quinta-feira, 11 de maio de 2017

Papa: para compreender a fé, devemos estar sempre em caminho

O Povo de Deus está sempre em caminho para aprofundar a fé: foi o que disse o Papa na missa celebrada na manhã desta quinta-feira, 11 na capela da Casa Santa Marta.
A homilia foi centralizada na Primeira Leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, em que São Paulo fala da história da salvação desde que o Povo de Israel saiu do Egito até Jesus.
“A salvação de Deus – disse o Papa – está em caminho rumo à plenitude dos tempos, “um caminho com santos e pecadores”. O Senhor “guia o seu povo, com momentos bons e momentos ruins, com liberdade e escravidão; mas guia o povo rumo à plenitude”, rumo ao encontro com o Senhor. No final, portanto, está Jesus. Todavia, observou o Papa, “não acaba ali”. De fato, Jesus “deixou o Espírito”. E justamente o Espírito Santo “nos faz recordar, nos faz entender a mensagem de Jesus: começa um segundo caminho”. A Igreja vai avante assim, disse ainda Francisco, com muitos santos e pecadores; entre graça e pecado”.

Escravidão e pena de morte eram aceitas, hoje são pecado mortal

Este caminho, prosseguiu, é necessário “para entender, para aprofundar a pessoa de Jesus, para aprofundar a fé” e também para “entender a moral, os Mandamentos”. E o que no “passado parecia normal, que não era pecado, hoje é considerado pecado mortal”:
“Pensemos na escravidão: quando íamos à escola, nos diziam o que os escravos faziam, eram trazidos de um lugar, vendidos em outro, na América Latina se vendiam, se compravam … É pecado mortal. Hoje dizemos isso. Mas então se dizia: ‘Não’. Ou melhor, alguns diziam que era permitido, porque essas pessoas não tinham alma! Mas era preciso ir adiante para entender melhor a fé, para entender melhor a moral. ‘Ah, Padre, graças a Deus que hoje não existem mais escravos!’. E existem ainda mais!… mas pelo menos sabemos que é pecado mortal. Fomos para frente: o mesmo com a pena de morte que era normal, uma vez. E hoje dizemos que a pena de morte é inadmissível”.

O povo de Deus está sempre em caminho

O mesmo vale para as “guerras de religião”. Em meio a este “esclarecimento da fé”, “esclarecimento da moral”, retomou o Papa, “existem os santos, os santos que todos conhecemos e os santos escondidos”. A Igreja “está cheia de santos escondidos” e “esta santidade é que nos leva para frente, rumo à segunda plenitude dos tempos, quando o Senhor virá, no final, para ser tudo em todos”. Foi assim que o “Senhor Deus quis se mostrar para o seu povo: em caminho”:
“O povo de Deus está em caminho. Sempre. Quando o povo de Deus para, se torna prisioneiro numa estrebaria, como um burro, ali: não entende, não vai para frente, não aprofunda a fé, o amor, não purifica a alma. Mas há outra plenitude dos tempos, a terceira. A nossa. Cada um de nós está em caminho rumo à plenitude do próprio tempo. Cada um de nós chegará ao momento do tempo pleno e a vida acabará e deverá encontrar o Senhor. E este é o nosso momento. Pessoal. Que nós vivemos no segundo caminho, a segunda plenitude dos tempos do povo de Deus. Cada um de nós está em caminho. Pensemos nisso: os apóstolos, os pregadores, os primeiros, tinham necessidade de fazer entender que Deus amou, escolheu, amou o seu povo em caminho, sempre”.
“Jesus – prosseguiu Francisco – enviou o Espírito Santo para que pudéssemos ir em caminho” e é justamente “o Espírito que nos impulsiona a caminhar: esta é a grande obra de misericórdia de Deus” e “cada um de nós está em caminho rumo à plenitude dos tempos pessoal”. O Papa então destacou que é preciso se questionar se acreditamos que “a promessa de Deus era em caminho” e que ainda hoje a Igreja “está em caminho”.
Confessar-se é um passo no caminho rumo ao encontro com o Senhor
Quando nos confessamos, também devemos nos perguntar se, além da vergonha pelos nossos pecados, compreendemos que “aquele passo que eu dei é um passo no caminho rumo à plenitude dos tempos”. “Pedir perdão a Deus – advertiu – não é algo automático”:
“É entender que estou a caminho, num povo em caminho e que um dia – talvez hoje, amanhã ou daqui 30 anos – me encontrarei cara a cara com aquele Senhor que jamais nos deixa sós, mas nos acompanha neste caminho. Pensem nisso: quando me confesso, penso nessas coisas? Que estou em caminho? Que é um passo rumo ao encontro com o Senhor, rumo à minha plenitude dos tempos? E esta é a grande obra de misericórdia de Deus”.

segunda-feira, 8 de maio de 2017



Vaticano divulga oração que o Papa vai fazer na Capelinha das Aparições

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 8 maio 2017).- O Vaticano divulgou hoje a oração que o Papa vai fazer na Capelinha das Aparições, a 12 de maio, na sua primeira intervenção pública em Fátima.

