quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

25º DIA DA VIDA CONSAGRADA É CELEBRADO EM 2021, APÓS COMPLETAR 24 ANOS DE EXISTÊNCIA


A Igreja irá celebrar no próximo dia 2 de fevereiro o 25º Dia da Vida Consagrada. Por ocasião deste jubileu de prata, o portal da Conferência trouxe um esclarecimento feito pelo padre Juarez Destro, assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, a respeito desta comemoração.

 

Dia da Vida Consagrada

O Dia da Vida Consagrada foi celebrado pela primeira vez em 02 de fevereiro de 1997. Na mensagem do Papa São João Paulo II por ocasião deste primeiro dia, o pontífice da época recorda a estreita ligação entre a Festa da Apresentação do Senhor e a vocação específica dos consagrados e consagradas:


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

CRISE DE SAÚDE: IGREJA PROMOVE INICIATIVAS EM SOLIDARIEDADE AO AMAZONAS


 Após o agravamento dos efeitos da pandemia na cidade de Manaus (AM) e em alguns municípios do interior, com aumento no número de infecções pelo novo coronavírus, recordes de internações nas UTIs dos hospitais manauaras e a falta insumos nas unidades de saúde, como oxigênio, a Igreja no Brasil manifestou solidariedade ao povo do Amazonas por meio de pedidos de ajuda e de ações de socorro, em atos e preces.

Já identificada por alguns especialistas como a segunda onda de contágios pelo novo coronavírus, a crise de saúde no Amazonas somou quase 30 mil casos nas primeiras semanas de janeiro, segundo informações do Consórcio de Veículos de imprensa. Foram 896 mortes entre o dia 1º de janeiro e o dia 17.

Em mensagem de vídeo, divulgada na sexta-feira, 15 de janeiro, a arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, informou da intenção da entidade em colaborar para levar oxigênio aos hospitais de Manaus. O presidente da CNBB apelou ainda a líderes empresariais, empreendedores e políticos para que prestem seu auxílio aos irmãos e irmãs que sofrem nos hospitais oferecendo oxigênio, a vacinação e combatendo a especulação de quem quer lucrar com o sofrimento  e as perdas humanas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

NA FESTA DA EPIFANIA, O PAPA FRANCISCO PRESIDIU A CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA NA BASÍLICA DE SÃO PEDRO

 


“O evangelista Mateus assinala que os Magos, quando chegaram a Belém, ‘viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No’ (Mt 2, 11). Adorar o Senhor não é fácil, não é um dado imediato: requer uma certa maturidade espiritual, sendo o ponto de chegada dum caminho interior, por vezes longo. Não é espontânea em nós a atitude de adorar a Deus. É verdade que o ser humano precisa de adorar, mas corre o risco de errar o alvo; com efeito, se não adorar a Deus, adorará ídolos – não existe meio termo, ou Deus ou os ídolos, ou para usar uma palavra de um escritor francês: “Quem não adora a Deus, adora o diabo” – e, em vez de ser crente, tornar-se-á idólatra. É assim, aut aut.

Neste nosso tempo, há particular necessidade de dedicarmos, tanto individualmente como em comunidade, mais tempo à adoração, aprendendo cada vez melhor a contemplar o Senhor. Perdeu-se um pouco o sentido da oração de adoração, devemos retomá-lo, quer comunitariamente como na própria vida espiritual. Por isso, hoje, queremos aprender com os Magos algumas lições úteis: como eles, queremos prostrar-nos e adorar o Senhor. Adorá-lo seriamente, não como disse Herodes: “Diga-me onde é o lugar e irei adorá-lo”. Não, essa adoração não está certo. Com seriedade!

Das leituras desta Eucaristia, recolhemos três expressões que podem ajudar-nos a entender melhor o que significa ser adorador do Senhor; ei-las: ‘levantar os olhos’, ‘pôr-se a caminho’ e ‘ver’. Essas três expressões nos ajudarão a entender o que significa ser um adorador do Senhor.

A primeira expressão – levantar os olhos –, encontramo-la em Isaías. À comunidade de Jerusalém, pouco antes regressada do exílio e agora caída em desânimo por causa de dificuldades sem fim, o profeta dirige-lhe este forte convite: ‘Levanta os olhos e vê’ (Is 60, 4). Convida-a a deixar de lado cansaço e lamentos, sair das estreitezas duma visão limitada, libertar-se da ditadura do próprio eu, sempre propenso a fechar-se em si mesmo e nas preocupações particulares. Para adorar o Senhor, é preciso antes de mais nada ‘levantar os olhos’, ou seja, não se deixar enredar pelos fantasmas interiores que apagam a esperança, nem fazer dos problemas e dificuldades o centro da própria existência. Isto não significa negar a realidade, fingindo-se ou iludindo-se que tudo corre bem. Não. Mas olhar de modo novo os problemas e as angústias, sabendo que o Senhor conhece as nossas situações difíceis, escuta atentamente as nossas súplicas e não fica indiferente às lágrimas que derramamos.

