quarta-feira, 11 de julho de 2012

100 Anos do nascimento de Dom Manuel Tavares de Araújo

O Benfeitor espiritual da PRONEVES

Dom Manuel Tavares de Araújo nascido em São José do Mipibu – RN aos 07 de julho de 1912. Foi ordenado Sacerdote aos 25 de outubro de 1936. Vigário de Angicos – RN, foi eleito 3º Bispo da Diocese de Caicó aos 08 de janeiro de 1959. Sua Ordenação Episcopal foi celebrada aos 05 de abril de 1959. Tomou posse na Diocese de Caicó aos 17 de maio de 1959 e governou-a de 1959 a 1978. Foram 19 anos de pastoreio. Renunciou ao Governo Episcopal desta referida Diocese aos 29 de março de 1978 e como Bispo Emérito foi residir em Natal, onde exerceu importante apostolado, especialmente pela pregação, inclusive na região do Seridó, onde sempre esteve presente. Viveu 28 anos como Bispo Emérito quando Faleceu, em Natal, aos 18 de fevereiro de 2006. Está sepultado na Igreja Matriz de Sant`Ana e São Joaquim em São José do Mipibu – RN. Durante seu Governo Episcopal na Diocese de Caicó ordenou 11 Sacerdotes, sendo 10 do Clero de Caicó e 01 Frade da Ordem dos Capuchinhos. Foram eles:
•Padre Talvaci Salustino Soares em 19 de dezembro de 1959, atualmente residindo em Natal;
•Monsenhor Antenor Salvino de Araújo em 06 de janeiro de 1960, residente em Caicó;
•Padre Itan Pereira da Silva em 20 de janeiro de 1960, deixou o Ministério e já é falecido;
•Padre Francisco de Assis de Araújo em 10 de dezembro de 1961, deixou o Ministério e já é falecido;
•Padre Dr. José Dantas Cortez em 30 de setembro de 1962, já é falecido;
•Padre Hudson Brandão de Araújo em 06 de janeiro de 1964, deixou o Ministério e reside em Natal;
•Padre Dr. João Medeiros Filho em 25 de agosto de 1964, residente e incardinado em Natal;
•Monsenhor Raimundo Sérvulo da Silva em 22 de novembro de 1970, residente em Acari;
•Cônego José Mário de Medeiros em 08 de dezembro de 1970, residente em Natal;
•Padre Frei Francisco de Assis de Araújo, OFMCap, em 14 de agosto de 1971, deixou o Ministério e reside em Natal;
•Padre Manoel Pedro Neto em 12 de dezembro de 1976, residente em Caicó.
Criou duas Paróquias, a de São José de Caicó e a de Nossa Senhora dos Aflitos de Jardim de Piranhas, ambas em 09 de novembro de 1966. Acolheu na Diocese o Instituto das Irmãs Josefinas, que em seu tempo tinha casas na maioria das Cidades da Diocese, e a Congregação das Servas do Coração Imaculado de Maria na Cidade de Jardim de Piranhas. Fundou a Emissora de Educação Rural de Caicó, inaugurada solenemente em 1º de maio de 1963, a segunda Emissora de Rádio da Região do Seridó. Apoiou o Movimento Sindical Rural no tempo da Ditadura Militar. Participou do Concílio Ecumênico Vaticano II de 1962 a 1965 com todos os Bispos do Mundo. Implantou a reforma litúrgica do Concílio na Diocese de Caicó. Estava sempre presente nas Paróquias e até nas Cidades que eram apenas Capelas. Nas Festas dos Padroeiros participava durante todo o novenário até o encerramento. Incentivou a participação dos leigos na Igreja, preconizada pelo Concílio Ecumênico II. Entre os Padres do Clero da Diocese de Caicó em seu tempo, constava o Governador do Estado do Rio Grande do Norte, o Monsenhor Walfredo Dantas Gurgel e que antes já tinha sido Deputado Estadual, Vice-Governador e Senador.
Dom Manoel Tavares nas Bodas de Prata de Ir. Ernestina,fdc
Quando chegou a Caicó em 1959, a Diocese não possuía carro. O então Governador do Estado do Rio Grande do Norte, o seridoense Dinarte de Medeiros Mariz, colocou a sua disposição uma Rural Willys 1958, de propriedade do Estado, de cores verde e branca, com placa oficial, dirigida pelo motorista conhecido por Edson de Josias. Em pouco tempo, Edson virou a Rural, deixando o Bispo bastante ferido. Depois de um certo período com as orações da Comunidade Diocesana, o Bispo se recuperou. O Governador imediatamente lhe enviou uma Rural Willys 1960, também do Estado, cor cinza e branca, com placa oficial. Esta Rural rodou durante muitos anos.
Dom Manoel Tavares com Me. Fidélis, Ir. Amália e Ir. Benigna
 em Ponta Negra-Natal/RN 
Dom Manuel Tavares era um grande pregador, ainda hoje suas pregações são lembradas pelo povo. Apesar de ser filho de Senhor de engenho, era um homem muito simples e tinha o espírito de pobre, quase nada possuía. Gostava muito de colocar letras religiosas em músicas populares, sendo a que mais se popularizou foi “boas festas” com a música de Roberto Carlos. Ainda hoje é cantada em quase toda a Diocese de Caicó. Dom Tavares era muito simples. Era um homem de Deus.

