segunda-feira, 19 de março de 2018

O culto a São José


Segundo a tradição católica, celebrava-se a festa de São Jose já no século IV, no templo que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, mandou construir no lugar do Presépio de Belém, na capela dedicada a São José que existe ainda hoje naquele lugar, dentro da Basílica da Natividade em Belém.
Há também tradições do século V de festa comemorando a fuga da Sagrada Família para o Egito. O nome de São Jose aparece pela primeira vez mencionada em 19 de março nos martirológios de Reims. Pela primeira vez esta festa foi celebrada pelos beneditinos de Abadia de Winchester no ano 1030. O Papa Bento XIV afirma que em 1124 em Bolonha, na Itália, se comemorava solenemente a festa de São José. No século XV, Gerson, o grande teólogo chanceler da universidade de Sorbone, pediu no Concílio de Constança (1417) uma festa em honra de São José e Maria. Em 1621 o Papa Gregório XV incluiu a festa entre as de preceito. Em 1651 a festa foi fixada em 19 de março. (GPSJ, p. 106)
São José recebe um culto especial da Igreja (prot-dulia); duas festas lhe são celebradas: 19 de março – Esposo da Virgem Maria; e 1º de maio – São José Operário. A festa de 19 de março normalmente cai no meio da Quaresma, então, a Igreja, abre neste dia uma exceção litúrgica e celebra com paramentos brancos a festa do glorioso pai de Jesus Cristo. É um dia da Quaresma que a Igreja retira o roxo.
A Igreja, antes de canonizar um Santo, faz um longo e cuidadoso exame de sua vida, e exige provas evidentes de sua santidade. Não faltam, porém, Santos constituindo exceção a essa regra, entre os quais São José.
“José era um homem justo”. Estas palavras encerram o exame, as provas e todo o processo de canonização. De fato, como os escritos dos Evangelistas são palavras de Deus, segue-se que José foi proclamado justo, isto é, santo, pelo próprio Deus.
A Igreja, para assegurar os fiéis a respeito de sua santidade, não fez mais que repetir-lhes as palavras inspiradas por Deus a São Mateus. A Igreja o fez desde os primeiros anos de sua existência; ao ler e explicar o Evangelho, porém, durante oitocentos anos aproximadamente, limitou-se ao que escrevera a seu respeito e não propunha publicamente a admiração e veneração dos cristãos, nem com festas, nem com funções solenes, nem com livros, como atualmente.
Naqueles tempos, a Igreja visava, antes de tudo, estabelecer profundamente na alma dos fiéis a fé em Cristo e propaga-la entre os hebreus e gentios. Por isso, devia insistir sobretudo nas verdades fundamentais da fé, esperando tempos mais adequados e tranquilos para as partes integrantes e acessórias.

Prof. Felipe Aquino

Nenhum comentário:

Postar um comentário