Salve Rainha,
bem-aventurada Virgem de Fátima,
Senhora do Coração Imaculado,
qual refúgio e caminho que conduz até Deus!
Peregrino da Luz que das tuas mãos nos vem,
dou graças a Deus Pai que,
em todo o tempo e lugar,
atua na história humana;
peregrino da Paz que neste lugar anuncias,
louvo a Cristo, nossa paz,
e para o mundo peço a concórdia
entre todos os povos;
peregrino da Esperança que o Espírito alenta,
quero-me profeta
e mensageiro para a todos lavar os pés,
na mesma mesa que nos une.
Salve Mãe de Misericórdia,
Senhora da veste branca!
Neste lugar onde há cem anos
a todos mostraste
os desígnios da misericórdia do nosso Deus,
olho a tua veste de luz
e, como bispo vestido de branco,
lembro todos os que,
vestidos da alvura batismal,
querem viver em Deus
e rezam os mistérios de Cristo
para alcançar a paz.
Salve, vida e doçura,
Salve, esperança nossa,
ó Virgem Peregrina, ó Rainha Universal!
No mais íntimo do teu ser,
no teu Imaculado Coração,
vê as alegrias do ser humano
quando peregrina para a Pátria Celeste.
No mais íntimo do teu ser,
no teu Imaculado Coração,
vê as dores da família humana
que geme e chora neste vale de lágrimas.
No mais íntimo do teu ser,
no teu Imaculado Coração,
adorna-nos do fulgor de todas
as joias da tua coroa
e faz-nos peregrinos como peregrina foste Tu.
Com o teu sorriso virginal
robustece a alegria da Igreja de Cristo.
Com o teu olhar de doçura
fortalece a esperança dos filhos de Deus.
Com as mãos orantes que elevas ao Senhor
a todos une numa só família humana.
Ó clemente, ó piedosa,
ó doce Virgem Maria,
Rainha do Rosário de Fátima!
Faz-nos seguir o exemplo dos Bem-
aventurados Francisco e Jacinta,
e de todos os que se entregam
à mensagem do Evangelho.
Percorreremos, assim, todas as rotas,
seremos peregrinos de todos os caminhos,
derrubaremos todos os muros
e venceremos todas as fronteiras,
saindo em direção a todas as periferias,
aí revelando a justiça e a paz de Deus.
Seremos, na alegria do Evangelho,
a Igreja vestida de branco,
da alvura branqueada no sangue do Cordeiro
derramado ainda em todas as guerras
que destroem o mundo em que vivemos.
E assim seremos, como Tu,
imagem da coluna luminosa
que alumia os caminhos do mundo,
a todos mostrando que Deus existe,
que Deus está,
que Deus habita no meio do seu povo,
ontem, hoje e por toda a eternidade.
Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.
Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas
que o Pai revela aos pequeninos.
Mostra-nos a força do teu manto protetor.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.
Unido aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a Ti me entrego.
Unido aos meus irmãos, por Ti,
a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.
E, enfim, envolvido na Luz
que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor
pelos séculos dos séculos.
Amem.




Semana Ecumênica dos Focolares: caminhando juntos. Cristãos em direção à unidade 

De 9 a 13 de maio de 2017, em Castelgandolfo (Roma), com a participação de cerca 700 cristãos de 70 Igrejas e Comunidades Eclesiais 

(ZENIT – Roma. 8  maio 2017).- A unidade entre as Igrejas necessita de heróis, heróis na fé, heróis diante da história, tem necessidade de heróis na espiritualidade que têm um espírito humilde”, são palavras do PapaTawadros II, em Alexandria, no Egito, por ocasião da primeira jornada da amizade da Igreja Copta Ortodoxa e a Igreja Católica, realizada em 2015.
Essas palavras encontraram ressonância, no discurso do Papa Francisco, durante a sua recente viagem ao Cairo: “Diante do Senhor, que nos deseja ‘perfeitos na unidade’, não é mais possível esconder-nos nos pretextos de divergências interpretativas e nem mesmo esconder-nos atrás de séculos de história e de tradições que nos distanciaram e nos tornaram desconhecidos”, e invoca a “comunhão já efetiva que cresce a cada dia”, os frutos misteriosos e sempre atuais de “um verdadeiro e real ecumenismo de sangue”, a importância de “um ecumenismo que se constrói na caminhada… Não existe um ecumenismo estático.
Esta é também a convicção de cristãos de muitas Igrejas, que vivem a espiritualidade da unidade do Focolare, fundamentados em uma experiência que prossegue há décadas.
E na atual corrente ecumênica – na qual, em primeiro lugar, estão os gestos, as palavras e as declarações assinadas por responsáveis das Igrejas, mas, também, iniciativas de cristãos em diversas regiões do globo – se insere a 59ª Semana Ecumênica (Castel Gandolfo, Roma, 9/13 de maio de 2017), que reunirá cerca 700 cristãos e 70 Igrejas e Comunidades Eclesiais, provenientes de 40 países.
Serão dias de partilha, de espiritualidade, de reflexão, de vida comunitária: uma “Mariápolis ecumênica”, como muitos já gostam de denominar tal convivência, que se apresenta como um novo passo no “diálogo da vida” e no “ecumenismo de povo.
De fato, é no “diálogo da vida” que Chiara Lubich via a contribuição típica da espiritualidade da unidade na plena e visível comunhão entre as Igrejas: é necessário “um povo ecumenicamente preparado”. Tendo conhecimento dos muitos passos ainda a serem dados e no respeito entre todas as Igrejas, se buscará aprofundar o patrimônio comum que já une todos.
O título “Caminhando Juntos. Cristãos em direção à unidade” será aprofundado por meio de um tema central da espiritualidade da unidade: Jesus crucificado e abandonado, o Deus do nosso tempo, fundamento para uma espiritualidade de comunhão. Serão alternados momentos de reflexão, de diálogo e de testemunho de diversos lugares do mundo.
Na caminhada atual, após 500 anos da Reforma de Lutero, entre os vários palestrantes está o bispo Christian Krause, ex-presidente da Federação Luterana mundial, o reverendo Dr. Martin Robra, do Conselho Ecumênico das Igrejas de Genebra, o bispo Brian Farrell, secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares.
Um momento particular está confiado a S. E. Gennadios Zervos, Metropolita da Itália e de Malta, cujo tema é: “50 anos do primeiro encontro de dois protagonistas do diálogo: Patriarca ecumênico Atenágoras I e Chiara Lubich.
O programa prevê também a participação na audiência geral com o Papa Francisco na Praça São Pedro, a visita às Basílicas São Pedro e São Paulo Fora dos Muros, e a oração comum nas catacumbas de S. Domitila e S. Sebastião.
Esta 59ª Semana Ecumênica deseja ser também expressão do renovado empenho ecumênico dos Focolares expresso na recente Dichiarazione di Ottmaring, que explicita também uma promessa: fazer todo o possível “para que as nossas atividades, iniciativas e reuniões, no âmbito internacional e, especialmente, local, sejam impregnadas desta atitude aberta e fraterna entre os cristãos… confiando a Deus o caminho das nossas Igrejas para que se acelerem os passos em direção à celebração comum no único cálice. 

