Há
90 anos brotava no solo assuense, o sonho de bravos homens e destemidas
mulheres, dispostos a levantarem a bandeira de uma educação de qualidade nesta
terra. Logo o sonho se tornou realidade e o Educandário Nossa Senhora das
Vitórias (ENSV) fez crescer os louros da história de respeito na genealogia do
povo de Assu. Somos a marca de uma educação construída no solo sagrado do
tempo, com resultados reais de uma educação comprometida em educar para a vida.
Parabéns para o meu, o seu, o nosso EDUCANDÁRIO!
sábado, 11 de março de 2017
Artigo SOB A LUZ DAS VITÓRIAS
Por Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC
Luz e Vitória - Mais que tema é um leme. Afinal,
são noventa anos em travessia pelo mar do tempo, sob a Luz e
o Timão da Senhora das Vitórias.
Se a primeira tarefa da Educação é ensinar a
ver, como dizia Nietzshe, então, não basta só enxergar. Na realidade, o olhar
obedece às leis da física ótica, mas a visão segue a
inspiração da Luz. Com
esta visão, o Nossa Senhora das Vitórias[1] (ENSV) vive, conta,
canta e agradece os feitos e efeitos das conquistas da Luz. Luz modeladora e
promotora da visão humana de pessoa, de mundo, de vida e Vitória, que não segue
a logica do sucesso.
Do mapeamento
documental, da pesquisa histórica da instituição, destacam-se dois aspectos que
são determinantes para os fundamentos historiográficos, das origens do ENSV. O
primeiro se baseia nas principais ocorrências entre 1920-1927, por ocasião do
surgimento da ideia de uma escola voltada para a formação da mulher à chegada
das Irmãs, Filhas do Amor Divino, para dirigir os trabalhos da Entidade. O
segundo diz respeito ao contexto, do momento, tendo como foco principal a
Igreja, a mulher e a Educação. A abordagem é delimitada pelo tempo e espaço suscintamente
entrelaçados como luz e leme. Leme que direciona o velejar institucional,
atravessando nove décadas, em mar aberto, singrando pelo tempo, sob a direção
da Luz da Senhora das Vitórias. Luz que dá forma e plasma à sua história. Tendo
como leme o Evangelho e o carisma de Madre Francisca Lechner: Compreender amando, amar amparando, amparar
salvando. Evangelho e carisma articulados
num sistema de direção permitindo aos navegantes da comunidade educativa,
desfrutar os ventos na direção desejada, impedindo que a embarcação navegue à
deriva, inclusive quando os ventos sopram na direção contrária.
Tudo começou em 1920 quando o Jornal “A Cidade”,
semanário dirigido por Palmério Filho, lançou o desafio: a fundação de um
estabelecimento de ensino para fazer jus ao desenvolvimento que se processava
no Vale do Açu.
Sob a liderança do Monsenhor Joaquim Honório da
Silveira e do Padre Júlio Alves Bezerra, apoiados pelo Bispo da Diocese de
Natal[2],
D. Antônio dos Santos Cabral[3],
foi formada uma comissão constituída pelas principais lideranças da cidade, para
construir uma escola cristã destinada à formação de mulheres, às futuras mães
da região. Igreja e Comunidade de mãos dadas estabeleceram as regras básicas da
sua construção e o fazer comunitário foi a luz que iluminou e o leme que
direcionou os trabalhos iniciais.
No dia 3 de julho de 1922 aconteceu a primeira
reunião para organizar e mobilizar a comunidade para construir o Colégio, que
foi denominado de Colégio Nossa Senhora das Vitórias. A construção começou no
dia 7 de setembro de 1922, com o lançamento da pedra fundamental, como parte
das festas em que se comemorava o primeiro centenário da emancipação política
da cidade. No dia 5 de dezembro de 1925, o novo Bispo Diocesano, Dom José
Pereira Alves[4],
presidiu uma reunião para arrecadar ajudas destinadas à conclusão do prédio. A
Comunidade empreendeu mais dois eventos para angariar mais benefícios: Um no
dia 24 de dezembro de 1925 e o outro no ano seguinte, em 1926, no dia 13 de
maio com sucesso.
No dia 11 de julho de 1926, o Jornal “A Cidade”
divulgou o seguinte telegrama: Senhor Bispo obteve Congregação Filhas do Amor
Divino aceitou direção nosso Colégio. A alegre notícia percorreu pela
comunidade e todos envidaram esforços para que a obra chegasse ao seu término. Boa
parte da edificação culminou em 1927 o essencial para receber as Filhas do Amor
Divino, que iriam assumir a direção dos trabalhos da Instituição.
