segunda-feira, 14 de março de 2016

FREI ANTÔNIO MOSER * 29/08/1939 + 09/03/2016

Antônio Moser, foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira, 9 de março, após ser abordado por assaltantes na Rodovia Washington Luiz, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu por volta das 6h10 na pista sentido Rio de Janeiro. Mesmo ferido, Frei Antônio, de 75 anos, ainda conseguiu dirigir o carro até o acostamento. Os bandidos, que estariam de moto, conseguiram fugir. Equipes da Concer foram até o local e chegaram a chamar uma ambulância, mas Frei Antônio já estava morto. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) isolaram o lugar para a realização da perícia. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Frei Moser estava a caminho de São Paulo, onde gravaria o programa "Pelos caminhos da fé" para a Canção Nova. Extremamente ativo, Frei Moser conciliava várias funções, como diretor-presidente da Vozes, professor do ITF, pároco de Santa Clara, membro da Comissão de Bioética da CNBB, coordenador do Comitê de Pesquisa em Ética da UCP, conferencista, coordenador do projeto social Terra Santa e escritor.

Dados pessoais, formação e atividades
·         Nascimento: 29.081939 (76 anos de idade), em Gaspar - SC;
·         Admissão ao Noviciado: 19.12.1959, em Rodeio, SC;
·         Primeira Profissão: 20.12.1960  (55 anos de Vida Franciscana);
·         Profissão Solene: 01.02.1964;
·         Ordenação Presbiteral: 15.12.1965 (50 anos de Sacerdócio);
·         1961-1962 – Curitiba – Estudos de Filosofia;
·         1963-1966 – Petrópolis – Estudos de Teologia;
·         02.02.1967 – Luzerna – professor do seminário;
·         28.01.1968 – Petrópolis;
·         agosto 1968 – Lyon, França – mestrado em Teologia;
·         setembro 1969 – Roma – doutorou-se em Teologia Moral em dezembro de 1972;
·         02.12.1972 – volta ao Brasil;
·         29.11.1972 – Petrópolis – professor de Teologia Moral;
·         novembro 1991 – eleito Definidor Provincial;
·         30.08.1996 – coord. da Fraternidade São Vicente, professor, diretor do IDE, e redator da revista SEDOC.
·         01.12.1997 – Petrópolis – São Francisco - guardião; nomeado membro do Conselho de Assessoria ao Definitório e às Entidades do Departamento de Educação e Comunicação.
·         23.12.1998 – diretor presidente da Editora Vozes;
·         22.11.2000 – coordenador da comissão executiva do novo ITF;
·         07.11.2003 – deixa de ser guardião;
·         17.12.2009 – diretor do Centro Educacional Terra Santa;
·         25.02.2016 – membro do conselho administrativo da Província;

O frade menor                       
Frei Antônio foi professor no Convento do Sagrado por 20 anos, e, por mais 20, no Instituto Teológico Franciscano, junto à Fraternidade São Francisco, de Petrópolis. Tinha muitos talentos. Segundo alguns confrades e outras pessoas conhecidas, Frei Antônio “tocava inúmeros instrumentos”, em diversificadas áreas. Escreveu muitos artigos e 27 livros. Era conferencista, assessor em Teologia Moral, falava em programas de TV, era construtor e administrador.

Na sua ficha autobiográfica lê-se: “Apesar de parecer apressado, na realidade me considero eficiente, incapaz de enrolações. Não gosto de conversa mole. Tenho grande facilidade de escrever, de articular o pensamento, mesmo quando falo livremente ou tenho que escrever um artigo em pouco tempo. Tenho o pensamento aberto às novas ideias, sem contudo perder o fio da meada em relação ao que é doutrinário. No mais, o que não sinto é preguiça... estou sempre em atividade... Sei me impor quando quero, mas, por outro lado não me sinto orgulhoso, pois conheço minhas limitações e atribuo os meus talentos à bondade de Deus”.

Interessante é ouvir o que Frei Antônio fala de sua vida espiritual: “Acho que minha espiritualidade é algo que nem todo mundo percebe. Acho até que a maioria dos meus confrades não percebe que tenho uma espiritualidade intensa, embora seja oculta como um tesouro. Não tenho nada de pietismo. Pareço frio. Não é verdade. Desde adolescente sempre tive e continuo tendo Deus presente em minha vida... em todos os momentos. À vezes, brigo com ele, como Jacó ou como São Paulo...”.

Rezemos em fraternidade por Frei Antônio, pela sua acolhida pelo Senhor, agradecidos por todo o bem que ele fez como frade de nossa Província e pela sua grande contribuição à Igreja do Brasil.




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