Este olhar que, apesar das vicissitudes da vida, permanece confiante no Senhor, gera a gratidão filial. E, quando isto acontece, o coração abre-se à adoração. Pelo contrário, quando fixamos a atenção exclusivamente nos problemas, recusando-nos a levantar os olhos para Deus, o medo invade o coração e desorienta-o, gerando irritação, perplexidade, angústia, depressão. Nestas condições, é difícil adorar ao Senhor. Se isto acontecer, é preciso ter a coragem de romper o círculo das nossas conclusões precipitadas, sabendo que a realidade é maior do que os nossos pensamentos. Levanta os olhos e vê: o Senhor convida-nos, em primeiro lugar, a ter confiança n’Ele, porque cuida realmente de todos. Ora, se Deus veste tão bem a erva no campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais não fará Ele por nós? (cf. Lc 12, 28). Se levantarmos o olhar para o Senhor e considerarmos a realidade à sua luz, descobrimos que Ele nunca nos abandona: o Verbo fez-Se carne (cf. Jo 1, 14) e permanece connosco sempre todos os dias (cf. Mt 28, 20). Sempre.

Quando levantamos os olhos para Deus, os problemas da vida não desaparecem, não, mas sentimos que o Senhor nos dá a força necessária para enfrentá-los. Assim, ‘levantar os olhos’ é o primeiro passo que predispõe para a adoração. Trata-se da adoração do discípulo que descobriu, em Deus, uma alegria nova, uma alegria diferente. A alegria do mundo está fundada na posse dos bens, no sucesso ou noutras coisas semelhantes, sempre com o “eu” no centro. Pelo contário, a alegria do discípulo de Cristo tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, cujas promessas nunca falham, apesar das situações de crise em que possamos chegar a encontrar-nos. Então a gratidão filial e a alegria suscitam o desejo de adorar o Senhor, que é fiel e nunca nos deixa sozinhos.

A segunda expressão, que nos pode ajudar, é pôr-se a caminho. Levantar os olhos [a primeira]; a segunda, colocar-se a caminho. Antes de poder adorar o Menino nascido em Belém, os Magos tiveram que enfrentar uma longa viagem. Lê-se em Mateus: ‘Chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. E perguntaram: “Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo’ (Mt 2, 1-2). A viagem implica sempre uma transformação, uma mudança. A pessoa, depois duma viagem, já não fica como antes; há sempre algo de novo em quem viajou: os seus conhecimentos alargaram-se, viu pessoas e coisas novas, sentiu fortalecer-se a vontade ao enfrentar as dificuldades e os riscos do trajeto. Não se chega a adorar o Senhor sem antes passar pelo amadurecimento interior que nos dá o pôr-se a caminho.

É através dum caminho gradual que nos tornamos adoradores do Senhor. Por exemplo, a experiência ensina que a pessoa, aos cinquenta anos, vive a adoração com um espírito diferente de quando tinha trinta. Quem se deixa moldar pela graça, costuma melhorar com o passar do tempo: enquanto o homem exterior envelhece, diz São Paulo, o homem interior renova-se dia após dia (cf. 2 Cor 4, 16), predispondo-se cada vez melhor a adorar o Senhor. Deste ponto de vista, os falimentos, as crises, os erros podem tornar-se experiências instrutivas: não é raro servirem para nos tornar conscientes de que só o Senhor é digno de ser adorado, porque só Ele satisfaz o desejo de vida e eternidade presente no íntimo de cada pessoa. Além disso, com o passar do tempo, as provas e adversidades da existência – vividas na fé – contribuem para purificar o coração, torná-lo mais humilde e, consequentemente, mais disponível para se abrir a Deus.

Também os pecados, também a consciência de ser pecadores, de encontrar coisas tão ruins. “Mas eu fiz isso … eu fiz …”: se pegares isso com fé e arrependimento, com contrição, vai te ajudar a crescer. Tudo, tudo ajuda, diz Paulo, ao crescimento espiritual, ao encontro com Jesus, mesmo os pecados, mesmo os pecados. E São Tomás acrescenta: “etiam mortalia”, também os pecados feios, os piores. Mas se o pegares com arrependimento, vai ajudá-lo nessa jornada para um encontro com o Senhor e a adorá-lo melhor.