No dia 17 de fevereiro de 1927, as Irmãs desembarcaram
em Recife. No dia 19 de fevereiro prosseguiram viagem e no dia 22 de fevereiro
as Irmãs Alberta Garimbert, Digna Taudes, Volkmara Stanoscheck chegaram à Açu e
com elas uma esperada chuva. A recepção começou em Lages e de Lages vieram para
Açu no Ford dirigido por Luiz Lucas Lins Caldas Neto.
No dia 8 de março veio o Bispo de Natal, Dom
José Alves, acompanhado do Monsenhor Honório, do Presidente do Estado, Dr. José
Augusto Bezerra[5] e
de alguns outros senhores de Natal, para a festa de Inauguração programada para
o dia 9 de março de 1927. De acordo com o programa publicado, às 7h e 30mn
tiveram início as cerimônias religiosas com a Bênção do Prédio e a Santa Missa
na Capela do Colégio. O Presidente foi o Sr. Bispo Diocesano, acolitado pelo
Monsenhor Joaquim Honório e o Vigário da Paróquia, o Padre Júlio Bezerra. Seguiu-se
uma Sessão Magna, presidida pelo então Presidente do Estado.
São significativas as afirmações
feitas pelo Dr. Adalberto Amorim, orador oficial da Sessão Inaugural,
especialmente quando adjetiva o Nossa Senhora das Vitórias como Oficina de Luz, Viveiro espiritual e citando Júlio Simon, o orador dizia que cada
vez que se educa uma filha, funda-se uma escola. Assim, o Nossa Senhora das
Vitórias foi inaugurado, por entre festas de acolhimento, de gratidão, de belos
e proféticos sonhos.
Queriam uma escola cristã para a formação da
mulher. Se de um lado numa sociedade em que o catolicismo predomina,
justifica-se a busca por uma escola cristã, do outro percebia-se uma
efervescente transformação social. No início do século XX, portanto, na década
de 1920, devido ao panorama
econômico-cultural e político delineado após a Primeira Grande Guerra, o Brasil
começou a se repensar. Entre
1920 e 1930, a chamada “Pedagogia da Escola Nova” entra em cena, trazendo as
novas teorias e práticas da Educação, influenciadas pelas ideias inovadoras de
estudiosos do Brasil e de outros países. É desta época as fundações das
Universidades Católicas no Brasil.
Neste ínterim começava também uma nova
construção identitária feminina. Em diversos
setores sociais, as mudanças eram debatidas e reformas eram propostas. Com a
implantação dos ideais da Escola Nova, o papel do Estado em matéria educacional
foi redefinido e já estava em processo os movimentos em prol da mulher. Eram alguns dos
sintomas da necessidade de uma nova construção cultural, diferente da que
envolvia a escola e a função social da mulher.
Neste
contexto, já circulam nos meios pensantes as ideias como a do historiador e
filósofo francês Jules Michelet, principalmente as que estão no seu livro, A Mulher, publicado em 1859. Desde então
são fomentadas as convicções da mulher
como redentora, como anjo de paz e de
civilização. A mulher torna‐se a pedra fundamental de toda a sociedade,
pois, educando a criança, forma o homem. Se o homem é a força da criação, a mulher é a redenção da humanidade[6].
É emblemático o discurso de inauguração, no dia do lançamento da Pedra
fundamental para a construção do Colégio. Porque desde 1859 já dizia Jules Michelet: Toda mulher é uma
escola, e é delas que as gerações recebem realmente sua crença. Muito antes que
o pai pense na educação a mãe deu a sua, que não mais se apagará[7].
Hoje, a escola de outrora, rejuvenescida pelo
refletor das suas origens, continua sua
navegação. Se na
poesia de Fernando Pessoa o encontro das linhas do Mar e do horizonte, espelha
o céu, nos horizontes da história desta oficina
de luz – viveiro espiritual, a Luz e o Leme se confundem. Assim, parafraseando o mesmo
poeta, podemos dizer que hoje, o Educandário continua atualizando as
primícias da sua história sentindo-se nascido para a eternidade do mundo sob a
Luz e o Timão da Senhora das Vitórias.
[1] Cfr. Amorim, Francisco, Colégio Nossa
Senhora das Vitórias, 50 anos, (Coleção Assuense) série A n° 001, 1977, p
7. Este trabalho tem como base esta
obra, o Livro de Tombo da Paróquia São João Batista, o Livro das Crônicas da
Casa Matriz das Filhas do Amor Divino e o da Comunidade de Açu. E também OLIVEIRA, Vilma Lúcia, in História da Paróquia de Assú, org. por
DE LIMA, Auricéia Antunes, Coleção Assuense, Vol. 0008, Assú, dezembro de 2002,
pp 302-315.
[2] Nesta época a Paróquia
de São João Batista pertencia à Diocese de Natal. A Diocese de Mossoró foi
criada em 28.VI.1934, logo, 7 (sete) anos após a Fundação do Educandário Nossa
Senhora das Vitórias.
