sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Reflexões de minha caminhada



 Demos graças a Deus!
“Bendize a Jahweh, ó minha alma, e tudo o que há em mim ao seu santo nome” (Sl 103,5).
Na aurora do meu Ano Jubilar, na celebração dos 50 anos de serviço a Deus, como religiosa, Filha do Amor Divino, tenho muito a agradecer a Deus! Ao longo de minha vida Sua inefável proteção, a suave e terna presença do Seu Amor me envolveram em cada momento, em cada etapa da minha caminhada.
Estas reflexões são como que um hino de louvor, de ação de graças por todas as maravilhas que em mim realizou!

FAMILIA

Nasci na véspera da Festa de Nossa Senhora das Neves, numa chuvosa madrugada de 04 de agosto, em meio a grande temporal que desabava sobre a cidade de Patos, Paraíba. As águas do rio Espinharas haviam crescido, encobrindo a ponte que ligava o bairro de São Sebastião ao centro da cidade. Meu pai não conseguiu chegar à casa da minha avó para que viesse assistir à minha mãe. Assim, fui trazida ao mundo pelas mãos de uma parteira cega, contou-me ele!
O temor de Deus, a absoluta confiança na Providência Divina e o cumprimento de Sua vontade encimavam as muitas virtudes que ornavam o coração da minha mãe. “Na minha casa e no meu coração há sempre lugar para mais um! Deus me deu, Deus me ajudará a criar!...” Era o que sempre dizia, em meio a nossa pobreza, cada vez que o lar era abençoado com um novo rebento. “Como oliveira frondosa na casa do Senhor”, ela deu a luz à 17 filhos; viu crescer e vencer na vida 13 e adotou ainda uma menina. Meu pai possui uma fé simples e ingênua como o seu próprio ser. Cada filho era também acolhido e recebido com uma alegria incontida. Quando um nascia no meio da noite, ele logo acordava todos os demais para ver e beijar o recém nascido, o novo irmão!... Isto nos ensinava a amar-nos uns aos outros. Como suas virtudes, posso destacar a fidelidade, a alegria no servir, a caridade e o grande coração que se sente sempre feliz quando a casa está cheia, abrigando filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Na minha casa jamais faltou uma criança... e isto é uma bênção divina.
A grande e bela família com que Deus me envolveu foi a primeira escola de vida fraterna, de vida comunitária. Nela aprendi a amar, servir, perdoar, renunciar.... cada dia, uma nova lição. Minha mãe era a grande mestra, a grande pedagoga. Quando deixei meu lar para seguir o chamado de Deus, éramos somente nove: cinco meninas e quatro meninos, depois nasceram mais quatro meninas, completando o belo número de treze! Formamos uma família unida, alegre, “festeira”, com grande senso de solidariedade onde cada um sempre pensa nos demais, cada um que se formava devia ajudar na educação do que vinha depois... O amor e a alegria sempre circularam na nossa humilde casa. Costumamos dizer: “tocou em um, tocou em todos”.