Como os Magos, também nós devemos deixar-nos instruir pelo caminho da vida, marcado pelas dificuldades inevitáveis da viagem. Não deixemos que o cansaço, as quedas e os fracassos nos precipitem no desânimo; antes, pelo contrário, reconhecendo-os com humildade, devemos fazer deles ocasião de progredir para o Senhor Jesus. A vida não é uma demonstração de habilidades, mas uma viagem rumo Àquele que nos ama. Não precisamos mostrar a carta das virtudes que temos em cada etapa de nossa vida; com humildade devemos ir em direção ao Senhor. Olhando para o Senhor, encontraremos a força para continuar com renovada alegria.

E chegamos à terceira expressão: ver. Levantar os olhos, colocar-se a caminho, ver. Como se lê no Evangelho, ‘entrando em casa, [os Magos] viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No’ (Mt 2, 11). A adoração era o ato de homenagem reservado aos soberanos, aos grandes dignitários. Com efeito, os Magos adoraram Aquele que sabiam ser o Rei dos judeus (cf. Mt 2, 2). Mas, na realidade, que viram eles? Viram um menino pobre com a sua mãe. E contudo estes sábios, vindos de países distantes, souberam transcender aquela cena tão humilde e quase deprimente, reconhecendo naquele Menino a presença dum soberano. Por outras palavras, foram capazes de «ver» para além das aparências. Prostrando-se diante do Menino nascido em Belém, exprimiram uma adoração era primariamente interior: a abertura dos escrinhos trazidos de prenda foi sinal da oferta dos seus corações.

Para adorar o Senhor, é preciso ‘ver’ além do véu do visível, pois este muitas vezes mostra-se enganador. Herodes e os notáveis de Jerusalém representam a mundanidade, perenemente escrava da aparência. Veem e não sabem ver – não estou dizendo que não creem, seria muito – não sabem ver porque sua capacidade é escrava da aparência e à procura de atrativos: dá valor apenas às coisas sensacionais, aquilo que chama a atenção do vulgo. Entretanto, nos Magos, vemos um comportamento diferente, que poderíamos definir realismo teologal – uma palavra muito “alta”, mas podemos dizer assim, um realismo teologal – este percebe com objetividade a realidade das coisas, chegando enfim a compreender que Deus evita toda a ostentação. O Senhor está na humildade, o Senhor é como aquele menino humilde, foge da ostentação, que é precisamente o produto do mundanismo.

Esta forma de ‘ver’ que transcende o visível, faz-nos adorar o Senhor muitas vezes escondido em situações simples, em pessoas humildes e marginais. Trata-se, pois, dum olhar que, não se deixando encandear pelos fogos de artifício do exibicionismo, procura em cada ocasião aquilo que não passa, procura o Senhor. Por isso, como escreve o apóstolo Paulo, ‘não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas’ (2 Cor 4, 18).

Que o Senhor Jesus nos torne seus verdadeiros adoradores, capazes de manifestar com a vida o seu desígnio de amor, que abraça a humanidade inteira.” Peçamos a graça para cada um de nós e para toda a Igreja, de aprender a adorar, de continuar a adorar, de exercer muito esta oração de adoração, porque somente Deus deve ser adorado.

Com informações e fotos do VaticanNews

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Arcebispo de Natal recebe homenagens na próxima quarta-feira

 


A próxima quarta-feira, dia 6 de janeiro, vai ser especial para o arcebispo metropolitano Dom Jaime Vieira Rocha. Nesta data, há 25 anos, o então Monsenhor Jaime, do clero da Arquidiocese de Natal, era ordenado bispo pelas mãos do Papa João Paulo II, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A missa em ação de graças acontecerá no próximo dia 6, às 9 horas da manhã, na Catedral Metropolitana de Natal, com a participação de mais de dez bispos de dioceses vizinhas, inclusive do presidente do Regional Nordeste 2, da CNBB, Dom Paulo Jackson, da Diocese de Garanhuns (PE). Além do clero da Arquidiocese de Natal, a celebração contará com a presença de padres das Dioceses de Caicó (RN) e de Campina Grande (PB). A homilia será proferida pelo bispo da Diocese de Oeiras (PI), Dom Edilson Nobre. Antes de ser nomeado bispo, o então Padre Edilson foi vigário geral da Arquidiocese de Natal, já no governo de Dom Jaime.

Antes da celebração, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte vai entregar ao aniversariante uma moção de congratulação, propositiva do presidente da Casa, Deputado Ezequiel Ferreira.