[3] É o segundo bispo da Diocese de Natal,
natural de Propriá, Sergipe. Governou a Diocese de Nossa Senhora da
Apresentação de: 30. V. 1918 – 21. XI. 1921; daqui foi transferido para a
Diocese de Belo Horizonte.
[4] Sucessor de D. Antônio
dos Santos Cabral, D. José Pereira Alves, nasceu em Palmares, Pernambuco,
governou a Diocese de Natal de 17. VI. 1923 – 27. I. 1928, daqui foi
transferido para a Diocese de Niterói.
[5] Governou o Rio Grande
do Norte de 1. I. 1924 – 1. I. 1928.
[6] MICHELET, Jules, A mulher, São Paulo. Martins Fontes, 1895,
p. 275
[7] Loc Cit, p. 118.
quarta-feira, 8 de março de 2017
Fátima: “visita do Papa será un momento de gracia” diz D. António Marto
O bispo de Leiria-Fátima, don Antonio Marto, na Mensagem para a Quaresma, o exorta os diocesanos a peregrinarem a Fátima neste ano do centenário das Aparições e a juntarem-se ao Papa Francisco, em maio.
“Esta peregrinação põe em evidência -sublinhou o bispo- como de Fátima irradia para todo o mundo uma mensagem de misericórdia, de esperança e de paz, que temos vindo a aprofundar ao longo deste ano pastoral sob o lema- O meu Imaculado Coração conduzir-vos-á até Deus-. À mensagem respondemos em atitude de conversão do coração e da vida no itinerário quaresmal”, diz o prelado.
“Queremos viver a visita do Santo Padre como um momento de graça e uma significativa experiência cristã para a Igreja em Portugal e, de modo particular, para a nossa diocese” acrescenta D. António Marto.
“Desde já apelo, de todo o coração -disse o bispo- a todos os diocesanos para que nesses dias peregrinem a Fátima para viver esta experiência ao vivo com o Papa Francisco, para o acolher com o calor do nosso afeto e para manifestar aquele amor ao Papa que é uma dimensão profunda da mensagem de Fátima e do catolicismo português”.
Inspirado pela mensagem quaresmal do Papa Francisco, centrada na conhecida parábola evangélica do pobre Lázaro e do rico avarento, lembra que no mundo atual, os cristãos devem combater a cultura da indiferença e do descarte, regressando a Deus e consequentemente ao outro, que lhes está mais próximo.
ZENIT
A 4ª edição de “Voices of Faith” no Vaticano, no Dia da mulher
No Dia Internacional da Mulher, este 8 de Março, tem lugar no Vaticano a 4ª edição do evento “Voices of Faith” (Vozes da Fé), na Casina Pio IV nos jardins do Vaticano.
A Directora Executiva da Fundação Fidel Gotz, com sede em Liechtenstein, Chantal Gotz, quer reconhecer em cada edição, mulheres de várias partes do mundo que acreditam na necessidade do diálogo, da construção de pontes, da colaboração além-fronteiras para um mundo melhor. Chantal conta para isto, com a colaboração do Serviço dos Jesuítas para os Refugiados, da Cáritas Internacional e de diversas mulheres filantrópicas.
Alguns dos oradores da edição deste ano são oito mulheres de várias partes do mundo, entre as quais Margarithe Barankitse do Burundi, fundadora da Casa Shalom, Mireille Twanigira, Medica do Malawi, Paula Moreno, fundadora e Presidente e de Manos Visibles (Colombia) Simone Campbell Directora da Rede Internacional Lobby for Catholick Social Justice. E também o Superior Geral dos Jesuítas, P. Arturo Sosa Abascal.
“Voices of Faith” dá voz a diversas mulheres que estão a promover, com coragem, iniciativas de paz em diversas partes do mundo, especialmente nas áreas mais marginalizadas e com situações de extrema pobreza, tendo em conta a mensagem para o Dia Mundial da Paz, 2017, em que o Papa Francisco convidava à não violência como estilo político para a Paz.
As 11 horas da manhã na Igreja de Santa Maria Rainha da Família dentro do Vaticano é a missa e às duas da tarde, terá inicio o encontro na Casina Pio IV. Poderá também ser seguido ao vivo em streeming no site www.voicesoffaith.org.
ZENIT
Colégio das Neves: Terço do Sempre Aluno emociona ao traduzir significado da Quaresma
“A Quaresma é o tempo do silêncio, da escuta, da observação do outro para que possamos fazer algo a mais pelo próximo e assim, embalados pelo amor de Deus, nos tornarmos pessoas melhores”. A declaração é da Sempre Aluna Yngra Bastos que, após participar do Terço do Sempre Aluno realizado nesta segunda-feira (6), sentiu-se ainda mais tranquila e sensível para o tempo que antecede a Páscoa.