Sebastião Arnóbio de Morais 
Pesquisador da História do Seridó

terça-feira, 10 de julho de 2012


Irmãs clarissas de Portugal se comunicam com Ir. Judith FDC

Muito querida Irmã Judith

Ficamos muito felizes pelo fato da sua Sobrinha conseguir o emprego a que tanto aspirava. Louvado seja Deus por essa graça. Também a outra vai conseguir, Confiemos loucamente no poder e misericórdia de Deus e façamos da nossa parte o que pudermos. Junto de Jesus colocamos essa intenção.
Querida Irmã Judith, há tanto tempo que o silêncio parece separar-nos. Mas não. Ele torna-se presença viva no coração, no pensamento e na oração. Timor veio alterar todos os meus projetos e absorve-me  completamente. Conto com a sua poderosa oração por este projeto que, se Deus quiser, se tornará realidade a seu tempo.
Está programado partirem quatro Irmãs no próximo dia 11 de Setembro. Entre elas estou eu, mas  apenas por uns meses. Gostaria de ficar mas Deus  e a Comunidade pedem-me que regresse logo que possível. Para os finais de Maio irá lá ter uma outra Irmã por  não poder  ir agora.
Muito lhe agradeço as mensagens que vai partilhando  connosco. Deus lhe pague a sua amizade e carinho. Perdoe por não agradecer como devo. Não é falta de amizade e gratidão, simplesmente o tempo não mo permite, tanta coisa me ocupa e preocupa. Deus é Senhor absoluto das nossas vidas e, como tal, pode dispor livremente e é o que vai fazendo conosco.
Parabéns à sua Sobrinha e muita fé e coragem para a outra. Deus há-de responder e atender.
Beijinhos e muita comunhão
Irmã Maria Clara

Mais antigo cardeal da Igreja Católica, dom Eugênio Sales morre no Rio de Janeiro

O arcebispo emérito do Rio de Janeiro, dom Eugênio de Araújo Sales morreu nesta segunda-feira (9), às 22h30, vítima de um infarto enquanto dormia. Dom Eugênio, que tinha 91 anos, era o mais antigo cardeal da Igreja Católica e, segundo a Arquidiocese do Rio, morreu na Residência Assunção, onde morava, na Estrada Sumaré, na zona norte da cidade.

O arcebispo emérito do Rio de Janeiro, dom
Eugênio de Araújo  Sales, 91, morreu
vítima de um infarto


O velório será nesta terça-feira (10) na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro do Rio. Já o enterro ainda não tem data marcada, mas deve acontecer na quarta-feira (11), quando o irmão de dom Eugênio, dom Heitor Sales, voltar de uma viagem à Europa.

Em nota divulgada na madrugada desta terça-feira, o governador do Rio, Sérgio Cabral, lamentou a morte do religioso e decretou luto oficial de três dias no Estado. "Dom Eugênio Sales era amado pelo povo do Rio de Janeiro. Nas últimas décadas, a sua liderança religiosa foi a mais importante do nosso Estado. Vamos decretar três dias de luto", afirmou Cabral.

A Arquidiocese informou que, nos últimos dias, a rotina de dom Eugênio, que não possuía nenhuma enfermidade grave, limitava-se entre o quarto e no gabinete, onde lia jornais e assistia à TV.

Nascido em Acari, no Rio Grande do Norte, no dia 8 de novembro de 1920, dom Eugênio Sales fez seus primeiros estudos em Natal e ingressou, em 1931, no Seminário Menor. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. No dia 21 de novembro de 1943, foi ordenado sacerdote.

Em 1954, aos 33 anos, foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo papa Pio 12. Em 1962, foi designado administrador apostólico da Arquidiocese de Natal, função que exerceu até 1965. Já em 1964, tornou-se administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador e, quatro anos depois, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, pelo papa Paulo 6º.

Dom Eugênio foi o criador das Comunidades Eclesiais de Base e da Campanha da Fraternidade, ficou conhecido pelo abrigo que deu a perseguidos políticos durante o regime militar e chegou a ter o nome cogitado entre os candidatos a Papa, depois da morte de João Paulo 1º.