A missa poderá contar com a participação de fiéis, obedecendo às regras de distanciamento, uso de máscara e de álcool em gel. O controle da entrada será por ordem de chegada, até atingir a capacidade de 630 pessoas. A celebração será transmitida, ao vivo, pelas páginas da Arquidiocese de Natal no Facebook e no Youtube e pelas Rádios 91.9 FM e Santana FM.

 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Papa Francisco: não há paz sem a cultura do cuidado


Todos remando juntos no mesmo barco, cujo leme é a dignidade da pessoa e a meta, uma globalização mais humana.

Em síntese, esta é a ideia que o Papa Francisco expressa na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2021, celebrado em 1° de janeiro.

O texto foi publicado esta quinta-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé, cujo título é “A cultura do cuidado como percurso de paz”.

Solidariedade às vítimas da pandemia

A mensagem não deixa de analisar a marca deste 2020: a pandemia. A crise provocada pelo novo coronavírus “se transformou num fenômeno plurissetorial e global, agravando fortemente outras crises inter-relacionadas como a climática, alimentar, econômica e migratória, e provocando grandes sofrimentos e incômodos”.

O pensamento do Pontífice foi às pessoas que perderam um familiar ou uma pessoa querida ou a quem ficou sem emprego. E um agradecimento especial a quem trabalha em hospitais e centros de saúde, com um renovado apelo às autoridades para que as vacinas sejam acessíveis a todos.

Sou o guardião do meu irmão? Com certeza!

No longo texto, o Papa faz uma “gênese” da cultura do cuidado desde os primórdios da criação, como narram vários episódios bíblicos. No Antigo Testamento, talvez o mais emblemático seja a relação entre Caim e Abel, e a famosa resposta depois do assassinato: Sou eu, porventura, o guardião do meu irmão? “Com certeza”, responde o Papa sem pestanejar.

Já no Novo Testamento, Jesus encarna o ápice da revelação do amor do Pai pela humanidade. “No ponto culminante da sua missão, Jesus sela o seu cuidado por nós, oferecendo-Se na cruz e libertando-nos assim da escravidão do pecado e da morte.”

Esta cultura do cuidado se aprimorou na Igreja nascente com as obras de misericórdia corporal e espiritual, que no decorrer dos séculos ficaram visíveis em hospitais, albergues para os pobres, orfanatos, lares para crianças e abrigos para forasteiros.

O Cristianismo, portanto, ajudou a amadurecer o conceito de pessoa, a ponto que hoje podemos dizer que “toda a pessoa humana é fim em si mesma, e nunca um mero instrumento a ser avaliado apenas pela sua utilidade: foi criada para viver em conjunto na família, na comunidade, na sociedade, onde todos os membros são iguais em dignidade. E desta dignidade derivam os direitos humanos.”

Bússola para um rumo comum

Se o ser humano tem direitos, tem também deveres, como o cuidado dos mais vulneráveis e também da criação.

Para Francisco, todos esses princípios elucidados na mensagem constituem uma bússola para dar um rumo comum ao processo de globalização, “um rumo verdadeiramente humano”.

“Através desta bússola, encorajo todos a tornarem-se profetas e testemunhas da cultura do cuidado, a fim de preencher tantas desigualdades sociais.”

Aqui o Papa chama em causa um “forte e generalizado protagonismo das mulheres na família e em todas as esferas sociais, políticas e institucionais”.

Como converter nosso coração?

O Pontífice recorda que esta “bússola dos princípios sociais” vale também para as relações entre as nações. E pede o respeito pelo direito humanitário em conflitos e guerras. “Infelizmente, constata o Santo Padre, muitas regiões e comunidades já não se recordam dos tempos em que viviam em paz e segurança.”

“As causas de conflitos são muitas, mas o resultado é sempre o mesmo: destruição e crise humanitária. Temos de parar e interrogar-nos: O que foi que levou a sentir o conflito como algo normal no mundo? E, sobretudo, como converter o nosso coração e mudar a nossa mentalidade para procurar verdadeiramente a paz na solidariedade e na fraternidade?”

Mais uma vez o Santo Padre lamenta o desperdício de dinheiro com armamentos, quando poderia ser utilizado “para prioridades mais significativas”, relançando a ideia de São Paulo VI de criar um “Fundo mundial” com a utilização dos recursos da corrida armamentista para o desenvolvimento dos países mais pobres.

Outro elemento fundamental para a promoção da cultura do cuidado é a educação. Neste projeto, estão envolvidos famílias, escolas, universidades e os líderes religiosos. Francisco se dirige a quem trabalha neste campo “para que se possa chegar à meta duma educação «mais aberta e inclusiva”, fazendo votos de que neste contexto o Pacto Educativo Global “encontre ampla e variegada adesão”.