O mesmo sentimento é partilhado por Matheus Miranda, concluinte do pré 2008 e participante ativo do Rosário. Segundo ele, cada momento vivido no Terço do Sempre Aluno é único, em especial na Quaresma.
“É uma oportunidade a mais que a gente tem de praticar o jejum, alinhar o nosso equilíbrio espiritual, reforçar a nossa fé, a caridade e o amor, que é a própria essência de Deus”, conta Matheus Miranda.
O Terço do Sempre Aluno acontece nas primeiras segundas-feiras de cada mês e, além de promover o contato do homem com as coisas celestiais, cumpre a função de interagir com os Sempre Alunos. O próximo está agendado para o dia 3 de abril, às 19h30, na Capela do Neves.
Maria é exemplo de verdadeira mulher a ser seguido, diz padre
Desde 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. A data recorda o caminho sofrido de lutas pelos seus direitos e também o resultado das conquistas alcançadas por elas.
Muitas mulheres se tornaram ícones e exemplos a serem seguidos, mas uma delas se destaca: Maria, a mãe de Jesus. Nessa última reportagem da série “Mulher”, o foco são os exemplos que Maria traz para a mulher de hoje. Em especial nesse Ano Mariano, vivido pela Igreja católica no Brasil, é forte o convite a contemplar a vida de Maria, que segundo o padre Moisés Coelho, da Comunidade Obra de Maria, é um grande exemplo de mulher a ser seguido.
"Maria como mulher, mãe e esposa ensina muito, começando pela fidelidade. Ela foi fiel e toda mulher precisa ser fiel àquilo que Deus tem dado para ela. Maria foi aquela que cuidou de Jesus na sua totalidade de mãe, que doou-se, que amou e que zelou pelo filho. Isso ensina muito às mães no tempo de hoje. A mulher precisa aprender a se colocar no tempo de Deus. É preciso olharmos para as virtudes da Virgem Maria, para que possamos ser humildes, ter confiança, pureza, simplicidade e humildade”, diz.
Canção Nova
sábado, 4 de março de 2017
Morre irmã de
Dom Heitor Sales
Faleceu no
início da manhã deste sábado, 4, em Natal, a senhora Cleomar de Araújo Sales,
irmã do Arcebispo emérito, Dom Heitor de Araújo Sales. O velório realiza-se no

Cemitério Morada da Paz, em Emaús, onde também será celebrada missa, às 17:00h. Após a missa ocorre o sepultamento no Carmelo Nossa Senhora do Sorriso e Santa Terezinha, em emaús.Araújo Sales. O velório acontece no Cemitério Morada da Paz, em Emaús, onde também será celebrada missa, às 17h. Em seguida, acontecerá o sepultamento no Carmelo de Nossa Senhora do Sorriso e Santa Teresinha, em Emaús.
Por muitos anos, Dona Cleomar residiu e trabalhou com o Cardeal Eugênio
Sales, então arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Na época, colaborou e
acompanhou a vários seminaristas da Diocese de Caicó, que estudavam no
Seminário do Rio de Janeiro.Por
muitos anos, Dona Cleomar residiu e trabalhou com o Cardeal Eugênio Sales,
então arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Na época, colaborou e
acompanhou a vários seminaristas da Diocese de Caicó, que estudavam no
Seminário do Rio de Janeiro
MENSAGEM
DO PAPA PARA A QUARESMA 2017
“Queridos irmãos e irmãs do
Brasil! Desejo me unir a vocês na Campanha da Fraternidade que, neste ano de
2017, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, lhes
animando a ampliar a consciência de que o desafio global, pelo qual toda a
humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa juntamente com a atuação
de cada comunidade local, como aliás enfatizei em diversos pontos na Encíclica
Laudato Si’, sobre o cuidado de nossa casa comum.
O criador foi pródigo com o
Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária
beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da
natureza também estão presentes. Entre vocês, a Igreja tem sido uma voz
profética no respeito e no cuidado com o meio ambiente e com os pobres.
Não apenas tem chamado a atenção
para os desafios e problemas ecológicos, como tem apontado suas causas e,
principalmente, tem apontado caminhos para a sua superação. Entre tantas
iniciativas e ações, me apraz recordar que já em 1979, a Campanha da
Fraternidade que teve por tema “Por um mundo mais humano” assumiu o lema:
“Preserve o que é de todos”.
Assim, já naquele ano a CNBB
apresentava à sociedade brasileira sua preocupação com as questões ambientais e
com o comportamento humano com relação aos dons da criação. O objetivo da
Campanha da Fraternidade deste ano, inspirado na passagem do Livro do Gênesis
(cf. Gn 2,15), é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros,
dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à
luz do Evangelho.
Como “não podemos deixar de
considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de
desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas” (LS, 43),
esta Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e respeitar a
diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil – um
verdadeiro dom de Deus – através da promoção de relações respeitosas com a vida
e a cultura dos povos que neles vivem.
