domingo, 23 de setembro de 2012

ESPECIAL 1 Ano Beatificação Mártires do Drina (1)


História e Martírio

Com a guerra, em 1939, os trabalhos aumentaram e as Irmãs continuavam a testemunhar o amor cristão, à luz do seu carisma. Com dedicação cuidavam os doentes, socorriam os pobres, os mendigos e refugiados que vinham das montanhas dos arredores, alimentavam as crianças da Escola Estatal, adjacente ao Convento, e atendiam a todos sem distinção de crença ou de nacionalidade.
Ao término da guerra, em abril de 1941, com a proclamação do Estado Independente da Croácia, surge uma forte rebelião dos “cetnici”, (sérvios) contra o estado fundado. Segundo sua ideologia antirreligiosa e anticatólica, todos os católicos - sobretudo os sacerdotes e irmãs - deveriam ser eliminados, sem piedade. Por isso, a partir de 1941, era perigoso viver em Pale. Diante das sugestões de abandonar o povo, elas decidiram permanecer, no meio dele, para compartilhar sua sorte e continuar a testemunhar-lhe o Amor Divino.
No dia 11 de dezembro de 1941, os “cetnici”  invadiram o Convento, capturaram as cinco Irmãs, saquearam e incendiaram o Convento. Então, elas foram obrigadas a marchar, durante 04 dias, pelos caminhos da montanha Romanija, com frio e na neve, sem veste adequada, com interrogatórios, ameaças e ofensas, até  Goražde, cerca de 65km. Irmã Berchmana, com 76 anos, não podendo prosseguir, foi levada a Sjetlina e morta no bosque, dia 23 de dezembro.
As outras quatro Irmãs chegaram a Goražde, na tarde de 15.12,  e foram levadas à caserna (casa de soldados militares), próxima ao rio Drina. À noite, os “cetnici”  invadiram o seu quarto, com intenção de violentá-las, pediram que renunciassem à Vida Religiosa, garantindo-lhes a vida e prometendo trabalho e graduação militar. Elas, porém, resistiram fortemente e declararam que estavam prontas a morrer antes de trair a Deus e a própria consagração. Neste interim, Irmã Jula, para evitar o estupro, abriu a janela e convidou as coirmãs a segui-la. Com a invocação: “Jesus, salva-nos!”, lançou-se no vazio e as outras três fizeram o mesmo.
Os “cetnici”, sentindo-se derrotados, desceram a escada. Com raiva e ódio feriram as Irmãs, uma após outra, com muitíssimas facadas. Depois, chutaram seus corpos até as margens do rio Drina. Um soldado, também ferido por este grupo, viu como cada uma delas, antes de morrer, fez o sinal da cruz. A familia de Anto Baković, onde depois do massacre, os “cetnici”  lavaram as facas ensanguentadas, foi  testemunha auricular de todo o ocorrido.

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