Não há paz sem a cultura do cuidado

Toda a mensagem do Pontífice, enfim, é estruturada para afirmar o princípio de que não há paz sem a cultura do cuidado.

“Neste tempo, em que a barca da humanidade, sacudida pela tempestade da crise, avança com dificuldade à procura dum horizonte mais calmo e sereno, o leme da dignidade da pessoa humana e a «bússola» dos princípios sociais fundamentais podem consentir-nos de navegar com um rumo seguro e comum. Como cristãos, mantemos o olhar fixo na Virgem Maria, Estrela do Mar e Mãe da Esperança.”

“Não cedamos à tentação de nos desinteressarmos dos outros, especialmente dos mais frágeis”, é o apelo final do Papa.

Via Vatican News

Como se preparar em família para o Natal


Todos comentamos que o tempo está passando rápido demais. Mas pode ser que nós temos feito coisas demais a ponto de não saborear cada momento de nossa vida. Fato é que, de repente, nos assustamos ao ver que o Natal novamente se aproxima. Enquanto o comércio só pensa em “terminar bem o ano” batendo recordes de vendas, nós temos a oportunidade de “começar bem o ano”, acolhendo Jesus em nosso meio. É por isso o ano litúrgico começa com o Advento, para que nos preparemos bem para acolhê-lo.

Um Natal nunca pode ser igual aos outros, pois o menino Jesus sempre tem algo muito novo, uma renovação interior, para trazer ao nosso coração.

O tema – Como se preparar em família para o Natal – provocou em mim uma boa reflexão, me fazendo pensar em nossa prática familiar nos anos anteriores e como poderíamos aprofundá-la neste ano. A Igreja nos insere no contexto do Advento com as leituras onde se destacam o apelo de João Batista, as profecias de Isaías e o grande sim de Maria, mas também com a cor utilizada nas celebrações, as músicas e a vivência da modéstia e silêncio, reservando para o dia de Natal nossa expressão de alegria. Mas como levar esta preparação para dentro de nossas casas?

Reconheço que não é muito fácil viver o Advento fora da igreja, pois a época do ano nos oferece “pratos cheios” para desviar nossa atenção, principalmente das famílias com filhos em idade escolar. O encerramento do ano letivo, estudos de recuperação, vestibulares, formaturas. Mas temos também as intermináveis compras de presentes de lembrancinhas de Natal e, em nosso país, os preparativos para as férias que acontecem em Janeiro.

Com o avanço do Advento e quanto mais se aproxima o Natal, mais profunda deveria ser a nossa reflexão e maior o tempo dedicado à preparação. Mas tem acontecido justamente o contrário. O Natal vai chegando e nossa correria vai aumentando. Esquecemos esse e aquele presentinho! E as dezenas de amigos ocultos? (nem sabíamos que tínhamos tantos amigos!) Já ia me esquecendo da ceia, da comilança, da bebida. A roupa? Não posso ir com a mesma roupa que fui no ano passado… Parece que estamos correndo para desarmar uma bomba relógio. E onde entra o Advento e Natal no meio dessa correria?

Caro amigo leitor, já faz algum tempo que esse ritmo popular de “tempo de Natal” muito me incomoda. Não aguento andar pelas ruas do centro, lotadas e com a Simone cantando “Então é Natal, a festa cristã…”, onde de cristão não tem nada, pois não passa de armação para nos sentirmos bem e comprarmos mais e mais.

Há alguns anos decidimos viver o Natal de forma diferente e quero partilhar isso com você. São coisas simples, porém desafiadoras, que temos feito contra a “correnteza” para viver melhor o Natal como novena com as crianças, a questão dos presentes, comemorações e amigos ocultos, tempo para os sacramentos (especialmente a confissão), as reuniões de família no dia 24 e 25, a vigília e dia do Natal etc. Como você vive estas questões em sua família? Estas atitudes, para minha família, são também respostas para a vigilância que nos é proposta no primeiro domingo do Advento: “Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer” (Mc 13,35).

André Parreira

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Hoje a CNBB promove a primeira live da Novena de Natal 2020


Tem início nesta quarta-feira, 16 de dezembro, a primeira live que a Editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Edições CNBB, promove como forma de ajudar as pessoas a celebrarem a Novena de Natal 2020 em seus lares. Os nove episódios, com cerca de 25 minutos cada, serão transmitidos em forma de lives de 16 a 24 de dezembro, através das redes sociais da Editora (@edicoescnbb) e da CNBB (@cnbbnacional), sempre às 20h. A transmissão também será feita pela Canção Nova, por meio da TV e rádio, às 17h30.