Este é, precisamente, um dos
maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do
ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais. Os povos originários
de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem nos oferecem um exemplo claro
de como a convivência com a criação pode ser respeitosa, portadora de plenitude
e misericordiosa.
Por isso, é necessário conhecer e
aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível
encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã
desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos
pobres. Todos os anos, a Campanha da Fraternidade acontece no tempo forte da
Quaresma.
Trata-se de um convite a viver
com mais consciência e determinação a espiritualidade pascal. A comunhão na
Páscoa de Jesus Cristo é capaz de suscitar a conversão permanente e integral,
que é, ao mesmo tempo, pessoal, comunitária, social e ecológica. Reafirmo,
assim, o que recordei por ocasião do Ano santo Extraordinário: a misericórdia exige
“restituir dignidade àqueles que dela se viram privados” (Misericordia vultus,
16).
Uma pessoa de fé que celebra na
Páscoa a vitória da vida sobre a morte, ao tomar consciência da situação de
agressão à criação de Deus em cada um dos biomas brasileiros, não poderá ficar
indiferente. Desejo a todos uma fecunda caminhada quaresmal e peço a Deus que a
Campanha da Fraternidade 2017 atinja seus objetivos. Invocando a companhia e a
proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre todo o povo brasileiro, particularmente
neste Ano mariano, concedo uma especial Bênção Apostólica e peço que não deixem
de rezar por mim.
Vaticano, 15 de fevereiro de 2017
– FRANCISCO PP.
sexta-feira, 3 de março de 2017
Anglicanos e
católicos antes do “rosto misericordioso de Cristo”
“Estamos somente vasos de barro,
mas nós proteger em maior tesouro do mundo”, disse o Papa Francisco na
comunidade anglicana de Roma « All Saints Church », na tarde do último
dia 26 de fevereiro: foi a primeira visita de um bispo de Roma, em uma igreja anglicana
em sua diocese.
Depois de abençoar um ícone
bizantino de Cristo, o Salvador, o Papa encorajou a voltar-se para o “rosto
misericordioso de Cristo” para superar as divisões.
Juntamente com o bispo da
Comunhão Anglicana para a Europa, Robert Innes, o Papa presidiu a oração da
noite. Depois de uma história de “suspeita” e “hostilidade”, “Hoje, graças a
Deus, nós nos reconhecemos como realmente somos: irmãos e irmãs em Cristo, por
meio de nosso batismo comum”, disse durante a homilia.
E o Papa acrescentou: “Vamos
incentivar uns aos outros a se tornarem discípulos cada vez mais fiéis a Jesus,
cada vez mais livres com os respectivos preconceitos do passado e cada vez mais
dispostos a orar e com os outros. ”
Ele ressaltou que “a alegria de ser
amado pelo Senhor e de amá-lo” é “o nosso bem mais precioso, o nosso tesouro. ”
Ele pediu a reconhecer como
“pecadores sempre na necessidade de misericórdia”: “Somente se nós nos
reconhecemos como vasos de barro baixas (…) o tesouro de Deus derrama em nós e
os outros através de nós. Caso contrário, estaremos sempre cheios de nossos
tesouros, que corruptos e podridão são em vasos aparentemente belos. ”
Após a reunião, o Papa iniciou um
diálogo espontâneo com a comunidade que celebra o 200º aniversário de seu
nascimento. Ele também presidiu a “geminação” do All Saints Church com a
paróquia católica de Ognissanti de Roma: « A comunhão verdadeira e sólida
cresce e se fortalece pela ação em conjunto para o um em necessidade »,
disse o Papa na sua homilia. (Posted by NLira)
O PAPA AFIRMA: "CRISTO CRUCIFICADO É A BÚSSOLA DO CAMINHO"
(ZENIT- Cidade do Vaticano, 2 de
março 2017) - “O único caminho seguro é
seguir Cristo crucificado, escândalo da Cruz. Estas três realidades: o homem,
Deus e o caminho são a bússola que não deixa o cristão errar o caminho”, disse nesta
última quinta-feira o Papa Francisco durante sua homilia na casa Santa Marta.
A liturgia de hoje nos coloca
diante de três realidades: o homem, Deus e o caminho. “Deus nos criou
livres. A escolha é nossa, ” mas “não nos deixa sozinhos, já que nos indica o
caminho do bem com os Mandamentos”.
Depois, há a realidade de Deus:
“para os discípulos era difícil entender” o caminho da cruz de Jesus. “A
realidade de Deus é Deus que se fez Cristo, por nós. Para nos salvar. Quando
nos distanciamos dessa realidade e nos distanciamos da Cruz de Cristo, da
verdade das chagas do Senhor, nos distanciamos também do amor, da caridade de
Deus, da salvação e caminhamos numa estrada ideológica de Deus, distante do
Deus que veio até nós para nos salvar, do Deus que morreu por nós. Esta é a
realidade de Deus. Deus é Cristo. Não há Deus sem Cristo. ”
O Papa lembrou o diálogo entre um
agnóstico e um fiel escrito por um escritor francês.