VOCAÇÃO

Nos joelhos da minha mãe aprendi a rezar. Ela foi a minha primeira catequista. Posso afirmar também que ali nasceu minha vocação.
Na entrada da nossa casa havia um belo quadro do Coração de Jesus, que fora solenemente “entronizado” e que me lembrava constantemente a presença de Deus entre nós. Da porta de casa a gente podia divisar a grande cruz, a custódia que encimava a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia, como uma flecha apontando para o céu.
As festas e as novenas em honra da nossa padroeira, os cantos e as procissões, as ladainhas e as bênçãos, a igreja envolvida pelo incenso que subia do altar para o Alto, enchiam também a minha alma que se sentia atraída e fascinada pelo Invisível!
Nas madrugadas costumávamos acordar para a Missa das Cinco. Sonolenta, eu acompanhava minha mãe e minha avó, muitas e muitas vezes. Meu coração se extasiava ao contemplar o céu ainda cheio de estrelas. Sempre fui atraída pelo Infinito. Muitas vezes eu me deitava à noite na calçada para admirar o céu, as estrelas. Até hoje fico a pensar se existe um céu mais belo que o céu enluarado e estrelado do sertão.
Exemplos de piedade, devoção, doação e serviço aos pobres ficaram impressos no meu coração pelo testemunho de minha mãe... Após incansáveis horas de aula, como professora que era, após longa caminhada sob um sol escaldante, voltando da escola lá no bairro de São Sebastião, chegando em casa, ainda encontrava tempo e força para costurar roupinhas para as crianças mais pobres que as suas... Membro da Liga Feminina da Ação Católica, minha mãe era também secretária daquela associação. Nas solenidades, festas e procissões era também a porta-bandeira da mesma. Cada segundo domingo participava das Manhãs de Formação no Colégio Cristo Rei, sempre sob a orientação de Pe. Fernando Gomes. Eu a acompanhava, mas ficava sentadinha na secretaria com uma das Irmãs, até o fim do encontro.
O ano de 1948 marcou o início de uma ausência de casa, a fim de continuar meus estudos na cidade de Fortaleza, em casa de meu tio que se dispusera a custear a minha educação, podendo assim ajudar à irmã carregada de filhos. Era o desabrochar da minha adolescência e os primeiros sinais da mão de Deus a me acenar. Embora fosse aluna de uma escola pública, o Instituto Educacional do Ceará, antiga Escola Normal, oferecia aulas de ensino religioso e retiro anual para suas alunas. Em frente a este colégio, do outro lado da rua, situava-se o grande colégio católico “Imaculada Conceição”. Era algo que me parecia misterioso e distante. Nas imediações, um orfanato me fazia entrever, muitas vezes a presença das Irmãs conduzindo as crianças em seus uniformes xadrez, passeando pelas calçadas, rumo à Praça do Ferreira. Sentia-me inquieta.
Num dos retiros, entre os muitos livros com que sempre alimentei meu espírito, caiu-me nas mãos a vida de Santa Louise de Marillac. Fiquei impressionada, poderia também eu dedicar a minha vida a Deus como Louise? A idéia aninhou-se no meu coração.
Concluído o 1° grau, minha mãe me trouxe de volta a Patos e fui estudar no Colégio Cristo Rei, cursando o 1° ano pedagógico. Como sempre, jamais me faltou um livro em minhas mãos. Uma das Irmãs me emprestou a “Imitação de Cristo”. A linguagem era difícil para mim, porém, muitas perguntas, muitas questões se levantaram do meu coração: o que fazer da minha vida? ”De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?” Era a questão da santidade, e eu disse: “quero ser santa”! Nos meus cadernos, desde as primeiras séries do ginásio, eu costumava escrever: “meu coração está inquieto, ó Deus, até que descanse em Ti!”. Realmente, a partir daí, tomei a decisão de seguir o chamado de Deus. “Deixa tudo e segue-Me”. Não por mérito meu, mas desde o berço Ele foi preparando a minha alma, foi-me seduzindo, deixando-me inquieta.


A decisão não foi bem acolhida em casa. Minha mãe me achava jovem demais, 16 anos, queria que eu esperasse até os 18! Meu pai se opunha terminantemente, não queria que eu saísse de casa, recusava-se a dar o consentimento para tal. Que fazer? Não sei como veio a idéia, decidi entrar em “greve de fome” até que obtivesse o SIM de ambos. Creio que a greve não foi além de 24 horas, minha mãe me chamou e disse que obteria a assinatura de meu pai para que eu pudesse partir... e, assim foi. Dura foi a despedida. Meu pai nem olhou para mim quando lhe pedi a bênção. Minha mãe me pressionava, perguntando se eu não tinha coração, se ele era de pedra e se era aquele o presente que eu lhe dava no dia do seu aniversário, 13 de maio de 1953, quando deixei meu lar, após o jantar! Meus avós maternos me levaram até o colégio de onde eu partiria para Natal-RN. Chorei amargamente ao abraçar cada um em casa, meus irmãos pequenos, mas a força de Deus me arrancou... A noite foi dura, escura. No dia seguinte, ao passar pela cidade, meus olhos ainda contemplaram a figura de meu pai que, cedinho, estava indo para o açougue... Ele me viu também e nossos olhares se fixaram até quando o carro me fez perdê-lo de vista... Meu coração dava voltas dentro de mim e chorei mais uma vez.

NOS CAMINHOS DE DEUS

Abraçando a Vida Religiosa, ao longo dos anos, pensava que todo esforço para progredir no caminho da perfeição, provinha de mim mesma. Percebi, um dia, que tudo provém de Deus e que “se o Senhor não construir a Sua casa, em vão trabalharão os construtores...” Aprendi a deixar-me conduzir por Ele, a escutar Sua voz nos acontecimentos da vida e a pedir-lhe a graça de responder SIM às suas pro + vocações que não têm sido poucas!... Descobri que os dons que Ele me concedeu tinham que ser postos a serviço do Reino! Nas minhas veias corria, pulsava, o ardor missionário, a grande paixão pela evangelização. Ele foi preparando e abrindo espaços para que eu me dedicasse à proclamação do Evangelho: no serviço às paróquias, na pregação de retiros, encontros, na formação de líderes, na Missão, no serviço à Congregação onde atuei como professora, Mestra de Postulante, Noviças, Junioristas, Superiora, Conselheira Provincial e Geral... Nestes últimos anos, as palavras do profeta Isaias têm norteado minha entrega nas mãos de Deus: “Eis-me aqui Senhor, eu vim para fazer a tua vontade”. È muito difícil a obediência, mas quero ser fiel ao que prometi. “Felizes aqueles que confiam no Senhor” (Sl 128, 1).
Olhando o caminho percorrido, vejo falhas, tropeços, infidelidades, mas Deus sempre foi fiel e jamais abandonou a obra em mim iniciada. Ele me teceu no seio materno e conhece fibra por fibra do meu ser (cf. Sl 138). Pondo a minha mão na Sua mão pude levantar-me e olhar nos Seus olhos, sentindo a confiança e a esperança em mim depositada e que perdura para sempre.