Em 1969, dom Eugênio foi nomeado cardeal pelo papa Paulo 6º. Dois anos depois, virou arcebispo do Rio de Janeiro, função que exerceu até 2001, quando sua renúncia foi aceita.

Ele foi um dos primeiros bispos brasileiros a implantar o Diaconato Permanente, para que homens casados entrem para o clero. Foi também membro de onze congregações no Vaticano.

Dom Eugênio Sales possuía os títulos de cardeal protopresbítero (o mais antigo em idade e/ou nomeação entre os cardeais presbíteros) e arcebispo emérito (aposentado) da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.


REFLEXÃO PATRÍSTICA DIA 10/07/12

Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Agostinho, bispo

(Ps.32,29:CCL38,272-273)
(Séc.V)

Aqueles que estão de fora, queiram ou não,
são nossos irmãos

Irmãos, exortamos-vos instantemente à caridade, não apenas entre vós, mas também em
relação aos que estão de fora, quer sejam os ainda pagãos e descrentes, quer se tenham
separado de nós, e de modo que, professando conosco a Cabeça, separaram-se do corpo.
Sintamos pesar por eles, irmãos, porque eles continuam sendo nossos irmãos. Quer
queiram, quer não queiram, são nossos irmãos. De fato, só deixariam de ser nossos
irmãos se deixassem de dizer: Pai nosso.

Assim o Profeta falou de alguns: Àqueles que vos dizem: Não sois irmãos nossos,
respondei: Sois nossos irmãos. Observai de quem se poderia dizer isto, será que dos
pagãos? Não, pois nem os chamamos de nossos irmãos segundo as Escrituras e o modo
de tratar da Igreja. Será que dos judeus que não creram em Cristo?

Lede o Apóstolo e notai que quando fala de “irmãos” sem mais, somente se refere aos
cristãos: Tu, porém, por que julgas teu irmão, ou tu, por que desprezas teu irmão? E em
outro trecho: Vós cometeis a iniqüidade e a fraude e isto fazeis contra irmãos.

Por conseguinte, aqueles que dizem: “Não sois nossos irmãos”, estão nos chamando de
pagãos. Por isso eles querem batizar-nos de novo, declarando que não possuímos o que
dão. Por conseguinte, seu erro consiste em negar que somos seus irmãos. Mas então por
que nos disse o Profeta: Quanto a vós, respondei-lhes: Sois nossos irmãos; a não ser
porque reconhecemos neles aquele batismo que não repetimos? Não aceitando nosso
batismo, eles negam que somos seus irmãos. Nós, porém, não repetindo o deles, mas
reconhecendo-o como nosso, dizemos: Sois nossos irmãos.

Se eles disserem: “Por que nos procurais? Que quereis de nós?” respondamos: Sois
nossos irmãos. Mesmo que nos digam: “Podeis ir embora, nada temos convosco!” Pelo
contrário, nós temos muito convosco! Nós confessamos um mesmo Cristo, e assim
devemos estar em um só Corpo, sob uma só Cabeça.

Portanto, nós vos suplicamos, irmãos, por aquelas mesmas entranhas da caridade, cujo
leite nos alimenta, cujo pão nos fortalece, isto é,por Cristo, nosso Senhor. Com efeito, é
agora a ocasião de termos para com eles grande caridade, muita misericórdia, rogando a
Deus por eles, a fim de que lhes conceda sobriedade de pensamento para caírem em si e
enxergarem, porque nada absolutamente têm a dizer contra a verdade. De fato, apenas
lhes resta a fraqueza da animosidade, tanto mais enferma quanto mais julga possuir
maior força. Assim, pela mansidão de Cristo, nós vos conjuramos suplicando em favor
dos fracos, dos sábios segundo a carne, dos puramente humanos e carnais, mas ainda
nossos irmãos, que freqüentam os mesmos sacramentos, embora não conosco, mas os
mesmos. Eles respondem um só Amém, embora não conosco, mas o mesmo. Portanto,
derramai diante de Deus por eles o âmago de vossa caridade.

segunda-feira, 9 de julho de 2012


REFLEXÃO PATRÍSTICA DIA 09/07/12

Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

(Nn.46,2-47,4; 48,1-6: Funk 1, 119-123)
(Séc. I)

Procure cada um o que é útil para todos,
e não o próprio interesse

Está escrito: Uni-vos aos santos, porque os que deles se aproximam serão santificados.
E ainda em outro lugar: Com o inocente serás inocente, com o eleito serás eleito e com
o perverso usarás de astúcia. Por isso nos unimos aos inocentes e aos justos; eles são
eleitos de Deus. Por que há entre vós lutas, cóleras, dissensões, divisões e guerras?
Porventura, não temos um só Deus, um só Cristo e um só Espírito da graça derramado
sobre nós e não há uma só vocação em Cristo? Por que arrancamos e despedaçamos os
membros de Cristo e nos revoltamos contra nosso próprio corpo e chegamos à loucura
de esquecer que somos membros uns dos outros?

