

Já na conclusão da Carta sublinha-se que a consciência da vida plena, na qual Jesus Salvador nos introduz, impulsiona os cristãos à missão de proclamar a todos os homens a alegria e a luz do Evangelho. Fala-se da necessidade de se estabelecer um diálogo sincero e construtivo com os crentes de outras religiões e que a salvação integral, da alma e do corpo, é o destino final ao qual Deus chama todos os homens.


Bebê doado em caixa de sapato virou juiz em João Pessoa/PB

 Era uma pequena caixa de sapato. Dentro, havia um menino com poucos dias de vida. A mãe segurava firme a acomodação improvisada e oferecia a criança a quem passava. Aquele foi o último encontro entre ela e o filho. No mesmo dia, o bebê foi entregue a uma desconhecida. A doação ocorreu em uma praça, no centro de João Pessoa, na Paraíba. Daquele dia em diante, o bebê recebeu abrigo, alimento, educação e amor de uma outra família. José Fernando Souza gosta de contar essa história em suas andanças. Ele é a criança da tal caixa de sapato. Está hoje com 58 anos. Tornou-se juiz.
José Fernando foi o único filho de uma dona de casa e de um policial militar, hoje falecidos. Não teve fartura material em casa. Mas lembra da dedicação e do carinho dos pais que lhe abrigaram. E isso faz toda a diferença para qualquer criança, defende. O juiz costuma ser chamado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para contar sua trajetória nas palestras do Programa Eleitor do Futuro, uma iniciativa cujo objetivo é abordar junto a estudantes de escolas públicas temas como a história do voto no Brasil, a participação cidadã e a formação de um jovem crítico. “Na palestra, coloco a história da caixa de sapato como se não fosse a minha história. Relato o caso de uma senhora que vem do interior da Paraíba e vai morar na capital. Ela, muito pobre e sem o marido, que tinha ido para São Paulo, engravidou de um homem casado. No final, conto que eu sou a criança entregue para adoção. ” 
A ideia de José Fernando é propagar o que ele chama de estímulo a jovens sem muita perspectiva de futuro diante das dificuldades impostas pela pobreza. “Se eu, que fui pego em uma caixa de sapato na rua, consegui superar os obstáculos da vida e cheguei a juiz, muitos jovens também conseguem se tiverem um objetivo. Tudo o que meus pais me dedicaram foi fundamental. Mesmo pobres, oportunizaram para mim tudo o que estava ao alcance deles. Sempre senti muito amor deles. ”
Antes de tornar-se juiz da Infância e Juventude de Caruaru, onde mora hoje, José Fernando foi juiz da Vara da Fazenda, na mesma cidade, e analista judiciário no Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba. Quando veio morar em Pernambuco, tinha 34 anos e já estava casado com Maria de Lurdes Ferreira, com quem teve três filhos, dois advogados e uma médica.
José Fernando não voltou a encontrar a mãe biológica. Nunca sentiu vontade. Nem mesmo mágoa. “Como ter raiva de alguém que não te matou, não te jogou no rio, ficou ali nove meses contigo na barriga, teve as dores do parto, pariu e deu para alguém criar? Ela se viu grávida de um homem casado, não podia voltar para o interior naquelas condições. Era década de 1960. Seria apedrejada em praça pública. ”
Hoje, as mães que, por algum motivo, não desejam exercer a maternidade de uma criança podem entregar o bebê nas Varas da Infância dos municípios onde moram sem serem criminalizadas pelo ato. O abandono em via pública, no entanto, é crime. Onde atua, José Fernando encontra histórias parecidas com a sua. Na semana passada, participou de mais uma audiência envolvendo uma mulher que entregou o filho para adoção. “Se a pessoa nos procura espontaneamente, é recebida. A única coisa que posso esperar é que apareça alguém bem-intencionado para levar a criança para casa. Eu sou um grande incentivador da adoção. ” 

José Fernando ainda tem três anos de magistratura pela frente. Diz que deseja continuar fazendo algo valioso para o próximo. A Vara da Infância e Juventude, diz ele, tem sido o canal para atingir seu objetivo. “É uma porta que Deus me oportunizou. Como juiz da Fazenda, vivia confortável, sem enfrentar qualquer tipo de problema social. De repente, tudo mudou”, lembra. Porque a felicidade e a realização nem sempre fazem morada onde parece óbvio.
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/02/27/interna-brasil,662492/bebe-doado-em-caixa-de-sapato-virou-juiz-em-joao-pessoa-na-paraiba.shtml (posted by NLira)