NOS CAMINHOS DA MISSÃO


Na minha alma, dois sentimentos sempre se misturam, se entrelaçam, de maneira muito forte: a sede de Deus, o amor ao silêncio e à contemplação e o apelo da Evangelização – testemunhar e proclamar o AMOR DIVINO.
O Concílio Vaticano II desencadeou uma avalanche de sentimentos que vieram sacudir a minha paz interior. As inquietações fervilhavam em meu coração como se fosse um ‘vespeiro’ atingido por um pé incauto no meio de um lajedo. Todas as minhas potencialidades missionárias latentes despertaram no meu íntimo, como uma torrente violenta que eu já não podia conter. Tive apenas que me deixar levar e procurar romper com tudo o que me prendia à uma Vida Religiosa que clamava por RENOVAÇÃO. Nas minhas mãos havia caído o livro “Promoção Apostólica da Religiosa”, do Cardeal Suenens que viera jogar mais lenha no fogo desencadeado. Outro acontecimento que abalava a todas que lutavam por mudanças, por renovações foram as participações nos Cursos por um Mundo Melhor” que se realizaram ao longo da década de sessenta!
Constatei o quanto eu poderia dar do ponto de vista religioso e apostólico se pudesse me abrir às perspectivas apostólicas que se descortinavam pouco a pouco como um novo horizonte para a Vida Religiosa. A experiência iniciada por Dom Eugenio de Araújo Sales, então Arcebispo de Natal, a de entregar paróquias às religiosas, iniciada em outubro de 1963, em Nisia Floresta-RN, batizada pelo povo de “IRMÃS VIGÁRIAS”  veio ao encontro dessas minhas inquietações. Compreendi que a Igreja começava a acionar essa força viva que eram as religiosas, colocando-as a serviço do povo de Deus. Após a conclusão de um curso de um mês sobre a importância desse campo que se abria para a vida religiosa, fui solicitada para integrar a Equipe Feminina do Mundo Melhor. Minhas superioras não me permitiram, não podiam liberar-me da Coordenação do Curso Cientifico no Colégio N. Sra das Neves, das aulas de Matemática, Física e Ensino Religioso do mesmo...
Um retiro anual pregado por Pe. Helio Campos para as alunas do Curso Científico naqueles anos, levantou enormes questionamentos tanto para elas, como para mim. Fruto dessa inquietude foi a mobilização de todas elas, como voluntárias, para um trabalho de final de semana em São Gonçalo do Amarante-RN, partindo para a evangelização nas ruas, quase sempre à noite, realização de Lucernários ou Oração da Noite, Estudos Bíblicos, enfermagem domiciliar, visitas aos doentes e atendimento ambulatorial num Postinho improvisado, ajudadas que fomos pelos acadêmicos de medicina, alguns deles namorados das minhas alunas. No campo educacional, dispuseram-se elas a se tornar Monitoras da Escola Noturna para empregradas domésticas no CNSN, à noite, a fim de que “no mesmo banco em que elas, as alunas, se sentavam, pudessem também sentar-se a sua empregada...”, para que fossem alfabetizadas, preparadas para os sacramentos... Era tudo o que pude conseguir para não ficar presa ao trabalho escolar, para dedicar-me ao apostolado direto, preparando assim a minha libertação total para a evangelização. Quando as Irmãs assumiram a Paróquia de São Gonçalo, esperei ser integrada à nova comunidade, tal não se deu. Continuei atuando ali somente nos fins de semana, concluindo as aulas no final do sábado e correndo para pegar o ônibus para São Gonçalo, voltando de lá no início da segunda feira para me jogar de novo nas salas de aula. “A minha hora não havia chegado...” A ocasião se apresentaria depois com um convite de Dom Eugenio Sales, agora Administrador Apostólico de Salvador, para que a Congregação assumisse uma Paróquia na periferia de Salvador. Abriu-se a comunidade, em Pirajá, a 3ª de uma série de paróquias entregues à religiosas, dentro de um grande projeto, o de abraçar toda a periferia de Salvador, como um cinturão, desde a Suburbana até Simões Filho, para uma evangelização e animação pastoral. Integrei então esta nova comunidade.
O trabalho consistia no desenvolvimento do sentido comunitário, preparando o nascimento das CEBs, treinamento e formação de líderes, estímulo à promoção humana, abertura de Clubes de Mães, de Jovens, catequese, cursos de artesanatos, alfabetização, profissionalizantes, projetos sociais, entre outros. Acrescia-se ainda a promoção da Evangelização, a organização do culto, a animação da liturgia... A Paróquia cresceu e fortificou-se, tornou-se “modelo” para muitas outras; abriu-se como campo de estágio para os alunos do ISPAC (Instituto Superior de Pastoral Catequética), recebeu visitantes e observadores de vários regionais da CNBB e ainda a visita ilustre do Cardeal Suenens, da Bélgica e do Cardeal Hermenegildo Florit, de Florença, Itália, entre os honrosos visitantes. Bispos e políticos visitaram nossa pequena, humilde e histórica Paróquia de São Bartolomeu, em Pirajá/Salvador-BA. Ao lado do trabalho pastoral, fui requisitada para trabalhar como secretária do Cardeal Dom  Eugênio de Araújo Sales e depois do Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, dando expediente na parte da tarde no Palácio da Sé. Era um trabalho cansativo, mas me sentia feliz por trabalhar diretamente com a Hierarquia da Igreja e, além de prestar tão importante serviço à Igreja era também um meio de assegurar o sustento para a comunidade. Entre idas e vindas, foram mais de 15 anos a serviço da Igreja da Bahia, dedicados à formação, evangelização e desenvolvimento do povo simples, do povo humilde de Pirajá.
Em 1989, após ter sido eleita Vigária Geral da Congregação, deixei a Bahia para servir diretamente no Governo da Congregação, como Conselheira Geral, cargo que exerci de 1989 a 2001. Responsável, nesse período, pela área missionária, pude contribuir para a abertura e implantação da nossa Missão em terras africanas, Uganda, em 1998, realizando o grande sonho de nossa Madre Francisca Lechner, o de abrir uma missão na África. Parti com o primeiro grupo de Irmãs a abertura desta frente missionária e por lá permaneci durante três meses.