A Novena

A Novena do Natal de 2020, publicação da Edições CNBB, convida as comunidades a contemplar o primeiro pilar proposto nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE): a Palavra de Deus. A temática da Novena de 2020 também está em consonância com a reflexão que será feita na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em abril de 2021.

A Novena convida-nos à catequese em nossas casas, a reunir todas as pessoas que estavam distantes. Com a ternura materna de Maria e o silêncio oblativo de José, acolhemos, protegemos, promovemos e integramos em nossa casa todas as famílias para a festa da Encarnação do Verbo de Deus. Com este livreto da Novena, vamos percorrer o caminho litúrgico do Advento na unidade eclesial, refletindo, com simplicidade doméstica, a chegada do Menino Deus que sempre vem ao nosso encontro para nos salvar e garantir a vida!

Conforme o bispo de Castanhal, no Pará, dom Carlos Verzeletti, a Novena de Natal 2020 convida-nos à catequese em nossas casas, a reunir todas as pessoas que foram distanciadas neste tempo longo da pandemia. “Com a ternura materna de Maria e o silêncio oblativo de José, acolhemos, protegemos, promovemos e integramos em nossa casa todas as famílias para a festa da Encarnação do Verbo de Deus. Nosso Deus está conosco! Ele está em nossa casa para ser o nosso caminho, a nossa verdade e a nossa vida em abundância. Ele é a Palavra da Salvação!”

“No há nada mais prático e importante do que encontrar-se com Deus, do que apaixonar- se por sua Palavra, do que viver com Cristo, por Cristo e em Cristo. Apaixona-te! Permanece no amor! Tudo passará a ser diferente. Feliz Natal! Abençoado Ano Novo!”, afirma dom Carlos.

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Arquidiocese realiza Assembleia de Pastoral de forma online

 


A 60ª Assembleia de Pastoral da Arquidiocese de Natal será realizada de forma online,  no próximo dia 18, das 9h às 17 horas. A assessoria será do Padre Espedito Caetano da Silva, coordenador de pastoral da Diocese de Patos (PB).

Para essa assembleia, que será dirigida pelo arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha, participarão os vigários episcopais, vigário judiciais, os coordenadores e articuladores de zonais, padres, diáconos permanentes, representantes dos religiosos e de comunidades de vida e membros do Conselho Pastoral Arquidiocesano.

Segundo a coordenação arquidiocesana de pastoral, alguns momentos da assembleia, como a parte de espiritualidade e a palestra de abertura, assim como os encaminhamentos, no final,  serão abertos para todas as pessoas que tiverem interesse em participar, transmitidos pelas páginas da Arquidiocese no Youtube e no Facebook, epelas páginas das paróquias no Facebook. Haverá momentos também exclusivos para os convocados para a assembleia, que participarão online, através da plataforma Meet.

 

Vaticano anuncia que começará a vacinar contra COVID-19 no início de 2021


O novo diretor da Diretoria de Saúde e Higiene do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Andrea Arcangeli, anunciou que a campanha de vacinação contra a COVID-19 neste território terá início nos primeiros meses de 2021.

Segundo informou o Vatican News, em 11 de dezembro, o “plano de vacinação, lançado pelo Fundo de Assistência à Saúde e pela Diretoria de Saúde e Higiene do Governatorato, afetará os cidadãos, os funcionários, mas também os familiares que dependem da assistência de saúde vaticana.

O convite, dirigido aos administradores do Estado da Cidade do Vaticano e da Santa Sé, é para conscientizar todos de que a vacina não é apenas para proteger a própria saúde, mas também a de outras pessoas, afirma o meio vaticano.

“Achamos muito importante que também na nossa pequena comunidade comece, o quanto antes, a campanha de vacinação contra o coronavírus. De fato, somente com uma ampla imunização podemos obter benefícios concretos, em termos de saúde pública, no controle da pandemia”, disse Arcangeli em uma entrevista ao Vatican News.

“Por isso, é nosso dever oferecer a todos os residentes, colaboradores e familiares a oportunidade de ser imunizados contra esta terrível doença”, acrescentou.

Sobre o tipo de vacina selecionada, comentou que “decidimos começar com a vacina produzida pela farmacêutica Pfizer, a primeira a ser introduzida em âmbito clínico, que se mostra eficaz aos 95%”.

