domingo, 17 de abril de 2016

EU VI MADRE FRANCISCA LECHNER


Meu nome é Oscarilde de Sousa e Silva. Em fevereiro de 1995 comecei a sentir uma dor insistente na perna esquerda. Fui à ginecologista Dra. M. de Fátima Rodrigues para uma consulta e após me examinar ela requisitou uma ultrassonografia dos ovários.
O diagnóstico foi um cisto desenvolvido no ovário esquerdo. A médica marcou de imediato uma cirurgia, que foi realizada no dia 20.02.95. Durante a execução desta, aconteceu um erro cirúrgico: uma perfuração na alça do intestino. A parti daí minha vida ficou por um fio. Tive infecção generalizada. Em menos de dois dias, tive de me submeter a duas cirurgias realizadas por Dr. Fernando Gurgel, no Hospital PAPI, Av. Campos Sales – Natal – Tirol/RN. Foi comprovado que eu tinha sido acometida por uma septicemia (infecção generalizada), entrando em coma.
Durante este período crítico, Irmã M. Geórgia Furtado e Irmã Valéria de Oliveira Santos rezavam uma novena pedindo a intercessão de Madre Francisca Lechner para que minha vida fosse salva e eu ficasse curada, pois era mãe e meus filhos, ainda pequenos, precisavam de mim. Eles inclusive estudavam no Colégio Nossa Senhora das Neves, pertencente às Filhas do Amor Divino.
No sexto dia do coma, 28.02.95, fui acordando e comecei a sentir muita dor. Ao meu lado, via uma Religiosa (Freira) que todo o tempo passava a mão no meu ventre. Quando ela ia passando a mão no meu ventre, a dor ia aliviando e eu dizia mentalmente: “Passe mais...”, pois era salutar, eu me sentia aliviada. Ao mesmo tempo, ela dizia: “Você vai ficar boa”. Eu estava num estado meio acordada e meio coma. Estando toda intubada, não conseguia comunicar o que estava passando comigo para ninguém.
Quando acordei totalmente, vi um enfermeiro ao lado da minha cama e pedi para que ele chamasse a Irmã que estava ao meu lado passando a mão no meu ventre. Ele falou que naquela ocasião não havia nenhuma Irmã no hospital. Pedi para que telefonasse para minha irmã que também era religiosa e contei a ela todo o acontecido. Descrevi todos os detalhes da Irmã: baixinha, gordinha, com um habito e véu preto, uma toca com plissado, diferente das outras Irmãs. Seu rosto era alvo, rosado e muito sorridente.
Logo que saí do coma, fui para um apartamento. Muitas Irmãs da Congregação das Filhas do Amor Divino vieram me visitar. O apartamento às vezes ficava cheio de Irmãs, mas nenhuma delas se parecia com a Irmã que estava ao meu lado durante o coma. Passando a mão no meu ventre e dizendo: “Você vai ficar boa”.
Finalmente, uma delas me mostrou a foto de Madre Francisca Lechner. Imediatamente eu a reconheci e disse: ”Foi esta aqui”. Ela se parecia com Irmã Geórgia Furtado e eu até pensava que fosse esta. Depois eu soube que a Irmã Geórgia rezava por mim juntamente com Irmã Valéria. Irmã Geórgia trabalhava no Colégio das Neves e meus filhos estudavam lá, daí porque eu achava que a Irmã seria ela, por ter a mesma característica, só que Irmã Geórgia era morena e tinha outra fisionomia. A que vi ao meu lado, tinha o rosto arredondado.
Depois de alguns dias, já restabelecida, fui ao Colégio e me dirigi à sala de Irmã Miriam Serrano, que era exímia pintora. Pedi para que ela pintasse o retrato de Madre Francisca Lechner. Infelizmente, ela nunca pintou. Sempre dizia: “Depois eu pinto”. O tempo foi passando e Irmã Miriam entrou num processo de demência que não permitiu mais realizar o meu desejo.
Estou consciente: fui curada por Madre Francisca Lechner.
Natal, 14 de setembro de 2008.
(Assinatura) Oscarilde de Sousa e Silva
Miraculada (Ficha: 32192016)
Testemunhas
Luiza Francisca de Sousa (mãe)
Ana Maria de Sousa (irmã)
Ir. Helena Guimarães, FDC (amiga)
Ir. M. do Socorro Queiroz, FDC (amiga)
Ir. M. Valéria de Oliveira Santos, FDC (amiga)
Ir. M. Geórgia Furtado (In Memoriam)


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