quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Texto em homenagem aos 145º da Congregação das Filhas do Amor Divino, agora, é só refletir!

RADICADAS NO PASSADO - RESPONDENDO AO PRESENTE- DELINEANDO O FUTURO

HOMILIA PROFERIDA PELO REVMº PADRE LUDGER THIER, OFM, NA MISSA DE ABERTURA DOS TRABALHOS DA COMISSÃO ENCARREGADA DE ADAPTAR AS CONSTITUIÇÕES AO NOVO CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO. 

Sempre que se faz alguma modificação na forma de vida de um grupo social, dá-se a isto o nome de adaptação das tradições do grupo a novas circunstâncias, especialmente quando se trata de comunidades religiosas. De modo geral, não é toda a forma de vida que sofre alterações, mas somente parte dela. A forma de vida de uma Congregação pode ser dividida em três funções ou serviços, que corresponde aos serviços da Igreja: o serviço divino (liturgia), o serviço do anúncio (martyria), o serviço da caridade (diaconia).
O caráter essencial destes três serviços dentro de uma Congregação, isto é, como os três serviços mencionados estão unidos entre si, e que conteúdo são particularmente acentuados, constitui o específico da forma de vida.
A forma de vida de uma Congregação é normalmente uma forma viva, que influencia a vida, a oração e a ação da comunidade, sem que haja sempre necessidade de refletir sobre ela. A forma de vida viva, também chamada tradição viva, conduz cada pessoa e toda a comunidade – assim com um peixe é levado pela água.
Cada forma de vida, cada tradição, está sujeita a um desenvolvimento, porque nenhuma forma de vida existe num vazio social, mas num diálogo contínuo com o progresso civilizador, cultural e teológico da humanidade e da Igreja. Quando se torna evidente em um novo contexto histórico que determina forma de vida é demasiado estreita ou exagerada, quando não se presta mais para formar ou aperfeiçoar comportamentos, é chegado o momento de se refletir sobre ela e modifica-la de acordo com os resultados dos estudos.
Muitas vezes este processo de  adaptação não é compreendido. Não se trata de abolir algumas estruturas, leis, ou costumes da vida da Congregação, mesmo que isto pareça ser assim algumas vezes. O primeiro passo a ser dado é sempre definir de maneira nova, compreensível e exata, o essencial da tradicional forma de vida. Assim esclarecido, será possível dar o segundo passo, isto é, elaborar uma nova forma para os valores da tradicional, a fim de realizar melhor os elevados ideais.
O trabalho que vocês estão iniciando hoje tem como tarefa principal a requerida adaptação das leis da Congregação às leis universais da Igreja. Mas é bom lembrar que a lei não é composta apenas de formulas frias. Um ou outro acento ou adjetivo bem colocado pode ser capaz de evocar posteriormente as estimadas tradições da Congregação. Grande fidelidade à tradição é uma necessidade absoluta para o trabalho de modificação da lei.
Durante o difícil trabalho diário de confirmar e aperfeiçoar leis, procurarei apresentar cada dia  algumas palavras extraídas da história centenária da Congregação de vocês, tomando em consideração especialmente a palavra e a obra da Madre Francisca. Certamente, posso dar-lhes apenas alguns fragmentos, mas espero que, com a ajuda de Deus, não será uma tarefa inútil.
Possam vocês durante estes dias viver, pensar e agir, envolvidas pela  luz divina. – Somente a luz divina nos garante a verdade, a santidade, a justiça e o amor.
Rezem diariamente e a cada hora a fim de que esta luz divina possa envolvê-las constantemente, pois as pequenas luzes da nossa razão têm básica e constante necessidade de perpétua iluminação. Assim, possa o Senhor Deus ser a luz da nossa fé e do nosso pensamento, do nosso querer e do nosso agir nestes dias e estar conosco. Amém.
Grottaferrata, Roma
03. outubro.1984




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