“O agnóstico de boa vontade
perguntava ao fiel: ‘Mas, como é possível! Para mim, o problema é como Cristo é
Deus: Não posso entender isso. Como Cristo é Deus? E o fiel respondeu: ‘Para
mim, isso não é um problema. O problema seria se Deus não tivesse se tornado
Cristo’”.
“Deus que se fez Cristo, Deus que
se fez carne e este é o fundamento das obras de misericórdia. As chagas de
nossos irmãos são as chagas de Cristo, são as chagas de Deus, porque Deus se
fez Cristo. Esta é a segunda realidade. Não podemos viver a Quaresma sem esta
realidade. Devemos nos converter não a um Deus abstrato, mas a um Deus concreto
que se fez Cristo. ”
A terceira realidade é a do
caminho. Jesus diz: “Se alguém quer me seguir, renegue a si mesmo, tome a sua
cruz a cada dia e me siga. ” Fazer a vontade do Pai e renegar a si mesmo para
seguir Cristo. “Não fazer o que eu quero, mas o que Jesus quer. Seguir Jesus.
Ele fala que nessa estrada nós perdemos a vida para ganhá-la depois. É perder a
vida continuamente, deixar de fazer o que eu quero, perder as comodidades,
estar sempre na estrada de Jesus que estava a serviço dos outros, e adorar
Deus. Esta é a estrada certa. ” (Posted by NLira)
Centenário das aparições de Fátima: Papa Francisco convida a confiar em
Maria
Papa Francisco evocou o
Centenário das aparições de Maria, em Fátima (1917-2017) em sua mensagem
em alemão, durante a audiência geral da última quarta-feira, dia 22 de
fevereiro/2017, na Praça São Pedro, menos de três meses antes de sua
peregrinação ao santuário Português.
Depois de sua catequese sobre a
esperança cristã, o Papa convidou a confiar em “Maria, Mãe da esperança, que
nos convida a dirigir o olhar para a salvação, a um novo mundo e uma nova
humanidade”.
O Papa Francisco estará em Fátima
de 12 a 13 de maio deste ano, em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora do
Rosário de Fátima.
Em 7 de setembro do ano passado, no
encontro dos bispos de Portugal durante a visita ad limina com Papa Francisco
demonstrou o “desejo profundo” de visitar Fátima: “Tengo ganas de ir a Fátima”
(“Quero ir a Fátima”).
E já o tinha dito também, em outra
ocasião, ao bispo da diocese de Leiria-Fátima, em abril de 2015 que, “se Deus
[me] der vida e saúde” estaria na Cova da Iria para celebrar o centenário das
aparições de Fátima.
Papa Francisco será o quarto Papa
a visitar Fátima depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e
Bento XVI (2010). (Posted by NLira)
SIMPÓSIO
DE MISSIOLOGIA DESTACA HERANÇA DE DOM HELDER CÂMARA
Em sua
trajetória, dom Helder Camara viveu três etapas: “na primeira colocou-se aberto
ao mundo dos pobres; na segunda fez-se pobre com os pobres; por fim, levou a
Igreja a ser ‘em saída’ e como pobre
Por Jaime C. Patias
A herança espiritual de dom Helder Câmara e a
memória dos mártires para uma Igreja “em saída” foi tema de conferência
proferida pelo monge beneditino, teólogo e escritor, Marcelo Barros, no 6º
Simpósio de Missiologia. O evento realizado em Brasília (DF), dias 20 a 24 de
fevereiro, reuniu cerca de 70 pessoas entre teólogos, missiólogos,
pesquisadores, representantes de instituições e agentes de pastoral de todo o
Brasil. Contou também com a participação de um representante da missiologia do
México.
O tempo de Dom Helder como Arcebispo de Olinda e Recife (1964-1985)
coincidiu com o
período da repressão militar. O bispo logo deixou bem claro a
sua opção pelos pobres e o desejo de dialogar com todos. Essa posição irritou
os responsáveis pela ditadura militar. Para calar a sua voz, os opressores e
seus aliados difamaram Dom Helder na imprensa, o ameaçaram de morte, prenderam
lideranças ligadas a ele, assassinaram cruelmente o padre Henrique Pereira Neto
(1969), boicotaram suas quatro indicações ao Prêmio Nobel da Paz, entre outras
coisas.
Padre Marcelo Barros foi ordenado por Dom Helder Câmara (1969) e,
durante quase 10 anos, trabalhou como seu secretário e assessor para assuntos
ecumênicos. Ao ligar a profecia de Dom Helder, com o martírio e a proposta de
Igreja “em saída”, Barros recordou que a palavra mártir (do grego: marturia)
“significa testemunho do Reino que é o projeto de Deus no mundo. Os mártires
são testemunhas de uma missão que é compaixão. Seguem Jesus, dedicam a vida à
sua causa e por essa causa são mortos”.