Lembrai-vos das palavras de nosso Senhor Jesus: Ai daquele homem! Melhor lhe fora
não ter nascido do que escandalizar a um de meus eleitos; melhor lhe fora ser
amarrado à mó de moinho e afogado no mar do que perverter um só de meus
escolhidos. Vossa divisão perverte a muitos, lança a muitos no desânimo, a muitos, na
hesitação, a todos nós, na tristeza, causa-nos a todos aflição, e ainda persiste vossa
sedição!

Tomai da carta de São Paulo. Qual a primeira coisa que vos escreveu no início da Boa-
nova? Decerto inspirado por Deus, o Apóstolo vos escreveu acerca de si mesmo, de
Cefas e de Apolo, porque já então havia entre vós facções e partidos. Esta facção,
porém, era o vosso menor pecado. Com efeito, vós vos inclinastes ante o ilustre
testemunho dos grandes apóstolos e da pessoa por eles autorizada.

Vamos, portanto, depressa, acabar com isto! Vamos nos ajoelhar aos pés do Senhor e
implorar com lágrimas e súplicas que ele nos seja propício e se reconcilie conosco,
fazendo-nos voltar a nosso antigo modo de viver, tão belo, casto, conforme o amor
fraterno. É esta a porta da justiça aberta para a vida, segundo está escrito: Abri-me as
portas da justiça; entrando por elas louvarei o Senhor; é esta a porta do Senhor, por
ela entrarão os justos.

De fato, são muitas as portas abertas: esta que é da justiça, é ela também em Cristo.
Felizes todos os que por ela entraram e orientaram sua caminhada na santidade e na
justiça, realizando tudo com tranqüilidade. Se há um fiel, se há um notável na exposição
da doutrina, um sábio no discernimento das palavras, um casto em sua vida, tanto mais
humilde deve ser quanto parece ser maior e procure o que é útil a todos e não o próprio
interesse.

domingo, 8 de julho de 2012


REFLEXÃO PATRÍSTICA DIA 08/07/12

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

(Serm. 19,2-3:CCL41,252-254)

(Séc.V)

Sacrifício para Deus, um espírito contrito

Reconheço o meu pecado, diz Davi. Se eu o reconheço, perdoa-me, Senhor! Mesmo
procurando viver bem, de modo algum tenhamos a presunção de ser sem pecado. Que
demos valor à vida em que se pede perdão. Os homens sem esperança, quanto menos
atentam para os próprios pecados, com tanto maior curiosidade espreitam os alheios.
Procuram não o que corrigir, mas o que morder. Não podendo escusar-se, estão prontos
a acusar. Não foi este o exemplo de rogar e de satisfazer a Deus que Davi nos deu,
dizendo: Porque reconheço meu crime e meu pecado está sempre diante de mim. Davi
não estava atento aos pecados alheios. Caía em si, não se desculpava, mas em si mesmo
penetrava e descia cada vez mais profundamente. Não se poupava, e por isso podia
confiadamente pedir para si o perdão.

Queres reconciliar-te com Deus? Repara como procedes contigo, para que Deus te seja
propício. Presta atenção ao salmo, onde lemos: Porque se quisesses um sacrifício, eu o
faria certamente; não te causam prazer os holocaustos. Então ficarás sem sacrifício
para oferecer? Nada oferecerás? Com nenhuma oblação tornarás Deus propício? Que
disseste? Se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente; não te causam prazer os
holocaustos. Continua, escuta e dize: Sacrifício para Deus é o espírito contrito; o
coração contrito e humilhado Deus não o despreza. Rejeitado aquilo que oferecias,
encontraste o que oferecer. Como os antepassados, oferecias vítimas de animais, ditos
sacrifícios: Se quisesses um sacrifício, eu o faria certamente. Não queres mais este
gênero de sacrifícios, no entanto, procuras um sacrifício.

Não te causam prazer os holocaustos. Se não tens prazer com os holocaustos, ficarás
sem sacrifício? De modo algum. Sacrifício para Deus é o espírito contrito; o coração
contrito e humilhado Deus não o despreza. Tens o que oferecer. Não examines o
rebanho, não aprestes navios e não atravesses as mais longínquas regiões em busca de
perfumes. Procura em teu coração aquilo de que Deus gosta. O coração deve ser
esmagado. Por que temes que o esmagado pereça? Lê-se aqui: Cria em mim, ó Deus, um
coração puro. Para que seja criado o coração puro, esmague-se o impuro.