Fátima: apresentadas imagens oficiais dos novos Santos



(ZENIT – Roma, 8 de maio 2017).- O retrato oficial dos mais jovens santos não-mártires da Igreja Católica, Francisco e Jacinta Marto, hoje apresentados em Fátima, tem por base as fotografias utilizadas na beatificação em 2000, com uma formulação plástica que mostra a psicologia dos dois santos, nas palavras da Postuladora da Causa de Canonização de Francisco e Jacinta Marto.
“Jacinta olha de frente para o observador, em atitude de interpelação; Francisco ergue os olhos ao alto, apontando para uma atitude eminentemente contemplativa”, refere a nota da Postulação sobre as imagens, encomendadas à pintora Sílvia Patrício, e que vão estar colocadas na fachada da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima para a cerimónia de canonização.
Em relação à fotografia de 1917 que está na base das duas imagens de São Francisco Marto e de Santa Jacinta Marto, as vestes apresentam-se coloridas, a partir de uma pesquisa etnográfica feita pela autora.
Na fachada da Basílica, a colocação dos dois videntes é também diferente: primeiro surge Jacinta Marto, “como primeira anunciadora dos acontecimentos de Fátima”.
Com o terço nas mãos e a candeia como atributos mais claros destes santos, a autora das imagens incluiu em cada auréola (que representa a santidade), em formato de peça de ourivesaria símbolos diferenciados: na de Francisco a silhueta do Anjo de Fátima e as espécies eucarísticas, enquanto a de Jacinta mostra as figuras do Papa e da Virgem Maria, representada com o seu Coração Imaculado.
O padre Carlos Cabecinhas precisou que as imagens pretendem transmitir “traços da santidade” dos dois pastorzinhos, motivo pelo qual não se recorreu a fotografias, ao contrário do que aconteceu em 2000.

“Rezemos o Rosário pela paz”



“Neste mês de maio, rezemos o Rosário especialmente pela paz, como pediu a Virgem em Fátima, onde irei em peregrinação dentro de poucos dias, por ocasião do centenário da primeira aparição”, disse o Papa Francisco, antes de rezar o Regina Caeli, neste domingo, 7 de maio, 2017, na Praça São Pedro. O Papa Francisco recordou também a festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia que hoje (08/05), se celebra, com a Súplica à Virgem Maria escrita pelo beato Bartolo Longo.

*Beatificações em Espanha - O Papa Francisco falou das beatificações, em Gerona, Espanha, de Antonio Arribas Hortigüela e seis companheiros, religiosos da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração: “Estes fiéis e heroicos discípulos de Jesus, foram mortos por ódio à fé em tempos de perseguição religiosa. ” “Que o seu martírio, aceito por amor de Deus e pela fidelidade à sua vocação, desperte na Igreja o desejo de testemunhar com coragem o Evangelho da caridade”, desejou o Papa.

Ele também elogiou a associação “Meter”, que se opõe a todas as formas de abuso infantil: “Muito obrigado pelo vosso empenho na Igreja e na sociedade; continuai sempre em frente com coragem! ” Disse o Papa. E a todos, o Papa desejou “um bom domingo”, pedindo para que “não se esqueça de rezar” por ele.