O monge explicou também, que normalmente, mártires são “os que morrem
pela fé. Mas isso não é simples por que tem casos de pessoas mortas pelos que
acham que estão justamente defendendo a fé”. E alertou para não fazer “um
discurso triunfalista do martírio por que se o cristianismo é a religião que
mais têm mártires, ela é também a religião que mais fez mártires”. (Posted by NLira)
Jesus Menino comemora 73 anos
Nesta quinta-feira (02/03), a comunidade do
Educandário Jesus Menino, em Currais Novos/RN, comemorou os 73 anos da instituição.
Houve hasteamento da bandeira nacional e missa, celebrada pelo orientador espiritual, padre Welson Rodrigues.
Dona
Ivanilda Medeiros esteve representando a primeira turma do Jesus Menino. Ainda aconteceu a abertura
da Campanha de Fraternidade e a distribuição das cinzas.
Irmã Helena Guimarães, diretora da EJM, falou emocionada, da alegria em participar de tão relevante data.
Veja mais https://www.facebook.com/educandario.jesus.menino.curraisnovos/photos/a.1450790684964928.1073741978.870608639649805/1450793608297969/?type=3&theater
quarta-feira, 1 de março de 2017
A Doutrina Social da Igreja e a Campanha da Fraternidade
São João João XXIII afirmou na encíclica Mater et Magistra (1961) que Doutrina Social da Igreja deveria ser divulgada e conhecida por todos os cristãos, pois ela faz parte da concepção cristã da vida, de modo que uma sadia educação da fé não poderia descurar desse aspecto social.
Por isso, desejava o Pontífice que esta fosse ensinada de forma sistemática em todos os Seminários e Escolas Católicas, bem como nos programas de formação das Paróquias e Associações de Leigos. Além disso, que fosse divulgada por todos os meios possíveis: rádio, televisão, obras científicas e de divulgação, periódicos e imprensa diária, levando os fiéis a uma prática social, a partir do método ver-julgar-agir (MM 217-239).
Canção Nova
Cuidado com os biomas brasileiros é tema da Campanha da Fraternidade 2017
Com o tema Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu hoje (1º) a Campanha da Fraternidade 2017. Segundo a entidade, o objetivo da ação é dar ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas. “Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais”, disse o papa Francisco, em mensagem ao Brasil.
O papa destacou que o desafio global pela preservação, “pelo qual toda a humanidade passa”, exige o envolvimento de cada pessoa junto com a atuação da comunidade local. Para ele, os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa.
“É necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres”, argumentou o papa.
FDC
CELEBRAM O DOM DA VIDA
Hoje é dia de rendermos graças a Deus pelo
aniversário de Irmã Maria Inês Alves Saraiva, Superiora da Comunidade Religiosa
do Colégio das Neves e da Irmã Reginalda de Freitas Pedro, Auxiliar da
Tesouraria da Proneves.
Celebrar o aniversário é também uma maneira de
agradecer a Deus pelo dom da vida e por nos proporcionar bons momentos, ao lado
dessas mulheres de coração grandioso e cheio dos dons da bondade, solidariedade
e amor ao próximo. Que Deus continue a derramar muitas bênçãos sobre elas e que
possamos continuar desfrutando da sua companhia e da sua amizade.
FELIZ
ANIVERSÁRIO!
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
LUTERANOS RECITAM O ROSÁRIO
Um padre de Fátima (Portugal) relata um
encontro que o deixou bastante impressionado: Em nossa casa, onde eu cuido dos
hóspedes de passagem, notei um casal que se dirigia, frequentemente, à capela
das Aparições para recitar o rosário. O estranho é que eles jamais assistiam à
Missa. Perguntei-lhes por que não participavam da Eucaristia. Eles responderam:
“Somos
protestantes luteranos. Lemos a Sagrada Escritura. Mas esta leitura não foi
suficiente para nós. Nós queríamos refletir mais sobre os ensinamentos do Novo
Testamento. Por acaso, o opúsculo de João XXIII sobre o Rosário caiu em nossas
mãos. Encontramos, então, o que estávamos buscando.
“A partir de
então, todos os dias lemos os textos bíblicos, mas refletimos, meditamos,
também, os grandes mistérios da vida de Jesus Cristo e, particularmente,
aqueles do Rosário. Mas vocês conseguem meditar os mistérios de Cristo sem o
rosário? Certamente, mas com o rosário, fica bem mais fácil. A oração exterior
é um bastão para o viajante, sobre o qual nós nos apoiamos, ao entrar na região
desconhecida dos mistérios.