Sintamos aborrecimento por nós mesmos quando pecamos, porque os pecados
aborrecem a Deus. Já que não estamos sem pecado, ao menos nisto sejamos
semelhantes a Deus: o que lhe desagrada, desagrade também a nós. Em parte tu te unes
à vontade de Deus, por te desagradar em ti aquilo mesmo que odeia aquele que te fez.

sábado, 7 de julho de 2012


REFLEXÃO PATRÍSTICA DIA 07/07/12

Das Catequeses de São Cirilo, bispo de Jerusalém

(Cat. 1,2-3.5-6: PG 33,371.375-378)

(Séc.IV)

Confessa no tempo propício

Se há aqui alguém escravo do pecado, prepare-se pela fé para o nobre renascimento de
filhos por adoção. Rejeitada a péssima escravidão dos pecados e obtida a felicíssima
servidão do Senhor, seja considerado digno de alcançar a herança do reino celeste.
Portanto despi, pela confissão, o homem velho que se vai corrompendo ao sabor dos
desejos maus, a fim de revestirdes o homem novo, que se renova pelo conhecimento
daquele que o criou. Adquiri pela fé a segurança do Espírito Santo de serdes acolhidos
nas mansões eternas. Aproximai-vos do místico sinal para que possais ser
favoravelmente reconhecidos pelo Soberano. Juntai-vos ao santo e racional rebanho de
Cristo. Postos um dia de parte à sua direita, entrareis assim na posse da vida preparada
por herança para vós.

Com a aspereza dos pecados aderentes como pêlos, estão à esquerda aqueles que não se
achegam à graça de Deus concedida por Cristo no banho da regeneração. Refiro-me
aqui não à regeneração dos corpos, mas ao novo nascimento espiritual da alma. Os
corpos são gerados pelos pais visíveis; a alma é gerada de novo pela fé, porque o
Espírito sopra onde quer. Então, se te tornares digno, poderás ouvir: Muito bem, servo
bom e fiel, quando não se encontrar em ti qualquer impureza de fingimento na
consciência.

Se algum dos que aqui estão espera provocar a graça de Deus, engana-se e desconhece o
valor das coisas. Tem, ó homem, alma sincera e livre de disfarce, por causa daquele que
perscruta corações e rins.

O tempo agora é tempo de confissão. Confessa o que cometeste por palavra, ou ação, de
noite ou de dia. Confessa no tempo propício e recebe no dia da salvação o tesouro
celeste.

Limpa tua jarra para conter graça mais abundante, pois a remissão dos pecados é dada
igualmente a todos, mas, a comunicação do Espírito Santo é concedida a cada um
segundo a fé. Se trabalhares pouco, receberás pouco; se fizeres muito, grande será a
recompensa. Core em teu próprio proveito, vê o que te convém.
Se tens algo contra outro, perdoa. Tu te aproximas para receber o perdão dos pecados; é
necessário perdoar a quem te ofendeu.

sexta-feira, 6 de julho de 2012


REFLEXÃO PATRÍSTICA DIA 06/07/12

Do livro sobre a predestinação dos santos, de Santo Agostinho, bispo

(Cap.15,30-31:PL44,981-983)
(Séc.V)

Jesus Cristo, da linhagem de Davi segundo a carne

Esplêndida luz da predestinação e da graça é o próprio Salvador, o mediador entre Deus
e os homens, o homem Cristo Jesus. Para que isto acontecesse, como o adquiriu a
natureza humana que nele existe? Com que precedentes méritos de obras ou de fé?
Respondam-me, por favor: aquele homem, para ser assumido na unidade de pessoa pelo
Verbo coeterno com o Pai e ser o Filho unigênito de Deus, o que fez para merecê-lo?
Qual o bem que precedeu? Que fez antes, que acreditou, que pediu, para chegar a esta
indizível excelência? Na verdade, não foi pela ação do Verbo, ao assumi-lo, que este
mesmo homem, desde que começou a existir, começou a ser o Filho único de Deus?
Manifeste-se assim a nós, em nossa Cabeça, a fonte de graça, donde ela se vai difundir
por todos os membros segundo a medida de cada um.

Com efeito, a graça pela qual, no início de sua fé, um homem se torna cristão, é a
mesma pela qual esse homem, desde sua origem, foi feito Cristo. Assim pelo mesmo
Espírito renasceu aquele cristão e nasceu este o Cristo. Pelo Espírito, faz-se em nós a
remissão dos pecados, por esse mesmo Espírito que fez com que o Cristo não tivesse
pecado algum. Deus teve a presciência de que faria tais coisas. Esta é, portanto, a
predestinação dos santos, aquela que refulge ao máximo no Santo dos santos. Quem
poderá negá-la se compreende com justeza as palavras da verdade? Pois foi-nos
ensinado que o próprio Senhor da glória, enquanto homem feito Filho de Deus, foi
predestinado.