“Atualmente, esta é a única vacina em fase de aprovação pelas autoridades no campo da saúde europeias e americanas. Como se sabe, a campanha de vacinação com este produto já começou na Inglaterra. Depois, outras vacinas poderão ser produzidas, com métodos diferentes, e utilizada, após avaliação da sua eficácia e total segurança”, explicou.

Arcangeli disse que “é compreensível que possa haver temores e rumores sobre uma vacina, desenvolvida em pouco tempo, mas os testes de segurança realizados são muito rigorosos e as autoridades no campo da saúde no mundo, antes de dar a autorização para a sua utilização no mercado, garantem com estudos específicos e rígidos”.

“Além do mais, devemos levar em consideração que todas as vacinas podem causar efeitos colaterais”, afirmou.

“Em relação à vacinação de menores de 18 anos ainda não foram feitos estudos que incluem esta faixa etária. Por isso, não foram incluídos no programa de vacinação. Mas, para os alérgicos, recomenda-se sempre uma avaliação médica antes de qualquer tipo de vacinação”, concluiu Arcangeli.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Via ACI Digital


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

VATICANO LANÇA SITE DEDICADO À ENCÍCLICA “FRATELLI TUTTI” SOBRE A FRATERNIDADE E A AMIZADE SOCIAL


O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano lançou um site dedicado à última encíclica do Papa Francisco ‘Fratelli Tutti’, sobre a fraternidade e a amizade social, lançada em 4 de outubro de 2020.

O site tem como objetivo divulgar a mensagem de amizade e fraternidade humana, em três línguas e com atualizações constantes. A página entrou no ar nesta terça-feira, 1º de dezembro e pode ser acessada através do link www.fratellitutti.va

De acordo com o Dicastério, o site é um espaço interativo uma vez que, através do espaço ‘Iniciativas’, todas as contribuições que igrejas, comunidades e indivíduos queiram divulgar serão recebidas e compartilhadas para colocar em prática a mensagem contida na Encíclica.

Apesar da página estar disponível, por enquanto, em três idiomas – italiano, espanhol e inglês – ela possui diversos recursos também em outros idiomas, entre eles francês, português, árabe e chinês.

Em relação a conteúdo, o site traz uma introdução sobre a encíclica e o documento para download em diversos idiomas, reflexões com comentários e análises, notícias e recursos como infográficos e materiais de aprofundamento.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Papa: despertar do sono da mediocridade e da indiferença com oração e amor

 


“Senhor, fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar.” Com esta invocação, o Papa Francisco concluiu sua homilia ao presidir à Santa Missa na Basílica de São Pedro neste I Domingo do Advento.

Concelebraram com o Pontífice os cardeais criados ontem no Consistório Ordinário Público. Ao comentar as leituras do dia, Francisco ressalta duas palavras: proximidade e vigilância.

Proximidade de Deus e vigilância nossa

O Advento, afirmou, é o tempo para nos lembrarmos da proximidade de Deus, que desceu até nós. O primeiro passo da fé, explicou, é dizer ao Senhor que precisamos Dele, da sua proximidade. E a primeira mensagem do Advento e do Ano Litúrgico é também reconhecer Deus próximo.

“Façamos nossa esta invocação caraterística do Advento: «Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 20). Podemos dizê-la ao princípio de cada dia e repeti-la com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos importantes e de provação: Vem, Senhor Jesus!”

Invocando assim a sua proximidade, treinaremos a nossa vigilância. Esta palavra, aliás, é repetida quatro vezes no Evangelho deste domingo. É importante permanecer vigilantes, porque na vida é um erro perder-se em mil coisas e não se dar conta de Deus. Arrastados pelos nossos interesses e distraídos por tantas vaidades, corremos o risco de perder o essencial. Vigiar é não se deixar dominar pelo desânimo, é viver na esperança.

A fé é o contrário da mediocridade

Para o Pontífice, dois sonos nos ameaçam: o sono da mediocridade e o da indiferença.

A mediocridade sobrevém quando esquecemos o primeiro amor e avançamos apenas por inércia, prestando atenção somente a viver tranquilos.

“E isto corrói a fé, porque a fé é o contrário da mediocridade: é desejo ardente de Deus, audácia contínua em converter-se, coragem de amar, é caminhar sempre para diante. A fé não é água que apaga, mas fogo que queima.”

A vigilância da oração é o que pode nos despertar do sono da mediocridade. A oração oxigena a vida: tal como não se pode viver sem respirar, assim também não se pode ser cristão sem rezar.

Não se pode ser cristão sem caridade

Já quem dorme o sono da indiferença vê tudo igual, não se interessa por quem está perto dele. “Quando orbitamos apenas em torno de nós mesmos e das nossas necessidades, indiferentes às dos outros, a noite desce sobre o coração”, disse o Papa.