“Mesmo entre
nós, quando há dificuldades, após rezar uma dezena do terço, tudo melhora!
Nossa discordância era mínima, em face dos grandes mistérios de Deus”.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
NOTA DE FALECIMENTO
Comunicamos que no último dia 23 de fevereiro de 2017, Deus
que é Pai Amoroso e de muita Ternura, chamou para junto de si, a nossa querida
Irmã M. Fidélia Lunkes.
Irmã M. Fidélia faleceu repentinamente, na Comunidade
Betânia, em Cerro Largo, RS, onde residia, foi velada na Capela do Convento
Nossa Senhora da Anunciação e enterrada, na manhã seguinte, no Cemitério
Anunciação, na mesma cidade. Ela faleceu com 83 anos de idade e 57 de Vida
Religiosa.
Rezamos pedindo que Deus dê a eterna felicidade à Irmã M. Fidélia e lhe conceda a Ressurreição com Cristo Jesus.
Rezamos pedindo que Deus dê a eterna felicidade à Irmã M. Fidélia e lhe conceda a Ressurreição com Cristo Jesus.
sábado, 25 de fevereiro de 2017
CARNAVAL NO
EDUCANDÁRIO
Uma chuva de
confetes, serpentinas, muita alegria e um show de criatividade nas fantasias
das crianças que estudam no Educandário Nossa Senhora das Vitórias (ENSV),
marcou o início da Folia de Momo na instituição. A festa, da qual os alunos do
ensino médio também participaram, foi um suceso e marcou a despedida dos estudantes
enquanto durar o reinado de Momo, cuja principal característica é a alegria.
O Carnaval
do Educandário é uma tradição no ENSV e tem o objetivo pedagógico de ensinar às
crianças e aos jovens a origem dessa festa que arrigimenta tantos foliões. O Carnaval
é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se
elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira
nem tampouco realizado apenas neste país. A origem desta
festa remonta à Antiguidade,
tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo
significado é retirar a carne.
O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a
quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
“O Senhor quer curar os corações feridos e humilhados”: Audiência Geral
“Na esperança,
sabemos que o Senhor quer curar definitivamente, com a sua misericórdia, os
corações feridos e humilhados e aquilo que o homem deturpou com a sua
impiedade, tudo regenerando num mundo novo e numa humanidade nova reconciliados
finalmente no seu amor”, observou o Papa Francisco em sua catequese em
Português sobre a esperança cristã, esta quarta-feira, fevereiro 22, 2017, na
Praça São Pedro. O papa continuou a sua catequese sobre a esperança
cristã em Paulo.
“Quando o ser
humano quebra a comunhão com Deus, perde a sua beleza originária e acaba por
desfigurar tudo ao seu redor. Resultado: um pranto geral! Tudo geme: geme a
criação, gememos nós, seres humanos, e geme até o Espírito Santo dentro de nós.
São Paulo convida-nos a ouvir com atenção estes gemidos, porque não se trata de
lamentações estéreis ou desesperadas; lembram mais os gemidos duma mulher com
as ores do parto: são gemidos de quem sofre, mas sabe que está para vir à luz
uma nova vida”, explicou o Papa.
Papa Francisco
também convidou os fiéis a solidariedade: “Na verdade, sofremos ainda as
consequências do nosso pecado e, ao nosso redor, são palpáveis os efeitos dos
abusos contra a criação. O cristão não vive fora do mundo, sabe reconhecer na
própria vida e naquilo que o rodeia os sinais do mal, do egoísmo e do pecado. É
solidário com quem sofre, com quem chora, com quem está marginalizado, com quem
se sente desesperado. Ao mesmo tempo, porém, o cristão aprendeu a ler tudo isso
à luz da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado, e sabe que o presente é
tempo de expetativa, tempo animado por um anseio que vai para além do
presente.”
Ele
chamou a viver na esperança, não na pessimismo: ““Na esperança, sabemos que o Senhor
quer curar definitivamente, com a sua misericórdia, os corações feridos e
humilhados e aquilo que o homem deturpou com a sua impiedade, tudo regenerando
num mundo novo e numa humanidade nova reconciliados finalmente no seu amor. E,
contudo, muitas vezes também nós, cristãos, somos tentados pelo desânimo, pelo
pessimismo, caindo em inúteis lamentações ou ficando sem saber que pedir ou
esperar.”
É o Espírito Santo que pode ajudar o cristão nesta luta contra o
pessimismo: “Então vem em nosso auxílio o Espírito Santo, respiração da nossa
esperança, que mantém vivos os gemidos e anseios do nosso coração. O Espírito
vê, por nós, para além das aparências negativas do presente e revela-nos já
agora os novos céus e a nova terra que o Senhor está a preparar para a
humanidade.”
“Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação,
gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”,
explicou o Papa em Italiano: romper a comunhão com a natureza é romper com
Deus.
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