Jesus foi predestinado: ele, que haveria de ser filho de Davi segundo a carne, haveria de
ser também, segundo a virtude, Filho de Deus segundo o Espírito de santidade, porque
nasceu do Espírito Santo e da Virgem Maria. É esta a singular assunção do homem pelo
Deus Verbo que se realizou de modo inefável, a fim de que o Filho de Deus e, ao
mesmo tempo, filho do homem, a saber, filho do homem por causa da humanidade
assumida e filho de Deus por causa daquele que assumia – fosse verdadeira e
propriamente dito o Deus unigênito. Que não acontecesse termos de crer numa
quaternidade e não na Trindade!

A natureza humana foi predestinada a tão imensa, sublime e máxima elevação que não
tem por onde mais se elevar, assim como a própria divindade não encontrou meios de se
rebaixar mais por nós do que aceitando a natureza do homem, com a fraqueza da carne,
até à morte da cruz. Assim como foi predestinado o Único para ser nossa Cabeça, assim
também, embora muitos, nós somos predestinados para sermos seus membros. Calem-se
aqui os méritos humanos, mortos por Adão, e reine aquela que reina, a graça de Deus
por Jesus Cristo, nosso Senhor, único Filho de Deus, um só Senhor. Quem quer que
encontre em nossa Cabeça méritos anteriores àquela singular geração, busque em nós,
seus membros, os méritos precedentes à múltipla regeneração.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


REFLEXÃO PATRÍSTICA 05/07/12

Homilia aos neófitos sobre o Salmo 41, de São Jerônimo, presbítero

(CCL 78,542-544)

(Séc.V)

Entrarei no lugar do admirável tabernáculo

Como o cervo deseja as fontes das águas, assim minha alma te deseja, ó Deus. Como
aqueles cervos desejam as fontes das águas, assim os nossos cervos que, afastando-se do
Egito e do século, afogaram o faraó em suas águas e mataram todo o seu exército no
batismo, depois da morte do diabo, desejam as fontes da Igreja, isto é, o Pai, o Filho e o
Espírito Santo.

Que o Pai seja dito fonte, encontramos em Jeremias: Afastaram-me a Mim, fonte de
água viva, e cavaram para si cisternas rachadas que não podem reter as águas. Sobre o
Filho, lemos em certo lugar: Abandonaram a fonte da sabedoria. E sobre o Espírito
Santo: Quem beber da água que eu lhe der, dele brotará uma fonte de água que jorra
para a vida eterna, que logo o Evangelista explica tratar-se do Espírito Santo nesta
palavra do Salvador. Prova-se assim claramente que as três fontes da Igreja são o
mistério da Trindade.

A esta Trindade aspira o fiel, aspira o batizado que diz: Minha alma tem sede de Deus,
fonte viva. Não quer ver a Deus apenas de leve, mas com todo o ardor, todo abrasado
em sede. Com efeito, antes do Batismo, os futuros cristãos falavam entre si e diziam:
Quando irei e me apresentarei diante da face de Deus? Agora obtiveram o que pediam:
vieram e ficaram diante da face de Deus, apresentaram-se ante o altar, perante o
mistério do Salvador.

Admitidos no Corpo de Cristo e renascidos na fonte da vida, proclamam com confiança:
Entrarei no lugar do admirável tabernáculo, até a casa de Deus. A casa de Deus é a
Igreja, é ela o admirável tabernáculo, nele mora a voz da exultação e do louvor, o ruído
dos convivas.

Dizei, portanto, vós que agora, guiados por nós, vos revestistes de Cristo, fostes
retirados pela palavra de Deus do mar deste mundo como um peixinho preso pelo anzol.
Em nós, porém, a natureza se transformou, pois enquanto os peixes morrem, quando
retirados das águas, a nós os apóstolos nos tiraram e pescaram do mar deste mundo para
que de mortos passemos a vivos. Enquanto estávamos no século, com os olhos nas
profundezas, nossa vida se passava no lodo. Depois de erguidos das ondas, começamos
a ver o sol, começamos a olhar a verdadeira luz; e deslumbrados pela imensa alegria
 dizemos a nossa alma: Espera em Deus porque o louvarei, a ele, salvação de minha
face e meu Deus.

quarta-feira, 4 de julho de 2012


Noticias do JAD de Araçai 



O JAD de Araçai foi responsável pela animação das novenas e terços no mês de maio todos os dias e nos encontros  fortes da Paróquia está sempre animando.
Estamos realizando apresentações na missa com  dança e peça teatral. O grupo está maravilhoso.