Regina Coeli: “A maravilhosa experiência de sentir-se amado por Jesus”

O Papa Francisco chama os batizados para experimentar “a maravilhosa experiência de sentir-se amado por Jesus, pois para Ele nunca somos estranhos, mas amigos e irmãos”. Antes da oração mariana do Regina Coeli, e dirigindo aos 25.000 fiéis e peregrinos, o Papa Francisco comentou o Evangelho deste domingo, dito do “bom pastor”.
O Papa emitiu um convite a « não racionalizar demasiado a fé » e a « cuidar da sua dimensão espiritual e afetiva ».
“Jesus se apresenta com as imagens de pastor e porta do redil, que se complementam », disse o Papa: « Jesus (…) manifesta uma relação de familiaridade com as ovelhas, expressa através da voz com a qual as chama, e que elas reconhecem e seguem. Ele as chama para levá-las para fora, às pastagens verdes onde encontram boa comida. »
« Cristo, Bom Pastor, tornou-se a porta da salvação da humanidade, pois ele ofereceu a vida pelas suas ovelhas”, explicou o Papa. Ele enfatizou que “Jesus, bom pastor e porta das ovelhas, é um chefe cuja autoridade se exprime no serviço, um chefe que para mandar, dá a vida e não pede aos outros para sacrificá-la. Em um chefe assim pode-se confiar, como as ovelhas que ouvem a voz do seu pastor, porque sabem que com ele vai-se a pastagens boas e abundantes. “Mais O Papa reconheceu que “nem sempre é fácil distinguir a voz do bom pastor”: “Estejam atentos: há sempre o perigo do ladrão, do salteador e o falso pastor. Há sempre o risco de se distrair com o ruído de muitas outras vozes. Hoje somos convidados a não nos deixarmos enganar pelas falsas sabedorias deste mundo, mas a seguir Jesus, o Ressuscitado, como o único guia seguro que dá sentido à nossa vida. ”
“Neste Dia Mundial de oração pelas vocações sacerdotais, invoquemos a Virgem Maria para que acompanhe os dez novos sacerdotes e venha em auxílio daqueles que Ele, o Senhor, chama para que estejam prontos e generoso em seguir a sua voz”, concluiu o Papa.

Ordenação de 10 novos sacerdotes: “Sempre ser misericordiosos” 

“Não clérigos de estado, mas pastores do Povo de Deus”
“Sempre ser misericordioso, sempre”: o Papa Francisco presidiu à missa de ordenação de 10 novos sacerdotes, na basílica de São Pedro, neste IV domingo de Páscoa, “do Bom Pastor”, e Dia Mundial de Oração pelas vocações: 10 sacerdotes entre 26 e 38 anos – seis para a diocese de Roma – sete da Itália, um do México, um do Peru e um do Azerbaijão.
Ele recordou o dever de perdoar do sacerdote: “Em nome de Jesus Cristo, o Senhor e da Santa Igreja, peço-vos para serdes misericordiosos, sempre. Sempre. Não carregueis nos ombros dos fiéis pesos que não podem suportar e que nem vós podeis suportar. Jesus criticou a estes doutores chamando-os “hipócritas”. “Seguindo os passos de Cristo, Bom Pastor, “que não veio para ser servido mas para servir”, ele pediu-lhes para não ser “senhores”, não “clérigos de estado”, mas “pastores do Povo de Deus”.
E acrescentou: “Seja, portanto, alimento para o Povo de Deus a vossa doutrina, simples, como falava o Senhor, que tocava o coração. Não façais homilias demasiado intelectuais, elaboradas, falai com simplicidade, falai aos corações. A vossa palavra seja alegria e apoio para os fiéis de Cristo o perfume da vossa vida, para que com a palavra e o exemplo possais edificar a casa de Deus, que é a Igreja. ”
“A palavra sem exemplo não serve, é melhor voltar para trás, porque a dupla vida é uma doença feia na Igreja”, ressaltou o Papa.
O Papa acrescentou: “Com o óleo santo dareis alívio aos doentes. Uma das tarefas, talvez aborrecida e também dolorosa, ir visitar os doentes – fazei-o vós. Não deixeis de tocar a carne sofredora de Cristo nos doentes: isto vos santifica, vos aproxima de Cristo. ”
O Papa Francisco convidou os novos sacerdotes a ser “alegres, nunca tristes, no serviço de Cristo, mesmo no meio dos sofrimentos, incompreensões e os próprios pecados”.

quinta-feira, 4 de maio de 2017


CNBB denuncia:

PM desarmou indígenas Gamela e em seguida permitiu ataque dos fazendeiros e jagunços


O bispo de Viana (MA), dom Sebastião Lima Duarte, município onde ocorreu o brutal ataque aos indígenas Gamela na tarde do último domingo, (30) denunciou, ao falar em nome da CNBB em entrevista coletiva: “A polícia desarmou os indígenas e em seguida permitiu o ataque dos fazendeiros e jagunços”. A entrevista se deu durante a Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida.

Leia a seguir o relato da situação no Povoado das Bahias, no município de Viana, feito pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da CNBB:

Depois de uma madrugada de tensão pelo receio de novos atos de violência contra as aldeias Gamela, além da angústia sobre o estado de saúde dos feridos no ataque deste domingo, 30, contra a retomada dos indígenas no Povoado das Bahias, município de Viana (MA), informações consolidadas dão conta do massacre envolvendo a amputação de membros do corpo de dois indígenas: cinco baleados, sendo que dois tiveram também as mãos decepadas, e chega a 13 o número de feridos a golpes de facão e pauladas. Não há, até o momento, a confirmação de mortes.