Trata-se de um sono que atualmente acomete a muitos e só poderemos despertar com a vigilância da caridade.
“A caridade é o coração pulsante do cristão: tal como não se pode viver sem pulsação, assim também não se pode ser cristão sem caridade.”

Ajudar os outros não é ser perdedor; pelo contrário, é ser vitorioso, pois é com as obras de misericórdia que nos aproximamos do Senhor.

“Rezar e amar: aqui está a vigilância. Quando a Igreja adora a Deus e serve o próximo, não vive na noite. Ainda que esteja cansada e provada, caminha rumo ao Senhor.”

O convite final do Papa é para fazer a seguinte invocação: “Vinde, Senhor Jesus! Vós sois a luz: despertai-nos do sono da mediocridade; despertai-nos das trevas da indiferença. Vinde, Senhor Jesus! Tornai vigilantes os nossos corações distraídos: fazei-nos sentir o desejo de rezar e a necessidade de amar.”

Via Vatican News

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Jesus, Rei dos Reis

 


Jesus afirmou que é Rei, mas não deste mundo. Quando Pilatos o interrogou, “És porventura rei?”, Ele respondeu: “Sim, eu sou rei!” (Jo 18,37). Mas, “meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado, para que eu não fosse entregue aos judeus” (Jo 18,36). O Reino de Cristo é o Reino dos Céus; que Ele veio inaugurar, e disse que “já estava no coração” dos homens. Ele quer reinar em nós, não no mundo. Ele quer o nosso coração, nada mais.

Cristo não reina na glória e no poder dos homens, mas nos corações dos “pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Ele reina nos mansos, nos pacíficos, nos construtores da paz, nos puros de espírito, nos misericordiosos, nos que sabem perdoar, enxugar as lágrimas dos irmãos, dos aflitos, dos que têm sede e fome de justiça, dos que são perseguidos por causa Dele.

Ele é Rei porque venceu; não no triunfo do poder humano, mas na vitória contra o Mal e contra o pecado e morte: “Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor” (Fp 2,8-11).

Logo no início o livro do Apocalipse revela a Majestade do grande Rei: “Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e seu Pai, glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém. Ei-lo que vem com as nuvens. Todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o traspassaram. Por sua causa, hão de lamentar-se todas as raças da terra. Sim. Amém. Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que É, que era e que vem, o Dominador” (Ap 1,5-8).

“O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força… Eu sou o Primeiro e o Último, e o que vive. Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos; tenho as chaves da morte e da região dos mortos” (Ap 1,16-18).

Ele é Aquele que “segura as sete estrelas na sua mão direita” (Ap 2,1); “que tem a espada afiada de dois gumes” (2,12); “que tem os olhos como chamas de fogo” (2,18); “Aquele que tem a chave de Davi – que abre e que ninguém pode fechar; que fecha, e ninguém pode abrir” (3,7); “o princípio da criação de Deus” (3,14). “Ele é Leão da tribo de Judá, o descendente de Davi” (5,5).

Os anjos cantam sem cessar: “Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (5,12). “E todas as criaturas do céu e da terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contém, clamam: “Aquele que se assenta no trono e ao Cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos. Amém!” (5,11-14). Por isso o povo canta com alegria: “Ao que está assentado no trono e ao Cordeiro seja o louvor, seja a honra, seja a glória, seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!”

Esse é nosso Rei e Senhor; um Rei diferente. Seu reinado é diferente; seu berço foi um cocho; sua casa foi um buraco na rocha; seu púlpito um barco, sua corte a natureza, seu veículo um jumentinho, sua glória é servir e seu trono é a Cruz. Que Rei diferente! Mas é Dele o Reino dos Céus, que “olhos humanos jamais viram, ouvidos humanos jamais ouviram e coração humano jamais sentiu, o que tem preparado para os que o amam” (1 Cor 2,9).

Mas, por ser o “Rei dos Reis”, Ele é exigente, e tem que ser mesmo. Como o seu Reino se assenta em nosso coração, Ele não aceita dividi-lo com outros reis. Ele exige a renúncia ao nosso eu que quer tomar o Seu lugar no trono do nosso coração. “Renuncie a ti mesmo, tome a cruz a cada dia e me siga” (Lc 9,23). Perca a sua vida para ganha-la. É um Rei que sabe o que quer; e sabe que nos quer dar o melhor; a alegria eterna e infinita; por isso arranca dos nossos corações os falsos reis.

Esta é a nossa grande decisão: a que rei vamos entregar o nosso coração?

Prof. Felipe Aquino