Rezem por nós.

















Irmã Rosilene FDC

Províncias: “São José“ – “Santa Maria” – “Santíssima Trindade” = Província “Sagrada Família”

Pela primeira vez, nos 144 anos de história da nossa Congregação, devido o decrescente número das Irmãs nos USA, as nossas três Províncias tornaram-se uma só Província. Depois de quatro anos de preparação, as três Províncias americanas: “São José” (fundada em 07.12.1920), “Santa Maria” (fundada em 25.09.1950) e “Santíssima Trindade” (fundada em 19.06.1972), no dia 03 de janeiro/2012, pela Superiora Geral Irmã Lucyna Mroczek, foi canonicamente ereta a Província “Sagrada Família”.
A Superiora Geral presidiu o primeiro Capítulo Provincial, que se desenvolveu de 03 a 06 de janeiro/2012, no qual se reuniram os Governos Provinciais das três Províncias em função até aqui e as delegadas das três Províncias. Participou deste evento, a Irmã M. Josefa Rapatz, como Conselheira Geral da Região 1. O ato canônico da ereção da nova Província desenvolveu-se após a Santa Missa celebrada pelo Pe. Patrick McSherry, OFMCap. Ele acompanhou o Capítulo Provincial como capelão e tradutor para o italiano-inglês, oferecendo ótima assistência espiritual.  A moderadora do Capítulo, a Irmã Patricia Flynn, já havia orientado alguns encontros de preparação para este Capítulo, assim ela já tinha conhecimento das capitulares.
A Superiora Geral nomeou como Superiora Provincial, a Irmã M. William McGovern. Como Conselheiras Provinciais foram eleitas pelo Capítulo Provincial:
Irmã M. Josita DiVita -  1ª Conselheira. Provincial
Irmã M. Hyacinthe Vamos – 2ª Conselheira Irmã M. Antoinette Luin, 3ª Conselheira Provincial
Irmã Mary Coffelt, 4ª Conselheira Provincial.
A Superiora Provincial nomeou:
Irmã M. Regina Gegić como Secretária Provincial
Irmã M. Charlotte Gulban como Ecônoma Provincial.
Irmã Mary Coffelt foi nomeada também a mestra das noviças.

Irmã Lucyna Mroczek - Superiora Geral,
Irmã Mary Coffelt,
Irmã M. Hyacinthe Vamos,
Irmã M. Josita DiVita,
Irmã M. William McGovern - Superiora Provincial, Irmã M. Josefa Rapatz - Conselheira Geral.
Acompanhemos, com a nossa oração, o novo Governo Provincial e todas as Irmãs. A Sagrada Família queira guiar o Governo Provincial no seu serviço e nas decisões, bendizer todas as comunidades e cada Irmã da nova Província e enviar-lhes muitas e novas vocações.
Irmã M. Josefa Rapatz, FDC,
Conselheira Geral

Responsável pela versão italiana:
Irmã Bernarda Horvat, FDC


Tradução do italiano: Ir. Mª Dulce Adams, FDC
Revisão: Irmã M. Salete Wagner, FDC 