Os dados são parciais: os números de baleados e feridos podem aumentar, e isso se deve ao fato de que os Gamela se espalharam após a investida dos fazendeiros e seus capangas, entre 16h30 e 17 horas. Os criminosos estavam reunidos para atacar os indígenas ao menos desde o início da tarde, nas proximidades do Povoado da Bahias, numa área chamada de Santero, conforme convocação realizada pelas redes sociais e em programas de rádio locais – inclusive com falas de apoio do deputado federal Aluisio Guimarães Mendes Filho (PTN/MA).

Cinco indígenas foram transferidos durante a noite e madrugada para o Hospital Socorrão 2, Cidade Operária, na capital São Luís. Todos baleados em várias partes do corpo e dois chegaram à unidade com membros decepados: um teve as mãos retiradas a golpes de facão, na altura do punho; outro, além das mãos, teve os joelhos cortados nas articulações.

Na manhã de segunda-feira, 1º de maio, Dia dos Trabalhadores, dois Gamela receberam alta: um levou um tiro de raspão na cabeça e teve apenas uma das mãos machucadas e o segundo levou um tiro no rosto e outro no ombro, mas sem prejuízos para os órgãos vitais. Os demais seguem internados: dois em estado grave, correndo risco de morte, e sem alternativa passaram por intervenções cirúrgicas.

“Um deles levou dois tiros, uma bala está alojada na coluna e a outra na costela, teve as mãos decepadas e joelho cortados. O irmão dele levou um tiro no peito. Outro teve as mãos decepadas”, relata integrante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) que esteve com os Gamela hospitalizados em São Luís. Carros de apoiadores dos Gamela, inclusive, tiveram que cuidar da locomoção de feridos pela falta de ambulâncias.

O Governo do Estado do Maranhão, por intermédio das secretarias de Segurança Pública e Direitos Humanos, está informado dos fatos. A Fundação Nacional do Índio (Funai) também foi notificada e a intenção é envolver o governo federal na garantia dos direitos humanos e de proteção aos Gamela – sobretudo porque a avaliação dos indígenas é de que as polícias Militar e Civil são próximas dos principais opositores da pauta do povo, que na região sobre com racismo e preconceito sendo constantemente taxados de falsos índios. (Fonte: Publicado em outraspalavras.net, 01/05/2017).

Viagem a Egito foi sinal de paz para região atribulada pelo terrorismo 

Papa explica na Audiência geral sua recente viagem apostólica


(ZENIT – Cidade do Vaticano, 3 de maio/2017).- O Papa Francisco explicou nesta quarta-feira, durante a Audiência geral, a seu viagem apostólica no Egito, num texto lido em português por um sacerdote:

A recente viagem apostólica no Egito, em resposta ao convite do Presidente da República, do Patriarca Copto Ortodoxo, do Grande Imã de Al-Azhar e do Patriarca Copto católico, teve por objetivo oferecer um sinal de paz para aquela região, atribulada por conflitos e pelo terrorismo.

Daí o lema da viagem: “O Papa da paz num Egito de paz”, que se revestiu de um duplo horizonte na visita à Universidade de Al-Alzhar: o diálogo entre cristãos e muçulmanos e a promoção da paz no mundo. Nesse sentido, a rica história do Egito, inspira o compromisso pela paz, que só é possível por meio da educação e da promoção de um humanismo fundado na Aliança entre Deus e o homem, manifestada nos 10 mandamentos e inscrita no coração de cada ser humano.

Como este fundamento está também na base da construção da ordem social e civil, no encontro com o Presidente da República, lembrou-se a necessidade que prestem a sua colaboração todos os cidadãos, independentemente da sua cultura ou religião.

De modo particular, os cristãos estão chamados a ser fermento de fraternidade. Por isso, a assinatura de uma Declaração comum entre o Patriarca dos Coptos Ortodoxos e o Papa apresentou-se como um forte sinal de comunhão.

Por fim, o encontro com a comunidade católica local, num clima de fé e fraternidade na presença do Senhor Ressuscitado, renovou no coração de cada um o chamado a ser sal e luz para o povo egípcio.

O Santo Padre saudou em italiano os peregrinos de idioma português, os que logo foram traduzidos: “Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial os grupos vindos do Brasil: os membros da família Esperança, da Federação brasileira de Academias de Medicina, bem como os fiéis de Ribeirão Preto, Londrina e Caratinga. Desça sobre vós e vossas famílias a bênção de Deus”.


terça-feira, 2 de maio de 2017

CCRei , em Patos/PB realiza Feira das Profissões


Neves: alunos oram por doentes e familiares durante MISSA PASCAL

"Celebrar a Páscoa é ter a certeza de que tudo passa, menos Jesus". Com essas palavras, o capelão Padre Francisco Motta deu início à Missa Pascal, realizada na ultima terça-feira (25), para os alunos dos ensinos Fundamental II e Médio do turno matutino do Colégio das Neves. 

Em atitude de devoção e fé, os estudantes aproveitaram para rezar pelos familiares e, em especial, pelas pessoas enfermas. O momento contou com a presença de professores e pais dos discentes. Na quarta-feira (26), será a vez do alunato vespertino participar da celebração.