Concluída minha missão junto ao Governo Geral, voltando ao Brasil, fui convidada para integrar o grupo de Irmãs que abria um novo trabalho missionário em Basrreira-CE. Foi curta a minha permanência ali. De lá fui chamada pela Superiora Geral, para servir nos Estados Unidos, como Mestra de Noviças na Província “Holy Trinity”, ali atuando de 2003 até 2005. Antes de haver concluído a minha “Missão” nos Estados Unidos, a Superiora Geral, Irmã Lucyna Mroczek consultou-me sobre a possibilidade de abraçar uma nova missão, desta vez em Uganda, África, para exercer a função de Mestra de Noviças e, como me disse ela, “além da formação das primeiras Filhas do Amor Divino africanas, dar continuidade ao carisma da Congregação”. Fui tomada de surpresa ao receber tal empenho a esta altura da vida e perguntei-lhe: “É este o presente que você me oferece pelo meu Jubileu de Ouro?”  Ela me respondeu: “Não, este é o presente que você vai dar a Deus!... Não tive mais palavras. “Quando o mistério é grande demais, a gente não ousa desobedecer,  interrogar...”, somente silenciar e adorar! Obedeci, como Abraão, apoiando-me tão somente na Cruz abraçada há 50 anos pela minha Profissão Religiosa e, na fé e na confiança que o Senhor caminhava à minha frente, parti....


Assumir a Missão em Uganda foi como que chegar ao fim do meu caminho vocacional que foi-se fazendo cada dia mais exigente. Foi para mim, o poder alcançar o ÁPICE de tudo quanto divisei no despertar de minha juventude. Deus foi me conduzindo por caminhos, por veredas cada vez mais estreitas. Foi como que “beber do Cálice”, abraçando mais uma das provocações de Deus... Sentia-me pequena, fraca e temerosa, sem saber o que me aguardava. Só uma coisa me dava paz: saber que a OBEDIÊNCIA me conduzia para onde Deus me aguardava, onde me chamava... Há um versículo bíblico com o qual me identifico plenamente por associá-lo ao NOME que me foi dado na entrada do meu Noviciado: ÁQUILA. Gosto de rezar e repetir sempre com o salmista “É Ele quem sacia teus anos de bens e, como a da águia, tua juventude se renova” (Sl 103,5). E, no livro do Deuteronômio posso ler ainda “Como a águia que vela por seu ninho e revoa por cima dos filhotes, ele o tomou, estendendo as suas asas, e o carregou em cima de suas penas” (Dt 32,11).


Concluo, com um poema de Dom Helder Câmara que dá a sua visão do que seja MISSÃO: 

“Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso EU.
É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mudo e da vida.
É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior.
Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros. É sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los.
E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo.”

Patos, Festa de Nossa Senhora da Guia, 24.09.2011


Irmã M. Áquila Vieira de Lucena, FDC


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