Peregrinação de agradecimento
ao túmulo  
da Madre Fundadora

A consciência da própria pequenez e da grandeza dos inumeráveis dons de Deus, unidas à gratidão e à responsabilidade de ter recebido tudo, foram as importantes características da nossa Fundadora, a Serva de Deus Madre Francisca Lechner. Com grande zelo ela sempre convidava as Irmãs a serem reconhecidas pela graças recebidas. Obedientes a este seu desejo, também nós, 40 Irmãs, duas noviças e três candidatas da Província “Divina Providência”, com a nossa Superiora Provincial Irmã M. Elvira Tadić e as Conselheiras, no dia 24 de março/2012, fizemos a peregrinação de agradecimento a Viena e a Breitenfurt.
Iniciamos a nossa viagem com a oração das Laudes, incluindo as seguintes intenções: gratidão pela beatificação das Mártires do Drina, gratidão pela chegada da Madre Fundadora em nossos países, há 130 anos, súplicas para que o nosso Capítulo Provincial seja abençoado e por novas vocações.
Durante a viagem foi lido, para todas, textos da biografia da Madre Fundadora, referentes à fundação da nossa Congregação e dos últimos dias da sua vida e morte. Escutando e meditando a sua vida sentimos a sua presença e ouvimos, outra vez, a sua exortação: seguir Cristo como ela o fez - em modo total, plenas de confiança na Providência Divina, sensíveis às necessidades dos pobres.
Nossa primeira meta foi a Casa Mãe onde nos acolheram afetuosamente a Irmã M. Emanuela Cermak, Superiora Provincial da Província Austríaca e outras Irmãs. Visitamos a casa e a igreja, com a ótima e incansável guia, a Irmã Nicolina Hendges. Passando no meio destes lugares caros podíamos quase “ouvir” as inumeráveis orações, preocupações, esperanças e alegrias da Madre e das suas primeiras filhas.
Visitamos também o “Marienanstalt”, na Fasangasse, onde as Irmãs nos acolheram com alegria. Na sua capela a Irmã Magna Andre e Irmã M. Praxedis Reisenbauer, nos apresentaram a história da casa, da escola e do internato. Hoje a escola tem como sua particular protetora, a beata Irmã M. Berchmana Leidenix. Mesmo que ali (nesta casa) não tem mais um numeroso grupo de Irmãs, como foi no passado, a sua presença faz com que ali esteja vivo o espírito da Madre Francisca, que unida a Irmã M. Berchmana vela sobre as Irmãs, professores e alunos.
Prosseguimos para o ponto culminante da nossa peregrinação: Breitenfurt e o túmulo da Serva de Deus Madre Francisca. Perto do convento iniciamos a procissão em direção ao cemitério das Irmãs recitando o rosário e portando uma grande vela com a imagem da  Madre Francisca de um lado e a imagem das Beatas Mártires do Drina do outro. Reunidas em torno da tumba da nossa Madre escutamos a Palavra de Deus e depois fizemos orações pela Congregação e a Província, pelas novas vocações, pelas nossas famílias, amigos, benfeitores,… Em silêncio confiamos à Madre as nossas preocupações, os nossos desejos, as nossas esperanças. Ainda se da sua morte nos separam 118 anos, nos sentíamos na presença de uma grande e forte mulher, louvada pela Sagrada Escritura, que escutou atentamente a voz de Deus e corajosamente seguiu as Suas inspirações. Fundando a nossa Congregação ela nos deu uma grande família espiritual, a identidade e o sentido de pertença.
Reforçadas por esta experiência spiritual com a Fundadora e coma s Irmãs da comunidade “São José”, em Breitenfurt, fomos à casa onde morreu a Madre Francisca. É difícil descrever as emoções que invadiram a nossa alma ao olharmos o quarto no qual a Madre viu o cumprimento da sua aspiração: o encontro com Aquele que a amou mais do que tudo e ao Qual doou toda a sua vida. Creio que a última manhã da sua vida, no terraço desta casa, recordou-se com gratidão de todas as graças de Deus e que rezou por todas as suas filhas espirituais - também por nós que hoje a recordamos nestes santos lugares.
Retornamos a Zagábria plenas de belíssimas experiências e recordações, com renovado zelo para viver fielmente o carisma e a sequela de Cristo. Peçamos a intercessão da Madre Francisca em todas as nossas necessidades e agradecemos ao Senhor pela sua vida e pelo seu espírito missionário que conduziu a ela e as suas filhas espirituais ao nosso país. Depois desta peregrinação rezaremos com mais consciência e alegremente: Para mim a sorte caiu em lugares deliciosos, maravilhosa é minha herança” (Sal 16,6), não esquecendo a responsabilidade de cuidar a herança e de transmiti-la às gerações futuras.
Irmã Ivana Margarin, FDC

os passos
da Madre Fundadora
e das Beatas  Irmãs Mártires
Beatas Mártires do Drina apresentadas durante as “Jornadas dos Santos e Beatos croatos”
Dia 26.01.2012, na igreja Santa Ana, em Križevci (Croácia), com um programa espiritual, literário e musical dedicado às Beatas Mártires do Drina, com a Santa Missa e a inauguração da Mostra das obras dos pintores croatos - de “Santos e Beatos do povo Croato” - tiveram início, pela quarta vez, as “Jornadas dos Santos e Beatos croatos”. As nossas Irmãs de Križevci, de Granešina e da Zagábria, por meio de imagens, palavras e cantos apresentaram a vida e o martírio das nossas coirmãs Beatas.  A celebração eucarística foi presidida pelo Rev. Pe. Pavo Jurišić, postulador da causa da beatificação do arcebispo Josip Stadler e concelebraram quatro sacerdotes, entre os quais o pároco de Veliki Grđevac - lugar de proveniência da beata mártir Irmã M. Bernadeta Banja.
No início da Santa Missa o Rev. Pe. Jurišić manifestou a alegria em poder falar sobre as Beatas Mártires do Drina porque sabe do quanto o arcebispo Stadler era ligado à Congregação das Filhas do Amor Divino. Na homilia ele colocou o acento sobre o incansável testemunho das Mártires quanto à sua pertença a Cristo até o derramamento de sangue, o que para todos nós é exemplo e encorajamento.
Irmã Ružica Golik, FDC