A modéstia santa de José




O nosso mundo é "voyeuriste". Tudo deve se mostrar e tudo deve ser dito permanentemente. O sucesso dos realities shows, o reinado da “extimité” (o que é contrário à intimidade), quando se exibe privacidade e estados de espírito nas redes sociais...
José, de maneira oposta, nos oferece o testemunho da modéstia. Modéstia feita de silêncio, de recato natural, de prudência e de recolhimento. José preserva a privacidade de seu filho adotivo: Jesus. Ele respeita a alteridade de Maria, sua esposa, no mistério de sua concepção virginal e de sua maternidade divina.
Esta modéstia de José não é nem a vergonha, que expressa um desgosto por si mesmo, nem a pudicícia, a dissimulação ou o puritanismo que afetaria um decoro, um recato altivo, orgulhoso. A modéstia de José é a garantia do mistério que floresce nele, o mistério de sua própria eleição. Ela é a mortificação dos sentidos, o antídoto da vaidade, a fonte de sua castidade, o retiro para suas orações. Há algo na Sagrada Família que jamais será totalmente cognoscível e controlável. Uma parte do segredo que reivindica um afastamento, no qual se aninham, e a liberdade de Deus, que o chama, e a liberdade da resposta: o Amém de Jesus e o Fiat de Maria.

 

Agentes da Pastoral da Saúde participam de atividades na Tenda dos Direitos Sociais

Quer saber quantos procedimentos o Sistema Único de Saúde (SUS) faz por segundo? Já fez o cálculo de sua aposentadoria caso a reforma da previdência seja aprovada pelo atual governo? O Placar BenefiSUS e a Calculadora da Previdência estão na programação da Tenda dos Direitos Sociais, que será aberta hoje, às 14h, no stand 7 no Centro de Convenções, onde acontece o 3º Congresso Brasileiro de Política Planejamento e Gestão em Saúde (Abrasco), com o tema “Estado e Democracia: o SUS como Direito Social”. Estas atividades serão realizadas pelo Projeto Direitos Sociais e Saúde Fortalecendo a Cidadania e a Incidência Política.

A abertura conta com representantes de movimentos sociais, agentes da Pastoral da Saúde, lideranças comunitárias e parlamentares como os vereadores Fernando Lucena, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal e Franklin Capistrano, do presidente do Centro Brasileiro de Estudos (CEBES) Cornelis van Stralen, e da coordenação da Pastoral da Saúde de Natal. Ainda na programação, será lançado o vídeo “Saúde não é favor. É direito”, sobre o projeto que é executado em Natal e em São Paulo. Ainda na parte da tarde, às 16h, será realizado o lançamento do livro “O que é previdência social”, de autoria de Luciano Fazio, no stand da Livraria da Abrasco.

O projeto Direitos Sociais e Saúde existe em Natal há quase dois anos, trabalhando na formação política e cidadã sobre direitos sociais junto a lideranças, agentes da Pastoral da Saúde e militantes que atuam em favor da saúde pública com qualidade e gratuita. Todas as formações abrangem temas diversos mas que perpassam pelo Sistema Único de Saúde e sua importância para a população brasileira.



"Melhor não crer do que ser um crente hipócrita", afirma o Papa  


“Deus aprecia unicamente a fé professada com a vida, porque o único extremismo admitido aos crentes é o da caridade. ” Francisco celebra a missa no Air Defence Stadium da aeronáutica militar. Razões de segurança aconselharam uma área militar bem protegida. Finalmente, ele pode passar em um carro descoberto e se aproximar dos fiéis da pequena Igreja Copta Católica, que chegaram a 30 mil, um número muito elevado, se considerarmos que são apenas 0,3% da população egípcia.
A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada no jornal Corriere della Sera, 30-04-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
“Qualquer outro extremismo não vem de Deus e não agrada a Ele! ” No estádio, há também fiéis muçulmanos e os coptas ortodoxos, um sinal importante. Na sexta-feira, no seu primeiro dia no CairoFrancisco tinha invocado uma “aliança” de todas as religiões contra o fanatismo homicida. E agora concentra a homilia sobre a autenticidade do sentimento religioso: “A verdadeira fé é aquela que nos leva a proteger os direitos dos outros com a mesma força e o mesmo entusiasmo com que defendemos os nossos”. Até exclamar: “Para Deus, é melhor não crer do que ser um falso crente, um hipócrita”.
O testemunho - Um tempo esplêndido, sol e vento seco do deserto. A missa é em latim e em árabe. Para os católicos egípcios, é um dia memorável: “É o dia mais bonito da minha vida. Que o papa traga a paz ao Egito”, diz uma senhora comovida. Na sexta à noite, na nunciatura, onde ele descansou, ele tinha cumprimentado 300 jovens peregrinos que chegaram de todo o país: “Vocês são corajosos”.
É a essas pessoas e ao seu testemunho exemplar que Francisco se dirige, mas as palavras das Bem-aventuranças falam para todas as religiões: “A verdadeira fé é aquela que nos torna mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos; é aquela que anima os corações para levá-los a amar a todos gratuitamente, sem distinção e sem preferências; é aquela que nos leva a ver no outro não um inimigo a derrotar, mas um irmão a amar, a servir e a ajudar; é aquela que nos leva a difundir, a defender e a viver a cultura do encontro, do diálogo, do respeito e da fraternidade; leva-nos à coragem de perdoar quem nos ofende, a dar uma mão a quem caiu; a vestir quem está nu, a saciar o faminto, a visitar o encarcerado, a ajudar o órfão, a dar de beber ao sedento, a socorrer o idoso e o necessitado”.
“Deus detesta a hipocrisia” - Francisco fala em italiano. Um intérprete traduz frase por frase em árabe. A leitura do dia é o relato dos discípulos de Emaús. “Na escuridão da noite mais escura, no desespero mais chocante, Jesus se aproxima deles e transforma o seu desespero em vida, porque, quando desaparece a esperança humana, começa a brilhar a divina. ”
A experiência deles, explica o papa, “nos ensina que não adianta encher os lugares de culto, se os nossos corações estão esvaziados do temor de Deus e da Sua presença; não adianta rezar, se a nossa oração dirigida a Deus não se transforma em amor dirigido ao irmão; não adianta tanta religiosidade se ela não for animada por muita fé e por muita caridade; não adianta cuidar da aparência, porque Deus olha para a alma e o coração, e detesta a hipocrisia”.
A despedida - A despedida aos fiéis egípcios foi no sábado: “Agora, como os discípulos de Emaús, voltem para a Jerusalém de vocês, isto é, para a sua vida cotidiana, para as suas famílias, para o seu trabalho e para a sua cara pátria repletos de alegria, de coragem e de fé. Não tenham medo de abrir o coração de vocês à luz do Ressuscitado e deixem que Ele transforme a incerteza de vocês em força positiva para vocês e para os outros. Não tenham medo de amar a todos, amigos e inimigos, porque, no amor vivido, está a força e o tesouro de quem crê! ”. 

