quarta-feira, 27 de novembro de 2013

IRMÃ MARIA DE LOUDES DIAS DE AZEVEDO -FDC


Maria de Lourdes Dias de Azevedo (Irmã Ana Dias de Azevedo) nasceu na fazenda Umari – Município de Caicó – RN, no dia 19 de outubro de 1933. Filha do casal João Dias de Azevedo e Inácia Maria de Azevedo. Tiveram 16 filhos: 10 homens e 06 mulheres. Vim de uma família muito piedosa onde se rezava o terço diariamente em família. O Ofício de Nossa Senhora, era rezado - todos os sábados, às quatro horas da madrugada. Mamãe e Papai foram nossos primeiros catequistas, ensinado - nos a rezar e a temer a Deus. Tínhamos em casa a Bíblia, 1º Catecismo da Vida Cristã e pequenos livros de orações. Minha família era muita devota de: Nossa Senhora, São José, São Francisco, Senhora Santana e Espírito Santo. Os primeiros 12 filhos estudaram o primário na Fazenda Umari, com uma professora muito boa e cristã que ensinava o catecismo aos alunos preparando para 1ª Eucaristia, e todos os anos mandava celebrar uma Missa na mesma Fazenda. Dom José Delgado costumava passar férias na Fazenda e também tinha muito contato com os franciscanos de Recife. Essa professora tinha uma biblioteca muito rica de livros bons e ela sempre abria para os alunos. Com 15 anos de idade eu ajudava a ela na escola, pois já tinha terminado o 4º ano. Alfabetizava os pequenos e também os adultos. Nunca tive contato com freiras. Lia muito sobre Santa Terezinha e outros Santos e Santos. Aos 16 anos fui a Recife com esta professora e também Patroa, doma da Fazenda. Belriss Medeiros, uma verdadeira apóstola e missionária, filha de Goianinha e aluna da 1ª turma de normalistas do rio G. do Norte. Em Recife, fomos ao Carmelo falar com as irmãs, pois eu dizia a esta professora que desejava ser religiosa da Congregação de Santa Terezinha. Não me aceitaram por ser muito nova e exigiam um grande dote e numeroso enxoval. Desisti logo. Conheci as Irmãs de Caridade em Caicó, mas tinha pouco contato com as mesmas. Falei com elas, que me aceitaram, mas por a Fazenda ser muito longe da cidade de Caicó, tornava-se difícil a nossa comunicação e mamãe não aceitava, pois eu era considerada a sua mão direita. Além disso, tinha que viajar para o Rio de Janeiro, pois a formação delas era lá e tinha que contribuir com o dote e o enxoval. Sem esquecer que a passagem também era por minha conta. Desisti. Então Irmã Francisca Medeiros veio passar as 1ª férias em casa ( 3 dias) em Caicó. A mesma vinha transferida do Rio G. do Sul para Caicò. Falei com ela sobre o meu desejo e os empecilhos que havia encontrado a procura de outras Congregações. Ela então me orientou e ai deu tudo certo. Os caminhos foram se abrindo as trevas e dificuldades desaparecendo. Todo mês ia ao Colégio, aproveitando a ida para as reuniões das Professoras Rurais com D. Maria Francisca Diniz e Pe. Ônio . Falei também com ele que queria ser freira mais que já tinha encontrado muitas dificuldades. Ele e monsenhor Walfredo Gurgel foram maravilhosos dando-me toda orientação. Irmã Francisca foi uma mãe. Meu pai, criado na Fazenda, quando jovem, quis muito ser muito franciscano. Mas os planos de Deus são outros. Monsenhor Walfredo, disse para PE Onio e Irmã Francisca: “Essa é uma vocação refinada e não tem nenhuma influência. É nata. Deus puxou pelos cabelos e segurou”. Hoje com 80 anos de vida, 59 de vida consagrada, só tenho que louvar ao Senhor e a agradecer, bendizer por todos os benefícios que tem feito e faz por mim. Ele me escolheu, me chamou e me deu coragem, força e amor para que eu seja sempre fiel e persevere até o fim. Amém.

Emaús, 21 de novembro de 2013.

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