Ação Católica Italiana fez 150 anos

O Santo Padre pediu estar abertos a quem os circunda, no diálogo que se pode planejar um futuro comum


Uns 70 mil membros da Ação Católica Italiana tem participado neste domingo 30 de abril, de um evento pelos 150 anos da associação. O Papa Francisco deu uma volta com o papamóvel pela Praça de São Pedro, onde foi recebido por saudações do Presidente da Ação Católica Italiana, Matteo Truffelli, e pelo aplauso da multidão.
“Uma ocasião única –escrevem os organizadores– para recordar com gratidão a história que nos precedeu, agradecer por este tempo extraordinário que nos é oferecido agora e projetar um futuro ainda mais bonito”,
O Santo Padre pediu estar abertos a quem os circunda: “Busquem sem medo o diálogo com quem vive a seu lado, pensa diferente, mas como vocês, quer a paz, a justiça e a fraternidade. É no diálogo que se pode planejar um futuro comum”, disse.
Francisco começou lembrando o nascimento da ACI, a partir do sonho de dois jovens, Mario Fani e Giovanni Acquaderni: “È uma história bonita e importante de homens e mulheres de todas as idades e condições que apostaram no desejo de viver juntos o encontro com o Senhor, independentemente de sua posição social, preparação cultural e local de proveniência. Com seu esforço e competências, contribuem para construir uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. É uma história de paixão pelo mundo e pela Igreja: figuras luminosas de fé exemplar, que servem o país com generosidade e coragem”.
“No entanto, ter uma história bonita -disse o Papa- não serve para se olhar no espelho ou sentar-se comodamente na poltrona!, ressalvou. “Encorajo vocês a prosseguirem como um povo de discípulos-missionários, como nos ensinaram grandes testemunhas de santidade que marcaram o caminho de sua associação: Giuseppe Toniolo, Armida Barelli, Piergiorgio Frassati, Antonietta Meo, Teresio Olivelli e Vittorio Bachelet”. ¡
“Que a sua pertença à diocese e à paróquia se encarne ao longo das ruas das cidades, dos bairros e dos países. E assim como nos últimos 150 anos, sintam a responsabilidade do serviço à caridade, o engajamento político, a paixão educativa e a participação no debate cultural. Ampliem seus corações, sejam viandantes da fé para acolher, escutar e abraçar todos, especialmente os pobres, aqueles que foram feridos pela vida e se sentem abandonados e buscam abrigo em nossas casas e cidades”.

Papa em Santa Marta: “Um coração fechado não deixa o Espírito Santo entrar”

 “Peçamos a graça que o Senhor abrande os corações endurecidos, fechados na Lei, corações que condenam tudo”. Esta foi a exortação de Francisco na missa celebrada na manhã de terça-feira na Casa de Santa Marta, lembrando que “nos corações” dos algozes de Estevão, primeiro mártir cristão, “não havia lugar para o Espirito Santo”, porque estavam “cheios” de si próprios, das suas leis, de uma mentalidade “autossuficiente” que não admite outra alternativa.
Santo Estêvão é “testemunha de obediência” como Jesus, que obedeceu até o fim. E justamente por isso foi perseguido, disse.
Aqueles que o lapidaram não entendiam a Palavra de Deus; Jesus os chama “teimosos”, “pagãos no coração e nos ouvidos”. O Papa pediu para refletir sobre os vários modos de não entender a Palavra de Deus. Por exemplo, Jesus chama os discípulos de Emaús de “tolos”, porque não entendiam, tinham medo porque não queriam problemas, mas “eram bons”, “abertos à verdade”. E quando Jesus os repreende, deixam entrar suas palavras e seu coração se aquece, enquanto aqueles que lapidaram Estêvão “estavam furiosos”, não queriam ouvir. Este é o drama do “fechamento do coração”.
Francisco recorreu o salmo 94 que retrata a importância de trocar um “coração de pedra por um de carne”, e deu o exemplo dos “discípulos de Emaús”, em comparação com os homens que “apedrejaram Estevão”.
“A Igreja sofre muito, muito por isso: corações fechados, corações de pedra, corações que não querem se abrir, que não querem ouvir; corações que conhecem apenas a linguagem da condenação: sabem condenar, mas não sabem dizer: ‘Explique-me, por que diz isto? Por que isto? Explique-me…’. Não: são fechados, sabem tudo, não precisam de explicações”.
A repreensão que Jesus faz é “Mataram os profetas porque diziam coisas que vocês não gostavam”, recordou Francisco.
“Em seus corações não havia lugar para o Espírito Santo. A Leitura de hoje nos diz que Estêvão, cheio do Espírito Santo, havia entendido tudo: era testemunha da obediência do Verbo feito carne, como feito pelo Espírito Santo. Estava cheio. Um coração fechado, um coração teimoso, um coração pagão que não deixa o Espírito Santo entrar e se sente autossuficiente”.
Os dois discípulos de Emaús “somos nós”, disse o Papa, “com tantas dúvidas, tantos pecados, que tantas vezes queremos nos afastar da Cruz, das provações, mas abrimos espaço para ouvir Jesus que nos aquece o coração”. Jesus disse muito, coisas piores daquelas ditas por Estevão ao outro grupo, aos que são “fechados na rigidez da lei e não querem ouvir”.
Francisco concluiu se referindo ao episódio da adúltera, que era pecadora. “Cada um de nós – afirma – entra em um diálogo entre Jesus e a vítima dos corações de pedra: a adúltera”. Àqueles que queriam lapidá-la, Jesus responde apenas: “Olhem dentro de si”:
“Hoje, olhemos para a ternura de Jesus: testemunha da obediência, Grande Testemunha, Jesus, que deu a vida, nos mostra o carinho de Deus por nós, por nossos pecados e sofrimentos. Entremos neste diálogo e peçamos a graça que o Senhor abrande um pouco o coração destes rígidos, daquelas pessoas que estão sempre fechadas na Lei e condenam tudo o que é fora daquela Lei. Não sabem que o Verbo veio em carne, que o Verbo é testemunho de obediência, não sabem que a ternura de Deus é capaz de transformar um coração de pedra, colocando em seu lugar um coração de carne”.
(Fonte: Vatican Radio)


No mês de maio, tornai-vos Missionários de Maria!
O mês de maio, que está começando, se abre sobre uma atualidade pesada de divisões sociais e políticas em muitas partes do globo; entretanto, o mês de maio também é ─ não esqueçamos ─ o mês de Maria!
Nesta perspectiva, a Association Marie de Nazareth nos propõe fazer deste mês de maio, o grande mês dos Missionários de Maria!
A vocação e a missão de Um Minuto com Maria são a evangelização através de Maria e com Maria, nossa Mãe Universal, para levar de volta a seu Filho todos os seus filhos dispersos. Nós vos propomos, portanto, que vos torneis, onde estiverdes, missionários de Maria!
Por que Missionários de Maria? - São Louis-Maria Grignon de Montfort, autor do famoso Tratado da Verdadeira Devoção a Maria, soube responder magnificamente a esta pergunta!
A obra deste grande apóstolo Mariano, publicada pela primeira vez, em 1843, mas escrita há cerca de 130 anos, foi esquecida e armazenada, anonimamente, entre os arquivos dos Missionários de Saint Laurent sur Sèvres, antes de reaparecer, em meados do século XX.
Marta Robin, de Châteauneuf-de-Galaure, tomou conhecimento de sua obra, em 1928, através de seu Pároco e dos Foyers de Charité (Lares de Caridade), que ela fundou com padre Georges Finet e que tornaram-se, desde então, os principais fornecedores da teologia mariana, segundo Grignion de Montfort; Já o futuro Papa São João Paulo II, descobriu os escritos de Montfort no início da II Guerra Mundial, quando era jovem operário de uma pedreira: a leitura de Montfort fez dele um apóstolo incondicional da Virgem Santíssima, a quem ele dedicou a sua vida, o seu lema Totus tuus (Inteiramente, totalmente teu) e o mundo do terceiro milênio!
Visto que o trabalho de São Louis-Maria Grignon de Montfort é o alicerce teológico de nossa ação, neste mês de Maria, nós vos convidamos a tornar a ler a sua obra com UMM (Um minuto com Maria), suas passagens essenciais, a fim de torná-las motores de uma ação pessoal de verdadeiros missionários de Maria! 
As ações propostas por Une Minute avec Marie (Um Minuto com Maria) durante o mês de maio, tem como objetivo “Tornar Maria conhecida e amada”. Utilizem-nas sem moderação!